A Lei Evangélica
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1965 . – A Lei Nova ou Lei Evangélica é a perfeição, na Terra, da Lei divina, natural e revelada. É obra de Cristo e tem a sua expressão de modo particular no Sermão da Montanha. É também obra do Espírito Santo e, torna-se a lei interior da caridade : “Estabelecerei com a casa de Israel uma aliança nova (...) Hei-de imprimir as minas leis no seu espírito e gravá-las-ei no seu coração. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”.(He.8,8-10).
Lei e Evangelho
A relação entre Lei e Evangelho, está dependente da própria definição de Lei.
No Novo Testamento usa-se a tradução da palavra grega nomos (lei) que abrange um sentido muito largo de aplicações e, numa pequena percentagem da sua referência actual às relações Lei - Evangelho.
Há no Novo Testamentos exemplos em que o uso da Lei algumas vezes está em paralelo com o uso geral do Judaísmo como técnica referente à Lei de Moisés a todo o Antigo Testamento como um todo.
Nestes exemplos a Lei tem um sentido positivo e aproxima-se da noção de revelação, da vontade de Deus, etc.
O termo pode também referir-se simplesmente a um princípio ou dinâmica e pode ter os dois sentidos de positivo e de negativo.
Podemos dar três exemplos de S. Paulo :
- “Deparo, então, com esta lei: Querendo fazer o bem, é o mal que eu encontro”. (Rom.7,21).
- “Mas vejo outra lei nos meus membros, a lutar contra a lei da minha razão e a reter-me cativo na lei do pecado que habita em mim”. (Rom.7,23).
- “Porque a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus, lembrou-me da lei do pecado e da morte”. (Rom.8,2).
No Novo Testamento, a referência à Lei como Torah não devia ser considerada como negativa; não é uma simples referência a regras muito duras e rigorosas de uma cultura distante e esquecida; mais do que isso, é uma referência a Deus e à Sua vontade.
(Todo o Salmo 119 com os seus 176 versículos é um Elogio da Lei).
Há mais quatro referências importantes que se devem entender como Lei, quando usadas no Novo Testamento :
1)- Todos os mandamentos e outras ordens dadas por Deus a Moisés.
2)- Todos os assuntos históricos e jurídicos do Pentateuco.
3)- Tudo o que no Antigo Testamento se pode considerar como Lei num sentido colectivo.
4)- Todas as tradições orais incluídas no conjunto dos ensinamentos das grandes figuras rabínicas.
Jesus cumpriu as leis e ultrapassou-as :
- “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas: Não vim revogá-la mas completá-la. Porque, em verdade, vos digo: Até que passem o Céu e a Terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. (Mt.5,17-18).
Esta Lei, como referente a todo o Antigo Testamento, é compreensiva, reveladora, permanentemente válida e uma indissolúvel amálgama de guias morais, litúrgicas e jurídicas, algumas das quais foram plenamente integradas no plano da história da salvação.
O cumprimento de todas estas guias, operado por Jesus, significa que servem também para todos os que se incorporaram na Sua morte e ressurreição.
Nós devemos dizer que isto é a Lei da Vida ou a Lei de Cristo, no sentido de uma força positiva e dinâmica que é um agente de uma Nova Criação.
O Evangelho anuncia o cumprimento Cristocêntrico da Lei, significando que :
* O contacto com Deus não é uma circuncisão física :
- “Porque não é judeu aquele que o é exteriormente, nem é circuncisão a que se manifesta exteriormente, mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do coração, segundo o espirito”... (Rom.2,28-29).
* Nem a observância da aplicação tradicional da Lei de Moisés :
- “Sabendo, porém, que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo, também nós acreditamos em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei”.(Gal.2,16).
* Mas quando a Lei é santa e boa :
- “Assim a lei é santa e o mandamento santo, justo e bom”. (Rom.7,12).
