sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O verdadeiro sentido do Natal
23 dez

Há dois mil e seis anos nasceu Jesus. Foi numa gruta escura e fria, nos arredores de Belém. Era Natal! Foi a primeira festa do Natal de Jesus da história da cristandade. Festa, aliás, muito simples, restrita a poucas pessoas: a Maria, a José, a uma senhora caridosa, parteira familiar, que deu assistência a Maria no parto, e a alguns pastores. Se foi uma festa simples, restrita a poucas pessoas, ao mesmo tempo foi uma solenidade que, por seu significado e importância, atingiu a humanidade toda. Isto porque foi o nascimento do Filho de Deus que assumiu a natureza humana para ser o Salvador e Senhor da própria humanidade.

Por causa da importância e da influência histórica para toda a humanidade do Menino que nasceu, a festa do Natal tornou-se a maior, a mais festiva, a mais envolvente, a mais cordial e familiar, bem como a mais universal celebração no nosso planeta. É uma celebração que começa a ser preparada com semanas de antecedência, que envolve bilhões de pessoas de todas as idades, classes, raças e línguas, que é comemorada todos os anos no dia 25 de dezembro com singular exultação, e que se prolonga por mais semanas.

Faz bem, espiritual e psicologicamente, recorrermos ao relato histórico-bíblico do acontecimento. Lido com atenção, imaginação e fé, o texto tem o poder de nos levar àqueles sentimentos místicos, íntimos, deliciosos e maravilhosos da Noite Santa e do dia do Natal. Diz o texto:



“Naqueles tempos apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade natal. Também José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com sua esposa, Maria, que estava grávida. Estando eles ali em Belém, completaram-se os dias para ela dar à luz. E deu à luz seu Filho primogênito, e envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido” envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens por Ele amados” (Lucas 2,1-14).

O coração do Natal:

É Natal porque alguém nasceu. No coração do Natal há um personagem: Jesus! Personagem que precisa ser colocado no centro de toda a celebração natalina, quer pessoal, familiar, comunitária ou eclesial. Se não for para celebrar a Pessoa de Jesus, e nessa celebração, se não houver a disposição de aceitar ainda mais radicalmente Jesus como Salvador pessoal, a festa do Natal não tem o seu significado e a sua razão de ser celebrado. Natal que não uma festa para Jesus, é como uma festa de aniversário, sem aniversariante…

Para penetrar no coração do Santo Natal e para podermos celebrá-lo em todo seu significado, importância e repercussão espiritual, é preciso dar atenção a três dimensões inerentes ao acontecimento:

1º) A recordação do nascimento de Jesus.

2º) A celebração anual do acontecimento por causa de sua grandeza e importância, quer para nós, pessoalmente, quer para nossas famílias, bem como para a Igreja e a humanidade.

3º) A atualização do acolhimento do Salvador que vem de novo, em cada Natal, para poder ser acolhido como Deus, Salvador e Senhor.

Essas três dimensões constituem o “coração” da espiritualidade, da celebração e dos efeitos salvíficos do Santo Natal. No entanto, a terceira dimensão, ou seja, o “renovado acolhimento de Jesus”, por parte de todos, é que dá a razão maior à celebração anual do Santo Natal.

Jesus ainda não nasceu…

Para muitos, talvez até para algumas pessoas de nossa família, Jesus ainda não nasceu. O Natal ainda não aconteceu em suas vidas. São todos aqueles que ainda não tiveram a graça de conhecer pessoalmente Jesus, e de experimentar seu amor e sua salvação pessoal. Ou são aqueles que se recusam a conhecê-Lo, ou até combatem Sua Pessoa, procurando descaracterizá-Lo como Deus e Salvador. Enfim, são todos aqueles que ainda não aderiram pela fé a Jesus Cristo, ao Seu Evangelho, à Sua Igreja, e que, portanto, não fazem parte dos discípulos do Divino Mestre. Para esses, ainda não houve Natal. Jesus ainda não nasceu em suas vidas.

