quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ruínas de Magdala, a cidade de Santa Maria Madalena onde Jesus pregou



Funcionário limpa mosaicos ornamentados no sítio arqueológico de Magdala, Israel
Funcionário limpa mosaicos ornamentados no sítio arqueológico de Magdala, Israel

Uma tentativa de construir um hotel para peregrinos na Galileia acabou desencavando as ruínas da cidade natal de Santa Maria Madalena e uma antiga sinagoga onde Nosso Senhor Jesus Cristo pode muito bem ter pregado, noticiou “The New York Times”.

O padre Juan Solana, diretor do Instituto Centro Pontifício Notre Dame de Jerusalém, quis construir uma instalação para romeiros no lugar onde se ouviu a maior parte da pregação divina e se viu a maioria dos milagres de Jesus, segundo os Evangelhos.

Em 2009 um velho resort foi demolido, e quando se cavou a terra para colocar os alicerces, apareceram restos da cidade. Do ponto de vista arqueológico e histórico, a descoberta é relevante, pois não se conhecia ao certo o posicionamento de Magdala, (ou Migdal).

Somente os Evangelhos nos falam dessa cidade. Ela tinha deixado de existir e não faltou quem usasse a aparente contradição para impugnar a veracidade histórica da inspirada narração dos evangelistas.

A contradição também servia para alimentar a abstrusa afirmação de que Jesus e os Evangelhos, e também toda a Bíblia, não são históricos.

Tratar-se-ia, segundo esta teoria bizarra e anticristã, de mitos concebidos pelas primeiras comunidades cristãs para descrever suas experiências comunitárias. Um perfeito absurdo histórico, mas houve teólogos extraviados que deram forma sisuda a essa fantasia que mina as bases do cristianismo.

As autoridades da Igreja Católica e os arqueólogos enviados pela Autoridade de Antiguidades de Israel, a maior do país na matéria, não imaginavam encontrar nada de significativo no local.

Mas, a menos de meio metro abaixo da superfície, apareceu um banco de pedra que fez parte de uma sinagoga no século I.

Piso ornamentado no sítio arqueológico de Magdala, Israel, onde porto e sinagoga foram encontrados
Piso ornamentado no sítio arqueológico de Magdala, Israel, onde porto e sinagoga foram encontrados
Sabia-se que na região existiram sete sinagogas no período do Segundo Templo, mas nunca se encontrou nenhuma na Galileia.

Entre as ruínas, foi recuperada uma moeda datada no ano 29. Quer dizer, do tempo em que Jesus estava vivo e quiçá nem tinha começado sua vida pública. Para os especialistas, ficou claro que o local era a Magdala do Evangelho que estava perdida para a arqueologia.

Desde a primeira exumação de restos em 2009 até o presente, a escavação trouxe à luz um mercado; uma área presumivelmente destinada a salgar e secar peixes; uma casa grande ou edifício público com mosaicos, afrescos e três banhos rituais; uma colônia de pescadores e parte de um porto do século I.

9. Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios. (São Marcos 16, 9

A descoberta fez mudar o projeto. Mas o centro já está concluído e tem vista para o porto e o mar da Galileia, onde aconteceram fatos narrados pelos evangelistas.

Na sinagoga foi encontrado um bloco de pedra com entalhes representando colunas e arcos, uma menorá (candelabro ritual) de sete braços e carruagens de fogo. Provavelmente foi usada como atril para ler a Torá, o livro sagrado judaico.

A pedra parece ser uma miniatura do Segundo Templo de Jerusalém, destruído pelos romanos no ano 70 e nunca mais reconstruído. O incêndio e arrasamento do Templo importou no fim do sacrifício hebraico, que cessou desde aquela data.

Esse sacrifício cruento foi substituído pelo sacrifício incruento operado na Missa instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo na Última Ceia.

Mesa de pedra usada como atril para ler a Torá, o livro sagrado judaico, representa o Templo
Mesa de pedra usada como atril para ler a Torá, o livro sagrado judaico, representa o Templo

18. Caminhando ao longo do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.

19. E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.

20. Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram.

21. Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes. Chamou-os,

22. e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.

23. Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

24. Sua fama espalhou-se por toda a Síria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os lunáticos, os paralíticos. E ele curava a todos. (São Mateus 4:23)

Magdala fica a oito quilômetros de Cafarnaum, onde Jesus pregou intensamente.

