sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Santos do Dia

14 de outubro

São Calisto I


"Todo pecado pode ser perdoado pela Igreja, cumpridas as devidas penitências." A frase conclusiva é do papa Calisto I, ao se posicionar no combate às idéias heréticas, surgidas dentro do clero, que iam contra a Igreja.

Calisto entendia muito bem de penitência. Na Roma do século II, ele nasceu num bairro pobre e foi escravo. Depois, liberto, sua sina de sofrimento continuou. Trabalhando para um comerciante, fracassou nos negócios e foi obrigado a indenizar o patrão, mas decidiu fugir, indo refugiar-se em Portugal. Encontrado, foi deportado para a ilha da Sardenha e punido com trabalhos forçados. Porém foi nessa prisão que sua vida se iluminou.

Nas minas da Sardenha, ele tinha contato direto com os cristãos que também cumpriam penas por causa da sua religião. Ao vê-los heroicamente suportando o desterro, a humilhação e as torturas sem nunca perder a fé e a esperança em Cristo, Calisto se converteu.

Depois de alguns anos, os cristãos foram indultados e Calisto retornou à vida livre, indo estabelecer-se na cidade de Anzio, onde adquiriu reconhecimento dos cristãos, como diácono. Quando o papa Zeferino assumiu o governo da Igreja, chamou o diácono para trabalhar com ele. Deu a Calisto várias missões executadas com sucesso. Depois o nomeou responsável pelos cemitérios da Igreja.

Chamados de catacumbas, esses cemitérios subterrâneos da via Ápia, em Roma, tiveram importância vital para os cristãos. Além de ali enterrarem seus mortos, as catacumbas serviam, também, para cerimônias e cultos, principalmente durante os períodos de perseguição. Calisto começou suas escavações, organizou-as e valorizou-as.

Nelas mandou construir uma capela, chamada Cripta dos Papas, onde estão enterrados quarenta e seis pontífices e cerca de duzentos mil mártires das perseguições contra os cristãos.

Com a morte do papa Zózimo, o clero e o povo elegeram Calisto para substituí-lo, mas ele sofreu muita oposição por causa de sua origem humilde de escravo. Hipólito, um dos grandes teólogos do catolicismo e pensadores da época, era o principal deles. Hipólito tinha um entendimento diferente sobre a Santíssima Trindade e desejava que determinados pecados não fossem perdoados. Entretanto o papa Calisto I manteve-se firme na defesa da Igreja, rompendo com Hipólito e seus seguidores, respondendo a questão com aquela frase conclusiva. Anos depois, Hipólito reconciliar-se-ia com a Igreja, tornado-se mártir da Igreja por não negar sua fé em Cristo.

O papa Calisto I governou por seis anos. Nesse período, concluiu o trabalho nas catacumbas romanas, conhecidas, hoje, como as catacumbas de são Calisto. Em 222, ele se tornou vítima da perseguição, foi espancado e, quase morto, jogado em um poço. No local, agora, acha-se a igreja de Santa Maria, em Trastevere, que guarda o seu corpo, em Roma.

Fonte: Paulinas

São Burchardo


Burchardo nasceu na Inglaterra. Educado desde a infância no cristianismo, na juventude tornou-se um monge beneditino. Em 735, quis realizar o antigo sonho de tornar-se missionário e partiu como voluntário para a Alemanha, indo juntar-se, ao agora santo, bispo Bonifácio, que chefiava os trabalhos de evangelização junto àquela população ainda pagã. Fez uma longa estadia no Mosteiro de Fritzlar, fundado por Bonifácio, até que foi destinado para levar a Palavra de Deus aos habitantes da Turíngia.

Alto e forte, inteligente e piedoso, logo se tornou um missionário destacado. Em pouco tempo, a população pagã, que cultuava entidades como os deuses Odin e Freia, passou a encher as poucas igrejas existentes. Burchardo, então, passou a construir novos templos em ritmo acelerado. Tanto assim que, próximo ao ano 742, o próprio bispo Bonifácio instituiu a diocese de Wurzburg, para a Turíngia Meridional e para a Francônia Oriental, consagrando Burchardo primeiro bispo.

Mais tarde, o próprio rei Pepino, o Breve, seguido pelos herdeiros, dotou essa diocese com numerosos benefícios, que até mesmo foi elevada à condição de ducado, com jurisprudência sobre as que estavam subordinadas a ela. Tal mérito se deve, especialmente, a Burchardo, cuja fama de santidade era voz corrente entre os habitantes.

Mesmo assim, nada foi fácil no seu trabalho, sendo muito perseguido e caluniado. Participou de dois importantes concílios: em 743, o dos bispos germânicos e, em 747, o dos francos. Também construiu o importante Mosteiro beneditino de Santo André, em Wurzburg. Após doze anos de incansável apostolado na diocese, o povo já era todo cristão. Em 753, Burchardo serenamente morreu, sendo sepultado na igreja da cidade.

