terça-feira, 10 de abril de 2012

Fotos da visita do Papa Camarões

FOTOS MILAGROSAS - ESPECIAL PETALAS

MUSICAL SÃO PIO - TOCA DE ASSIS - PARTE 3

11 DE ABRIL - DIA DE SANTA GEMMA GALGANI - FILME INÉDITO SOBRE SUA VIDA

"Exposição Cristo Redentor para Todos" no Vaticano

A Via Dolorosa em Jerusalém (Jornal Hoje)

Páginas Difíceis da Bíblia - 18_03_2011

Terra Santa News

Semana Santa: trasladação do Cristo da Boa Morte, Málaga

Peregrinação ao Cenáculo

Miserere mei, Deus - de Gregori Allegri (1582-1652)

Sábado Santo - Exultet.

"Pai em tuas mãos entrego meu espírito"(Lc 23,46)

"Com Amor vos chamo" - Programa 12 - 08 de abril de 2012

JESUS FAZ COM QUE EU POSSA VER...

RESTAURA NOSSA CASA SENHOR!!!

Suplica A Maria Santíssima!

Cenáculo da Paixão (31/03/2012)

mvmattke: Domingo da Ressurreição - Pe. Paulo Iubel

quarta-feira, 4 de abril de 2012

“A vida de Santa Clara de Assis motiva os jovens a descobrir a verdadeira alegria”, diz Bento XVI

“A vida de Santa Clara de Assis motiva os jovens a descobrir a verdadeira alegria”, diz Bento XVI Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 04-04-2012, Gaudium Press) O Papa Bento XVI enviou, no último domingo, 1º de abril, uma carta ao bispo de Assis, na Itália, Dom Domenico Sorrentino, por ocasião do Jubileu que comemora os 800 anos da consagração de Santa Clara. O pontífice escolheu a data por uma antiga tradição clarissa que identifica o Domingo de Ramos como o dia da Consagração da santa. A vida de Santa Clara foi destacada pelo Santo Padre como uma mensagem que atrai "também a nossa geração e tem um encanto especial para os jovens". Para o Papa, a consagração de Clara completou "de uma forma feminina" a graça da conversão de São Francisco de Assis, ocorrida um seis anos antes. Assim havia predito o nascimento e o desenvolvimento de uma ordem feminina, inclusive antes da sua própria e cultivou a vocação da jovem. Nela, segundo o Santo Padre, se escondia "o germe de uma nova fraternidade, a Ordem Clarissa, que, convertida em árvore robusta, no silêncio fecundo dos claustros continua espalhando a boa semente do Evangelho e o serviço à causa do Reino de Deus". A orientação de São Francisco a levou a conhecer, sendo uma bonita jovem, "uma beleza superior, que não se mede pelo espelho da vaidade, mas que se desenvolve em uma vida de amor genuíno, nas pegadas de Cristo crucificado", explicou Bento XVI. "Deus é a verdadeira beleza" foi o centro de seu descobrimento, que mudaria o projeto de vida da santa. "O coração de Clara se iluminou com este esplendor, e isto lhe deu a coragem para cortar seu cabelo e começar uma vida de penitência", anotou o pontífice. Bento XVI destacou a profunda significação da data escolhida pela Santa para sua entrega a Deus. Sua fuga do mundo e das comodidades de seu lar tem lugar no Domingo de Ramos e a obriga a participar da morte e da ressurreição de Cristo. "Clara, com sua eleição, revive o mistério" comentou o Santo Padre em sua missiva. "No Domingo de Ramos recebe, por assim dizer, o programa. Em seguida, entra no drama da Paixão renunciando a seu cabelo e, com isto, renunciando a si mesma para ser a esposa de Cristo na humildade e na pobreza". Nas palavras do Papa, a consagração de Santa Clara é "uma conversão ao amor" de quem já não se veste com roupas fina, mas sim com uma alma adornada pelo louvor a Deus pela profunda união eucarística. "No contexto de profunda fé e de grande humanidade, Clara é uma intérprete segura do ideal franciscano, pedindo o privilégio da pobreza, ou seja, a renúncia da propriedade dos bens, inclusive de forma comunitária, que deixou perplexo mesmo o sumo pontífice, que finalmente se rendeu ao heroísmo de sua santidade", afirmou o Santo Padre. "Como não propor Clara, como Francisco, à atenção dos jovens de hoje", exortou o Santo Padre, assinalando também que a passagem dos séculos não diminuiu o atrativo da mensagem. "Ao contrário, pode ver sua atualidade ao confrontá-lo com as ilusões e desilusões que frequentemente marcam a condição dos jovens de hoje". Para o Papa, a juventude necessita descobrir esta vocação em um entorno permissivo, onde as ânsias de felicidade se encaminham erradamente a "paraísos artificiais, como as drogas e a sensualidade desenfreada". "A história de Clara, junto com a de Francisco é um convite para refletir sobre o significado da existência e buscar em Deus o segredo da verdadeira alegria. É uma evidência concreta de que qualquer um que faça a vontade do Senhor e confie nele não só não perde nada, como encontra o verdadeiro tesouro que é capaz de dar sentido a tudo", concluiu o pontífice. Fonte: Gaudium Press

Costarriquenhos celebram a festa de Nossa Senhora de Ujarrás

Costarriquenhos celebram a festa de Nossa Senhora de Ujarrás
Cartago (Terça-feira, 03-04-2012, Gaudium Press) A população do povoado de Paraiso, na região de Cartago, na Costa Rica, está se preparando para uma das celebrações religiosas mais importantes do ano: a peregrinação de Nossa Senhora de Ujarrás no próximo dia 15 de abril. Há vários anos, desde às 7hs, milhares de peregrinos partem do templo em Paraiso para uma caminhada de sete quilometros acompanhando a imagem de Nossa Senhora até o Vale de Ujarrás. Por volta das 10hs, quando a procissão chega ao vale, é celebrada a Santa Missa, presidida pelo Bispo Diocesano de Cartago, Dom José Franco Ulloa, seguida de várias atividades culturais em homenagem à "Capitã Geral da Guarda Civil", como é conhecida a Virgem de Ujarrás. Segundo a programação, por volta das 15hs, os peregrinos voltam em procissão a Paraiso onde, às 18hs, é celebrada a Santa Missa em ação de graças pela jornada mariana, uma tradição dos costarriquenhos. Devoção Mariana desde 1690 Por sua permanência por vários séculos, a romaria realizada em Ujarrás é hoje uma das mais importantes festas marianas que se comemoram na Costa Rica. Segundo a Conferência Episcopal da Costarriquenha, em um comunicado referente a peregrinação, a tradição de render homenagens a Nossa Senhora de Ujarrás, começou com a chamada "Missa Jurada" uma promessa feita pelos habitantes de Cartago em 1690. Desde então, com exceção dos meados do século XIX, que se deixou de realizar por conta dos conflitos que atingiram o local e retomanda em meados do século XX, a peregrinação se realiza de maneira ininterrupta reunindo milhares de peregrinos procedentes não somente da região de Cartago, mas de diferentes cidades da Costa Rica e do mundo. As três histórias da imagem Existem três histórias que narram a chegada da imagem de Nossa Senhora de Ujarrás a região de Cartago. Uma delas relata que a imagem chegou ao Valle de Ujarrás pelas mãos do frei Lorenzo de Bienvenida no ano de 1565, como presente do rei Felipe II. A segunda história é lendária, mas diz que a imagem foi talhada por um índio enquanto pescava no rio Suerre. A terceira diz que a imagem foi lançada ao mar por missionários que queriam evitar sua profanação por parte dos piratas. Entre os muitos títulos, além de ser a "Capitã Geral da Guarda Civil e dos Corpos de Segurança" do país, a imagem é considerada por muitos como a primeira padroeira da Costa Rica. Nossa Senhora de Ujarrás, por petição do Papa Pio XII, foi solenemente coroada em abril de 1955. Fonte: Gaudium Press

Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores
É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias, que a piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12). A esta meditação nos convida a Liturgia do dia 15 deste mês, dedicado a Nossa Senhora das Dores. Antes de fazer parte da liturgia, as dores de Maria Santíssima foram objeto de particular devoção. NOSSA SENHORA DAS DORES1.JPG Os primeiros traços deste piedosa devoção encontram-se nos escritos de Santo Anselmo e de muitos monges beneditinos e cistercienses, tendo nascido da meditação da passagem do Evangelho que nos mostra a dulcíssima Mãe de Deus e São João aos pés da Cruz do divino Salvador. Foi a compaixão da Virgem Imaculada que alimentou a piedade dos fiéis. Somente no século XIV, talvez opondo-se às cinco alegrias de Nossa Senhora, foi que apareceram as cinco dores que variariam de episódios: 1. A profecia de Simeão 2. A perda de Jesus em Jerusalém 3. A prisão de Jesus 4. A paixão 5. A morte Logo este número passou para dez, mesmo quinze, mas o número sete foi o que prevaleceu. Assim, temos as sete horas, uma meditação das penas de Nossa Senhora, durante a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo: Matinas - A prisão e os ultrajes Prima - Jesus diante de Pilatos Terça - A condenação Sexta - A crucifixão Noa - A morte Vésperas - A descida da cruz Completas - O sepultamento As chamadas Sete Espadas desenvolvem-se por circunstâncias escolhidas dentre as da vida da Santíssima Virgem: Primeira Espada: Outra não é que a da profecia de Simeão. Segunda Espada: O massacre dos inocentes, a mandado de Herodes. Terceira Espada: A perda de Jesus em Jerusalém, quando o Salvador então contava doze anos de idade, feito homem. Quarta Espada: A prisão de Jesus e os julgamentos iníquos, pelos quais passou. Quinta Espada: Jesus pregado na Cruz entre os dois ladrões e a morte. Sexta Espada: A descida da Cruz. Sétima Espada: A sepultura de Jesus NOSSA SENHORA DAS DORES3.JPG As sete tristezas de Nossa Senhora formam uma série um pouco diferente: 1. A profecia de Simeão 2. A fuga para o Egito 3. A perda de Jesus Menino, depois encontrado no Templo 4. A prisão e a condenação 5. A Crucifixão e a morte 6. A descida da Cruz 7. A tristeza de Maria, ficando na terra depois da Ascensão. Este total de sete, que os simbolistas cristãos tanto amam, impunha uma escolha entre os episódios da vida da Santíssima Virgem, por isso que se explicam certas diferenças. A série que acabou por dominar é a seguinte: 1. A profecia de Simeão Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem (era) justo e temente (a Deus), e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro Cristo (o ungido) do Senhor. Foi ao templo (conduzido) pelo Espírito de Deus. E levando os pais, o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da lei a seu respeito, ele o tomou em seus braços, e louvou a Deus, dizendo: - Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tua palavra; Porque os meus olhos viram tua salvação. A qual preparaste ante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua Mãe: - Eis que este Menino esta posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos. (Lc. 2, 25-35) 2. A fuga para o Egito Então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse: - Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu o vá adorar. Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente. Ia adiante deles, até que, chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo (novamente) a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, viram o Menino com Maria, sai mãe e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes, ouro, incenso e mirra. E, avisados por Deus em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, e lhe disse: - Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para lhe tirar a vida. E ele, levantando-se de note, tomou o menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito; e lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta que disse: Do Egito chamei o meu Filho (Mt. 2. 7-15) 3. A perda de Jesus em Jerusalém Seus pais iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, acabados os dias (que ela durava), quando voltaram, ficou o Menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o advertissem. Julgando que ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e (depois) procuraram-no entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém em busca dele. Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que ouviam, estavam maravilhados da sua sabedoria e das suas respostas. Quando o viram, admiraram-se. E sua Mãe disse-lhe: - Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição. Ele lhes disse: - Para que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc. 2, 41-50) NOSSA SENHORA DAS DORES2.JPG 4. O encontro de Jesus no caminho do Calvário Quando o iam conduzindo, agarraram um certo (homem chamado) Simão Cireneu, que voltava do campo; e puseram a cruz sobre ele, para que a levasse após Jesus. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres as quais batiam no peito, e o lamentavam. Porém, Jesus, voltando-se para elas, disse: - Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque eis que virá tempo em que se dirá: Ditosas as estéreis, e (ditosos) os seios que não geraram, e os peitos que não amamentaram. Então começarão (os homens) a dizer aos montes: Cai sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos (Os. 10, 8): Porque, se isto se faz no lenho verde, que se fará no seco: (Lc. 23, 26-31) 5. A crucifixão Então, entregou-lhe para que fosse crucificado. Tomaram, pois Jesus, o qual, levando a sua cruz, saiu para o lugar que se chama Calvário, e em hebraico Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de um lado, outro de outro lado, e Jesus no meio. Pilatos escreveu um título, e o pôs sobre a Cruz. Estava escrito nele: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. Muitos dos judeus leram este título, porque estava perto da cidade o lugar onde Jesus foi crucificado. Estava escrito em hebraico, em latim e em grego. Diziam, porém, a Pilatos, os pontífices dos judeus: - Não escrevas reis dos Judeus, mas o que ele disse? Eu sou o Rei dos Judeus. Respondeu Pilatos: - O que escrevi, escrevi. Os soldados, pois, depois de terem crucificado Jesus tomaram os seus vestidos (e fizeram dele quatro partes, uma para cada soldado) e a túnica. A túnica, porém, não tinha costura, era toda tecida de alto a baixo, Disseram, pois, uns para os outros: - Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver a quem tocará. Cumpriu-se deste modo a Escritura, que diz: Repartiram os meus vestidos entre si, e lançaram sortes sobre a minha túnica (S. 21, 19). Os soldados assim fizeram. Entretanto, estavam de pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Jesus, vendo sua Mãe, e junto dela o discípulo que ele amava, disse a sua Mãe: - Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: - Eis aí a tua Mãe. E, desta hora por diante, levou-a o discípulo para sua casa.Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado para se cumprir a Escritura, disse: - Tenho sede. Tinha sido ali posto um vaso cheio de vinagre. Então (os soldados), ensopando no vinagre uma esponja, e atando-a a uma cana de hissopo, chegaram-lha à boca. Jesus tendo tomado o vinagre, disse: - Tudo está consumado. E inclinando a cabeça, rendeu o espírito (Jo 19, 16-30) 6. A descida da Cruz Então um homem chamado José, que era membro do Sinédrio, varão bom e justo, o qual não tinha concordado com a determinação dos outros, nem com os seus atos, (oriundo) de Arimatéia, cidade da Judéia, que também esperava o reino de Deus, foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus: e, tendo-o descido (da Cruz), envolveu-o num lençol. (Lc 23, 50-53). 7. O sepultamento Ora, no lugar em que Jesus foi crucificado, havia um horto e no horto um sepulcro novo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Por ser o dia da Parasceve dos Judeus, visto que o sepulcro estava perto, depositaram aí Jesus (Jo 19, 41-42) No século XV, o século que conheceu a grande cintilação da devoção a Nossa Senhora das Sete Dores, foi que surgiram os mais tocantes testemunhos daquela devoção nas artes. E os artistas, sempre a procura de episódios que mais tocassem a sensibilidade dos cristãos, acabaram por trazer, com predileção, o que deveria ser o mais doloroso da vida de nossa Mãe Bendita - o momento, pungente em que, desligado da Cruz, o Salvador, inerte, pousara sobre os puros joelhos da Senhora. (Vida dos Santos, Padre Rohbacher) Fonte: Gaudium Press

O ofício de trevas

O ofício de trevas
As quinze velas são acesas no início da cerimônia O ofício de trevas (matutina tenebrarum) é o ofício das matinas e laudes dos três últimos dias da semana santa (quarta, quinta e sexta-feira). O ofício é cantado ao cair da noite O nome deriva-se de três situações de trevas: 1 - As trevas naturais de meia-noite ao anoitecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: "Haec est hora vestra et potestas tenebrarum" (Esta é a vossa hora e do poder das trevas.) (Lc 22, 53). 2 - As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma. 3 - As trevas simbólicas da paixão. Quinze velas Canta-se este ofício ao cair da noite. Por este motivo o auxílio das luzes de velas torna-se indispensável. No coro é colocado um candelabro de quinze velas. Uma delas é de cor branca e todas as outras são feitas de cera amarela e comum, como sinal de luto e pesar. As velas são apagadas ao final de cada Salmo No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimoniário apaga uma das velas. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas também. As velas vão sendo apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não será apagada. Continuará acesa e será levada para atrás do altar. Ao término do ofício, o oficiante e os que o seguem, fecham o livro com estrépito. Explicação As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão. A vela branca escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória. 555862_10150662156739830_695504829_9353919_471786703_n.jpg Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen recolhe a última vela. No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu. O ruído no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos e recordam a desordem que sucedeu na natureza, com a morte de Nosso Senhor. A razão histórica do rito de apagar pouco a pouco as velas do tenebrário provavelmente é uma lembrança. Semelhantemente se apagava uma vela depois de cada salmo, para constar quantos foram recitados. Este rito remonta, portanto, ao tempo em que ainda não havia ofícios metodicamente organizados ou quando havia, conforme a estação do ano, mudança no número de salmos. Por Emílio Portugal Coutinho (Fotos: Diocese de Frederico Westphalen) Fonte: Gaudium Press

Papa convida presidiários a carregarem sua própria cruz junto a Cristo

Papa convida presidiários a carregarem sua própria cruz junto a Cristo Vaticano (Terça-feira, 03-04-2012, Gaudium Press) Na prisão romana de Rebibbia, acontecerá um fato que recebeu elogios do próprio Papa. Um grupo de católicos realizará na penitenciaria uma Via Sacra. Bento XVI exortou os detentos a levantarem-se de suas quedas no pecado com a ajuda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Bento XVI abençoa os fiéis O Santo Padre declarou saber "que esta Via Sacra que ser um sinal de reconciliação". "Quando no Via Crucis vemos Jesus que cai no chão, uma, duas, três vezes, compreendemos que Ele compartilhou nossa condição humana. O peso de nossos pecados o fizeram cair; mas três vezes Jesus se levantou e prosseguiu o caminho para o Calvário", afirmou Bento XVI. O Santo Padre ressaltou que a força que fez com que Nosso Senhor se levantasse originava-se de seu coração, onde Ele possuia "a firme certeza de ser sempre filho, o Filho amado de Deus Pai". O pontífice convidou os presidiários a percorrerem sua via crucis pessoal sem medo e a carregarem sua própria cruz junto a Cristo, "pois Ele está conosco. E conosco está também Maria, sua mãe e nossa mãe, que permanece fiel aos pés de nossa cruz, e reza pela nossa ressurreição, porque crê firmemente que, também na noite mais escura, a última palavra é a luz do amor de Deus". (EPC) Fonte: Gaudium Press

terça-feira, 3 de abril de 2012

Vaticano divulga intenções do Santo Padre para o mês de abril

Vaticano divulga intenções do Santo Padre para o mês de abril
Bento XVI dedica as intenções deste mês a vida religiosa e missionária Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Foram divulgadas no final de semana as intenções de oração do Papa Bento XVI para o mês de abril, que se inicia. As intenções especiais do pontífice, como se sabe, são duas: uma geral e uma missionária. Na intenção geral o Santo Padre pede para que "os jovens acolham o chamamento de Cristo a segui-Lo no sacerdócio e na vida religiosa". Já na intenção missionário, o pontífice pede para que "Cristo ressuscitado seja sinal de esperança segura para os homens e mulheres do continente africano". As intenções do Papa são conduzidas pelo Apostolado da Oração, uma associação encarregada de difundi-las a todo o mundo. Hoje são mais de 50 milhões de pessoas que diariamente rezam por elas. Fonte: Gaudium Press

