quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Santos do Dia

5 de outubro

São Benedito, o Negro



Hoje é um dia muito especial para o povo brasileiro. Comemora-se o dia de são Benedito, um dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, "o Mouro". Tal adjetivo, em italiano, é usado para todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já entre nós ele é chamado de são Benedito, o Negro, ou apenas "o santo Negro".

Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 4 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada, desde 1983, em 5 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.

Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de batismo.

Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da ilha e, desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os amigos, brincando, profetizavam: "Nosso santo mouro". Aos vinte e um anos de idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis, fundada por Jerônimo Lanza sob a Regra franciscana, em Palermo, capital da Sicília. E tornou-se um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração, pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência.

Na Irmandade, exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo e analfabeto, mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que os superiores o nomeassem mestre de noviços e, mais tarde, foi eleito o superior daquele convento. Mas quando o fundador faleceu, em 1562, o papa Paulo IV extinguiu a Irmandade, ordenando que todos os integrantes se juntassem à verdadeira Ordem de São Francisco de Assis, pois não queria os eremitas pulverizados em irmandades sob o mesmo nome.

Todos obedeceram, até Benedito, que sem pestanejar escolheu o Convento de Santa Maria de Jesus, também em Palermo, onde viveu o restante de sua vida. Ali exerceu, igualmente, as funções mais humildes, como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade pelos milagres que se sucediam por intercessão de suas orações.

Eram muitos príncipes, nobres, sacerdotes, teólogos e leigos, enfim, ricos e pobres, todos se dirigiam a ele em busca de conselhos e de orientação espiritual segura. Também foi eleito superior e, quando seu período na direção da comunidade terminou, voltou a reassumir, com alegria, a sua simples função de cozinheiro. E foi na cozinha do convento que ele morreu, no dia 4 de abril de 1589, como um simples frade franciscano, em total desapego às coisas terrenas e à sua própria pessoa, apenas um irmão leigo gozando de grande fama de santidade, que o envolve até os nossos dias.

Foi canonizado em 1807, pelo papa Pio VII. Seu culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado santo padroeiro de toda a população afro-americana, mas especialmente dos cozinheiros e profissionais da nutrição. E mais: na igreja do Convento de Santa Maria de Jesus, na capital siciliana, venera-se uma relíquia de valor incalculável: o corpo do "santo Mouro", profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Assim foi toda a vida terrena de são Benedito, repleta de virtudes e especiais dons celestiais provindos do Espírito Santo.

Fonte: Paulinas.

Santa Maria Faustina Kowalski


Não podemos dizer que exista alguma novidade numa irmã que fale sobre a Misericórdia Divina e do nosso dever de ser misericordioso. Assim como sabemos que, sob a insígnia da Misericórdia, nasceram muitas comunidades e instituições cristãs, ao longo de todos os tempos. O diferencial de santa Faustina foi ter dado vida, sob essa insígnia, a um grande movimento espiritual, justamente quando a humanidade mais carecia de misericórdia: entre as duas guerras mundiais.

Nascida na aldeia Glogowiec, na Polônia central, no dia 25 de agosto de 1905, em uma numerosa família camponesa de sólida formação cristã, foi batizada com o nome de Helena, terceira dos dez filhos de Mariana e Estanislau Kowalski. Desde a infância, sentiu a aspiração à vida consagrada, mas teve de esperar diversos anos antes de poder seguir a sua vocação. Mas desde aquela época só fez percorrer a via da santidade.

Aos dezesseis, anos deixou a casa paterna e começou a trabalhar como doméstica, na cidade de Varsóvia, da Polônia independente. Lá, maturou na oração a sua verdadeira vocação de religiosa. Assim, em 1925, ingressou na Congregação das Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, adotando o nome de Maria Faustina. O carisma desse Instituto está voltado para a educação das jovens e para a assistência das mulheres necessitadas de renovação espiritual. Após concluir o noviciado e emitir os votos perpétuos, percorreu diversas casas, exercendo as mais diversas funções, como cozinheira, jardineira e porteira. Teve uma vida espiritual muito rica de generosidade, de amor e de carismas, que escondeu na humildade do seu cotidiano.

