Unamo-nos aos bispos uruguaios contra a ameaça do aborto na América Latina
29/01/2012 por Everth Queiroz Oliveira
“Os bispos do Uruguai se manifestaram, não somente se manifestaram contra a aprovação do aborto, mas eles fizeram algo de único. Pela primeira vez na história, os bispos lançaram um documento em que eles mostram para os fiéis que todo este empenho de legalização do aborto não é uma coisa simplesmente de pessoas que estão preocupadas com a saúde pública, não são pessoas que estão preocupadas com algumas mulheres, não, trata-se de um esforço internacional bilionário – sim, é isso que vocês estão ouvindo. Esse negócio de legalização do aborto é abraçado por muitos dos nossos políticos, não porque eles estão preocupados com as mulheres ou com a saúde pública, como dizem, mas porque, por trás disso, existem bilhões de dólares.”
- Padre Paulo Ricardo em Manifestação de apoio aos bispos do Uruguai – Aborto Não!
QUANDO FALAMOS da tentativa que hoje é visível – não é possível não se mobilizar assistindo aos telejornais ou lendo periódicos e revistas – de se implantar, em nosso planeta, um modelo de civilização totalmente avesso aos princípios da moral judaico-cristã, não enunciamos simplesmente uma história da carochinha, uma mera teoria, um fato que mais se parece com teorias da conspiração que vez ou outra são divulgadas na Internet. Estamos falando do ensejo real de organizações internacionais que, preocupadas com seus próprios narizes, desejam fazer de tudo – tudo mesmo! – para impor seus projetos aos Estados nacionais ao redor do mundo.
Neste caso específico, falamos das arbitrárias intervenções destas referidas organizações em território latino-americano. O povo hegemonicamente católico deste continente vê ameaçada não somente a sua fé, mas o próprio direito de viver que todos os seres humanos possuem desde o momento em que são concebidos. Este direito é reconhecido não só pelas confissões religiosas abarcadas em nossa América Latina, como também pelo famoso Pacto internacional de San José da Costa Rica, que foi ratificado por praticamente todos os países de nosso vasto continente. “Toda pessoa – diz o tratado – tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.”
A Conferência Episcopal Uruguaia, fiel ao mandamento do Senhor e antevendo os debates que resultariam na aprovação da descriminalização do aborto pelo Senado do país, enviou à Comissão de Saúde Pública do Senado uma carta, cujo conteúdo pode ser apreciado aqui. No documento, mais do que pedir que fosse respeitada a Convenção Americana de Direitos Humanos, os bispos uruguaios bradaram, com voz forte, contra as organizações internacionais que “olham para o crescimento populacional como um problema de segurança”: “Não é segredo para ninguém que instituições internacionais, para difundir suas ideologias, invistam suntuosas quantias de dinheiro, que condicionam as ajudas ao desenvolvimento, caso os países se adaptem ou não a seus interesses.”
Para quem deseja compreender melhor o que está se passando – e porque o problema que afeta o Uruguai é, sim, também, coisa de nossa responsabilidade – vale à pena ler esta página no site do Olavo de Carvalho. Os governos de esquerda da América Latina estão aliados ao capital internacional… e não desistirão tão facilmente da ideia de legalizar o aborto. Por isto, urge darmos nossas gratificações aos corajosos bispos uruguaios que, em um gesto de bravura, ousaram ir contra a corrente e denunciar a “cultura de morte” que vem se instalando neste lado do mundo.
Para fazer isto, basta ir ao site do Padre Paulo Ricardo, copiar os endereços eletrônicos dos bispos uruguaios, e enviar já a sua manifestação de solidariedade a eles.
Fonte: Ecclesia Una
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