Deus, Senhor nosso, nós vos
adoramos porque sois a fonte da vida, a fonte do amor e da felicidade.
Purificai nosso amor de toda inveja, ciúme e raivas. Vos agradecemos por
todos os dons naturais concedidos a cada um em particular, pela família
que santificais com os sacramentos, que são vossa presença amorosa e
eficiente. Daí-nos ó Pai celeste, a graça de irradiar em nossa casa mais
amor e compreensão...Fazei que imitemos a família de Nazaré para
sentimos a alegria de Vosso amor e, sermos luz neste mundo aflito e
confuso. Isto Vos pedimos com a intercessão da Sagrada Família, em união
com o Divino Espírito Santo. Amém. (pode aspergir com água benta).
Fonte: http://www.acheoracao.com.br/oracoes/232.html
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segunda-feira, 4 de setembro de 2017
domingo, 29 de junho de 2014
A devoção ao Santo Anjo da Guarda
Havemos de venerar e invocar devotamente o Santo Anjo da Guarda porque:
1. Ele é um eminente príncipe da corte celeste;
2. Ele nos foi designado por Deus como nosso companheiro, protetor e guia.
Lembra-te sempre de sua presença e, nunca faças à vista dele, o que não ousarias fazer à vista de tua mãe.
Angele Dei,
qui custos es mei,
me tibi commissum
pietate superna, illumina, custódi,
rege et guberna.
Amen.
.
Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
já que a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, guarda,
governa e ilumina.
Amém.
meu zeloso guardador,
já que a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, guarda,
governa e ilumina.
Amém.
Retirado de Associação Devotos de Fátima
terça-feira, 3 de abril de 2012
Vaticano divulga intenções do Santo Padre para o mês de abril
Vaticano divulga intenções do Santo Padre para o mês de abril
Bento XVI dedica as intenções deste mês a vida religiosa e missionária
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Foram divulgadas no final de semana as intenções de oração do Papa Bento XVI para o mês de abril, que se inicia. As intenções especiais do pontífice, como se sabe, são duas: uma geral e uma missionária.
Na intenção geral o Santo Padre pede para que "os jovens acolham o chamamento de Cristo a segui-Lo no sacerdócio e na vida religiosa". Já na intenção missionário, o pontífice pede para que "Cristo ressuscitado seja sinal de esperança segura para os homens e mulheres do continente africano".
As intenções do Papa são conduzidas pelo Apostolado da Oração, uma associação encarregada de difundi-las a todo o mundo. Hoje são mais de 50 milhões de pessoas que diariamente rezam por elas.
Fonte: Gaudium Press
sexta-feira, 2 de março de 2012
Oração ajuda na cura de doenças graves
Oração ajuda na cura de doenças graves
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: O Globo
Transmissão: Vicente Gargiulo- 19/Set/2009
http://oglobo.globo.com/diariosp/sextosentido/posts/2009/09/16/estudos-mostram-que-oracao-ajuda-na-cura-de-doencas-graves-223558.asp
Estudos mostram que oração ajuda na cura de doenças graves
A influência da fé na cura das mais diversas doenças é uma realidade entre médicos de todo mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 10 anos exige-se que todos os programas de residência para psiquiatras incluam no currículo questões religiosas e espirituais. No Brasil, embora a questão ainda seja tratada com cautela, muitos médicos já admitem ter testemunhado casos impressionantes que a ciência não tinha como explicar.
Segundo revela o Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick, estudos científicos em torno da cura pela fé começaram com o médico americano Harold Koenig . Ele e sua equipe concluíram que, ao rezar, pacientes religiosos controlam indiretamente suas doenças. 'Acreditam que não estão sozinhos na batalha e que Deus está cuidando pessoalmente deles. Isso os protege do isolamento psicológico que domina a maioria dos doentes.
Em um estudo com 455 idosos internados, Koenig observou que a média de internação dos que frequentavam a igreja mais de uma vez por semana era quatro dias. Já os que iam raramente ou nunca chegavam a passar até 12 dias hospitalizados.
Outra pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina de Dartinouth, revelou que a probabilidade de pacientes cardíacos morrerem após a cirurgia era 14 vezes maior entre os que não participavam de atividades religiosas. Em seis meses, 21 morreram. Já todos os 37 que se declararam extremamente religiosos tiveram alta.
O médico Herbert Benson, da Faculdade de Medicina de Harvard, afirma que o estresse é responsável por pelo menos 60% das doenças que atingem o homem moderno. Além disso, faz o organismo produzir o agente inflamatório interleucina-6, que está associado a infecções crônicas, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.
Segundo o médico, ao rezar ou meditar seguidas vezes, o paciente atinge um estado de relaxamento capaz de reduzir o impacto dos hormônios no organismo. A oração continuada desacelera os batimentos cardíacos, o ritmo de respiração, baixa a pressão sanguinea e reduz a velocidade das ondas cerebrais, melhorando a condição física. Ele comprovou que pessoas que raramente iam à igreja tinham altos níveis de interleucina-6 no sangue, enquanto nos frequentadores assíduos esses índices eram significativamente mais baixos.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: O Globo
Transmissão: Vicente Gargiulo- 19/Set/2009
http://oglobo.globo.com/diariosp/sextosentido/posts/2009/09/16/estudos-mostram-que-oracao-ajuda-na-cura-de-doencas-graves-223558.asp
Estudos mostram que oração ajuda na cura de doenças graves
A influência da fé na cura das mais diversas doenças é uma realidade entre médicos de todo mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 10 anos exige-se que todos os programas de residência para psiquiatras incluam no currículo questões religiosas e espirituais. No Brasil, embora a questão ainda seja tratada com cautela, muitos médicos já admitem ter testemunhado casos impressionantes que a ciência não tinha como explicar.
Segundo revela o Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick, estudos científicos em torno da cura pela fé começaram com o médico americano Harold Koenig . Ele e sua equipe concluíram que, ao rezar, pacientes religiosos controlam indiretamente suas doenças. 'Acreditam que não estão sozinhos na batalha e que Deus está cuidando pessoalmente deles. Isso os protege do isolamento psicológico que domina a maioria dos doentes.