Costa Rica apresenta projeto para declarar o Dia do Nascituro no país

Costa Rica apresenta projeto para declarar o Dia do Nascituro no país San José (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Como parte das ações em defesa da vida na Costa Rica, engajados em uma luta com a Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a questão da fertilização in vitro, foi apresentado um projeto de lei para declarar 25 março como o Dia do Nascituro. Sobre a proposta, a deputada Rita Chaves do Partido de Acessibilidade sem Exclusão (PASE), disse que busca proteger a vida do nascituro contra a "cultura da morte que promove o aborto como um direito humano". O projeto de lei, apresentado no último dia 21 de março na Assembléia Legislativa, também "apoia mulheres vítimas de estupro ou jovens com uma gravidez inesperada que precisam de apoio emocional e compreensão médica e entendemos que o aborto só agrava sua situação", segundo explicou a deputada. A iniciativa tem o apoio de organizações pró-vida no país, como "Pela Vida", "Observatório Cidadão", "Instituto Dignitas", "Mulheres pela Paz", "Centro Latino-Americano para Estudos da Família CIBEFAM", entre outros. O representante da Associação Pela Vida, Luis Fernando Calvo disse que a apresentação do projeto "é uma oportunidade para o reconhecimento em nível jurídico do valor inalienável da vida humana que está no útero e foi concebido com igualdade de dignidade em relação ao resto da humanidade". Durante a reunião também foi anunciado um novo programa de apoio às mulheres que têm problemas, emocionais ou de desenvolvimento físico durante a gravidez. Hoje, o Tribunal de Direitos Humanos (CIDH) em Costa Rica procura estabelecer a fertilização in vitro, o que abriria a porta para a legalização do aborto na América Latina com a modificação dos conceitos sobre o início da vida humana e dos direitos do nascituro. Fonte: Gaudium Press

Arcebispo de Braga, em Portugal, afirma que Paixão e morte de Cristo continua ainda hoje

Arcebispo de Braga, em Portugal, afirma que Paixão e morte de Cristo continua ainda hoje
Dom Ortiga incentivou os jovens a projetar um mundo novo Braga (Terça-feira, 03-04-2012, Gaudium Press) Celebrando o Domingo de Ramos na Catedral de Braga, em Portugal, o arcebispo local, Dom Jorge Ortiga, afirmou que a Paixão e a morte de Cristo continua ainda nos dias de hoje "porque as pessoas não alimentam a fé que lhes foi transmitida". Conforme o prelado, esta falta de fé na cristandade se torna visível quando por exemplo vemos alguém adorar "o deus da bruxaria, da astrologia e do horóscopo e colocar de lado o Deus transcendente que se revelou na pessoa de Jesus". Dom Ortiga fez também uma crítica à maneira como alguns se relacionam com Deus. Conforme o arcebispo, Deus "não é um deus farmacêutico, ao qual se recorre apenas em caso de doença ou quando se está entalado por causa da crise, nem um Deus como o Pai-Natal, que dá tudo o que se quer". Segundo o arcebispo português, aqueles que procuram ter fé em Deus devem ter em mente que Ele é acima de tudo "um Deus que tem para oferecer as sementes do amor da verdade, da justiça e da alegria" e que "enviou Cristo para salvar todos os homens". Para o prelado, aquele que quer ter uma verdadeira ligação com o Senhor, deve estar com ele "até as últimas consequências e não apenas para satisfazer interesses pessoais". cristo-crucificado-hiperrealista.jpg Diante deste cenário, em que se vê muitas pessoas descrentes, relacionando-se de forma equivocada com Deus, Dom Ortiga destacou a importância da Semana Santa que começava a ser celebrada naquele domingo. "A celebração da Semana Santa surge como oportunidade de perceber que é na fidelidade ao amor radical" de Deus que reside a esperança de salvação", disse o arcebispo. O prelado ainda afirmou que relações familiares, profissionais, escolares e em sociedade de maneira geral são meios "privilegiados de defesa e anúncio do Evangelho" e por fim incentivou os jovens a "acreditar e projetar um mundo novo no meio dos entraves sociais". Com informações da Agência Ecclesia. Fonte: Gaudium Press

O grande mestre de São Tomás de Aquino

O grande mestre de São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino Ensina-nos São Tiago na sua epístola que "se alguém necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada" (Tg 1, 5). Assim o fez São Tomás. Seu grande e insuperável Mestre foi o Santíssimo Sacramento, diante do qual passava rezando horas inteiras, dia e noite. Frequentemente, no momento auge da celebração da Santa Missa, ou seja, na hora da Consagração do pão e do vinho, não só o milagre da transubstanciação se realizava em suas mãos, como também, sua face se transfigurava. Chegou ele a afirmar ter aprendido muito mais junto ao Santíssimo Sacramento do que em todos os seus estudos.1 Guilherme de Tocco, o seu primeiro e principal biógrafo, insiste em dizer que Tomás adquirira o hábito de rezar demoradamente quando tinha de vencer um obstáculo, de intervir num debate importante, de ensinar qualquer matéria mais árdua. Ele confessava assim encontrar a solução dos problemas que o torturavam. Quanto ao tempo que o comum dos homens costumam dedicar ao descanso, Tomás o reduziu a quase nada para prolongar este "Sacrum Convivium" com Jesus Eucarístico.2 O Padre Santiago Ramirez (1975), baseando-se no processo de canonização de Santo Tomás em Nápoles, explica na sua biografia sobre o Aquinate que "Ele era o primeiro a se levantar pela noite, e ia prosternar-se diante do Santíssimo Sacramento. E quando tocavam as Matinas, antes que os religiosos formassem fila para ir ao coro, ele voltava sigilosamente para a sua cela para que ninguém notasse".3 Por Monsenhor João S. Clá Dias, EP. __________________ 1 "Sua alma entrava num comércio íntimo com Deus. Seu corpo se tornava imóvel, suas lágrimas corriam em abundância, e diversas vezes o vimos elevado da terra vários cúbitos. Era o momento no qual São Tomás adquiria os mais altos conhecimentos, encontrava infalivelmente a solução de suas dificuldades, a compreensão dos textos da Escritura, e as decisões teológicas das quais tinha necessidade. Ele mesmo confidenciou a Frei Reginaldo, seu confessor, ter aprendido mais através de suas meditações, na igreja, diante do Santíssimo Sacramento, ou em sua cela aos pés do Crucifixo, que em todos os livros por ele consultados." JOYAU, Charles-Anatole, O. P., Saint Thomas d'Aquin, Lyon: Librairie Générale Catholique et Classique, 1895. Tradução nossa. 2 Cf. AMEAL, João. São Tomás de Aquino. Iniciação ao estudo da sua figura e da sua obra. 3ª ed. Porto: Tavares Martins, 1947, p. 131. 3 RAMÍREZ, S.: Introducción a Tomás de Aquino, Madrid, BAC. 1975­, p. 83-84­. Fonte: Gaudium Press

Santa Gemma Galgani

Santa Gemma Galgani
Nascida na cidade italiana de Lucca, em 12 de março de 1878, Gemma teve um curto, mas intenso convívio com sua piedosa mãe, que foi quem lhe transmitiu o amor a Jesus e a preparou para receber o Crisma, antes mesmo da Primeira Comunhão, conforme o costume da época. Em setembro de 1885, a senhora Galgani faleceu, deixando a filha com a tia, Elena Landi. Algum tempo depois, Gemma regressou para junto do pai e ingressou como externa no colégio das Irmãs de Santa Zita, fundado pela Beata Elena Guerra. Aos nove anos, revelando piedade incomum, a menina manifestava enorme desejo de receber a Sagrada Eucaristia. Ela suplicava: "Dai-me Jesus e vereis que serei mais sábia, não cometerei mais pecados, não serei mais a mesma!". Afinal, o sacerdote acabou por aceder e, na festa do Sagrado Coração de 1887, recebeu a Primeira Comunhão: "Jesus fez-Se sentir em minha alma de uma maneira muito forte. Compreendi, então, que as delícias do Céu não são como as da Terra". Após a morte da mãe ela passou a oferecer pequenos sacrifícios a Jesus. Era chegada, porém, a hora dos grandes sofrimentos. Em 1896, uma terrível necrose no pé, acompanhada por agudíssimas dores, obrigou-a a submeter-se a uma dolorosa cirurgia. No ano seguinte, seu pai faleceu após perder toda a fortuna, deixando a família em grande miséria. Em 1898 ela foi atingida por grave doença na espinha dorsal, ficando prostrada na cama. Um ano mais tarde os médicos lhe diagnosticaram um tumor na cabeça, dando-a por desenganada. Em meio aos sofrimentos a jovem teve uma intensa vida mística, recebendo inúmeras aparições do anjo da guarda, de Nosso Senhor e de Maria Santíssima. Em uma dessas ocasiões ela recebeu os Sagrados Estigmas de Jesus. Foi no ano de 1899 que Gemma, durante as Missões, teve o primeiro encontro com o seu futuro diretor espiritual, o religioso passionista Padre Germano Di San Stanislao. Dotado de grande talento e virtude o sacerdote passou a ser um verdadeiro pai para a santa e a conduziu nos caminhos da perfeição. Graças às cartas que trocavam, ficaram documentados os singulares favores recebidos pela angelical jovem. Com apenas 25 anos de idade, durante a Semana Santa de 1903, a seráfica virgem entregou sua alma a Deus. Por Irmã Maria Teresa Ribeiro Matos, EP Fonte: Gaudium Press