Irmã Faustina, como era chamada, ofereceu-se a Deus pelos pecadores, sobretudo por aqueles que tinham perdido a esperança na Misericórdia Divina. Nutriu uma fervorosa devoção à eucaristia e à Virgem Maria, e amou intensamente a Igreja. Com freqüência, era acometida por visões e revelações, até que seu confessor e diretor espiritual lhe sugeriu anotar tudo. Assim, em 1934 ela começou a escrever um diário, intitulado "A Divina Misericórdia em minh'alma", mais tarde traduzido e publicado em vários países.

Em seu diário, irmã Faustina escreveu que à perfeição chegamos através da união íntima da alma com Deus, e não por meio de graças, revelações ou êxtases. Ela se manteve sempre tão humilde que não acreditava, na sua própria experiência mística, um sinal de santidade. Expressou todo o seu amor ao Senhor por meio de uma fórmula muito simples, que fez questão de propagar entre os fiéis: "Jesus, confio em vós".

Consumida pela tuberculose, ela morreu no dia 5 de outubro de 1938, com apenas trinta e três anos de idade, na cidade de Cracóvia, Polônia. Beatificada em 1993, foi proclamada santa Maria Faustina Kowalski pelo papa João Paulo II em 2000. As suas relíquias são veneradas no Santuário da Divina Misericórdia, de Cracóvia.

Fonte: Paulinas

Bem-aventurado Francisco Xavier Seelos

Francisco Xavier Seelos nasceu no dia 11 de janeiro de 1819, em Füssen, na região da Baviera, Alemanha. Era um entre os onze filhos do casal Magno e Francisca, e teve na família o grande incentivo para sua vida de consagração a Deus. Seu pai, um simples comerciante de tecidos, a partir de 1830 passou a ser o sacristão na paróquia de São Magno, da sua cidade natal. Assim foi que o menino Francisco, após concluir os estudos filosóficos, seguiu admitido no Seminário de Mônaco da Baviera em 1842.

No mesmo ano, abraçou o carisma da Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por santo Afonso Maria de Ligório. Mas, impressionado com as informações sobre a falta de assistência religiosa e social com que se deparavam os imigrantes alemães nos Estados Unidos da América do Norte, pediu para trabalhar como missionário naquele país.

Assim, partiu em 1843. Após um ano de noviciado, recebeu a ordenação sacerdotal na igreja de São Tiago de Baltimore, em Maryland, nos Estados Unidos, dedicando todo o seu apostolado à causa dos imigrantes alemães naquele país. Alguns meses depois, foi transferido para Pittsburg, na Pensilvânia, onde trabalhou como vice-pároco de João Neumann, superior da comunidade dos redentoristas e, hoje, também venerado como santo pela Igreja Católica.

Participou nas "Missões das Paróquias" em várias localidades, sempre se distinguindo como grande pregador, bom confessor e zeloso pastor dos pobres e marginalizados. O ponto fundamental do seu apostolado era o ensino da catequese para o crescimento da comunidade paroquial.

Cuidou, também, da formação de outros redentoristas. Sendo o encarregado de estudos, infundia nos seminaristas entusiasmo, espírito de sacrifício e zelo apostólico.

Em 1860, o bispo de Pittsburg propôs ao papa Pio IX o nome de Francisco Xavier Seelos como seu sucessor, mas este escreveu ao sumo pontífice pedindo que fosse nomeado outro sacerdote no seu lugar.

Depois disso, entre 1863 e 1866, trabalhou como missionário itinerante em vários outros estados e, quando lhe foi designada a comunidade de New Orleans, ali permaneceu pouco tempo, pois, na assistência pastoral a vários doentes, contraiu a febre amarela. Ele suportou a enfermidade com paciência e resignação, mas foi obrigado a afastar-se de quase todas as atividades pastorais. Faleceu na noite de 4 de outubro de 1867.