Em um estudo com 455 idosos internados, Koenig observou que a média de internação dos que frequentavam a igreja mais de uma vez por semana era quatro dias. Já os que iam raramente ou nunca chegavam a passar até 12 dias hospitalizados.
Outra pesquisa, feita pela Faculdade de Medicina de Dartinouth, revelou que a probabilidade de pacientes cardíacos morrerem após a cirurgia era 14 vezes maior entre os que não participavam de atividades religiosas. Em seis meses, 21 morreram. Já todos os 37 que se declararam extremamente religiosos tiveram alta.
O médico Herbert Benson, da Faculdade de Medicina de Harvard, afirma que o estresse é responsável por pelo menos 60% das doenças que atingem o homem moderno. Além disso, faz o organismo produzir o agente inflamatório interleucina-6, que está associado a infecções crônicas, diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.
Segundo o médico, ao rezar ou meditar seguidas vezes, o paciente atinge um estado de relaxamento capaz de reduzir o impacto dos hormônios no organismo. A oração continuada desacelera os batimentos cardíacos, o ritmo de respiração, baixa a pressão sanguinea e reduz a velocidade das ondas cerebrais, melhorando a condição física. Ele comprovou que pessoas que raramente iam à igreja tinham altos níveis de interleucina-6 no sangue, enquanto nos frequentadores assíduos esses índices eram significativamente mais baixos.
Fonte: Exsurge Domini
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Oração ou Trabalho ?
Oração ou Trabalho ?
Os textos conciliares do Vaticano II falam com insistência da importância da oração, especialmente da oração litúrgica, na vida dos presbíteros e dos Bispos. Mas gosto de lembrar sobretudo o texto de Atos 6,4, no qual Pedro, na primeira repartição dos ministérios feita na Igreja, reserva a si e aos outros apóstolos a oração e o anúncio da Palavra:
Nós, ao contrário, nos dedicaremos à oração e ao ministério da Palavra. Pedro, ou melhor, o Espírito Santo por sua boca, naquela ocasião afirmou um princípio fundamental para a Igreja: que um pastor pode delegar quase tudo a outros na sua vida, mas não pode delegar a oração!
Esta passagem dos Atos, relativa à instituição dos diáconos, lembra sob muitos aspectos o texto do Êxodo em que se fala da instituição de juízes. Pedro repete na Igreja o que Moisés havia feito no povo de Israel (cf. Ex 18,13-24).
Aceitando o conselho de Jetro, Moisés escolhe para si, entre todas as funções possíveis, aquela de "estar diante de Deus em nome do povo e apresentar as questões a Deus". Isto não impede que Moisés exerça uma atividade legislativa e que continue a ser o verdadeiro guia do povo; apenas estabelece uma prioridade.
A propósito de "apresentar as questões a Deus", ouvi esta história do Papa João XXIII. Ele mesmo contava que, nos primeiros dias de pontificado, acordava bruscamente de noite com muitos problemas na cabeça, um mais angustiante do que o outro, e dizia a si mesmo: "É absolutamente necessário que eu diga isto ao Papa!" Mas depois, de repente, lembrava-se de que o Papa agora era ele mesmo, e então dizia: "Bem, então falarei disto com Deus!", e voltava a dormir.
A decisão tomada por Moisés provinha de uma experiência recente do povo eleito. Este havia superado há pouco uma ameaça de destruição proveniente dos amalecitas. Num momento de vida ou morte para todo o povo e em que cada qual se empenhava ao máximo para rechaçar o ataque de Amalec, onde estava Moisés, seu chefe? No monte, com os braços levantados em oração! Os outros lutavam com Amalec e ele lutava com Deus. Mas foi ele quem decidiu a vitória do povo (cf. Ex 17,8-16).
Amalec - explica Orígenes - é aqui o símbolo das forças hostis que se opõem ao caminho do povo de Deus: Amalec é o demônio, é o mundo, o pecado. Quando este povo - e especialmente os seus pastores - reza, é mais forte e rechaça Amalec; quando não reza (quando Moisés, cansado, deixa cair os braços), Amalec é mais forte.
São Bernardo, no De consideratione, escrito a convite do Papa Eugênio III, aplica esta lição à vida do pastor da Igreja. A certa altura, pede licença para desempenhar o papel de Jetro, sogro de Moisés, e diz coisas que com toda simplicidade me permito lembrar, sabendo que elas julgam, antes de mais nada, a mim que as estou dizendo. Diz assim:
"Não confies muito no grau de oração que agora possuis: ele pode deteriorar-se. Temo que no meio das tuas ocupações que são muitas, não tendo esperança alguma de que tenham um fim, tua alma se torne árida. Por isto é mais prudente que te subtraias a tais ocupações em tempo, em vez de ser arrastado por elas, aos poucos, para onde não queres ir, isto é, para a dureza do coração. Eis para onde poderiam levar-te estas malditas ocupações, se te entregares totalmente a elas, sem deixar nada para ti. Visto que todos te têm à disposição, sê também tu um dos que dispõem de ti. Recorda-te, pois, não digo sempre, não digo com freqüência, mas ao menos de vez em quando, de restituir-te a ti mesmo. Usa também tu de ti mesmo, como tantos outros, ou pelo menos depois dos outros".
Quando fala de "malditas ocupações", São Bernardo está investindo contra todos aqueles compromissos, particularmente numerosos no seu tempo, que obrigavam um pastor da Igreja, e especialmente o Papa, a servir de árbitro de pequenos litígios de Estado ou de família, a dirimir questões entre eclesiásticos, freqüentemente determinadas apenas por ambição e interesse: a ser, em resumo, uma espécie de juiz em sessão permanente, como era Moisés antes de ouvir o conselho de Jetro. O Santo lembra com força a palavra de Jesus: Ó homem, quem me constituiu juiz sobre vós? (Lc 12,14), como também a de Paulo: Ninguém que milite no serviço de Deus se ocupa dos negócios da vida civil (2Tm 2,4). E conclui dizendo:
"A razão demonstra de maneira invencível que, se estivesse em nosso poder fazer o que é conveniente, seria necessário preferir em tudo e por tudo, seria necessário praticar ou exclusivamente ou antes de tudo, aquela virtude que serve a tudo, isto é, a piedade (cf. 1Tm 4,8)" (De consideratione, I, 2-6).
