domingo, 2 de outubro de 2011

Santos do Dia

2 de outubro

Santo Anjo da Guarda



Deus, que criou todas as coisas, criou também os anjos, para que o louvem, obedeçam e atendam. Criou-os para serem eternamente felizes e para que nos ajudem e guiem, especialmente toda a sua Igreja. Entretanto uma grande parte desses anjos cometeu o grave pecado da soberba, desejando tornar-se iguais ao próprio Criador. Por isso Deus os condenou e os precipitou no inferno, onde permanecerão para todo o sempre. Esses anjos rebeldes são chamados espíritos maus, diabos ou demônios, e têm como chefe Satanás.

Os anjos que ficaram fiéis a Deus são os chamados anjos bons ou simplesmente: anjos. Dentre esses é que Deus escolhe nosso Anjo da Guarda, que é pessoal e exclusivo, cuja função é proteger-nos até o retorno da nossa alma à eternidade. Ele nos ampara e nos defende dos perigos com que os espíritos maus nos tentam, na nossa vida terrena. "Porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos, eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra" (Sl 90,11-12).

Os Anjos da Guarda estão repletos de dons e privilégios especiais, com uma missão insubstituível ao longo da criação. Eles possuem a natureza angélica espiritual, que é a síntese de toda a beleza e de todas as virtudes de Deus, por isso impossível de ser representada.

Em um dos seus textos, são Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações à bondade misericordiosa do Altíssimo e de informar-nos se elas foram atendidas. Assim sendo, as graças que recebemos nos são dadas por Deus, que é o princípio e o fim de nossa vida, através da intercessão de nosso Anjo Bom.

Deus confiou cada criatura a um Anjo da Guarda. Esta é uma verdade que está em várias páginas da Sagrada Escritura e na história das tradições da humanidade, sendo um dogma da Igreja Católica, atualmente também confirmado pelos teólogos. A devoção dos anjos é mais antiga até que a dos próprios santos, ganhando maior vigor na Idade Média, quando os monges solitários receberam a companhia dessas invisíveis criaturas, cuja presença era sentida nas suas vidas de silenciosa contemplação e íntima comunhão espiritual com Deus-Pai.

Todavia o Eterno Guardião, como o Anjo da Guarda também é chamado, tão solicitado e cuidado durante a infância, está totalmente esquecido no cotidiano do adulto, que, descuidando de sua exclusiva e própria companhia, não se apercebe mais de sua angélica presença. Mas este espírito puro continua vigilante, constante dos pensamentos e de todas as ações humanas.

O Anjo da Guarda é um ser mais perfeito e digno do que nós, criaturas humanas. Não podemos ignorá-lo. Devemos amá-lo, respeitá-lo e segui-lo, pois está sempre pronto a proteger-nos, animar e orientar, para cumprirmos a missão da vida terrena, trilhando o caminho de Cristo e, assim, ingressarmos na glória eterna.

A celebração especialmente dedicada aos Anjos da Guarda começou na Espanha, no final do ano 400, propagando-se por toda a Europa em poucos séculos. Antes, ela ocorria no dia 29 de setembro, junto com a do arcanjo Miguel, guardião e protetor por excelência. O dia 2 de outubro foi fixado em 1670, pelo papa Clemente X, para celebrar separadamente o nosso santo Anjo da Guarda. E para ele a Igreja ditou uma das mais belas orações, que diz: "Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, já que a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarda, me governa e ilumina, agora e sempre. Assim seja".

