quarta-feira, 18 de junho de 2014

Para que servem as denominações Protestantes ?

Reconheço que é direito de todo e qualquer cidadão professar sua crença livremente, sem embaraços. Repudio toda e qualquer forma ou mesmo tentativa de cerceamento religioso. Não concordo também com ataques dirigidos a honra das pessoas e que por vezes materializam situações caluniosas, difamatórias e injuriosas. As críticas e divergências devem ser limitadas às questões de fé e doutrina, excluindo ataques dirigidos a dignidade e honra das pessoas. Não admito deboches ou zombarias de qualquer tipo. Introdução: Para que servem as denominações protestantes ? Os protestantes dizem que já estão salvos. Eles dizem que Igreja não salva ninguém. Dizem também que placa de Igreja não salva ninguém. Dizem ainda que religião não serve para nada. Então para que servem os templos protestantes ? Se o crente já está salvo, o protestante teoricamente corre o risco de perder sua salvação freqüentando a denominação errada. Escutando outras pessoas, o crente que já estava “salvo” pode até mesmo comprometer sua salvação. Outros mais ousados afirmam inclusive que salvação não pode ser perdida. Ora, se salvação nem mesmo pode ser perdida, aí mesmo é que a pergunta inicial encontra eco: “Para que servem as denominações protestantes se o crente já está salvo e se a salvação não pode ser perdida ?” A maior parte diz que basta crer para ser salvo. Fácil assim. Levantou o dedo indicador e “aceitou” Jesus em qualquer templo protestante que pregue qualquer doutrina, já está salvo. Será ? Não é bem assim. A teoria é uma e a prática é outra. Basta crer, desde que não seja católico. Nós católicos também cremos. E nem por isto eles dizem que estamos salvos. É preciso ter fé e ao mesmo tempo não ser católico. Ou seja, ao contrário do que dizem de que placa de igreja não salva ninguém, o fator decisivo é ser evangélico ou protestante. O curioso é que recebendo o rótulo evangélico tanto faz a denominação ou o “cristianismo” que se prega ou que se aprende. Todos são irmãos em cristo, independentemente da doutrina que um ou outro professa. O crente da denominação que apóia o aborto ou que tem pregadores favoráveis ao aborto é “irmão em cristo” do crente que abomina o aborto. O crente que crê na Trindade é “irmão em cristo” do crente que não crê na Trindade. Os crentes que assumem a Teologia da Prosperidade criticam os seus opositores e vice-versa. Tem gente chamada e tem gente chamando outros de hereges. Outros com menos educação chamam seus opositores de trouxas, idiotas ou filhos do diabo. E para fins estatísticos, acusados e acusadores são “irmãos em Cristo.” O pregador que nega a perfeição da obra de Jesus Cristo é recebido como celebridade na denominação que diz que a obra de Jesus Cristo foi perfeita. O pregador que diz Jesus é criação de DEUS é aplaudido e ouvido pelos crentes de outras denominações que abominaram tal afirmação. Se entre eles não há unidade, certo mesmo é que todos são contra o catolicismo. Mas afinal para que servem os templos protestantes se o importante é apenas crer ? Eles utilizam o Sola Scriputra de Lutero. “Só a Bíblia”. Cada crente pode ler e interpretar a Bíblia livremente. Eles dizem que o Espírito Santo auxilia cada crente na sua interpretação. Se cada crente pode interpretar livremente a Bíblia, por que são necessários pastores ? E se pastores são dispensáveis, por que ouvi-los se cada qual pode entender e compreender individualmente ? Os próprios pastores dizem: “Só a palavra. Vai na palavra. Não é o que o pastor fala é o que a Bíblia ensina” Eles mesmo dizem que não há infalíveis. E se pastores são descartáveis, para que servem os cultos protestantes ? E se os cultos protestantes são desnecessários, para que servem templos protestantes ? Alguns dirão que vão às denominações para louvar o Senhor. Mas e se o crente não louvar o Senhor, perde a salvação ? Se o crente não louvar ou não bater palmas o que acontece ? Crer não é suficiente ? Para que louvar se o crente já está salvo ? E por que o louvor tem