A esta altura, o nosso pensamento é invadido espontaneamente por uma visão: uma visão que é nostálgica, porque evoca o que existia nos inícios da Igreja, mas que eu gostaria que fosse profética, antecipando o que será novo, dentro em breve e de maneira generalizada, na Igreja. A "visão" é a de casas de Bispos que se apresentam, antes de mais nada, como "casas de oração" (e não de administração de negócios, ainda que estes fossem negócios eclesiásticos); visão de paróquias, cuja igreja pode dizer-se realmente "casa de oração para todo o povo" (cf. Mt 11,17) e que, como tal, não esteja aberta, como todos os edifícios públicos, somente nas "horas de trabalho" (nas quais o povo, em geral, não pode ir à igreja!) mas também em outras horas, também à noite. Vi pessoalmente como pode ser uma atração poderosa para o povo que de noite enche os centros das cidades, ver uma igreja aberta e iluminada, com pessoas que dentro dela rezam e cantam ao Senhor. Numa destas ocasiões, uma pessoa nos confiou que naquela noite havia saído de casa para suicidar-se, mas passando por ali havia ouvido cânticos; entrou e reencontrou a esperança olhando para o rosto das pessoas que ali estavam reunidas.
Portanto, rezar. Mas não basta; Jesus nos ensinou que se pode fazer da oração a própria urdidura, ou o pano de fundo contínuo do próprio dia-a-dia. Devemos tender a isso, pois é possível. "Rezar incessantemente (cf. Lc 18,1; 1Ts 5,17) - escreve Agostinho - não significa estar continuamente de joelhos ou com os braços levantados. Existe outra oração, aquela interior, e é o teu desejo. Se o teu desejo for contínuo, será contínua também a tua oração. Quem deseja a Deus e o seu repouso, mesmo que cale com a língua, canta e ora com o coração. Quem não 'deseja', pode gritar quanto quiser, mas para Deus será como um mudo" (Enarr. Ps 37,14; 86,1).
Devemos descobrir e cultivar esta oração de desejo, ou "de coração". "Desejo" significa aqui uma coisa muito profunda: é tensão habitual a Deus, é desejo de todo o ser, é saudade de Deus. Agora a oração se torna para nós como um rio temporário que, às vezes, encontrando certo tipo de terreno, desaparece no subsolo (desaparece quando a atividade que estamos desenvolvendo nos absorve mais), mas que, apenas reencontrado o terreno apropriado, volta à superfície e corre à luz do sol (isto é, torna-se oração acolhedora e explícita).
No início talvez sejam mais raros os momentos em que aflora na superfície, mas depois, aos poucos, aumentando em nós o espírito de oração, esta oração "subterrânea" vem à tona com freqüência sempre maior, até invadir todos os espaços disponíveis do dia, até tornar-se, como em Jesus, o pano de fundo de tudo. Como uma espécie de "inconsciente espiritual" que age também sem o nosso conhecimento (sem que a nossa mente se dê conta). Também de noite. Quantas almas experimentaram a verdade daquela frase do Cântico dos Cânticos que diz: Durmo, mas meu coração vela! (Ct 5,2); acordando de noite, davam-se conta, com espanto, de que seu coração estava orando. Quantas almas experimentaram também a verdade da palavra do salmista que diz: Quando te recordo no meu leito, passo vigílias meditando em ti; pois foste um socorro para mim, e, à sombra de tuas asas, eu grito de alegria (Sl 63,7-8).
A oração contínua, ou de desejo, não deve fazer-nos negligenciar a necessidade vital que temos de um tempo específico e exclusivo para rezar, possivelmente em lugar solitário, como fazia Jesus. Ele nos disse: Quando orares, entra em teu quarto, e, fechando a porta, ora a teu Pai no segredo (Mt 6,6). Há casos em que é preciso tomar ao pé da letra este conselho de Jesus, porque o próprio quarto - depois de fechada a porta e desligado o telefone - tornou-se para muitos, não só leigos, mas também religiosos, o último refúgio de oração neste mundo, em que podemos orar sem ser perturbados. Sem este tempo exclusivo de oração, é uma ilusão aspirar à oração "incessante", ou do coração.
Quando chega este momento estabelecido para colocar-nos em oração, é preciso interromper decididamente as ocupações e os pensamentos de antes; fazer como Jacó, que durante a noite lutou com Deus, atravessou descalço a torrente, deixando na outra margem todas as pessoas que lhe eram caras e todas as coisas (cf. Gn 32,23ss). É preciso entrar no próprio castelo interior, levantando as pontes levadiças. Para usar as palavras de um escritor espiritual da Idade Média, "é preciso que coloques uma nuvem de esquecimento entre ti e todas as criaturas", para estar em condições de entrar "na nuvem do não-conhecimento" que está sobre ti, entre ti e o teu Deus, isto é, para entrar na contemplação (cf. Anônimo. Nuvem do não conhecimento. 5, Milano: Áncora, 1981, 138s).
É difícil, mas devemos esforçar-nos por fazê-lo, do contrário toda a oração ficará enfraquecida e dificilmente conseguirá elevar-se. É aconselhável dedicar os primeiros momentos deste tempo de oração a purificar o próprio espírito, confessando as próprias culpas e implorando o perdão de Deus, visto que "nada de contaminado" pode unir-se a Deus (cf. Sb 7,25).
Fonte: O ESPÍRITO MOVE A IGREJA A REZAR
Frei Raniero Cantalamessa, OFM
Retirado de Dicionário da Fé
Os textos conciliares do Vaticano II falam com insistência da importância da oração, especialmente da oração litúrgica, na vida dos presbíteros e dos Bispos. Mas gosto de lembrar sobretudo o texto de Atos 6,4, no qual Pedro, na primeira repartição dos ministérios feita na Igreja, reserva a si e aos outros apóstolos a oração e o anúncio da Palavra:
Nós, ao contrário, nos dedicaremos à oração e ao ministério da Palavra. Pedro, ou melhor, o Espírito Santo por sua boca, naquela ocasião afirmou um princípio fundamental para a Igreja: que um pastor pode delegar quase tudo a outros na sua vida, mas não pode delegar a oração!
Esta passagem dos Atos, relativa à instituição dos diáconos, lembra sob muitos aspectos o texto do Êxodo em que se fala da instituição de juízes. Pedro repete na Igreja o que Moisés havia feito no povo de Israel (cf. Ex 18,13-24).
