O que são livros apócrifos?
Sem a autoridade da Igreja eles não podem ser interpretados
São aqueles livros que foram escritos pelo povo de Deus, mas que não foram considerados pelo Magistério da Igreja como revelados pelo Espírito Santo, portanto, não são canônicos, isto é, não fazem parte do cânon (índice) da Bíblia. As razões que levaram a Igreja a não considerá-los como Palavra de Deus é que muitos são fantasiosos sobre a Pessoa de Jesus e sobre outros personagens bíblicos. Além disso, muitos destes possuem até heresias como o gnosticismo. No entanto, neles há algumas verdades históricas e isso faz a Igreja considerá-los importantes nos estudos. Há livros apócrifos referentes ao Novo e ao Antigo Testamento. Alguns deles são os seguintes:
A. Referentes ao Antigo Testamento
Jubileus; A Vida de Adão e Eva; 1 Henoque; 2 Henoque; Apocalipse de Abraão; Testamento de Abraão; Testamento de Isaac; Testamento de Jacó; Escada de Jacó; José e Asenet; Testamento dos Doze Patriarcas; Assunção de Moisés; Testamento de Jó; Salmos de Salomão; Odes de Salomão; Testamento de Salomão; Apocalipse de Elias; Ascensão de Isaías; Paralipômenos de Jeremias; Apocalípse Siríaco de Baruc; Apocalipse de Sofonias; Apocalipse de Esdras; Apocalipse de Sedrac; 3 Esdras; 4 Esdras; Sibilinos; Pseudo-Filon; 3 Macabeus; 4 Macabeus; Salmos 151-155; Oração de Manassés; Carta de Aristeu; As Dezoito Bênçãos; Ahigar; Vida dos Profetas; Recabitas;
B. Referentes ao Novo Testamento
Evangelhos
Evangelho segundo os Hebreus (gnóstico) – fim do século I.
Proto - Evangelho de Tiago (História do nascimento de Maria).
Evangelho do Pseudo Tomé.
Evangelho de Pedro (docetismo) – meados do século II.
Evangelho de Nicodemos.
Evangelho dos Ebionitas ou dos Doze Apóstolos– meados do século II.
Evangelho segundo os Egípcios – meados do século II.
Evangelho de André – séculos II/III
Evangelho de Filipe – séculos II/III
Evangelho de Bartolomeu – séculos II/III
Evangelho de Barnabé – séculos II/III
Outros Assuntos
O drama de Pilatos
A morte e Assunção de Maria
A Paixão de Jesus
Descida de Jesus aos Infernos
Declaração de José de Arimatéia
História de José, o carpinteiro
Atos
Atos de Pedro; Atos de Paulo; Atos de André; Atos de João; Atos de Tomé; Atos de Felipe; Atos de Tadeu.
Epístolas
Epístolas de Barnabé
Terceira Epistola aos Coríntios – século II d.C.
Epístola aos Laodicenses – fim do século II d.C.
Carta dos Apóstolos – 180 d.C.
Correspondência entre Sêneca e São Paulo – século IV d.C.
Apocalípses
Apocalipse de Pedro – meados do século II
Apocalipse de Paulo – 380 d.C.
Sibila Cristã – século III
Isso mostra que a Igreja foi muito criteriosa na seleção dos livros que formariam a Bíblia, isto é, revelados, Palavra de Deus. Por Intermédio de sua Tradição, interpretada pelo Magistério, a Igreja nos deu a Bíblia como a temos hoje. Portanto, sem a autoridade dela [Igreja] a Sagrada Escritua não pode ser interpretada, pois não existiria a Bíblia, como a temos hoje, sem a Igreja.
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
Fonte: Canção Nova
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