ser feito na denominação junto com outros crentes ? Se todos podem interpretar a Bíblia individualmente com a “assistência” infalível do Espírito Santo, por que cada denominação tem doutrina própria ? Por que uma denominação não é igual a outra ? Seria possível o Espírito Santo propor doutrinas diferentes para este ou aquele crente ou pastor ou denominação ? Por que alguns batizam e outros não ? Por que alguns casam pessoas do mesmo sexo e outros condenam esse tipo de enlace ? Por que algumas denominações apóiam o aborto e grande parte critica ? Por que alguns acreditam na Trindade e outros a renegam ? A freqüência na Igreja somente se justifica para o um católico, pois não nos consideramos salvos antes que o Grande e Unico Senhor e Juíz assim decida. Consideramos que devemos perseverar até o fim, tal como nos ensina a Bíblia Católica. “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo”. Mateus 24:13 Neste sentido, a Santa Missa é uma oportunidade de recebermos graças e indulgências pelos pecados que cometemos. Se temos que perseverar até o fim é sinal que ainda não estamos salvos. Acreditamos que haverá um julgamento e este excepcional evento é primazia de Deus. Não nos compete definir de véspera quem está ou não salvo. Já o protestante não precisa de ensino porque ele mesmo pode interpretar a Bíblia. O protestante não precisa de indulgências e nem de boas obras porque ele já está salvo. Ele não precisa se confessar a um sacerdote porque acredita que tem uma linha direta com Deus. Em algumas denominações nem mesmo há necessidade de pedir alguma graça, já que basta determinar em nome de Jesus. Em outras denominações DEUS está obrigado a atender a todos os caprichos do crente. As expressões mais usadas por estes são: “Eu profetizo.” “Eu amarro.” “Eu exijo.” “Eu não aceito derrota.” “Eu decreto minha vitória.” “Eu tomo posse da minha benção.” Na Igreja Católica seguimos o ensino de Jesus: Mateus 26:39: “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. O protestante não precisa perseverar até o fim, pois ele entende que está salvo tão e somente porque creu. O que é a Santa Missa para nós católicos ? É a renovação incurenta(sem derramamento de sangue) do Sacrifício do Calvário. É o mesmo e único sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Nessa cerimônia, Cristo é ao mesmo tempo sacerdote e vítima, oferecendo-se a DEUS para pagar as nossas dívidas. Seus méritos infinitos são aplicados a cada fiel. A Missa é Santa porque o autor de toda a santidade se oferece como vítima em um sacrifício perfeito, agradável, eficaz, perpétuo a Deus. Apenas para os católicos faz sentido freqüentar Igreja. Nós precisamos desta Santa Eucaristia. E precisamos de confissão, indulgências, homilias, obras, penitência, comunhão com os demais, sacramentos, etc… No caso do protestante, não faz sentido algum freqüentar denominação. Ele já está “salvo.” E ele mesmo pode interpretar a Bíblia. Ele não precisa do magistério da Igreja ou de pregador. Nós precisamos da Igreja, porque a consideramos coluna e sustentáculo da verdade (1 Tm 3,15), O protestante não precisaria de pastor se de fato acredita que pode contar com a assistência infalível do Espírito Santo. O pastor poderia acabar atrapalhando. Não é o nosso caso. A Bíblia católica proíbe a interpretação privada. “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” 2 Pedro 1:20 Estamos sujeitos a interpretação de Pedro e seus sucessores. Lucas 10:16: “Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” O protestante crê na interpretação individual. E se cada crente pode interpretar a Bíblia individualmente, se cada crente só precisa crer, se não há base bíblica para obrigar ao crente frequentar denominação, se não há base bíblica que recomenda perda de salvação por deixar de louvar ou pagar dízimos em denominação, retornamos a pergunta: Para que servem as denominações e templos protestantes ? O protestante já estando “salvo” em tese correria o sério risco de perder sua salvação freqüentando a denominação errada ou escutando o pregador que