Fonte: Paulinas

São Tomas de Ereford

Tomás era descendente de uma das mais ilustres famílias da Inglaterra, enlaçado em parentesco com as casas soberanas da França e da Grã-Bretanha. Aprendeu as ciências sob a orientação do tio, bispo de Ereford; daqui passou a Paris para completar a educação intelectual, e lá se distinguiu no aproveitamento e na piedade.
Muito versado na teologia e no direito civil e canônico, abraçou o estado eclesiástico, e foi nomeado chanceler da universidade de Oxónia (Oxford), e depois chanceler supremo do Rei de Inglaterra. No desempenho dos seus trabalhos mostrou-se sempre justo, laborioso e incansável. Nada se fazia, nas assembléias e no paço, sem o seu parecer e voto, e era tão respeitável a sua ilustrada prudência, que todos os buscavam como oráculo infalível.
O papa Gregório X mandou-o comparecer no concílio de Lião, celebrado em 1274; e um ano depois foi canonicamente eleito arcebispo de Ereford, e consagrado na catedral de Cantuária. Desde então, pensou somente em adquirir todos os predicados do pastor de almas, e chegou a conseguir a perfeição em todos eles. O tempo que lhe deixavam todos os deveres do seu ministério, dedicava-o ao retiro, ao estudo e à oração; e posto ser de débil compleição, não deixava de castigar o corpo com ásperas penitências. A sua caridade não conhecia limites, estendia-se a todas as necessidades espirituais e temporais dos seus diocesanos, a quem chamava irmãos.
No sétimo ano do seu pontificado, necessitando fazer uma viagem a Roma para tratar de negócios do seu bispado, acometido por grave enfermidade em Monte Fiascone, na Toscana, entregou a alma a Deus a 25 de Agosto de 1282, depois de se preparar para a morte com os atos da mais tocante piedade.
O venerável cadáver foi depois transferido para Ereford e colocado honorificamente na sua catedral. No dia 2 de Outubro de 1310, em presença dos milagres que Deus realizava pelos seus merecimentos, João XXII colocou solenemente a Tomás no catálogo dos Santos.

Fonte: Portal Católico

Beato Antonio Chevrier


Filho de uma família modesta nasceu em Lião (França), a 16 de Abril de 1826. Tendo completado os estudos preparatórios, filosóficos e teológicos, recebeu a ordem de presbítero no dia 25 de Maio de 1850. Foi nomeado pároco da freguesia de Santo André, no bairro operário de Lião, onde havia tremendos problemas sociais: crianças de 8 anos trabalhavam até dez horas por dia. Esta situação de injustiça levou as pessoas a afastarem-se da Igreja. Era urgente envidar esforços para remediar o mal. Ele fez o que pôde durante seis anos.
No Natal de 1856, rezando demoradamente diante do presépio do Menino Jesus, sente-se inspirado a seguir pelo caminho da pobreza e da humildade, a fazer-se pobre com os pobres.
Aconselhado pelo Santo Cura d'Ars, a quem consultou, em 1857 deixou a paróquia de santo André para se tomar capelão duma espécie de cidade de urgência, na qual estavam alojadas as vítimas das terríveis inundações de 1856. Consagra a maior parte do seu tempo às crianças e jovens, preparando-os para a primeira comunhão. Alugou e, mais tarde, comprou o Prado, antigo salão de baile, e transformou-o numa escola. Começa por arranjar comida e vestidos para as crianças e jovens pobres. Além disso, ensina-os à ler, escrever, contar e a rezar. Comunica-lhes a base da fé e da vida cristã.
As condições de vida no Prado são muito precárias. Vive-se da Providência, isto é, dos donativos que vão chegando. No entanto, foi prosseguindo e apareceram até pessoas dispostas a ajudar no trabalho, como a jovem Maria Boisson, que será depois a primeira das Irmãs do Prado.
O padre Antonio Chevrier teve a intuição de formar padres para o auxiliarem e no futuro continuarem aquela obra benéfica. Em 1865 abriu uma escola com essa finalidade. Encaminha depois os jovens para o seminário. Em Outubro de 1876, com a autorização do Arcebispo de Lião, os seus quatro primeiros seminaristas partem para Roma. Ele próprio, na devida altura, assiste à ordenação deles em são João de Latrão. É este um ponto importante na vida do Instituto dos Padres do Prado.
O padre Chevrier morreu aos 53 anos, a 2 de Outubro de 1879. Foi beatificado no dia 4 de Outubro de 1986.

Fonte: Portal Católico

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