terça-feira, 4 de outubro de 2011

Santos do Dia

4 de outubro

São Francisco de Assis



Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Umbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava.

Mas mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto.

Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.

A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada. Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no monte Alverne com tanta fé que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo.

Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas, que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados.

Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.

Morreu em 4 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Numa terra tão profundamente católica como a Itália, não poderia ter sido outro o escolhido senão são Francisco de Assis, que é, sem dúvida, um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.

Assim, nada mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isso que no dia de sua festa é comemorado o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser, mesmo, o Dia da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi, ao mesmo tempo, a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os seres humanos de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.

Fontes: Paulinas

São Petrônio


Petrônio era descendente da nobre e influente família Petrônia, de cônsules romanos, o que lhe propiciou ocupar cargos importantes na política. Alguns historiadores afirmam que era cunhado do imperador Teodósio II, apelidado de o Moço.

Ao certo, temos que foi ordenado sacerdote pelo bispo de Milão, santo Ambrósio, no ano 421. Até então, levava uma vida fútil e mundana na Gália, atual França, quando teve uma profunda crise existencial e largou tudo para vestir o hábito.

Até por isso ele foi usado como exemplo por Euquério, bispo de Lyon. Em carta a um cunhado, o bispo diz que ele deveria agir como Petrônio, que largou a Corte para abraçar o serviço de Deus.

Mais tarde, Petrônio foi nomeado o oitavo bispo de Bolonha. Um dos melhores, porque marcou seu mandato nos dois planos, espiritual e material. Conduziu seu rebanho nos caminhos do cristianismo, mas também trabalhou muito na reconstrução da cidade, destruída por ordem do imperador Teodósio I, chamado o Grande. Uma antiga tradição local conta que Petrônio teria sido nomeado e consagrado pelo próprio papa Celestino I, no ano 430. O pontífice teve um sonho, no qual são Pedro o auxiliou nessa escolha.

Contudo a nomeação foi perfeita, pois Petrônio enfrentou até invasões dos povos bárbaros durante a reconstrução. E não deixou o povo esmorecer, revigorando a fé e estimulando o trabalho duro. Depois de sua morte, em 480, a população passou a venerá-lo como padroeiro de Bolonha, guardando-o com carinho e respeito no coração.

Para conservar as suas relíquias, construíram uma das mais grandiosas basílicas do cristianismo, bem no centro da cidade. Iniciada em 1390, a construção demorou muitos anos para ser concluída, embora, de geração em geração, venha sendo embelezada por pintores e escultores de grande renome.

Fonte: Paulinas

Santa Calistena e Santo Adaucto

Diz-se que Adaucto, general do exército romano, era natural de Éfeso e tinha uma filha chamada Calistena, requisitada pelo imperador Maximino. Proporcionou-lhe o pai refúgio num lugar remoto da Mesopotâmia, e foi morto pelo pretendente desiludido (+ 312). Depois da morte do imperador, Calistena voltou para Éfeso, onde terminou santamente a vida no século IV.

Fonte: Portal Católico

Beato Columba Marmion

Joseph-Aloysius Marmion nasceu em Dublin (Irlanda), no dia 1 de Abril de 1858 de pai irlandês e mãe francesa. Três das suas irmãs consagraram-se a Deus numa Congregação religiosa chamada «Irmãs da Misericórdia».
Aos dezesseis anos ingressou no Seminário diocesano de Dublin, e terminou os mesmo estudos de teologia no Colégio «De Propaganda Fide», em Roma, sendo ordenado Sacerdote no dia 16 de Junho de 1881.
Sonhava ser monge missionário na Austrália, mas deixou-se cativar pela atração litúrgica da nova Abadia de Maredsous, que tinha sido fundada na Bélgica em 1872, foi visitar um companheiro de estudos, antes de regressar à Irlanda. Quis entrar nesse mosteiro, mas o seu Bispo pediu-lhe que esperasse algum tempo.
No seu ministério sacerdotal, de 1881 a 1886, conservou o zelo pastoral de missionário, desempenhando várias funções: vigário em Dundrum, professor no Seminário maior de Clonliffe, capelão de um convento de monjas redentoristas e de uma prisão feminina. Mas o seu grande desejo era tomar-se monge beneditino. Contudo, só em 1896 que lhe foi concedida licença para ingressar na Abadia de Maredsous, na diocese de "amor" (Bélgica). O seu noviciado entre monges mais jovens foi difícil, pois teve de mudar de costumes, cultura e língua, mas empregou um grande esforço na aprendizagem Já vida monástica e assim pôde emitir os votos solenes no dia 10 de Fevereiro de 1891.
A partir desse momento, viveu intensamente o espírito monástico beneditino e a sua influência espiritual atingiu sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, orientando-os para uma vivência deveras cristã, através dos seus escritos (<
Em 1909 é nomeado 3° Abade da abadia de Maredsous que constituía então uma comunidade de mais de 100 monges, com uma escola de humanismo, outra de Artes aplicadas e uma fama consolidada nas investigações e estudos sobre as origens da fé, sobretudo por meio da revista Revue Beneditina e outras publicações.
A grande prova do abade Marmion foi a primeira guerra mundial. A decisão de enviar os monges jovens para a Irlanda, para aí estarem seguros e poderem continuar a sua formação irá trazer-lhe grandes compromissos, viagens perigosas, preocupações e incompreensões entre as duas gerações de uma comunidade abalada e dividida pela guerra.
Quando faleceu, a 30 de Janeiro de 1923, vítima de uma epidemia de gripe. muitos dos seus contemporâneos o consideravam santo e mestre de vida espiritual e como tal continuou a ser considerado, sobretudo na preocupação de basear a fé nas suas fontes bíblicas e litúrgicas.
Foi beatificado no dia 3 de Setembro de 2000.

Fonte: Portal Católico

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