sábado, 11 de fevereiro de 2012

Papa, sobre os Magos: “Para eles o que contava era a própria verdade, não a opinião dos homens.”

Papa, sobre os Magos: “Para eles o que contava era a própria verdade, não a opinião dos homens.”


08/01/2012 por Everth Queiroz Oliveira

Hoje a Igreja no Brasil celebra a Epifania do Senhor. No Vaticano, a Missa da Solenidade foi celebrada no dia 6 de janeiro, e, mais uma vez, o Papa Bento XVI fez uma belíssima reflexão acerca do mistério do Cristo que se manifesta não só aos judeus, mas também aos gentios. Destaco:

“Que tipo de homens eram os Magos? Os peritos dizem-nos que pertenciam à grande tradição astronômica que se fora desenvolvendo na Mesopotâmia no decorrer dos séculos, e era então florescente. Mas esta informação, por si só, não é suficiente. Provavelmente haveria muitos astrônomos na antiga Babilônia, mas poucos, apenas estes Magos, se puseram a caminho e seguiram a estrela que tinham reconhecido como sendo a estrela da promessa, ou seja, a que indicava o caminho para o verdadeiro Rei e Salvador. Podemos dizer que eram homens de ciência, mas não apenas no sentido de quererem saber muitas coisas; eles queriam algo mais. Queriam entender o que é que conta no fato de sermos homens. Provavelmente ouviram falar da profecia de Balaão, um profeta pagão: ‘Uma estrela sai de Jacob, e um cetro se levanta de Israel’ (Nm 24, 17). Eles aprofundaram esta promessa. Eram pessoas de coração inquieto, que não se satisfaziam com aparências ou com a rotina da vida. Eram homens à procura da promessa, à procura de Deus. Eram homens vigilantes, capazes de discernir os sinais de Deus, a sua linguagem sutil e insistente. Mas eram também homens corajosos e, ao mesmo tempo, humildes: podemos imaginar as zombarias que tiveram de suportar quando se puseram a caminho para ir ter com o Rei dos Judeus, enfrentando canseiras sem número. Mas, não consideravam decisivo o que se pensava ou dizia deles, mesmo pelas pessoas influentes e inteligentes. Para eles o que contava era a própria verdade, não a opinião dos homens. Por isso, enfrentaram as privações e o cansaço dum caminho longo e incerto. Foi a sua coragem humilde que lhes permitiu prostrar-se diante dum menino filho de gente pobre e reconhecer n’Ele o Rei prometido, cuja busca e reconhecimento fora o objetivo do seu caminho exterior e interior.”

E quanto à maneira como foi celebrada a Liturgia em Roma neste dia tão especial, nem é preciso dizer que a sacralidade ajudou a colocar no centro das atenções aquele que é e deve ser o protagonista de toda celebração litúrgica – nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: Ecclesia Una

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