Francisco Xavier Seelos foi beatificado no solene Ano Jubilar de 2000 pelo papa João Paulo II, que designou sua comemoração litúrgica para o dia seguinte à data de sua morte.

Fonte: Paulinas

Beato Bartolomeu Longo


Filho de pais honrados e piedosos, nasceu em Latino (Itália), a 11 de Fevereiro de 1841. Desde os 5 anos, foi confiado aos cuidados dos Padres Escolápios para receber educação e formação convenientes. Terminado o curso de direito em Nápoles, assistiu a sessões espiritistas e ficou com a fé abalada. Mas, graças aos esclarecimentos e conselhos do P. Alberto Radente, O. P., seu amigo, reconheceu os próprios erros e, pondo de lado o respeito humano, entregou-se a obras de caridade em prol dos velhinhos. Filiou-se na Ordem Terceira de S. Domingos e decidiu-se a amar a Deus com todas as forças, tomando por modelo o Coração Divino de Cristo, cuja devoção propagava fervorosamente.
Procurava manter o espírito recolhido na ação apostólica, esforçando-se por avivar amiúde a presença de Deus. Com o coração a arder em amor divino, desejava transmitir aos outros o santo fogo que o devorava, servindo-se para isso da arma do terço à Santíssima Virgem.
A Senhora Maria Ana Famararo, viúva do conde de Fusco, depositava grande confiança na probidade e espírito empreendedor do Servo de Deus e, por isso, entregou-lhe a administração de uma propriedade no vale de Pompeios, a cerca de 25 km a sul de Nápoles. O Dr. Bartolomeu, a 13 de Novembro de 1875, conseguiu que durante uma missão levassem lá a imagem de Nossa Senhora do Rosário e propôs que em honra da Mãe de Deus se levantasse um santuário. No dia 8 de Maio do ano seguinte, lançava-se a primeira pedra do grandioso templo que viria a ser centro de grande piedade e caridade a favor dos necessitados.
Impelido por ilimitada Confiança em Deus, com o auxílio de D. Maria Ana Famararo e esmolas dos fiéis, conseguiu, à custa de grandes sacrifícios, construir um orfanato e um colégio para filhos e depois também para filhas dos encarcerados. Montou uma tipografia que, com a publicação de impressos, muito contribuiu para promover o culto de Maria Santíssima e manter as obras de caridade. Aproveitando bem o seu tempo, logrou escrever mais de uma centena de opúsculos sobre ascética, história sagrada e devoção a Maria.
Em 1884 fundou a revista li Rosário e lá Nova Pompei, que dirigiu até ao térmico dos seus dias.
A instâncias suas, fundou-se no vale de Pompeios a congregação das Filhas do Santo Rosário da Ordem Terceira de S. Domingos, para formar na piedade e no estudo as meninas ali reunidas pelo coração magnânimo do Servo de Deus.
A obra tão gigantesca e benfazeja não podia faltar a perseguição, característica própria das obras divinas. Um indivíduo, que dava pelo nome de Francisco Vittorio Romanelli, a serviço de quem lhe pagava para tal, atirou-se a caluniar o Servo de Deus, afirmando - entre outras coisas - que ele desviava o dinheiro das missas que os fiéis -mandavam celebrar no Santuário. A calúnia tomou tais proporções que o Santo Padre Pio - mal informado - chegou a declarar que o Dr. Bartolomeu Longo lhe tinha sido retrata como o advogado mais trapaceiro da Itália.
Caluniaram-no também num ponto muito sensível, acusando-o de relações imo'Z..S com a viúva condessa de Fusco, que tão casta e magnanimamente o ajudava. O Lada era cruel: ou afastar-se ele ou ela da obra de Pompeios. Graças a Deus, não foi, porque Leão XIII, posto a par da situação, resolveu o problema com muita docilidade:
- O Senhor Doutor é solteiro?
- Sou, sim, Santo Padre.
- A Senhora Condessa é viúva?
- Sou, sim, Santidade.