Aceitando o conselho de Jetro, Moisés escolhe para si, entre todas as funções possíveis, aquela de "estar diante de Deus em nome do povo e apresentar as questões a Deus". Isto não impede que Moisés exerça uma atividade legislativa e que continue a ser o verdadeiro guia do povo; apenas estabelece uma prioridade.
A propósito de "apresentar as questões a Deus", ouvi esta história do Papa João XXIII. Ele mesmo contava que, nos primeiros dias de pontificado, acordava bruscamente de noite com muitos problemas na cabeça, um mais angustiante do que o outro, e dizia a si mesmo: "É absolutamente necessário que eu diga isto ao Papa!" Mas depois, de repente, lembrava-se de que o Papa agora era ele mesmo, e então dizia: "Bem, então falarei disto com Deus!", e voltava a dormir.
A decisão tomada por Moisés provinha de uma experiência recente do povo eleito. Este havia superado há pouco uma ameaça de destruição proveniente dos amalecitas. Num momento de vida ou morte para todo o povo e em que cada qual se empenhava ao máximo para rechaçar o ataque de Amalec, onde estava Moisés, seu chefe? No monte, com os braços levantados em oração! Os outros lutavam com Amalec e ele lutava com Deus. Mas foi ele quem decidiu a vitória do povo (cf. Ex 17,8-16).
Amalec - explica Orígenes - é aqui o símbolo das forças hostis que se opõem ao caminho do povo de Deus: Amalec é o demônio, é o mundo, o pecado. Quando este povo - e especialmente os seus pastores - reza, é mais forte e rechaça Amalec; quando não reza (quando Moisés, cansado, deixa cair os braços), Amalec é mais forte.
São Bernardo, no De consideratione, escrito a convite do Papa Eugênio III, aplica esta lição à vida do pastor da Igreja. A certa altura, pede licença para desempenhar o papel de Jetro, sogro de Moisés, e diz coisas que com toda simplicidade me permito lembrar, sabendo que elas julgam, antes de mais nada, a mim que as estou dizendo. Diz assim:
"Não confies muito no grau de oração que agora possuis: ele pode deteriorar-se. Temo que no meio das tuas ocupações que são muitas, não tendo esperança alguma de que tenham um fim, tua alma se torne árida. Por isto é mais prudente que te subtraias a tais ocupações em tempo, em vez de ser arrastado por elas, aos poucos, para onde não queres ir, isto é, para a dureza do coração. Eis para onde poderiam levar-te estas malditas ocupações, se te entregares totalmente a elas, sem deixar nada para ti. Visto que todos te têm à disposição, sê também tu um dos que dispõem de ti. Recorda-te, pois, não digo sempre, não digo com freqüência, mas ao menos de vez em quando, de restituir-te a ti mesmo. Usa também tu de ti mesmo, como tantos outros, ou pelo menos depois dos outros".
Quando fala de "malditas ocupações", São Bernardo está investindo contra todos aqueles compromissos, particularmente numerosos no seu tempo, que obrigavam um pastor da Igreja, e especialmente o Papa, a servir de árbitro de pequenos litígios de Estado ou de família, a dirimir questões entre eclesiásticos, freqüentemente determinadas apenas por ambição e interesse: a ser, em resumo, uma espécie de juiz em sessão permanente, como era Moisés antes de ouvir o conselho de Jetro. O Santo lembra com força a palavra de Jesus: Ó homem, quem me constituiu juiz sobre vós? (Lc 12,14), como também a de Paulo: Ninguém que milite no serviço de Deus se ocupa dos negócios da vida civil (2Tm 2,4). E conclui dizendo:
"A razão demonstra de maneira invencível que, se estivesse em nosso poder fazer o que é conveniente, seria necessário preferir em tudo e por tudo, seria necessário praticar ou exclusivamente ou antes de tudo, aquela virtude que serve a tudo, isto é, a piedade (cf. 1Tm 4,8)" (De consideratione, I, 2-6).
A esta altura, o nosso pensamento é invadido espontaneamente por uma visão: uma visão que é nostálgica, porque evoca o que existia nos inícios da Igreja, mas que eu gostaria que fosse profética, antecipando o que será novo, dentro em breve e de maneira generalizada, na Igreja. A "visão" é a de casas de Bispos que se apresentam, antes de mais nada, como "casas de oração" (e não de administração de negócios, ainda que estes fossem negócios eclesiásticos); visão de paróquias, cuja igreja pode dizer-se realmente "casa de oração para todo o povo" (cf. Mt 11,17) e que, como tal, não esteja aberta, como todos os edifícios públicos, somente nas "horas de trabalho" (nas quais o povo, em geral, não pode ir à igreja!) mas também em outras horas, também à noite. Vi pessoalmente como pode ser uma atração poderosa para o povo que de noite enche os centros das cidades, ver uma igreja aberta e iluminada, com pessoas que dentro dela rezam e cantam ao Senhor. Numa destas ocasiões, uma pessoa nos confiou que naquela noite havia saído de casa para suicidar-se, mas passando por ali havia ouvido cânticos; entrou e reencontrou a esperança olhando para o rosto das pessoas que ali estavam reunidas.
Portanto, rezar. Mas não basta; Jesus nos ensinou que se pode fazer da oração a própria urdidura, ou o pano de fundo contínuo do próprio dia-a-dia. Devemos tender a isso, pois é possível. "Rezar incessantemente (cf. Lc 18,1; 1Ts 5,17) - escreve Agostinho - não significa estar continuamente de joelhos ou com os braços levantados. Existe outra oração, aquela interior, e é o teu desejo. Se o teu desejo for contínuo, será contínua também a tua oração. Quem deseja a Deus e o seu repouso, mesmo que cale com a língua, canta e ora com o coração. Quem não 'deseja', pode gritar quanto quiser, mas para Deus será como um mudo" (Enarr. Ps 37,14; 86,1).