segunda-feira, 2 de abril de 2012

As diferentes cruzes

As diferentes cruzes "Se alguém quer seguir-Me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a vida por amor de Mim e do Evangelho, salva-la-á" (Mc 8, 35).
Pela cruz se chega a luz! Esta afirmação tão categórica exige de nossa parte uma especial análise e degustação, por ser repetida, ademais, nos outros Evangelhos (cf. Mt 10, 38-39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). Aqui se encontram as condições para sermos verdadeiros discípulos de Cristo. 1. "Se alguém quer..." - Depende de nossa livre vontade. Esperar por uma graça que realize em nós a plenitude de nossa salvação, sem o menor concurso de nossa vontade, é confundir Redenção com Criação, ou a vida eterna com a natural. Esse convite, evidentemente, deve receber uma resposta afirmativa de nossa parte. E é indispensável que seja fervorosa, pertinaz e contínua. Ou, por outra, não podemos nos esquecer um só segundo dessa determinação. 2. "...negue-se a si mesmo..." - A origem de todos os pecados encontra-se no amor desordenado a nós mesmos, em detrimento da verdadeira caridade. E o melhor remédio para essa terrível enfermidade é essa renúncia a nós mesmos, para encontrar-nos em Deus. Seu primeiro grau consiste no horror ao pecado mortal, preferindo morrer a consentir nessa aversão a Deus. O segundo diz respeito ao pecado venial consciente e deliberado. O terceiro incide sobre as imperfeições e o amor próprio, tão sorrateiro em imiscuir-se até na prática das virtudes. Ao se progredir neste último grau, maior se torna nossa liberdade interior, como também o gozo da paz e de consolações. Quem vive no oposto a esses três graus, ou não entendeu a grandeza deste convite, ou conscientemente o recusou. 3. "...tome sua cruz ..." - Há cruzes e cruzes! As extraordinárias se apresentam diante de nós em épocas de perseguição religiosa. São os suplícios e a própria morte. Devemos enfrentá-los tal qual o fizeram Jesus e todos os mártires, jamais renegando a nossa fé. Outras haverá que são comuns a todos os tempos. Boa parte delas não são procuradas por nós, mas indesejadas, como por exemplo, as doenças, as debilidades da ancianidade, os rigores do clima, etc. Outras, ainda, são oriundas do acaso: as perdas financeiras, as desgraças, os contratempos, a pobreza, a incompreensão e o ódio gratuito da parte dos outros, perseguições, injustiças. Às vezes, são os efeitos do nosso próprio caráter, temperamento, inclinações, etc. Como são numerosas as cruzes que surgem ao longo de nossa vida!... Não as podemos evitar; pelo contrário, temos obrigação de carregá-las. E a experiência nos mostra como elas se tornam mais pesadas sobre nossos ombros quando as conduzimos entre choramingos e lamúrias, ou, pior ainda, se contra elas nos revoltamos. Ademais, nestes casos diminuímos, ou até perdemos, os correspondentes méritos. Por fim, há também as cruzes escolhidas livremente por nós. Abraçar a via do matrimônio, ou a de uma comunidade religiosa, ou ainda a de leigo solteiro vivendo cristãmente no mundo, significa compreender e desejar todos os sofrimentos que são correlatos a cada situação. O cumprimento perfeito de cada uma das exigências do respectivo estado de vida, a subordinação das paixões, o freio dos caprichos, a privação destas ou daquelas comodidades, etc., constituem um campo florido de cruzes, inerentes ao caminho eleito por nossa deliberação. Sem contar a aridez, o tédio, o desgosto que de tempos em tempos nos assaltam ao longo da estrada percorrida por nós, e sem volta atrás. Mas se nossa decisão foi consciente e, sobretudo, se teve origem num sopro do Espírito Santo, jamais devemos nos arrepender. Muito pelo contrário, enchamo-nos de ânimo e até de entusiasmo, dando passos firmes rumo à meta final de nossa salvação. 4. "... e siga-Me" - Se empregássemos o melhor de nossos esforços, praticando os maiores sacrifícios para carregar nossa cruz, mas num caminho diferente do traçado por Jesus, não bastaria! É preciso abraçar a própria cruz, "por Ele, com Ele e n'Ele". Na contemplação dos padecimentos da Paixão de Cristo, encontrarei as energias para carregar minha própria cruz. Quanto a perder ou salvar a vida, comenta o Pe. Andrés Fernández Truyols SJ: "O que o Mestre quer gravar no coração de seus ouvintes é que devemos estar dispostos a passar por tudo, até mesmo a morte, desde que seja para salvar a alma. Porque de nada adianta ao homem ganhar o mundo todo se, no fim, vier a perder a sua alma, ou seja, se não alcançar a salvação eterna" (1). Por Monsenhor João S. Clá Dias, EP. 1) Vida de Nuestro Señor Jesucristo, BAC, Madrid, 1954, vol. III, p. 369. Fonte: Gaudium Press

Sete anos da morte de João Paulo II

Sete anos da morte de João Paulo II
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Há exatamente sete anos, Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, nascido em Wadowice (Polônia) em 1920 e eleito para a Cátedra de Pedro em 16 de outubro de 1978, voltou à casa do Pai. O Papa polonês foi beatificado pelo seu Sucessor, Bento XVI, em 1º de maio de 2011 e hoje é Co-patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, iniciadas em seu pontificado. Segundo o padre Slawomir Oder, postulador da Causa de canonização do recordado pontífice, o processo está dependendo apenas da confirmação de um "novo milagre" para que se possa concluir. O sacerdote disse que têm chegado "numerosas indicações de graças atribuídas ao beato João Paulo II e algumas são, seguramente, interessantes". E acrescentou que espera apenas "pela documentação para poder dar início a um estudo mais aprofundado dos casos e fazer um bom discernimento". A beatificação, que é a penúltima etapa para a declaração da santidade de um católico teve início em maio de 2005, após a dispensa oferecida por Bento XVI do tempo de espera de cinco anos após a morte do candidato para iniciar estes trabalhos. O milagre que fez possível a beatificação do Papa Wojtyla Segundo recorda hoje a nota da Rádio Vaticano, de acordo com as atuais regras da Igreja, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato João Paulo II a partir da data da beatificação. Concluídas estão, em definitivo, as investigações sobre as chamadas "fama de santidade" e "virtudes heroicas" de Karol Wojtyla, eleito Papa em outubro de 1978. Entre os seus principais documentos deixados pelo vasto legado deste Sumo Pontífice, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; além de ter realizado 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal e 4 visitas ao Brasil. A última delas para o congresso mundial das famílias em 1997 no Rio de Janeiro, que será o palco para a próxima JMJ em 2013. O beato Papa João Paulo celebrou 147 ritos de beatificação, nos quais proclamou 1338 beatos, e 51 atos de canonização, correspondendo a um total de 482 santos. Fonte: Gaudium Press

Bento XVI destaca trabalho do Comitê Organizado da JMJ Rio 2013

Bento XVI destaca trabalho do Comitê Organizado da JMJ Rio 2013 Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Ontem, 1º de abril,, ao final da oração mariana do Ângelus e da celebração pelo Domingo de Ramos, o Papa Bento XVI fez uma menção especial ao Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, cujos integrantes estiveram na Itália na semana passada para apresentação mundial do evento que acontecerá em meados do ano que vem na "cidade maravilhosa". No momento da saudação ao fiéis em diversas línguas, o Santo Padre disse em português: "Quero agora dirigir a minha saudação amiga aos jovens e demais peregrinos de língua portuguesa, que participam nesta celebração do Domingo de Ramos. De modo particular, saúdo o arcebispo Dom Orani Tempesta, o governador e o prefeito do Rio de Janeiro e demais autoridades e membros do comitê responsável pela organização da próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano que vem", proferiu o pontífice. Na sequência, Bento XVI se deteve com mais atenção aos trabalhos preparatórios da JMJ Rio 2013, aconselhando os membros do comitê organizador a vivê-lo segundo o convite que feito durante a celebração do Domingo de Ramos. "Alegrai-vos sempre no Senhor". Conforme o Santo Padre, deste modo, o espírito alegre e acolhedor, conatural aos brasileiros, será sublimado pela alegria que nasce da união com Cristo, o Único Redentor. Assim, podereis de braços abertos - como a imagem do Cristo que domina a paisagem carioca - receber os jovens que virão de todos os cantos do mundo para a vossa cidade" Por fim, o pontífice desejou a todos uma feliz e santa Páscoa. Fonte: Gaudium Press

Dez novas dioceses chilenas unem-se em “Um Rosário pelo Chile”