- Então casam e ninguém mais poderá falar.
Haviam ido a Roma como amigos. Regressaram como esposos. As núpcias celebra-se no dia I de Abril de 1885.
Assim como se cortou pela raiz o fundamento da calúnia contra a castidade do Servo de Deus, também as acusações contra os desvios de dinheiro caíram por terra com 2 doação de todas as obras de Pompeios à Santa Sé. No dia 12 de Setembro de 1906 perante notário o instrumento de cadencia.
O que procuramos sintetizar em breves parágrafos, foi uma longa e escabrosa caminhada de sofrimentos sem conta, que o Servo de Deus resumiu assim no seu diário: Jesus fez-me provar a agonia do Horto, a coroa de espinhos, a traição de Judas. o abandono e os insultos. Mas assim como o Filho de Deus triunfou da via dolorosa e do sepulcro com a ressurreição gloriosa, assim Bartolomeu Longo viu a sua obra consolidada e garantida sob a égide da Santa Sé. Dois dias depois da assinatura do documento de doação, Pio X recebeu o casal Bartolomeu e Maria Ana, que apresentaram ao Vigário de Cristo alguns dos rapazes e meninas, filhos de encarcerados, que se educavam no Vale de Pompeios e que de aí por diante seriam, na expressão graciosa do Comendador, «os filhos do Papa».
Mas as honras mais elevadas que até hoje recebeu o Servo de Deus foram as que lhe prestou João Paulo 11, a 26 de Outubro de 1980, na homilia da beatificação:
«... Finalmente - (nesse dia foram beatificados também Luís Orione e Maria Ana Sala) - devo referir-me a Bartolomeu Longo, fundador do célebre Santuário de Pompeios, onde fui há um ano com profunda devoção. Ele é o apóstolo do Rosário, o leigo que viveu totalmente o seu empenho eclesial.
Bartolomeu Longo foi o instrumento da Providência para a defesa e testemunho da fé cristã e para a exaltação de Maria Santíssima num período doloroso de cepticismo e anticlericalismo.
De todos é conhecida a sua longa vida - ele faleceu a 5.10.1926, com quase 86 anos - inspirada por uma fé simples e heróica, densa de episódios sugestivos, durante a qual brotou e se desenvolveu o milagre de Pompeios. Começando pela humilde catequese à população do Vale de Pompeios e pela reza do Terço diante do famoso quadro de Nossa Senhora até à inauguração do estupendo Santuário e instituição das obras de caridade para os filhos e filhas dos presos, Bartolomeu Longo levou por diante com intrépida coragem uma obra grandiosa, que ainda hoje nos deixa estupefato e admirados.
Mas, sobretudo, é fácil notar que toda a sua existência foi um intenso e constante serviço de Igreja em nome e por amor de Maria. Bartolomeu Longo, Terceiro da Ordem Dominicana e fundador da Instituição das Irmãs "Filhas do Santo Rosário de Pompeios", pode verdadeiramente definir-se o "homem da Mãe de Deus". Por amor de Maria toma-se escritor, apóstolo do Evangelho, propagador do Terço, fundador do célebre Santuário através de enormes dificuldades e adversidades. Por amor de Maria criou institutos de caridade, fez-se mendicante em favor dos filhos dos pobres e transformou Pompeios numa viva cidadezinha de bondade humana e cristã. Por amor de Maria, suportou em silêncio tribulações e calúnias, passando através de um longo Getsémani, sempre confiante na Providência, sempre obediente ao Papa e à Igreja.
Ele, com o terço nas mãos, diz-nos ainda hoje a nós, cristãos do fim do século XX: "Desperta a tua confiança na Santíssima Virgem do Rosário... Procura ter a fé de Jobl. Santa Mãe muito querida, eu deponho em Vós toda a minha aflição, toda a esperança e toda a confiança!"».
AAS 67(1975)746-50; 72( 1980) 1086-90; D. MONDRONE, o. c. 1,411-29; L'OSS. ROM.2.11.1980.