Para todos esses é muito desejável que aconteça um Natal em suas vidas, que tenham um encontro pessoal com Jesus, que O conheçam e o acolham como seu Deus, Salvador e Senhor. Para esses, seria preciso que acontecesse a grande bênção da abertura de seus corações ao Salvador nascido e celebrado, a fim de se tornem Seus discípulos, e de entrarem no processo de salvação.

Para auxiliar e beneficiar a todos esses a fim de que possam ter um Natal pleno e verdadeiro, seria muito desejável que aqueles que já tiveram um Natal pessoal, se propusessem a realizar um anúncio muito cristalino e argumentado, que suscite em seus corações um ardente desejo de conhecer o Salvador e sua mensagem.



Natal é ocasião de tomar ainda mais consciência da beleza da personalidade e da obra de Jesus aniversariante, crescendo em admiração, encantamento e adesão crescente. Natal é ocasião propícia para solidificar mais e mais a amizade com Jesus aniversariante.

Preparar o Natal

Para que o Natal produza suas bênçãos específicas e especiais, e para que Jesus aconteça ainda mais em nossas vidas, em nossas famílias e em nossa comunidade cristã, precisamos nos organizar e tomar algumas providencias apropriadas. Eis algumas sugestões:

1. Participar com alegria e entusiasmo da caminhada da paróquia que se prepara cuidadosamente para celebrar Jesus, realizando a novena de Natal, quer nas famílias, quer na igreja.

2. Ou realizar uma novena de Natal em sua própria família, reunindo um número maior de familiares.

3. Ou reunir sua família e convidar famílias vizinhas para realizarem juntos a novena de Natal pela televisão, quer por meio de vídeo ou DVD, ou por um canal de TV.

4. Preparar-se por uma santa confissão sacramental bem preparada e celebrada.

5. Preparar sua casa ou apartamento com uma decoração natalina que chame atenção para a Pessoa de Jesus, o festejado, o centro do Natal.

6. Preparar a ceia natalina de tal forma que Jesus seja o aniversariante celebrado, para que todos se sintam celebrando o Natalício de Jesus.

7. Combinar com a família toda para participarem juntos de uma determinada santa Missa Natalina.

8. Preparar-se espiritual e psicologicamente para realizar com pleno conhecimento o encontro pessoal com Jesus aniversariante na santa Comunhão Eucarística, como sendo o momento mais significativo de um encontro muito pessoal com Jesus, o celebrado, a razão de ser do Natal.

Será, também, muito significativo, apropriado e abençoado, dentro das possibilidades reais e generosas de sua pessoa e família, tomarem a decisão de fazer alguma coisa para que famílias e crianças carentes, pessoas idosas, presos e encarcerados, desempregados ou migrantes, possam ter algo a mais para poderem celebrar com alguma alegria o Santo Natal. Em relação a essa solidariedade, felizmente vemos inúmeras iniciativas que impressionam e comovem. Não é difícil encontrar alguma forma de colaborar.

Por onde passo vejo casas serem restauradas, pintadas,as lojas de eletrodomésticos, então, estão cheias, as pessoas aproveitam para trocar os móveis…
Todos querem arrumar suas casas.

As pessoas estão em uma euforia enorme. Muitas correm contra o tempo. Tudo tem que ser novo.

E a nossa casa interior? o nosso espírito? o nosso coração? como está?

Será que estamos nos preocupando em arrumar o nosso íntimo?

Penso que mais do que arrumar a nossa casa para receber parentes e amigos devemos arrumar o nosso coração para receber Jesus.
Permitir que Ele entre em nossa intimidade e seja o personagem principal em nosso Natal, afinal Ele o é.

Vamos fazer uma faxina em nossa vida, rever nossos atos e atitudes, jogar fora tudo aquilo que nos afasta do verdadeiro sentido do Natal, pintar nosso coração com as cores da felicidade e da esperança, trocar o que temos de velho por uma fé renovada n’Aquele que que se fez presente para nós.

Fonte: A Fé Explicada

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