Devemos descobrir e cultivar esta oração de desejo, ou "de coração". "Desejo" significa aqui uma coisa muito profunda: é tensão habitual a Deus, é desejo de todo o ser, é saudade de Deus. Agora a oração se torna para nós como um rio temporário que, às vezes, encontrando certo tipo de terreno, desaparece no subsolo (desaparece quando a atividade que estamos desenvolvendo nos absorve mais), mas que, apenas reencontrado o terreno apropriado, volta à superfície e corre à luz do sol (isto é, torna-se oração acolhedora e explícita).
No início talvez sejam mais raros os momentos em que aflora na superfície, mas depois, aos poucos, aumentando em nós o espírito de oração, esta oração "subterrânea" vem à tona com freqüência sempre maior, até invadir todos os espaços disponíveis do dia, até tornar-se, como em Jesus, o pano de fundo de tudo. Como uma espécie de "inconsciente espiritual" que age também sem o nosso conhecimento (sem que a nossa mente se dê conta). Também de noite. Quantas almas experimentaram a verdade daquela frase do Cântico dos Cânticos que diz: Durmo, mas meu coração vela! (Ct 5,2); acordando de noite, davam-se conta, com espanto, de que seu coração estava orando. Quantas almas experimentaram também a verdade da palavra do salmista que diz: Quando te recordo no meu leito, passo vigílias meditando em ti; pois foste um socorro para mim, e, à sombra de tuas asas, eu grito de alegria (Sl 63,7-8).
A oração contínua, ou de desejo, não deve fazer-nos negligenciar a necessidade vital que temos de um tempo específico e exclusivo para rezar, possivelmente em lugar solitário, como fazia Jesus. Ele nos disse: Quando orares, entra em teu quarto, e, fechando a porta, ora a teu Pai no segredo (Mt 6,6). Há casos em que é preciso tomar ao pé da letra este conselho de Jesus, porque o próprio quarto - depois de fechada a porta e desligado o telefone - tornou-se para muitos, não só leigos, mas também religiosos, o último refúgio de oração neste mundo, em que podemos orar sem ser perturbados. Sem este tempo exclusivo de oração, é uma ilusão aspirar à oração "incessante", ou do coração.
Quando chega este momento estabelecido para colocar-nos em oração, é preciso interromper decididamente as ocupações e os pensamentos de antes; fazer como Jacó, que durante a noite lutou com Deus, atravessou descalço a torrente, deixando na outra margem todas as pessoas que lhe eram caras e todas as coisas (cf. Gn 32,23ss). É preciso entrar no próprio castelo interior, levantando as pontes levadiças. Para usar as palavras de um escritor espiritual da Idade Média, "é preciso que coloques uma nuvem de esquecimento entre ti e todas as criaturas", para estar em condições de entrar "na nuvem do não-conhecimento" que está sobre ti, entre ti e o teu Deus, isto é, para entrar na contemplação (cf. Anônimo. Nuvem do não conhecimento. 5, Milano: Áncora, 1981, 138s).
É difícil, mas devemos esforçar-nos por fazê-lo, do contrário toda a oração ficará enfraquecida e dificilmente conseguirá elevar-se. É aconselhável dedicar os primeiros momentos deste tempo de oração a purificar o próprio espírito, confessando as próprias culpas e implorando o perdão de Deus, visto que "nada de contaminado" pode unir-se a Deus (cf. Sb 7,25).
Fonte: O ESPÍRITO MOVE A IGREJA A REZAR
Frei Raniero Cantalamessa, OFM
Retirado de Dicionário da Fé
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O Memorare: contrição e confiança ilimitada
O Memorare: contrição e confiança ilimitada
Plinio Corrêa de Oliveira
Composto pelo admirável Doutor da Igreja São Bernardo, o memorare é talvez a oração mais cheia de esperança que se conhece na Igreja Católica, porque a afirmação que está nessa prece é a mais categórica que pode haver: "Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que alguém, tendo recorrido à vossa proteção, fosse por Vós desamparado".
Se nunca se ouviu dizer que alguém fosse desamparado, eu sou alguém e, portanto, pedindo a proteção dEla, não serei desamparado.
E, portanto, tenho o direito, mas também tenho a obrigação, de não desanimar nunca. Por mais que a minha situação seja difícil, por mais que eu esteja aborrecido comigo e me faça censuras justas, se eu pedir Ela que me ajude, Ela me ajudará. Pode demorar mais tempo ou menos tempo, mas a ajuda d’Ela vem.
Nós estamos muito habituados aos sistemas modernos, por exemplo com a luz. Eu preciso de luz, aperto um botão, inundo a sala de luz; se quero trevas para descansar, aperto o botão, a sala toda fica nas trevas. Há assim uma espécie de automatismo, por onde a vontade de cada um se faz inteiramente.
Então ficamos com a idéia de que uma oração é assim também: eu aperto aqui o botão, peço a Nossa Senhora para me ajudar, ela imediatamente fica obrigada a me ajudar na hora em que eu pedi, ou em que estou esperando socorro dEla; se não ajudar nessa hora está tudo perdido, eu desanimei.
É errado. Nossa Senhora é Rainha, Ela é Senhora. Não tratemos uma senhora como se trata uma empregada. A uma empregada podemos querer dizer: "Sirva-me um café", e ela tem que ir para cozinha, preparar o café e trazê-lo. É o papel dela, de fazer a vontade do patrão. Mas Nossa Senhora não, nós é que esperamos a honra de vir a ser servos dEla. É muito diferente, é profundamente diferente.
Ela pode, para o bem de nossa alma, tardar em conceder-nos a graça que estamos esperando. Mas quanto maior for a demora, maior será a graça.
Portanto, a pessoa nunca pode fazer um raciocínio assim: "Nossa Senhora está demorando muito a atender o meu desejo. Isto quer dizer que Ela não está com vontade de atender, então eu vou desanimar". É o contrário, isso quer dizer que Ela está querendo me provar, para dar uma graça muito grande.
Acho indispensável encorajar a todos, de todo modo e a todo preço, a não desanimarem nunca, nunca, nunca. Peçam a Nossa Senhora que ajude, que ajude, que ajude, e rezem o Memorare, que é tão bonito. Não se deve rezar apressadamente, mas dizer a oração palavra por palavra.
"Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria"
Chama, logo de uma vez, de misericordiosíssima Virgem Maria.
"que nunca se ouviu dizer que tenha alguém recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança"
Quer dizer, com a confiança daqueles que estavam no extremo do comprometimento com o pecado, mas que rezaram a Ela, que foram atendidos.