* Quando a Lei é a expressão da vontade de Deus :
- “O incircunciso por natureza, que guarda a Lei, julgar-te-á a ti, que, com a letra da circuncisão, transgrides a Lei”. (Rom. 2,27).
* Quando não tem o poder de fazer santo, de transformar, de renovar, mas, apesar disso, ensina.
As "obras" que vêm da fé (dons de Deus que actuam em nós), podem operar o que Jesus fez :
- “Porquanto julgamos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”. (Rom.3,28).
Jesus é simultaneamente um cumpridor da Lei e um Legislador, como nos diz S. Mateus no Sermão da Montanha. (Mt.5/1-12).
Diz-nos ainda o Catecismo da Igreja Católica :
1970. - A Lei Evangélica supõe a escolha decisiva entre “os dois caminhos” e a passagem à prática das palavras do senhor ; resume-se ne regra de ouro : “Tudo quanto quiserdes que os homens vos façam, fazei-lho, de igual modo, vós também, pois assim é que é a Lei, tal como os Profetas. (Mt.7,12). Toda a lei Evangélica se apoia no “mandamento novo” de Jesus (Jo.13,34), de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
A Evangelização pode fazer-se de muitas maneiras como meio de Apostolado;
Chama-se genericamente Apostolado a todo o serviço desempenhado dentro da área do ministério da Igreja, e que pode ser exercido de muitas e variadas maneiras nos mais diversos sectores, por qualquer pessoa, de harmonia com as directrizes da Igreja.
Tem uma aplicação aos ministros escolhidos e enviados a fazer Apostolado e aos leigos que o queiram fazer, no campo social, cultural, litúrgico, educacional, artístico, moral e espiritual, a nível diocesano ou paroquial.
É que o Apostolado deve estar de acordo com os talentos e capacidades de cada um para as actividades que cada pessoa possa realizar para levar a mensagem de Cristo e da Igreja a todo o mundo.
Portanto, o Apostolado é uma constante da Evangelização, por parte de todos os cristãos, e por todos os meios, como um empenhamento do Baptismo.
O Apostolado mais eficaz é, sem dúvida, o que se exerce pelo testemunho de vida, não apenas quando há uma crise de fé ou um atentado grave aos ensinamentos da Igreja, mas sempre e de maneira constante e efectiva..
Fica-nos agora uma porta aberta para abordamos a Graça e a Justificação.
Fonte: Exsurge Domini
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quinta-feira, 1 de março de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
A Lei de Deus
A Lei de Deus
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Porque andas sempre a falar da Minha Lei e levas na boca a Minha Aliança, se aborreces os ensinamentos e rejeitas as Minhas palavras ?.(Sl.50,16).
Há um perigo para a religião baseado na Lei escrita, mesmo sendo a Lei de Deus.
Os fiéis mais facilmente olham para os requsitos legais do que para a fé pessoal.
Um mesquinho sentido do dever pode menospresar o verdadeiro valor de um compromisso ; um exagero legalístico pode tomar o lugar do verdadeiro amor.
O Judaísmo, na sua melhor forma nunca esqueceu que a Aliança foi, primeiro e acima de tudo, uma relação de amor e de confiança entre Deus e o Seu Povo.
A Lei escrita foi um modelo de trabalho para se viver segundo a Aliança.
Os féis judeus nunca consideraram a Lei como um fardo ou um obrigação indesejável.
Em vez disso, como já vimos, eles sentiam alegria por saberem que podiam agradar ao Deus que eles amavam.
O Salmo 50 reflecte sobre as diferenças entre o serviço dos lábios na Lei do Senhor e a verdadeira obediência.
O salmista lembra aos seus ouvintes e leitores que Deus não necessita dos sacrifícios de bois e cordeiros segundo a Lei ; nem Lhe agradam aqueles que professam a Lei com as suas palavras e a negam com as suas acções.