prega errado. E como o protestante pode saber qual a denominação ou pregador são os mais adequados ? Quem determina ? É pela Bíblia que ele sabe qual é a denominação séria ou pregador comprometido ? E quando o protestante passa a ter direito de sair de uma denominação e ir para outra ? Quem decide isto ? Quem está salvo ? O que ficou na denominação, quem dela saiu ou ainda quem fundou uma nova ? Todos estão salvos ? Estando salvo de véspera e podendo ser intérprete da Bíblia, pouco importa que denominação se freqüenta. Para que serve uma denominação protestante se não faz qualquer diferença pertencer a esta ou àquela outra ? São Paulo, nos ensina que o coração humano faz juízos duvidosos. Assim sendo, para nós católicos é impossível acreditarmos que Jesus conhecendo nossas inegáveis fraquezas nos deixaria por nossa própria conta após tão eloqüente sacrifício e sofrimento e humilhação atrozes dos quais padeceu. É incompreensível para nós depois de tudo que Jesus fez, ouvir por exemplo: “Se vira. Leia e interprete a Bíblia. Julgue o que pregador está falando a partir de tua leitura particular. Escolha por si só a igreja adequada. E se esta igreja não tiver pregando corretamente vá para outra. E vá mudando até encontrar a igreja certa. E se não encontrar funde uma nova denominação.” Jesus Cristo que nos amou incondicionalmente não nos deixaria sós. Por isto ele fundou a Igreja. Coluna e sustentáculo da verdade. Não temos que estabelecer por conta própria as questões de fé e doutrina, pois a Igreja é assistida permanentemente pelo Espírito Santo. E é o próprio Jesus Cristo que lhe dá assistência permanente: “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mateus 28:20 Ele mesmo nos garante que as portas do inferno nunca prevalecerão contra sua igreja. Mateus 16,18 Ele pediu somente a Pedro e não a Lutero ou Calvino: “Confirma Teus Irmãos na fé” (LC 22,32) . E o protestante que não se dá por vencido pergunta: “E se a Igreja tiver escândalos e pecadores ? Quem irá reformar a Igreja ? Lutero ? Calvino ? Malafaia ? Macedo ?” E nós respondemos com toda certeza que é o próprio Jesus quem irá purifica-la. Lucas 17, 1-2: “…mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.” Glória a vós Senhor por tão grande amor dispensado. Quem não creu nas tuas promessas escolheu reformadores mundo afora e assumiu para si tão e somente doutrinas de homens. Mas alguns dirão que freqüentam a denominação porque o tão alegado “basta crer em Jesus “ é apenas força de expressão. Dirão que na verdade o crer em Jesus significa não apenas crer que ele morreu na cruz por nossos pecados, mas é preciso fazer tudo que ele diz. Sem dúvida. E nesse caso, nossos irmãos protestantes terão que concordar com Maria Santíssima nas Bodas de Caná: Sua mãe disse aos serventes: “Fazei tudo quanto ele vos disser.” João 2:5 E com esta afirmação muda tudo. Ora, se o crente tem que freqüentar denominação, se tem que ter pastor, se apenas quem desfila com os rótulos evangélico ou protestante está salvo, se tem que bater palmas, se tem que pagar o dízimo, e não pode ser católico, então não basta ter fé. Conclusão: Temos então dois ensinos protestantes contraditórios. O primeiro ensino, meramente teórico, diz que basta ter fé para ser salvo. É o Sola Fide de Lutero, bastando “aceitar” Jesus em um templo evangélico ou protestante. Qualquer um. Só não pode é “aceitar” Jesus sendo e permanecer com o rótulo católico. E o segundo ensino, a prática que nada mais é do que tradição e que revela que para ser salvo muitas outras coisas são indispensáveis além da fé. Conforme foi dito acima o crente tem que freqüentar denominação, tem que ter pastor, tem que desfilar com os rótulos evangélico ou protestante, tem que bater palmas, tem que pagar o dízimo e não pode ser católico. Problema com este conflito ? Problema com uma tradição própria assumida ? De modo algum. Um protestante não precisa concordar com outro protestante. Eles podem ter doutrinas diferentes usando a mesma Bíblia que ambos estariam salvos, ambos pertencem ao povo de Deus