Num dia 14 de outubro, entre os anos 984 e 990, o então bispo Hugo promoveu o solene translado de suas relíquias para a capela do Mosteiro de Santo André. A data passou a ser a da tradicional celebração de são Burchardo, sendo também adotada pela Igreja quando autorizou o seu culto, no século XII.

Fonte: Paulinas.

São João Ogilvie


Nasceu em Drum (Escócia), em 1579, morreu enforcado em Glásgua, a 10 de Março de 1615. Foi Beatificado por Pio XI em 1929, e canonizado por Paulo VI, a 17 de Outubro de 1976.
João Ogilvie, de sangue nobre, foi criado no calvinismo. Aos 16 anos partiu para Lovaina, onde o célebre jesuíta Comélio à Lápide o converteu ao catolicismo. Entrou depois na Companhia de Jesus, em Brunn, na Morávia, Checoslováquia, e foi ordenado sacerdote em Paris.
À força de pedir que o deixassem voltar à pátria, a fim de socorrer os católicos perseguidos, obteve licença e foi.
Converteu muitos hereges, mas entregue 18 meses depois por um traidor ao arcebispo protestante de Glásgua, sofreu na prisão os maiores suplícios. Durante oito dias e nove noites, os carcereiros não o deixaram dormir. Trespassavam-lhe continuamente o corpo com agulhas e estiletes. Isto, porém, não o impediu de desconcertar os juizes pela firmeza, a propósito e graça das suas respostas.
Momentos antes da execução, conseguiu engenhosamente que um ministro protestante confessasse, quase sem dar por isso, que ele morria só pela fé católica. «Daria mais cem vidas, de boa vontade, se as tivesse», declarou ele à multidão que rodeava o cadafalso.

Fonte: Portal Católico

Beata Madalena Panattieri


Entre o Piemonte e a Lombardi estava, no fim do século XV, o marquesado de Monferrato. Lá, na cidade de Trino, nasceu Madalena Panattieri, em 1443. Venho ao mundo pelo mesmo tempo que Bramaste, Cristóvão Colombo, Perígino, Commynes e Botticelli. A França e a Inglaterra estavam em conflito, e a ameaça otomana crescia a Oriente.
Madalena fez os seus votos de religião antes dos 20 anos, alistando-se definitivamente na Ordem Terceira dominicana. Um convento, fundado em Trino em 1403, servia de centro a uma fraternidade de piedosas donzelas e viúvas. Madalena, alma de grande coração, mostrava muito cuidado pelo bem-estar dos seus compatriotas. Era vista cada dia, na cidadezinha, fazer uma ronda de caridade, um pouco como enfermeira, outro pouco como distribuidora de alimentos, sempre pronta a prestar serviço, nunca como mexeriqueira. Por vezes tratava dos mendigos e banqueteava-se com os restos por eles deixados. Gostava de crianças e socorria mulheres estéreis, mães e criancinhas em perigo. O melhor que lhe era possível, combatia os vícios, em particular a usura, verdadeiro flagelo social na Itália dessa época. Catequizava numa capela: modestas conferências, começadas pouco a pouco para algumas mulheres, que viram o auditório ampliar-se. Vieram-na escutar homens, padres e religiosos. Teve a ouvi-la noviços dominicanos, trazidos pelo mestre.
Graças sem dúvida à oração dela, Trino veio a constituir centro de fervor apostólico, animado em 1490 por Maggi, prior dos pregadores de Milão, comissário geral da congregação lombarda. Um dia, um arrebatado, inimigo dos dominicanos, a censurara e lhe bate, rasgando uma bula colada à porta da igreja. Mas ela pôs-se de joelhos, dizendo: «Meu irmão, eis aqui também a outra face (cfr. Mt 5, 39). Bata! Estou pronta por amor de Deus e da Igreja». O bruto, que tinha o nome predestinado de Perduto (= perdido), morreu de morte desastrada nesse ano.
Madalena, iluminada por Deus, previa as infelicidades que o século XVI reservava para Itália: seria espezinhada pelo estrangeiro, Roma seria saqueada em Maio de 1527. Nos seus êxtases, gritava como profetisa: «Desgraçada Itália!» Mas o que é certo é que Trino foi poupada.
Morreu a 13 de Outubro de 1503. Quando lhe trouxeram o Viático, ela pôs-se a rezar muito alto, acusando-se com profunda humildade e intercedendo pelo povo de Trino. Depressa se manifestou o culto popular, confirmado por Leão XII, em honra da terceira dominicana. A sua mão direita é conservada num relicário precioso. Houve festas em 1903 a assinalarem o quarto centenário da sua morte.

Fonte: Portal Católico

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