"a Vós, Virgem singular"
Quer dizer, Virgem como ninguém foi virgem, Ela é a Santa Virgem das Virgens. É a alusão ao pecado contra a pureza, Ela é a Virgem das Virgens.
"a Vós recorro e de Vós me valho"
Recorrer é pedir com instância: ajudai-me. Mas me valho de Vós, quer dizer o seguinte: eu alego perante Deus a Vós, dizendo a Ele: "Vós sois meu Pai, tendes o direito de estar zangado comigo, eu bato no peito. Mas Vossa Mãe é minha mãe, e Ela tem para comigo as inclinações, as bondades, as paciências que todas as verdadeiras mães têm para com os seus filhos. Eu espero, portanto, na paciência de Vossa Mãe. Sede paciente para comigo, porque Vossa Mãe o é".
"e gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a Vossos pés"
Fiquem vendo bem que é um pecador tão pecador, que geme pelos pecados que cometeu. Põe-se ajoelhado diante dos pés dEla.
"não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo de Deus humanado"
Quer dizer, não desprezeis as súplicas deste miserável pecador.
"mas dignai-Vos de as ouvir propícia e alcançar o que Vos rogo. Assim seja".
É uma oração lindíssima.
Fonte: Defensores da Fé Católica
Plinio Corrêa de Oliveira
Composto pelo admirável Doutor da Igreja São Bernardo, o memorare é talvez a oração mais cheia de esperança que se conhece na Igreja Católica, porque a afirmação que está nessa prece é a mais categórica que pode haver: "Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que alguém, tendo recorrido à vossa proteção, fosse por Vós desamparado".
Se nunca se ouviu dizer que alguém fosse desamparado, eu sou alguém e, portanto, pedindo a proteção dEla, não serei desamparado.
E, portanto, tenho o direito, mas também tenho a obrigação, de não desanimar nunca. Por mais que a minha situação seja difícil, por mais que eu esteja aborrecido comigo e me faça censuras justas, se eu pedir Ela que me ajude, Ela me ajudará. Pode demorar mais tempo ou menos tempo, mas a ajuda d’Ela vem.
Nós estamos muito habituados aos sistemas modernos, por exemplo com a luz. Eu preciso de luz, aperto um botão, inundo a sala de luz; se quero trevas para descansar, aperto o botão, a sala toda fica nas trevas. Há assim uma espécie de automatismo, por onde a vontade de cada um se faz inteiramente.
Então ficamos com a idéia de que uma oração é assim também: eu aperto aqui o botão, peço a Nossa Senhora para me ajudar, ela imediatamente fica obrigada a me ajudar na hora em que eu pedi, ou em que estou esperando socorro dEla; se não ajudar nessa hora está tudo perdido, eu desanimei.
É errado. Nossa Senhora é Rainha, Ela é Senhora. Não tratemos uma senhora como se trata uma empregada. A uma empregada podemos querer dizer: "Sirva-me um café", e ela tem que ir para cozinha, preparar o café e trazê-lo. É o papel dela, de fazer a vontade do patrão. Mas Nossa Senhora não, nós é que esperamos a honra de vir a ser servos dEla. É muito diferente, é profundamente diferente.
Ela pode, para o bem de nossa alma, tardar em conceder-nos a graça que estamos esperando. Mas quanto maior for a demora, maior será a graça.
Portanto, a pessoa nunca pode fazer um raciocínio assim: "Nossa Senhora está demorando muito a atender o meu desejo. Isto quer dizer que Ela não está com vontade de atender, então eu vou desanimar". É o contrário, isso quer dizer que Ela está querendo me provar, para dar uma graça muito grande.
Acho indispensável encorajar a todos, de todo modo e a todo preço, a não desanimarem nunca, nunca, nunca. Peçam a Nossa Senhora que ajude, que ajude, que ajude, e rezem o Memorare, que é tão bonito. Não se deve rezar apressadamente, mas dizer a oração palavra por palavra.
"Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria"
Chama, logo de uma vez, de misericordiosíssima Virgem Maria.
"que nunca se ouviu dizer que tenha alguém recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança"
Quer dizer, com a confiança daqueles que estavam no extremo do comprometimento com o pecado, mas que rezaram a Ela, que foram atendidos.
"a Vós, Virgem singular"
Quer dizer, Virgem como ninguém foi virgem, Ela é a Santa Virgem das Virgens. É a alusão ao pecado contra a pureza, Ela é a Virgem das Virgens.
"a Vós recorro e de Vós me valho"
Recorrer é pedir com instância: ajudai-me. Mas me valho de Vós, quer dizer o seguinte: eu alego perante Deus a Vós, dizendo a Ele: "Vós sois meu Pai, tendes o direito de estar zangado comigo, eu bato no peito. Mas Vossa Mãe é minha mãe, e Ela tem para comigo as inclinações, as bondades, as paciências que todas as verdadeiras mães têm para com os seus filhos. Eu espero, portanto, na paciência de Vossa Mãe. Sede paciente para comigo, porque Vossa Mãe o é".
"e gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a Vossos pés"
Fiquem vendo bem que é um pecador tão pecador, que geme pelos pecados que cometeu. Põe-se ajoelhado diante dos pés dEla.
"não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo de Deus humanado"
Quer dizer, não desprezeis as súplicas deste miserável pecador.
"mas dignai-Vos de as ouvir propícia e alcançar o que Vos rogo. Assim seja".
É uma oração lindíssima.
Fonte: Defensores da Fé Católica
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
O que é a oração?
O que é a oração?
Sobre a Oração
Jesus contou também a seguinte parábola para alguns que confiavam em si mesmos, tendo-se por justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao Templo para orar; um era fariseu, o outro, um cobrador de impostos. O fariseu rezava, de pé, desta maneira: Ó meu Deus, eu te agradeço por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem mesmo como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo que possuo. Mas o cobrador de impostos, parado à distância, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu. Batia no peito, dizendo: Ó meu Deus, tem piedade de mim, pecador!
Eu vos digo: Este voltou justificado para casa e não aquele. Porque todo aquele que se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado(Lc 18, 9-14).
E quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas das praças para serem vistos pelos outros. Eu vos garanto: eles já receberam a recompensa. Mas quando rezares entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao teu Pai que está no oculto. E o Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa. E nas orações não faleis muitas palavras, como os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras. Não os imiteis, pois o Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes(Mt 6, 2-9).
Que é a oração?
A oração é uma elevação da alma a Deus, para adorá-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir aquilo de que precisamos.
Como se divide a oração?
A oração divide-se em mental e vocal. Oração mental é a que se faz só com a alma; oração vocal a que se faz com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da devoção do coração.
Pode dividir-se de outra maneira a oração?
A oração pode também dividir-se em particular e pública.
Que é a oração particular?
A oração particular é a que faz cada um em particular, por si ou pelos outros.
Que é a oração pública?
A oração pública é a que fazem os ministros sagrados, em nome da Igreja, e pela salvação do povo fiel. Pode-se chamar pública também a oração feita em comum e publicamente pelos fiéis, como nas procissões, nas peregrinações e na Igreja.
Temos nós esperança fundamentada de obter por meio da oração os auxílios e graças de que necessitamos?
A esperança de obter de Deus as graças de que necessitamos, é fundamentada nas promessas de Deus onipotente, muito misericordioso e fidelíssimo, e nos merecimentos de Jesus Cristo.
Em nome de quem devemos pedir a Deus as graças de que necessitamos?
Devemos pedir a Deus as graças de que necessitamos, em nome de Jesus Cristo, como Ele mesmo nos ensinou e como pratica a Igreja, a qual termina sempre as suas orações com estas palavras: per Dorninum nostrum Jesurn Christurn, que quer dizer: por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por que devemos pedir a Deus as graças em nome de Jesus Cristo?
Devemos pedir as graças em nome de Jesus Cristo, porque, sendo Ele o nosso mediador, só por meio DELE podemos aproximar-nos do trono de Deus.
Se a oração tem tanta eficácia, como é que tantas vezes não são atendidas as nossas orações?
Muitas vezes as nossas orações não são atendidas, ou porque pedimos coisas que não convêm à nossa eterna salvação, ou porque não pedimos como deveríamos.
Quais são as coisas que principalmente devemos pedir a Deus?
Devemos principalmente pedir a Deus a sua glória, a nossa salvação e os meios para consegui-la.
Não é também lícito pedir bens temporais?
Sim, é também lícito pedir a Deus os bens temporais, sempre com a condição de que sejam conformes à Sua Santíssima Vontade, e não sejam obstáculo à nossa eterna salvação.
Se Deus sabe tudo aquilo de que necessitamos, por que devemos rezar?
Embora Deus saiba tudo aquilo de que necessitamos , quer todavia que nós Lho peçamos, para reconhecermos que é Ele que dá todos os bens, para Lhe testemunharmos a nossa humilde submissão, e para merecermos os seus favores.
Qual é a primeira e a melhor disposição para tornar eficazes as nossas orações?
A primeira e a melhor disposição, para tornar eficazes as nossas orações, é estar em estado de graça, ou, não o estando, ao menos desejar recuperar esse estado.
Que mais disposições se requerem para bem orar?
Para bem orar requerem-se especialmente o recolhimento, a humildade, a confiança, a perseverança e a resignação.
Que quer dizer orar com recolhimento?
Quer dizer: pensar que estamos a falar com Deus; e por isso devemos orar com todo o respeito e a devoção possíveis, evitando, quanto for possível, as distrações, isto é, todo o pensamento estranho à oração.
Diminuem as distrações o merecimento da oração?
Sim, quando nós mesmos as provocamos, ou não as repelimos com diligência. Se porém fizermos quanto podemos para estarmos recolhidos em Deus, então as distrações não diminuem o merecimento da nossa oração, mas até o podem aumentar.
Que se requer para fazermos oração com recolhimento?
Devemos antes da oração, afastar todas as ocasiões de distração, e durante a oração devemos pensar que estamos na presença de Deus, que nos vê e nos ouve.
Que quer dizer orar com humildade?
Quer dizer: reconhecer sinceramente a nossa indignidade, incapacidade e miséria, acompanhando a oração com a compostura do corpo.
Que quer dizer orar com confiança?
Quer dizer que devemos ter firme esperança de sermos atendidos, se daí provier a glória de Deus e o nosso verdadeiro bem.
Que quer dizer orar com perseverança?
Quer dizer que não nos devemos cansar de orar, se Deus não nos atender imediatamente, senão que devemos continuar a orar ainda com mais fervor.
Que quer dizer orar com resignação?
Quer dizer que nos devemos conformar com a vontade de Deus, que conhece melhor do que nós quanto nos é necessário para a nossa salvação eterna, ainda mesmo no caso em que as nossas orações não fossem atendidas.
Atende Deus sempre as orações bem feitas?
Sim, Deus atende sempre as orações bem feitas; mas da maneira que Ele sabe ser mais útil para a nossa salvação eterna, e não sempre segundo a nossa vontade.
Que efeitos produz em nós a oração?
A oração faz-nos reconhecer a nossa dependência, em todas as coisas, de Deus, supremo Senhor, faz-nos progredir na virtude, alcança-nos de Deus misericórdia fortalecer-nos contra as tentações, conforta-nos nas tribulações, auxilia-nos nas nossas necessidades e alcança-nos a graça da perseverança final.
Quando devemos especialmente orar?
Devemos orar especialmente nos perigos, nas tentações e no momento da morte; além disso, devemos orar freqüentemente, e é bom que o façamos pela manhã e à noite, e no princípio das ações importantes do dia.
Por quem devemos orar?
Devemos orar por todos; isto é, por nós mesmos pelos nossos parentes, superiores, benfeitores, amigos e inimigos; pela conversão dos pobres pecadores, daqueles que estão fora da verdadeira Igreja, e pelas benditas almas do Purgatório.
Fonte:
http://www.comunidadesdeamor.com
e Voz da Igreja
Sobre a Oração
Jesus contou também a seguinte parábola para alguns que confiavam em si mesmos, tendo-se por justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao Templo para orar; um era fariseu, o outro, um cobrador de impostos. O fariseu rezava, de pé, desta maneira: Ó meu Deus, eu te agradeço por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos, adúlteros, nem mesmo como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo que possuo. Mas o cobrador de impostos, parado à distância, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu. Batia no peito, dizendo: Ó meu Deus, tem piedade de mim, pecador!
