Sínodo sobre a família: apresentado o documento básico
Em “L’Osservatore Romano” de 26.06.2014,
edição romana, foi publicado um artigo sobre o Documento Básico
(“Instrumentum Laboris”) preparatório para O Sínodo sobre a Família,
convocado pelo Papa Francisco, a começar em Roma, no próximo 19 de
outubro. O documento procurou recolher a grande massa de respostas às 32
perguntas feitas pelo Santo Padre a todo povo católico. Assim, além das
respostas dos Bispos, houve até um número importante de paróquias que
fizeram também fizeram questão de cooperar.
A primeira parte do texto trata da vontade de Deus sobre a
família, segundo a Revelação (Bíblia e Tradição). Dois pontos se
destacam: 1º. reconhecimento da dificuldade de se compreender o conceito
de “Lei natural” e como abordar este ponto, fundamental para o diálogo
com nosso tempo, que vai requerer melhor formação dos agentes pastorais e
evangelizadores; 2º. a vocação da pessoa humana em Cristo.
A segunda parte, considera
situações desafiadoras postas pelo pluralismo cultural e secularismo
atuais. Por exemplo: as uniões de fato, também entre pessoas do mesmo
sexo os separados, os recasados, mães solteiras, os que pedem o
matrimônio não sendo praticantes, ou, sequer, crentes, os filhos gerados
no seio destas uniões. Fica bastante claro que a atitude pastoral será a
de propor, não impor. Contudo, não parece que haja as mudanças que “o
mundo” e muitos católicos esperam: que se queime o que se ensinava e se
ensine o que se queimava: “Trata-se portanto de «propor, não de impor;
acompanhar e não constranger; convidar, não expulsar; inquietar, nunca
desiludir”.
“A terceira parte apresenta
antes de tudo as temáticas relativas à abertura à vida, como o
conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões
pastorais, a praxe sacramental e a promoção de uma mentalidade
acolhedora”.
Enfim, o documento trata das dificuldades na sociedade, em geral, e no seio da própria Igreja, em
especial, a respeito da posição assumida pelo Magistério desde Paulo VI,
com referência à paternidade e maternidade responsáveis (“Humanae
Vitae”), ao tema das afeições, à geração da vida… Também a dificuldade
que encontram as famílias católicas em transmitirem a Fé aos filhos,
sobretudo em situações de crise e ruptura.
“Agora o documento será objeto
de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais e
confrontado com as diversas realidades locais a fim de evidenciar os
pontos focais sobre os quais adiantar propostas pastorais a serem
debatidas e aprofundadas durante os trabalhos da assembleia
extraordinária e, depois, na ordinária que terá lugar de 4 a 25 de
Outubro de 2015, cujo tema será «Jesus Cristo revela o mistério e a
vocação da família”.
*ver <www.news.va/pt>
Retirado de Caminhando com Ele.
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