O sacrifício que Deus mais aprecia e aceita é a de coração devoto e a vontade de obedecer que destinguem o verdadeiro relacionamneto da Aliança.
- “Oferece a Deus um sacrifício de louvor, e cumpre as tuas promessas feitas ao Altíssimo”.(Sl.50,14).
A palavra escrita é acima de tudo um convite a uma aproximação, a viver segundo a vontade de Deus salvador :
- “Invoca-Me no dia da tribulação, livrar-te-ei e tu Me glorificarás”.(Sl.50,15).
Pode acontecer a cada um de nós que nos agarremos demasiadamente a palavras da Escritura que, separads do contexto, elas são letra morta ou são interpretadas erradamente, porque não revelam o verdadeiro sentido das nossas melhores relações com Deus, isto é, com a nossa Aliança ou compromisso com Deus e com os nossos irmãos.
É bom não esquecer que o verdadeiro amor para com Deus se deve reflectir na nossa vida tão expressamente como nos primeiros discípulos, porque a Lei de Deus, expressa na Bíblia, é a mesma de sempre ainda que adaptada ao nosso sistema de vida do presente, um testemunho de vida feito do bom exemplo e da doutrinação para os homes de hoje, de harmonia com o que nos ensina o Magistério da Igreja.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Porque andas sempre a falar da Minha Lei e levas na boca a Minha Aliança, se aborreces os ensinamentos e rejeitas as Minhas palavras ?.(Sl.50,16).
Há um perigo para a religião baseado na Lei escrita, mesmo sendo a Lei de Deus.
Os fiéis mais facilmente olham para os requsitos legais do que para a fé pessoal.
Um mesquinho sentido do dever pode menospresar o verdadeiro valor de um compromisso ; um exagero legalístico pode tomar o lugar do verdadeiro amor.
O Judaísmo, na sua melhor forma nunca esqueceu que a Aliança foi, primeiro e acima de tudo, uma relação de amor e de confiança entre Deus e o Seu Povo.
A Lei escrita foi um modelo de trabalho para se viver segundo a Aliança.
Os féis judeus nunca consideraram a Lei como um fardo ou um obrigação indesejável.
Em vez disso, como já vimos, eles sentiam alegria por saberem que podiam agradar ao Deus que eles amavam.
O Salmo 50 reflecte sobre as diferenças entre o serviço dos lábios na Lei do Senhor e a verdadeira obediência.
O salmista lembra aos seus ouvintes e leitores que Deus não necessita dos sacrifícios de bois e cordeiros segundo a Lei ; nem Lhe agradam aqueles que professam a Lei com as suas palavras e a negam com as suas acções.
O sacrifício que Deus mais aprecia e aceita é a de coração devoto e a vontade de obedecer que destinguem o verdadeiro relacionamneto da Aliança.
- “Oferece a Deus um sacrifício de louvor, e cumpre as tuas promessas feitas ao Altíssimo”.(Sl.50,14).
A palavra escrita é acima de tudo um convite a uma aproximação, a viver segundo a vontade de Deus salvador :
- “Invoca-Me no dia da tribulação, livrar-te-ei e tu Me glorificarás”.(Sl.50,15).
Pode acontecer a cada um de nós que nos agarremos demasiadamente a palavras da Escritura que, separads do contexto, elas são letra morta ou são interpretadas erradamente, porque não revelam o verdadeiro sentido das nossas melhores relações com Deus, isto é, com a nossa Aliança ou compromisso com Deus e com os nossos irmãos.
É bom não esquecer que o verdadeiro amor para com Deus se deve reflectir na nossa vida tão expressamente como nos primeiros discípulos, porque a Lei de Deus, expressa na Bíblia, é a mesma de sempre ainda que adaptada ao nosso sistema de vida do presente, um testemunho de vida feito do bom exemplo e da doutrinação para os homes de hoje, de harmonia com o que nos ensina o Magistério da Igreja.
Fonte: Exsurge Domini
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