Dez novas dioceses chilenas unem-se em “Um Rosário pelo Chile” Santiago (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) "Um Rosário pelo Chile": é essa a iniciativa de um grupo de leigos, que conta com o apoio de diversos bispos do país andino, -entre eles Dom Ricardo Ezzati, Arcebispo de Santiago e presidente da Conferência Episcopal- e que busca expressar "a fé e esperança de mulheres e homens católicos, que crêem na força mediadora da Virgem Maria através da oração do Rosário, para alcançar uma sociedade na qual reúnem os valores cristãos e um ordenamento jurídico que proteja efetivamente a família. rosario chile 1.jpg No dia 25 de março, solenidade da Anunciação, as dioceses de Melipilla, São Bernardo, Rancagua, Linares, Chillán, Los Angeles, Osorno; as arquidioceses de La Serena, Santiago e o Bispado Castrense, convidaram a assembleia a unir-se a cruzada espiritual que alenta "Um Rosário pelo Chile". Graças ao apoio de bispos e arcebispos, milhares de pessoas receberam volantes convidando a rezar diariamente o Santo Rosário pelas intenções desejadas por essa iniciativa e convidando também a visita ao site web http://www.unrosarioporchile.cl. A equipe de trabalho de "Um Rosário pelo Chile", também se fez presente no Santuário Nacional de Maipú, onde foram abençoadas centenas de rosários que logo foram distribuídos aos que se comprometeram com esta cruzada, " que nos desafia a colocar nossa vida, famílias e sociedade nas mãos de Jesus Cristo, debaixo da proteção e mediação de sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria", segundo afirmam seus organizadores. Desenvolvimento da iniciativa "Um Rosário pelo Chile" rosario chile 2.jpg Como registra o portal oficial da Igreja no Chile, em uma primeira etapa tem-se como intenção captar as pessoas que rezam o Rosário para que incorporem em suas intenções as de "Um Rosário pelo Chile". Nesse contexto, a grande difusão ocorrida no dia 24 de março, buscava dar a conhecer a iniciativa através da entrega de um volante nas missas que eram realizadas nas distintas dioceses, o que foi sucedido pela entrega de rosários em seis santuários marianos. São rosários confecionados por um grupo de internos do cárcere juvenil de Puente Alto. Segundo explicou Andrés Giménez, --um dos seis dirigentes desta iniciativa-- uma segunda etapa de sua intenção é chegar as pessoas que não rezam o rosário. Algo que pretendem fazer por meio de testemunhos de chilenos que tem obtido uma graça e que tem a certeza de que ela foi alcançada pela reza do terço ou pelo rosário. Além disso, Giménes assinalou que, a partir do próximo ano, pretendem executar um programa em colégios católicos para ensinar as crianças a rezarem o rosário. Fonte: Gaudium Press

São Francisco de Paula

São Francisco de Paula
De um santo casal sem filhos... Tiago e Viena formavam um casal que vivia em Paula, pequena cidade da Calábria, na Itália. Tiago era agricultor. Viena ajudava o marido no que era possível a uma mulher fazer. Juntos, eles constituíam um casal católico exemplar. Embora levando uma vida difícil, procuravam santificar-se: rezavam bastante, jejuavam, praticavam boas obras, faziam penitência. Consideravam-se felizes. A felicidade de situação em que viviam, no entanto, era empalidecida por algo lhes penalizava: não conseguiam ter filhos. ...milagrosamente, nasce um menino Não faltavam pedidos, orações e sacrifícios para que Deus lhes enviasse um filho. Pediam muito a intercessão de São Francisco de Assis, de quem eram devotos. Prometeram até que, se o santo lhes atendesse, dariam o nome de Francisco ao primeiro dos filhos que tivessem. Deus ouviu tão prementes e piedosos pedidos: nasceu-lhes um filho. O menino tinha uma infecção nos olhos e poderia ficar cego. De novo procuraram São Francisco. Com respeito, pediam que ele atendesse por inteiro o pedido deles e não apenas pela metade. Tiago e Viena prometiam ao Santo que, se ele curasse o menino, tão logo a idade o permitisse, ele seria vestido com o hábito de frade franciscano e colocado, por um ano, num convento da Ordem de São Francisco. Novamente o casal foi atendido. Francisco crescia saudável, abençoado por Deus e com evidentes pendores para a santidade. Até os 12 anos seguia o exemplo paterno: rezava e praticava penitência. ... que se tornou um "menino frade", exemplar, obediente e milagreiro. O tempo passou e Tiago e Viena não tinam cumprido ainda a promessa feita. Um dia apareceu na casa deles um frade franciscano lembrando que chegara a hora de cumprirem a promessa feita. Os pais, de bom grado, levaram o jovenzinho com o hábito de São Francisco para o convento de São Marcos, onde era observava rigorosamente a regra da Ordem dos Frades Menores. O jovem Francisco, mesmo não estando obrigado, cumpria com exatidão as normas conventuais. E isso a tal ponto que se tornou modelo de observância da regra. Era exemplo até para os frades mais experimentados e vividos nas práticas religiosas. Já nessa ocasião, alguns fatos extraordinários marcaram a vida do pequeno Francisco. Um dia o irmão sacristão ordenou-lhe que fosse buscar brasas para o turíbulo. Porém, esqueceu-se de dizer a Francisco como deveria proceder. Com toda simplicidade e inocência, ele atendeu ao pedido colocando as brasas em seu hábito e as levou ao irmão sacristão. Seu hábito nada sofreu. Em uma outra ocasião, ele ficou como encarregado da cozinha. Pôs os alimentos em uma panela e a colocou sobre o carvões e lá a deixou. Em seguida foi para a igreja rezar, esquecendo-se de acender o fogo... Rezando, entrou em estase, e tempo foi passando. Um frade entrou na cozinha e viu o fogo apagado. Procurou Francisco perguntando se a refeição estava pronta. O jovem respondeu que sim e, em seguida, foi para a cozinha. Não se sabe como, o certo é que o fogo estava aceso e os alimentos cozidos... são francisco3.jpg Fez-se um Eremita adolescente... Claro que os bons frades do convento de São Marcos queriam que o jovem Francisco continuasse entre eles. Era um adorno para o convento aquele adolescente que já dava tantos indícios de santidade. O jovem, no entanto, sentia-se chamado para outro estado de vida. Tendo já cumprido a promessa de ficar um ano no convento, com os pais, ele foi conhecer Roma, Assis, Loreto e Monte Cassino. Ficou impressionado com Monte Cassino. Soube que naquele lugar São Bento estabelecera-se aos 14 anos para entregar-se todo a Deus, ele fez também o mesmo propósito: pediu aos pais que o deixassem viver como eremita na chácara que habitavam. Tiago e Viena aceitaram o pedido do filho. E não só consentiram que se mudasse para sua "ermida", mas passaram a levar-lhe a alimentação. Mas, Francisco deseja ser mais radical em sua solidão. Um dia ele desapareceu: havia subido a uma montanha próxima. Nela encontrou uma pequena gruta e a transformou no local onde passou a morar por seis anos. Vivia exclusivamente para Deus, na contemplação e penitência. Seu alimento eram raízes e ervas silvestres. De acordo com uma tradição corrente na Ordem fundada por ele, foi nessa gruta eremítica que ele recebeu, das mãos de um Anjo, o hábito monástico. ...aprovado pelo Bispo e com discípulos, funda uma Ordem Religiosa. Com 19 anos de idade, Francisco obteve licença do Bispo local para construir um mosteiro no alto de um monte próximo a Paula. Logo surgiram os primeiros discípulos e auxiliares. Da construção desse Mosteiro participaram os habitantes da cidade. Pouco importando que fossem ricos ou pobres, nobres ou plebeus. Era um verdadeiro milagre: todos queriam ajudar. Eles foram testemunhas de inúmeros milagres. Viram pedras se deslocarem à uma simples ordem de Francisco. Árvores pesadas e pedras enormes tornavam-se leves para serem removidas ou transportadas. Os víveres, cuja quantidade mal daria para saciar a fome de um só trabalhador, alimentavam a muitos. Até pessoas enfermas que iam participar das construções ficavam curadas. Foi dai que nasceram as origens da "Ordem dos Mínimos", ordem religiosa fundada oficialmente por São Francisco de Paula em 1435. Arcanjo São Miguel era seu protetor e também da Ordem que ele fundou. Foi o Arcanjo quem trouxe-lhe uma espécie de ostensório no qual aparecia o sol tendo um fundo azul e escrita a palavra Caridade. São Miguel mostrou-lhe ostensório e recomendou ao Santo tomá-lo como emblema de sua Ordem. Francisco tinha na simplicidade de vida um coroamento de todas suas virtudes. Ele era bom, franco, cândido, serviçal, sempre disposto a fazer o bem a qualquer um. Esse espírito, ele comunicou em abundância a seus filhos espirituais. Fatos, profecias e mais milagres A Divina Providencia distribui seus dons a quem fará uso deles para maior glória de Deus. Sendo assim, é o caso de dizer que São Francisco de Paula glorificou muito a Deus, aplicando esses dons abundantemente. Até parece que seu carisma constituía-se em fazer milagres. Um autor chegou a afirmar sobre ele: "Não há espécie de doenças que ele não tenha curado, de sentidos e membros do corpo humano sobre os quais não tenha exercido a graça e o poder que Deus lhe havia dado. Ele restituiu a vista a cegos, a audição a surdos, a palavra aos mudos, o uso dos pés e mãos a estropiados, a vida a agonizantes e mortos; e, o que é mais considerável, a razão a insensatos e frenéticos". "Não houve jamais mal, por maior e mais incurável que parecesse, que pudesse resistir à sua voz ou ao seu toque. Acorria-se a ele de todas as partes, não só um a um, mas em grandes grupos e às centenas, como se ele fosse o Anjo Rafael e um médico descido do Céu; e, segundo o testemunho daqueles que o acompanhavam ordinariamente, ninguém jamais retornou descontente, mas cada um bendizia a Deus de ter recebido o cumprimento do que desejava"(*). Francisco ressuscitou seu próprio sobrinho chamado Nicolas. Ele queria ser monge na Ordem que seu tio havia fundado. Mas sua mãe se opôs ferrenhamente a isso. Nicolas adoeceu e morreu. O corpo estava sendo velado na igreja do convento e Francisco pediu que o conduzissem à sua cela. Passou a noite em lágrimas e orações. Foi assim que, naquela noite, ele obteve de Deus que o rapaz fosse ressuscitado. Quando, na manhã seguinte, a mãe de Nicolas veio para assistir ao sepultamento do filho, Francisco perguntou-lhe se ela ainda se opunha a que ele se fizesse religioso. "Ah!" - disse ela em lágrimas - "se eu não me tivesse oposto, talvez ele ainda vivesse". - "Quer dizer que você está arrependida?" - insistiu o Santo. - "Ah, sim!". Francisco, então, trouxe-lhe o filho são e salvo. Em prantos, a mãe abraçou o filho concedendo a licença que havia negado. Tornou-se famosa outra ressurreição realizada pela intercessão de Francisco. Foi aquela em que viveu novamente um homem malfeitor que a justiça havia enforcado três dias antes. São Francisco de Paula não só lhe restituiu a vida do corpo, como também a da alma. Mas Francisco também ressuscitou duas vezes a mesma pessoa: Tomás de Yvre, era habitante de Paterne, França, e trabalhava na construção do convento de sua cidade. Num acidente ele foi esmagado por uma árvore. São Francisco o ressuscitou. Algum tempo depois, Tomás caiu do alto do campanário e morreu em consequência da queda. Novamente o Santo restituiu-lhe a vida. São Francisco era também dotado de uma graça especial para a obtenção do favor da maternidade para mulheres estéreis. Muitos milagres desse gênero foram relatados no processo de canonização do Santo em Tours. Alguns deles foram acontecidos em casas reais ou principescas. são francisco4.jpg Um analfabeto cheio de sabedoria e santidade Na verdade ele era analfabeto, mas isso pouco importa. Em suas homilias, ele pregava com tanta sabedoria que deixava seus ouvintes extasiados e entusiasmados: a boca fala é da abundancia do coração... Em seu modo de ser, de portar-se e agir brilhavam em grau heroico a virtude da sabedoria, além da prudência, da justiça, da temperança e da fortaleza. Por isso, mesmo é que esse Santo não alfabetizado mão sentiu nenhum constrangimento ao conversar ou dar conselhos a Papas, reis e a grandes deste mundo. Ficar na França foi discernimento da vontade de Deus Sua fama chegou até na França. O Rei Luís XI estava atacado por doença que poderia levá-lo à morte. E não duvidou: pediu ao Santo que fosse até a França para curá-lo. Mas Francisco só se dirigiu à côrte francesa depois de uma ordem formal do Papa. A ida dele foi providencial para a expansão de sua Ordem não só na França, mas também em outros países da Europa, como Alemanha e Espanha. Estando com o Rei, ele discerniu que a vontade de Deus não era que ele se curasse, mas, em seus desígnios queria levá-lo desta vida. Sem temor, ele disse isso a Luís XI e, com isso, preparou-o para a morte. Foi nessas circunstancias que o monarca confiou a Francisco a formação de seus filhos, sobretudo ao principe herdeiro que tinha, então, apenas 14 anos. Francisco foi também o confessor da Princesa Joana. Depois que de repudiada por seu marido, o futuro Luís XII, tornou-se religiosa e, morrendo santamente, foi canonizada recebendo a maior das honras, a dos altares. Foi por conselho de Francisco que o Rei Carlos VIII casou-se com Ana de Bretanha, herdeira única daquele ducado, que veio assim unir-se ao Reino da França. Imitou Jesus até a morte Francisco dormia sobre umas pranchas. Isso quando dormia, pois, geralmente passava grande parte das noites rezando. Parecia viver continuamente em espírito de quaresma. Muitas vezes, comia apenas a cada oito dias. Para melhor imitar a Nosso Senhor Jesus Cristo, uma vez, passou toda uma quaresma sem alimentar-se. Seu hábito era de um tecido grosseiro, bem rude. Embora, como penitencia, o usasse dia e noite, era limpo e dele subia um odor agradável a todos os olfatos. Seu rosto, sempre tranquilo e ameno, parecia não se ressentir das austeridades que praticava e nem dos efeitos da idade. são francisco5.jpg A alguém com uma vida assim levada por amor de Deus, não haveria demônio que o resistisse. Foram inúmeros os casos de possessos que ele livrou do jugo diabólico. São Francisco de Paula tinha como devoções particulares o culto ao mistério da Santíssima Trindade e da Anunciação da Virgem, uma veneração aos nomes santíssimos de Jesus e Maria e uma verdadeira adoração à pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto padecendo a Paixão. Seria indício de uma identificação a mais com Nosso Senhor, quem, tendo essas devoções viesse a morrer no dia em que nossa Redenção se consumou. E foi o que aconteceu: na Sexta-feira Santa do ano de 1507, aos 91 anos de idade ele faleceu. Mas, ele "morreu" ainda uma segunda vez... Durante as Guerras de Religião na Europa, os protestantes calvinistas, em 1562, invadiram o convento de Plessis, França. Ali estava enterrado o Santo. Então, como ele havia predito, seu corpo, ainda incorrupto, foi tirado do sepulcro e foi queimado com a madeira pertencente a um grande crucifixo da igreja. Ele, praticamente, foi martirizado depois da morte. A gloria de São Francisco de Paula permanece até nossos dias, apesar do ódio dos inimigos da fé. E permanecerá para sempre. (JS) Fontes: * - Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d'après le P. Giry, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo IV, p. 143. --Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, tomo II, pp. 333 e ss. -Pe. José Leite S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1993, pp. 412-413. Fonte: Gaudium Press