Fonte: Portal Católico

Beato Raimundo de Cápua


Nascido em Cápua, pelo ano de 1330, de nobre família, veio a morrer em Norimberg, em Setembro de 1399. Estudou em Bolonha, onde entrou na Ordem dos Dominicanos; foi professor lá e em Roma.
Em 1363 passou para Montepulciano, como diretor espiritual do Convento de Santa Inês. Em 1367 foi constituído prior do Convento de Minerva em Roma, donde se dirigiu em seguida para a Toscana com outros encargos do Capítulo Geral, entre os quais primeiramente a direção espiritual de Catarina de Sena (1374), a quem ele guiou com suma prudência, e com devoção mais de discípulo do que de mestre. Colaborando com a Santa no regresso do Papa, de Avião para Roma, acompanhou-a à corte francesa de Gregório XI (1376) e depois para Roma, onde, satisfeito de estar ainda ao lado, foi encarregado novamente do priorado de Minerva (1378); mantendo este oficio, foi enviado por Urbano VI como legado a Carlos V da França.
Fiel à virgem ainda depois de sua morte, defendeu sempre com ela esse papa, mesmo durante o cisma ocidental (1378-1417). Depois de um ano de provincial ato na Nonnandia, foi eleito Geral dominicano, cargo que, decorridos dez anos, transfundo em reforma segundo as exigências conhecidas nas visitas aos vários conventos da Itália, da Alemanha e da Hungria. Veio a morrer em Norimberga, na visita que então lá fazia. De capital importância para a história de Santa Catarina de Sena é a Legenda que sobre ela compôs em 1393; foi publicada pela primeira vez em Florença, em 1477. Leão XIII confino o culto de Raimundo, com festa a 5 de Outubro.

Fonte: Portal Católico.

São Plácido

Durante cinco séculos, os beneditinos honraram-no como confessor não pontífice, isto é, como servo de Deus que não fora nem bispo nem mártir. Tinham sido informados por S. Gregório Magno que o pai, patrício romano, o entregara ainda menino a S. Bento, e que em Subiaco este mandara um dia a Santo Amaro que o salvasse de morrer afogado. Quanto ao mais, julgavam que o discípulo tinha seguido o mestre para Monte Cassino e que, depois, tinha aí morrido na cama.
Foi pelo ano de 1100 que os beneditinos da Sicília julgaram oportuno transformar Plácido em mártir siciliano. Foram ajudados pelo seu confrade Pedro Diácono, que fabricou uma Paixão a descrever-lhe o suplício. Pedro conta que, tendo recebido Plácido uma propriedade em Messina, deixou Monte Cassino para ir aí construir um mosteiro e uma igreja. Já tinham chegado de Roma para a festa da dedicação os seus dois irmãos e uma irmã, quando, uma noite, depois de matinas, invadiram o convento corsários pagãos, quando os monges voltavam às celas. Plácido ia à frente com a irmã e os irmãos, seguidos de 30 religiosos que formavam a recente comunidade. Depois de lhes baterem, os piratas tentaram sufocá-los com fumo para os levar à apostasia; mas ninguém entre eles renegou a fé. A Plácido, que os animava, cortaram os lábios, quebraram o maxilar e arrancaram a língua. Por fim, como aos outros, amputaram-lhe a cabeça.
Em Agosto de 1588 foram descobertos em Messina numerosos esqueletos, entre os quais se julgou reconhecer os de Plácido e companheiros; o que lhes rendeu a todos entrar como mártires no Martirológio Romano. É provável que dele saiam quando este Martirológio for reeditado; à expedição de Plácido, que voltará a ser confessor não pontífice.

