Polícia liga Universal a doleiros do Banestado
21/09/2009 - 09h24
Polícia liga Universal a doleiros do Banestado
da Folha Online
21/09/2009 - 09h24
Polícia liga Universal a doleiros do Banestado
da Folha Online
Uma empresa sediada nas Ilhas Cayman e ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, a Cableinvest, recebeu no exterior recursos de doleiros envolvidos no escândalo da Beacon Hill. Segundo a Polícia Federal, eles utilizaram um sistema clandestino de remessa de recursos (dólar-cabo) que foge ao controle do Banco Central, informa reportagem de Rubens Valente, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a reportagem, a BHSC (Beacon Hill Service Corporation) encerrou suas atividades em 2003 por pressão do governo dos EUA, sob acusação de retransmissão ilegal de fundos superiores a US$ 3,2 bilhões. De acordo com a investigação americana, ao gerenciar contas abertas em nome de empresas offshore, a BHSC ocultava os donos do dinheiro e dava margem a sonegação fiscal e evasão de divisas.
A Folha inform que, segundo registros da empresa, ao menos US$ 1,8 milhão saíram, entre 1997 e 1998, da conta "Titia" --gerida por doleiros brasileiros como uma subconta da BHSC no banco Chase Manhattan-- para uma conta aberta em nome da Cableinvest Limited no Royal Bank of Scotland (Nova York).
Outro lado
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que a empresa Cableinvest é assunto "vencido", citando decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Antes de interromper entrevista concedida no último dia 9, o senador disse que enviaria um e-mail com a decisão do tribunal, mas isso não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus, Arthur Lavigne, foi procurado, por telefone, em seu escritório no Rio de Janeiro, mas não foi localizado.
O advogado Bruno Saccani, que defendeu os doleiros Flávio Lamas Marques e Valdir Dias Guimarães, disse que eles trocaram de advogado --a Folha não conseguiu localizar o novo. Segundo Saccani, até o momento não houve denúncia formal do Ministério Público contra seus ex-clientes.
Leia a reportagem completa na Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.
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Uma empresa sediada nas Ilhas Cayman e ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, a Cableinvest, recebeu no exterior recursos de doleiros envolvidos no escândalo da Beacon Hill. Segundo a Polícia Federal, eles utilizaram um sistema clandestino de remessa de recursos (dólar-cabo) que foge ao controle do Banco Central, informa reportagem de Rubens Valente, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a reportagem, a BHSC (Beacon Hill Service Corporation) encerrou suas atividades em 2003 por pressão do governo dos EUA, sob acusação de retransmissão ilegal de fundos superiores a US$ 3,2 bilhões. De acordo com a investigação americana, ao gerenciar contas abertas em nome de empresas offshore, a BHSC ocultava os donos do dinheiro e dava margem a sonegação fiscal e evasão de divisas.
A Folha inform que, segundo registros da empresa, ao menos US$ 1,8 milhão saíram, entre 1997 e 1998, da conta "Titia" --gerida por doleiros brasileiros como uma subconta da BHSC no banco Chase Manhattan-- para uma conta aberta em nome da Cableinvest Limited no Royal Bank of Scotland (Nova York).
Outro lado
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que a empresa Cableinvest é assunto "vencido", citando decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). Antes de interromper entrevista concedida no último dia 9, o senador disse que enviaria um e-mail com a decisão do tribunal, mas isso não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
O advogado da Igreja Universal do Reino de Deus, Arthur Lavigne, foi procurado, por telefone, em seu escritório no Rio de Janeiro, mas não foi localizado.
O advogado Bruno Saccani, que defendeu os doleiros Flávio Lamas Marques e Valdir Dias Guimarães, disse que eles trocaram de advogado --a Folha não conseguiu localizar o novo. Segundo Saccani, até o momento não houve denúncia formal do Ministério Público contra seus ex-clientes.
Fonte: Exsurge Domini
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