domingo, 1 de abril de 2012

A Via Sacra não é coisa do passado…

A Via Sacra não é coisa do passado…
Leigos e religiosos rezam a via sacra diante de uma cruz em Moçambique A Via Sacra não é uma coisa que pertence ao passado e a um determinado ponto da terra. A cruz do Senhor abraça o mundo; a sua "Via-Crucis" atravessa os continentes e os tempos. Na Via-Sacra não podemos ser apenas espectadores. Também nós estamos incluídos, por isso devemos procurar o nosso lugar: onde estamos? Na "Via Crucis" não existe a possibilidade de ser neutro. Pilatos, o intelectual céptico, procurou ser neutro, ficar de fora; mas, precisamente assim, tomou posição contra a justiça, para não pôr em risco a sua carreira. Devemos procurar o nosso lugar No espelho da cruz vemos todos os sofrimentos da humanidade de hoje. Na cruz de Cristo vemos o sofrimento das crianças abandonadas, abusadas; as ameaças contra a família; a divisão do mundo na soberba dos ricos que não vêem Lázaro diante de suas portas e a miséria de tantos que sofrem fome e sede. Mas vemos também "estações" de consolação. Vemos a Mãe, cuja bondade permanece fiel até à morte, e além da morte. Vemos a mulher corajosa que está diante do Senhor e não tem medo de mostrar a solidariedade com este Sofredor. Vemos Simão, o Cireneu, um africano, que carrega com Jesus a cruz. Vemos, por fim, através destas "estações" de consolação, que, assim como os sofrimentos não terminam, também as consolações não terminam. Vemos como, no "caminho da cruz", Paulo encontrou o zelo da sua fé e acendeu a luz do amor. Vemos como Santo Agostinho encontrou o seu caminho: assim São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo, São Maximiliano Kolbe, Madre Teresa de Calcutá. E também nós somos convidados a encontrar a nossa posição, a encontrar, com estes grandes, corajosos santos, o caminho de Jesus e para Jesus: o caminho da bondade, da verdade; a coragem do amor. Peçamos ao Senhor que nos ajude a sermos "contagiados" pela sua misericórdia. Rezemos à Santa Mãe de Jesus, a Mãe da Misericórdia, para que nós também possamos ser homens e mulheres de misericórdia e, desta forma, contribuir para a salvação do mundo; para a salvação das criaturas; para sermos homens e mulheres de Deus. (Conferir Discurso Bento XVI após a Via-Sacra, na Sexta-Feira Santa, 14 de abril de 2006) Que estes luminosos ensinamentos de SS. o Papa Bento XVI sobre a Via-Sacra sirvão de molde para estimular a todos aqueles que, no tempo litúrgico da Quaresma levam adiante esta prática tão piedosa e sempre estimulada pela Igreja ao longo dos séculos. A 15ª estação é rezada dentro da Capela, após período de confissões Assim, já há alguns anos os Religiosos e Religiosas de Maputo se reúnem para percorrerem juntos as estações da Via-Sacra. A mesma tem se realizado na Casa das Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados, no Bairro de Malhangalene. Neste ano de 2012, a data fixada pela CIR-CONFEREMO -organismo que congrega todos os religiosos e religiosas em Moçambique - foi o dia 18 de março passado. Mais de duas centenas de pessoas - religiosos e religiosas, acompanhados de aspirantes e noviços de dezenas de Congregações que se dedicam à vida missionária aqui na África - participaram piedosamente desta já tradicional Via-Sacra. Após a 14ª estação houve uma pausa para confissões. Os sacerdotes se dispuseram em diversos locais do parque da Casa e por longo tempo se dispuseram solicitamente para o sacramento da reconciliação. Em seguida rezou-se a 15ª estação dentro da Capela e, com a bênção final, todos retornaram às suas Casas, fortalecidos pela oração. Por Arão O. Mazive. Fonte: Gaudium Press

Mais de 3 milhões de mexicanos acompanharam o Papa durante sua visita ao país Loading