Eu vos digo: Este voltou justificado para casa e não aquele. Porque todo aquele que se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado(Lc 18, 9-14).
E quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas das praças para serem vistos pelos outros. Eu vos garanto: eles já receberam a recompensa. Mas quando rezares entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao teu Pai que está no oculto. E o Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa. E nas orações não faleis muitas palavras, como os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras. Não os imiteis, pois o Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes(Mt 6, 2-9).
Que é a oração?
A oração é uma elevação da alma a Deus, para adorá-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe pedir aquilo de que precisamos.
Como se divide a oração?
A oração divide-se em mental e vocal. Oração mental é a que se faz só com a alma; oração vocal a que se faz com as palavras acompanhadas da atenção do espírito e da devoção do coração.
Pode dividir-se de outra maneira a oração?
A oração pode também dividir-se em particular e pública.
Que é a oração particular?
A oração particular é a que faz cada um em particular, por si ou pelos outros.
Que é a oração pública?
A oração pública é a que fazem os ministros sagrados, em nome da Igreja, e pela salvação do povo fiel. Pode-se chamar pública também a oração feita em comum e publicamente pelos fiéis, como nas procissões, nas peregrinações e na Igreja.
Temos nós esperança fundamentada de obter por meio da oração os auxílios e graças de que necessitamos?
A esperança de obter de Deus as graças de que necessitamos, é fundamentada nas promessas de Deus onipotente, muito misericordioso e fidelíssimo, e nos merecimentos de Jesus Cristo.
Em nome de quem devemos pedir a Deus as graças de que necessitamos?
Devemos pedir a Deus as graças de que necessitamos, em nome de Jesus Cristo, como Ele mesmo nos ensinou e como pratica a Igreja, a qual termina sempre as suas orações com estas palavras: per Dorninum nostrum Jesurn Christurn, que quer dizer: por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por que devemos pedir a Deus as graças em nome de Jesus Cristo?
Devemos pedir as graças em nome de Jesus Cristo, porque, sendo Ele o nosso mediador, só por meio DELE podemos aproximar-nos do trono de Deus.
Se a oração tem tanta eficácia, como é que tantas vezes não são atendidas as nossas orações?
Muitas vezes as nossas orações não são atendidas, ou porque pedimos coisas que não convêm à nossa eterna salvação, ou porque não pedimos como deveríamos.
Quais são as coisas que principalmente devemos pedir a Deus?
Devemos principalmente pedir a Deus a sua glória, a nossa salvação e os meios para consegui-la.
Não é também lícito pedir bens temporais?
Sim, é também lícito pedir a Deus os bens temporais, sempre com a condição de que sejam conformes à Sua Santíssima Vontade, e não sejam obstáculo à nossa eterna salvação.
Se Deus sabe tudo aquilo de que necessitamos, por que devemos rezar?
Embora Deus saiba tudo aquilo de que necessitamos , quer todavia que nós Lho peçamos, para reconhecermos que é Ele que dá todos os bens, para Lhe testemunharmos a nossa humilde submissão, e para merecermos os seus favores.
Qual é a primeira e a melhor disposição para tornar eficazes as nossas orações?
A primeira e a melhor disposição, para tornar eficazes as nossas orações, é estar em estado de graça, ou, não o estando, ao menos desejar recuperar esse estado.
Que mais disposições se requerem para bem orar?
Para bem orar requerem-se especialmente o recolhimento, a humildade, a confiança, a perseverança e a resignação.
Que quer dizer orar com recolhimento?
Quer dizer: pensar que estamos a falar com Deus; e por isso devemos orar com todo o respeito e a devoção possíveis, evitando, quanto for possível, as distrações, isto é, todo o pensamento estranho à oração.
Diminuem as distrações o merecimento da oração?
Sim, quando nós mesmos as provocamos, ou não as repelimos com diligência. Se porém fizermos quanto podemos para estarmos recolhidos em Deus, então as distrações não diminuem o merecimento da nossa oração, mas até o podem aumentar.
Que se requer para fazermos oração com recolhimento?
Devemos antes da oração, afastar todas as ocasiões de distração, e durante a oração devemos pensar que estamos na presença de Deus, que nos vê e nos ouve.
Que quer dizer orar com humildade?
Quer dizer: reconhecer sinceramente a nossa indignidade, incapacidade e miséria, acompanhando a oração com a compostura do corpo.
Que quer dizer orar com confiança?
Quer dizer que devemos ter firme esperança de sermos atendidos, se daí provier a glória de Deus e o nosso verdadeiro bem.
Que quer dizer orar com perseverança?
Quer dizer que não nos devemos cansar de orar, se Deus não nos atender imediatamente, senão que devemos continuar a orar ainda com mais fervor.
Que quer dizer orar com resignação?
Quer dizer que nos devemos conformar com a vontade de Deus, que conhece melhor do que nós quanto nos é necessário para a nossa salvação eterna, ainda mesmo no caso em que as nossas orações não fossem atendidas.
Atende Deus sempre as orações bem feitas?
Sim, Deus atende sempre as orações bem feitas; mas da maneira que Ele sabe ser mais útil para a nossa salvação eterna, e não sempre segundo a nossa vontade.
Que efeitos produz em nós a oração?
A oração faz-nos reconhecer a nossa dependência, em todas as coisas, de Deus, supremo Senhor, faz-nos progredir na virtude, alcança-nos de Deus misericórdia fortalecer-nos contra as tentações, conforta-nos nas tribulações, auxilia-nos nas nossas necessidades e alcança-nos a graça da perseverança final.
Quando devemos especialmente orar?
Devemos orar especialmente nos perigos, nas tentações e no momento da morte; além disso, devemos orar freqüentemente, e é bom que o façamos pela manhã e à noite, e no princípio das ações importantes do dia.
Por quem devemos orar?
Devemos orar por todos; isto é, por nós mesmos pelos nossos parentes, superiores, benfeitores, amigos e inimigos; pela conversão dos pobres pecadores, daqueles que estão fora da verdadeira Igreja, e pelas benditas almas do Purgatório.
Fonte:
http://www.comunidadesdeamor.com
e Voz da Igreja
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