e todos são bênçãos, ungidos, sacerdotes, profetas, reis, etc…” Dizer que basta ter fé significa que fé é suficiente. Nada mais é necessário. Portanto, templos protestantes, pastores, música Gospel, DVDs, CDs, programas nas rádios e TVs e dízimos não servem para nada. Nem Lutero. Nem Calvino. Nem qualquer denominação. Nem dízimos. Então dirão: “Temos que pregar a palavra.” Não precisa pregar. Basta entregar uma Bíblia para cada pessoa. Segundo os crentes, cada pessoa pode ler e interpretar por conta própria. Ainda conforme ensino protestante, quem se torna crente “aceitando” Jesus conta com a “assistência” do Espírito Santo” e assim não precisa de pregador. Lembramos a máxima protestante: “Não é o que o pregador diz, mas a palavra.” E se todos que freqüentam as denominações já estão salvos, ainda que fosse indispensável pregar, essa pregação teria que ser feita fora do templo. Afinal por que se pretende dar remédio a quem não está doente ??? Não são os doentes que precisam de médico e de remédio ??? Por que pregar para quem já está salvo e para quem pode ser intérprete ? E alguns outros ainda dirão que o pastor é necessário para orientação espiritual. O crente precisa crescer na fé. Precisa crescer espiritualmente. E o que importa o crescimento espiritual se o crente já está salvo ? Faz diferença crescer ou não crescer espiritualmente ? Não basta ter fé ? Se para o protestante o importante é ter fé e igreja não salva ninguém, que diferença faz freqüentar ou não denominação protestante ? Alguém fica mais ou menos salvo ? E se não pagar o dízimo o que acontece ? Perde a salvação ? E o pior de tudo que além de se dizer salvo, tem gente dizendo que uma vez salvo sempre salvo. Aí mesmo que nada faz sentido. Se a salvação obtida a partir do “aceita Jesus”, é “imperdível”, para que servem templos, pastores, leitura bíblica, escola dominical, DVDs, CDs e palestras para os “eleitos” ? E o interessante é saber que a Igreja Católica não despreza as comunidades protestantes tal como o protestante o faz em relação as suas próprias denominações e a seus pares. A Igreja católica vê com respeito os cristãos que estão fora dos seus limites, se não vejamos: “Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser arguidos de pecado de separação, e a Igreja católica os abraça com fraterna reverência e amor… Justificados pela fé recebida no Batismo, estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são chamados com o nome de cristãos, e merecidamente reconhecidos pelos filhos da igreja católica como irmãos no Senhor” (UR,3), (CIC nº 818). “Muitos elementos de santificação e de verdade existem fora dos limites visíveis da Igreja Católica”: a palavra escrita de Deus, a vida da graça, a fé, a esperança e a caridade e outros dons do Espírito Santo” (UR, 3). “O Espírito Santo de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude da graça e da verdade que Cristo confiou à Igreja Católica. Todos esses bens provêm de Cristo e levam a Ele e impelem à “unidade católica”(LG, 8). Grande parte dos batismos e matrimônios celebrados nestas comunidades são aceitos na Igreja Católica como válidos. O oposto não ocorre. A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus Cristo é o Senhor se não pelo Espírito Santo, mas o protestante descartando a Bíblia impõe a um católico um novo batismo quando este adere a uma denominação protestante. São os próprios protestantes que a partir dos seus milhares de conceitos conflitantes entre si que acabam por condenar templos, pregadores, práticas, costumes e o próprio protestantismo em si. Afinal de contas são eles que dizem: “Igreja não salva ninguém” “Não é o que pregador fala, mas a palavra” “Quem crê já está salvo” “Uma vez salvo, sempre salvo” Quem puder que chegue a Roma o quanto antes, pois nesse caminho mais longo e incompreensível do protestantismo alguns podem se perder definitivamente. Autor: A.Silva com a colaboração de V.De Carvalho. Livre divulgação mencionando-se o autor Retirado de A Fé Explicada.

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