Mais de 3 milhões de mexicanos acompanharam o Papa durante sua visita ao país
Mais de 3 milhões de pessoas participaram das atividades do Papa e muitas delas andaram horas para acompanhar a Santa Missa no Parque Bicentenário Cidade do México (Terça-feira, 27-03-2012, Gaudium Press) A Conferência Episcopal do México realizou uma coletiva de imprensa para apresentar os números e os resultados da visita apostólica do Papa Bento XVI ao país. O governador do estado de Guanajuato, Juan Manuel Oliva Ramírez e o secretário da Conferência Episcopal mexicana, Dom Víctor René Rodríguez informaram que o número de pessoas que participaram dos eventos com o Papa chegou a 3,4 milhões de fiéis e peregrinos. Em sua maioria, as pessoas eram do próprio estado de Guanajuato, mas afirmaram que a quantidade de pessoas vindas de outras localidades também foi expressiva. Aproximadamente 777 mil pessoas estiveram presentes nas diversas cidades onde aconteceram atividades pontifícias. Dom Víctor René aproveitou a ocasião para agradecer os 78 mil jovens provenientes das cidades de Querétaro, Guanajuato, Celaya e León que atuaram como voluntários para formar os cordões humanos que cercaram as ruas por onde circulou o Papa Bento XVI. Segundo os números que foram atualizados no decorrer da estadia do Papa no México, 3.200 pessoas receberam o Santo Padre no aeroporto internacional e outras 3 mil estiveram na cerimônia de despedida. Na Santa Missa celebrada no Parque Bicentenário, 640 mil fiéis estiveram presentes. O governador Oliva Ramírez disse que ouviu do porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que a cerimônia do último domingo foi "histórica e uma das mais grandes realizadas durante o pontificado". Neste mesmo dia se estima que um milhão de pessoas participaram das diferentes atividades com o Santo Padre. O secretário da Conferência Episcopal Mexicana aproveitou a oportunidade para destacar a mensagem de Bento XVI ao México que foi de paz, amor e compromisso para com os mexicanos. (LB) Gaudium Press - María del Carmem Sierra Tradução: Luciano Batista Fonte: Gaudium Press

"Quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito", afirma Bento XVI

"Quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito", afirma Bento XVI Santiago de Cuba (Segunda-feira, 26-03-2012, Gaudium Press) "É comovente ver como Deus não só respeita a liberdade humana, mas parece ter necessidade dela". Bento XVI, na festa da Anunciação do Senhor à Virgem Maria, presidiu ontem, depois de sua chegada, a Missa na Plaza Antonio Maceo, de Santiago de Cuba, repleta de pessoas. A visita "se insere no contexto do Ano Jubilar Mariano proclamado para honrar a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, nos quatrocentos anos da descoberta e presença da sua veneranda imagem nestas terras abençoadas". O Papa, ao explicar o significado da festa, afirmou que "Deus veio realmente ao mundo, entrou na nossa história, habitou no meio de nós, realizando assim a profunda aspiração do ser humano de que o mundo seja realmente uma casa para o homem. Pelo contrário, quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito para o homem, frustrando ao mesmo tempo a verdadeira vocação da criação que é ser o espaço para a aliança, para o «sim» do amor entre Deus e a humanidade que Lhe responde". Exemplo e modelo do "sim" encontra-se na obediência de Cristo e de Maria à vontade de Deus. "É esta obediência a Deus que abre as portas do mundo à verdade, à salvação". Na Virgem Maria a Igreja também encontra um modelo de como "acolher em si o Mistério de Deus" para realizar a própria missão de "prolongar sobre a terra a presença salvífica de Deus, de abrir o mundo para algo maior do que ele mesmo, ou seja, para o amor e a luz de Deus". "Encorajo-vos - continuou o Santo Padre - na vossa tarefa de semear no mundo a palavra de Deus e oferecer a todos o verdadeiro alimento que é o corpo de Cristo". No fim da homilia o Papa reafirmou o valor fundamental da família, que na sociedade cubana enfrenta uma crise. "O mistério da Encarnação - observou - no qual Deus Se aproxima de nós, mostra-nos também a dignidade incomparável de cada vida humana. Por isso, no seu projeto de amor, desde a criação, Deus confiou à família fundada no matrimonio a sublime missão de ser célula fundamental da sociedade e verdadeira Igreja doméstica". Bento XVI encorajou os esposos a serem "sinal real e visível do amor de Cristo pela Igreja. Cuba precisa do testemunho da vossa fidelidade, da vossa unidade, da vossa capacidade de acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada", concluiu o pontífice pedindo aos cubanos um "novo vigor à vossa fé". "Vivais de Cristo e para Cristo, e luteis com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que manifeste melhor a bondade de Deus", disse o Papa. Antes de deixar o lugar da celebração o Santo Padre doou à Virgem da Caridade do Cobre uma rosa de ouro. (JSG) Fonte: Gaudium Press

Retiro missionário reúne 1,3 mil pessoas na diocese paranaense de Umuarama

Retiro missionário reúne 1,3 mil pessoas na diocese paranaense de Umuarama Umuarama (Quinta-Feira, 29/03/2012, Gaudium Press) A Diocese de Umuarama, no Estado do Paraná, promoveu nos dias 24 e 25 deste mês, o 2º Retiro Missionário Diocesano, com a presença do animador das Santas Missões Populares, padre Luis Mosconi de Belém, no Pará, que coordena encontros missionários por todo o Brasil e América Latina. O evento abordou o tema: "Convicção no segmento a Jesus Cristo".
De acordo com a assessoria de comunicação diocesana, o retiro contou com a participação de aproximadamente 1,3 mil pessoas, que estavam representando as 42 paróquias de Umuarama. Padre Mosconi, aprofundou a temática proposta no Evangelho do ano litúrgico, o Evangelho Segundo Marcos, e trabalhou ainda o conteúdo do processo das Santas Missões Populares, destacando as etapas e os blocos de atividades abordados em seu livro "Uma experiência de evangelização voltada para o povo". O encerramento do encontro aconteceu com a celebração da Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, dom João Mamede Filho, que incentivou todos a se deixarem seduzir pelo Cristo, e se disporem com determinação às Santas Missões Populares. Ao final da celebração, os missionários foram enviados para que assumam com convicção as atividades missionárias em suas paróquias, em preparação aos Retiros Missionários Paroquiais. Com a finalidade de capacitar os missionários das equipes paroquiais da diocese de Umuarama, a fim de que sejam multiplicadores da proposta e experiência nas comunidades da região, o retiro missionário contou com a presença e participação de padres, diáconos, religiosos, religiosas, do Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora, padre Wilson Alexandre Pintenho, do Vigário Geral da diocese, Assessor das CEBs e Assessor do Projeto Ame, padre Edivaldo Lopes Farias. Santas Missões Populares As Santas Missões Populares são uma sacudida especial, pois com o com o passar do tempo, nossa vida pessoal pode se tornar bastante rotineira, repetida, acomodada, sem asas, sem convicções profundas, amarrada e cansada. Corremos o perigo de jogar no lixo o dom precioso da vida. Nossas comunidades cristãs também correm perigo: tudo repetido, sem novidade, meio apagado, sem ardor missionário. As SMPs são ainda um tempo especial de evangelização intensiva e extensiva, com iniciativas e prazos marcados. O testemunho e o anuncio do Evangelho de Jesus vão estar em primeiro lugar. É também um grande retiro espiritual popular, que tem a ver com o sentido da vida, um retiro que irá marcar o tempo que virá depois, sem com isso desconhecer o positivo que havia antes, além de ser um tempo especial para cultivar entre nós relações pessoais, bem sinceras, verdadeiras e solidárias. Fonte: Gaudium Press

Família tem papel fundamental na sociedade cubana

Família tem papel fundamental na sociedade cubana
Durante a Santa Missa desta segunda-feira, Bento XVI defendeu a valorização da família cubana Santiago de Cuba (Terça-feira, 27-03-2012, Gaudium Press) Durante a Santa Missa desta segunda-feira em Santiago de Cuba, o Papa Bento XVI falou sobre o importante papel da família na sociedade, principalmente no contexto em que vivem os cubanos atualmente. "Deus confiou seu projeto de amor à família, que tem a sublime missão de ser célula fundamental da sociedade e verdadeira Igreja doméstica". A desestruturação da família é um dos aspectos que compromete o tecido social, e fenômenos, que até então não se verificavam em Cuba, passam a ter uma incidência cada vez maior, como é o caso da delinquência. Gravidez precoce, frequentes trocas de parceiros, crimes cometidos em âmbito familiar demonstram uma formação fragmentada, uma estrutura moral frágil. Em sua homilia o Papa disse que "nessas circunstâncias e neste período da história, a família desempenha um papel fundamental. Cuba precisa da fidelidade, da unidade, da capacidade dos pais de acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada". Diante desses desafios, a mulher desempenha um papel singular na sociedade cubana, segundo informa Irmã Maria de los Ángeles Rodríguez Pérez. "A mulher hoje é a mãe, mas também o pai. A mulher hoje é que teve que assumir a frente de cada lar. Infelizmente, muitos pais abandonaram a casa e foram as mulheres que assumiram completamente a família. Muitas se encontram em situação muito difícil, com filhos doentes ou com os pais enfermos e devemos ajudar a encontrar um sentido e animá-las, mas a mulher hoje é força para a sociedade cubana. Outra figura fundamental na sociedade cubana são os avós, que logo após a revolução assumiram o papel de transmitir a fé de geração em geração". Com informações da Rádio Vaticano Fonte: Gaudium Press

sábado, 31 de março de 2012

Bento XVI participa da última pregação da Quaresma

Bento XVI participa da última pregação da Quaresma
Frei Raniero Cantalamessa meditou sobre os ensinamentos de São Gregório de Nissa Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 30-03-2012, Gaudium Press) O Papa Bento XVI chegou ontem de sua viagem ao México e Cuba e hoje pela manhã, participou da pregação quaresmal ministrada pelo Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa. Nesta que é a última pregação do ciclo, Frei Raniero falou sobre o caminho para o conhecimento de Deus com base nos escritos de São Gregório de Nissa, padre da Igreja Oriental, que viveu no século IV. Segundo o pregador, para o encontro com Deus "é preciso ir além dos limites da razão". O frei capuchinho disse ainda que a "transição das trevas para a luz é a primeira separação de idéias falsas e errôneas sobre Deus". O pregador da Casa Pontifícia explicou que a busca de Deus não é de excluir a razão porque ninguém é forçado a escolher entre seguir a fé ou a inteligência. O Padre Cantalamessa finalizou dizendo que, se o caminho do intelecto e da alma para Deus parece ser um caminho difícil, não devemos esquecer que o homem de Deus no Monte Calvário, Jesus de Nazaré, se uniu a Deus para sempre. Fonte: Gaudium Press