Fonte: Portal Católico

Santa Flor ou Flora

Nasceu em Ars (Cantal, França), por 1300, e morreu em Hôpital-Beaulieu (Tol), em 1347. É a padroeira das Violetas, das Violanas, das Margaridas, das Dálias, das Congossas, das Hortênsias, das Anêmonas, e em geral daquelas que têm nome de flores. Filha dum senhor chamado Pons, Flor entrou muito nova, para se fazer religiosa, no hospício que possuíam em Beaulieu os cavaleiros de S. João de Jerusalém. Eram nele recebidos doentes e peregrinos. Toda a vida andou Flora cheia de graças e sofrimentos. Os êxtases duravam nela por vezes desde a Missa da manhã até às vésperas da tarde.

Fonte: Portal Católico

Beato Alberto Marvelli


Nasceu em Ferrara (Itália), no dia 21 de Março de 1918, segundo filho de uma família profundamente religiosa, mas também empenhada no mundo político, eclesial e caritativo.

Em 1930 a família transfere-se para Rímini, onde Alberto frequenta o Oratório Salesiano da sua paróquia, incrementando assim a sua formação religiosa, que terá muita influência na sua vida espiritual. Em 1933 falece repentinamente seu pai; em Outubro do mesmo ano começa a escrever um diário, que é a história da sua vida interior, do seu caminho espiritual, da sua experiência de Deus. A sua pertença à Acção Católica enriquece a sua espiritualidade. Aos quinze anos é delegado para os aspirantes da sua paróquia; em 1935, delegado diocesano; em 1937 inscreve-se na Federação dos Universitários Católicos Italianos e em 1946 torna-se presidente dos Licenciados Católicos. Desempenha, nestes anos uma intensa actividade de apostolado.

Em 1936 inscreve-se na Universidade de Bolonha na faculdade de engenharia mecânica, formando-se com bons votos em 1941. O percurso universitário marca uma nova etapa no seu caminho espiritual, animado pela meditação do mistério eucarístico. Nesse ano, a Itália entra em guerra e Alberto parte como militar, desempenhando na caserna um apostolado intenso. Consegue mudar muitas coisas: vence as blasfémias e a imoralidade, desperta o sentido da fé no coração de muitos, constitui um grupo de compromisso de vida cristã. Termina a guerra e Alberto regressa para Rímini quando, a 1 de Novembro de 1943 um terrível bombardeamento destrói a cidade. Alberto torna-se o operário da caridade: socorre os feridos, tirando-os das ruínas, distribui aos pobres tudo o que possui e que consegue recolher, salva muitos jovens da deportação dos alemães. Mais tarde, com a ajuda dos Licenciados Católicos, abre uma mensa para os pobres.

Depois da libertação de Rímini, em Outubro de 1944, é constituída a primeira Junta Municipal do Comité de Libertação e, Alberto é um dos Assessores, com apenas 26 anos, mas muito realista, corajoso e disponível ao enfrentar as situações mais difíceis; são-lhe confiadas as tarefas mais delicadas.

Em 1945 inscreve-se no Partido da Democracia Cristã, concebendo a sua actividade política como a expressão mais nobre da fé por ele vivida, segundo as palavras de Pio XII: "o campo político é o campo de uma caridade mais ampla: a caridade política".

Em 1946 sente que o Senhor o chama a formar uma família e deseja para esposa a jovem com a qual partilhou uma forte amizade espiritual. Manifesta esta sua intenção, mas a jovem já tinha feito outra opção. Na noite do dia 5 de Outubro do mesmo ano, quando ia de bicicleta fazer um comício eleitoral, foi atropelado por um camião militar. Falece algumas horas mais tarde sem retomar os sentidos.

No dia 22 de Maio de 1986 foi emanado o decreto sobre a heroicidade das suas virtudes e proclamado Venerável. A 7 de Julho de 2003 a Congregação para as Causas dos Santos atribuiu à sua intercessão uma cura milagrosa.

Fonte: Evangelho Quotidiano

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