As cerimônias da Semana Santa

As cerimônias da Semana Santa A última semana da Quaresma é denominada como Semana Santa. Ela é a última a semana que encerra os quarenta dias que antecedem a páscoa da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nessa semana a Igreja celebra os principais episódios do mistério da Paixão. As cerimônias que se fazem durante este período, são solenes e cheias de significado. Vamos enunciar cada uma delas em seus respectivos dias: Domingo de Ramos O Domingo de Ramos (Dominica in palmis), é que propriamente da início à Semana Santa. Nesse domingo comemora-se a entrada triunfante de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, seis dias antes de sua Paixão. Chama-se "de Ramos" por causa da procissão que se faz neste dia, na qual os fiéis levam na mão um ramo de oliveira, ou de palma. A Sagrada Escritura nos narra que o povo veio ao encontro de Nosso Senhor: atiravam-se vestimentas na sua passagem; cortavam-se galhos de árvore, que se carregavam em sinal de alegria ao canto de: "Hosana ao filho de David! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!"(Mt 21, 1-11). Para tornar mais real a lembrança desse fato, antes da missa, o celebrante revestido de paramentos de cor vermelha ou de capa, abençoa os ramos que, logo em seguida são distribuídos aos fiéis presentes. Depois da bênção e distribuição dos ramos, um Diácono proclama o trecho do Evangelho no qual se narra o fato, tal como aconteceu em Jerusalém (Mt 21, 1-11; Mc 11, 1-10; Jo 12,12-16; Lc 19, 28-40). E então, após a leitura, o Celebrante ou o Diácono diz: ---Irmãos e irmãs, imitando o povo que aclamou Jesus, comecemos com alegria a nossa procissão. Os fiéis empunhando seus ramos seguem em procissão para a igreja onde será celebrada a Missa. Levam os ramos em sinal do triunfo real que, sucumbindo na cruz, Cristo alcançou. Baseando-se nas palavras de São Paulo: Se com ele padecemos, com ele também seremos glorificados.(Rm 8, 17). Ramos da Paixão, ramos do triunfo Nosso Senhor quis entrar, antes da sua Paixão, triunfante em Jerusalém, como fora predito: 1º - Para animar os seus discípulos, dando-lhes por esta forma uma prova clara de que Ele ia sofrer espontaneamente; 2º - Para nos ensinar que por sua morte Ele triunfaria do demônio, do mundo e da carne, e que nos abriria as portas do Céu. Os ramos bentos, são um sacramental para o uso dos fiéis. Na liturgia grega e na latina, os ramos de oliveira tinham um caráter simbólico como sinais de esperança, vitória, vida. Os fiéis levam para casa esses ramos que foram solenemente portados na procissão e que, antes receberam a benção da Igreja. Confiados na proteção de Deus, a esses ramos atribui-se eficácia curativa e protetora em ocasiões de perigos, tempestades, raios, incêndios e outras desgraças. A procissão volta à Igreja Chegando de volta a igreja, o clero e o povo encontram a porta, previamente, fechada. Uma parte dos cantores estando dentro da igreja, representando os coros angélicos, entoa o "Gloria laus" (Glória, louvor e honra, a Cristo, Rei redentor). A outra parte, ainda fora do santuário, pede em seus cantos a entrada livre para Cristo que triunfou pela cruz. Acabado o hino, um ministro bate três vezes na porta, que não se abre. Então, o cruciferário --aquele que porta a cruz processional--- bate na porta com o pé da haste cruz. Ai, a porta se abre e deixa entrar a procissão. E o simbolismo desta cerimônia é de fácil interpretação: A Igreja fechada a princípio, representa o céu, que por causa do pecado de Adão e Eva, está fechado e no qual não entra ninguém. Mas agora abrem-se novamente as portas, por virtude da morte de Nosso Senhor na cruz. E as almas remidas por Nosso Senhor Jesus Cristo, o vencedor, podem entrar na Igreja, no Céu. Cerimônia já antiga A procissão, é mencionada por alguns autores já no século IV, ao passo que a benção dos ramos remonta ao século VII ou VIII. O costume da procissão de Ramos provém já desde o século V. Os cristãos se reuniam no Monte das Oliveiras e, após a solene liturgia da Palavra, dirigiam-se em procissão à cidade de Jerusalém, levando ramos de oliveira, recordando a entrada solene de Jesus na cidade santa. A partir do século VII encontramos esse mesmo costume nas Igrejas do do Oriente e do Ocidente. Na Idade Média, essa procissão era realizada de modo piedoso e solene: Cristo era simbolicamente representado por uma cruz ou por um livro do evangelho que ia carregado num andor ornamentado. Usava-se também a figura de um asno de madeira que se deslocava sobre rodas e sobre o qual vinha uma imagem esculpida de Nosso Senhor. E foi também estabelecido o costume de benzer os ramos numa igreja ou capela situada fora dos muros da cidade. Final da cerimônia Após a procissão, o celebrante tira a capa, se estiver revestido dela, e veste a casula roxa, porque apesar destas cenas de entusiasmo e de glória na procissão pouco tempo depois destas aclamações dos judeus de Jerusalém, vão ser iniciados os opróbrios, escárnios e as dores pungentíssimas da Paixão. A Missa solene é iniciada. Nela é cantado o Evangelho da Paixão segundo São Mateus, Marcos ou Lucas conforme o ciclo das leituras, por três diáconos ou três sacerdotes. Um deles faz o papel do evangelista, historiando o drama; outro canta as palavras de Nosso Senhor e o terceiro diz a parte da sinagoga (palavras dos judeus, de Pilatos e dos apóstolos). Chegando a parte em que se diz: "emisit spiritum" (entregou o espírito) todos ajoelham-se e prostram-se. Em certos países, osculam a terra. No final da leitura, diz-se: Palavra da Salvação, mas não se oscula o livro. Após a homilia, a missa prossegue normalmente, até seu final. Fonte: Gaudium Press

Estudantes de jornalismo conhecem mais sobre religião em Roma

Estudantes de jornalismo conhecem mais sobre religião em Roma
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 30-03-2012, Gaudium Press) Um grupo de estudantes de jornalismo da Universidade de Columbia está em Roma para aprender sobre como desenvolver textos que abordam a religião. Durante o tempo que estiverem participando deste curso, os alunos terão contato com os aspectos que envolvem a religião. Além das aulas, eles estão percorrendo os mais importantes locais religiosos acompanhados do Cardeal James Stafford, Penitenciário-mor da Penitenciária Apostólica. Segundo o prelado, "é importante para os alunos que aprendam e se informem sobre os assuntos ligados à religião, assim como os jornalistas devem conheçam melhor a realidade da vida da Igreja. Como parte do projeto, os estudantes publicam seus artigos em um blog. (LB) Fonte: Gauidium Press

Conferência Episcopal do Uruguai se levanta contra aborto e eutanásia

Conferência Episcopal do Uruguai se levanta contra aborto e eutanásia Montevidéu (Sexta-feira, 30-03-2012, Gaudium Press) Enquanto ainda se debate sobre a despenalização do aborto e da eutanásia, no Uruguai, os Bispos da Conferência Episcopal do país (CEU), reiteraram sua rejeição a possível decisão do governo. A sociedade paraguaia ainda está consternada pelo assassinato de 16 pacientes que se encontravam na terapia intensiva de diversos hospitais do país. O Conselho Permanente da CEU, em mensagem por ocasião da Páscoa assinalou que essa rejeição surge "em dias em que a opinião pública está comovida por fatos que significam a perda de vidas humanas", os bispos referem-se a morte das 16 pessoas, totalmente indefesas, que se encontravam na Unidade de Terapia Intensiva, em uma Clínica uruguaia e que ali foram mortas. Autoridades do Uruguai detiveram, há poucos, dias três enfermeiros acusados de terem assassinado aqueles 16 pacientes. Segundo a polícia, já são por volta de 50 as vítimas. Outras fontes afirmam que foram cometidos 200 homicídios através de injeções de morfina e ar. Os prelados ainda rezam "por aqueles que tiveram suas vidas ceifadas, por suas famílias e também pelos causadores destas mortes". Esperam eles, unidos com a sociedade uruguaia, que as medidas "contribuam com o fortalecimento da confiança nos órgãos de saúde" e estimulem a defesa da vida em qualquer de suas etapa. Vitória de Jesus sobre a morte Apesar de estarem com o foco no debate da despenalização do aborto, que ainda está sendo decidida na Câmara de Representantes, os Bispos lutam também em defesa dessas vidas humanas, também indefesas. "Reafirmamos nossa convicção, garantida pela ciência, de que cada vida que está em gestação é a de um ser humano chamado a nascer e continuar desenvolvendo-se em todas as dimensões da existência e assim participar com todos seus deveres e direitos na vida de nossa sociedade", afirmam os prelados. Ao final do documento, os bispos animam aos "crentes e não crentes para que estes dias, nos quais nós cristãos celebraremos a Vitória de Jesus sobre a morte, nos ajudem a crescer em um sustentado amor e respeito a vida de todas as pessoas". (EPC) Com informações da EWTN Notícias. Fonte: Gaudium Press