A arqueóloga chefe dos trabalhos, Dina Gorni-Avshalom, da Israel Antiquities Authority, considera que há “indícios circunstanciais” suficientes para se supor que Jesus pisou essa sinagoga.

A capela do resort para peregrinos está consagrada a Santa Maria Madalena, a pecadora arrependida que é símbolo da Redenção da humanidade imersa nas trevas em virtude do pecado original.

Ela aparece num grande mosaico no momento em que Nosso Senhor expulsa de seu corpo sete demônios, tendo como fundo a antiga cidade de Magdala.

Santa Maria Madalena unge os pés de Jesus.
Dieric Bouts, 1440, Sttatliche Museem Berlim.
Esta descoberta da ciência corrobora em nós a Fé. E nos convida a meditar nos dramas que se deram no tempo em que as ruínas agora descobertas não eram ruínas, mas a movimentada cidade de Magdala.

Por exemplo, considerar a vida de Maria Madalena, cujo nome deriva dessa cidade. Ela morava lá com Lázaro, de quem era irmã.

Lázaro, segundo as tradições do Oriente, tinha uma categoria social não política, de príncipe. Portanto, suas irmãs Marta e Maria eram pessoas de alta categoria.

Infelizmente, Maria Madalena tinha se tornado uma pecadora pública. Mas, uma vez arrependida, passou a praticar a contemplação e a penitência com suma seriedade e profundidade.

Sua irmã Marta viveu exclusivamente voltada para a contemplação, e por isso Nosso Senhor disse dela que escolheu a parte melhor.

Podemos refletir sobre essas pessoas, a vida que levavam e como foram se transformando em função de Nosso Senhor. Todo esse drama aconteceu entre essas ruínas da Galileia.

No fim da vida pública de Cristo, em Jerusalém, quando Santa Maria Madalena quebrou o vidro de perfume e começou a ungir os pés de Nosso Senhor, Judas criticou-a. Mas Jesus Nosso Senhor justificou a atitude dela.

Judas representou o contrário do arrependimento, e morreu no desespero, enforcando-se numa figueira. Santa Maria Madalena e Judas seguiram rumos diametralmente opostos.

Ela esteve ao pé da Cruz, enquanto Judas foi o apóstolo amaldiçoado. Santa Maria Madalena foi a primeira a presenciar a Ressurreição, enquanto ele se enforcou.

São antíteses tremendas entre um e outro. Pelo lado dela, o arrependimento, a pura contemplação e o desapego dos bens do mundo. Pelo lado dele, impenitência, desespero, apego aos bens do mundo, roubo, traição e, no fim, suicídio.

Santa Maria Madalena, com a Cruz da penitência e o vaso do bálsamo preciosíssimo. Sevilha, Espanha.
Santa Maria Madalena, com a Cruz da penitência e o vaso do bálsamo preciosíssimo. Sevilha, Espanha.
Judas também esteve em Magdala, ouviu as pregações divinas, assistiu aos milagres. Tudo isso aconteceu entre essas ruínas agora postas à luz do sol.

Houve um momento em que Judas esteve em estado de graça e Maria Madalena, em estado de pecado mortal. Ela saiu do pecado para subir até onde subiu.

E ele desceu da condição de apóstolo, para a qual havia sido convidado por Nosso Senhor, e precipitou-se para vender o seu divino Benfeitor.

Quanto pode uma alma que está no lodo subir, e quanto pode uma alma chamada ao que há de melhor cair!

As ruínas de Magdala nos ajudam a compor o cenário de tempo e lugar onde esse imenso drama em torno do Divino Redentor aconteceu.
Retirado de Ciência Confirma a Igreja

São Leão Magno: Sermão do Natal do Senhor


"Caríssimos, animados da confiança que nasce de tão grande esperança, permanecei firmes na fé sobre a qual fostes estabelecidos, para que esse mesmo tentador, de cujo domínio Cristo vos subtraiu, não vos seduza novamente com algumas de suas ciladas e não corrompa as alegrias próprias desse dia mediante a habilidade de suas mentiras. Porque ele zomba das almas simples, servindo-se da crença perniciosa de alguns, para os quais a solenidade de hoje recebe sua dignidade não tanto no nascimento de Cristo quanto do levantar-se, como eles dizem, do “novo sol”. O coração desses homens está envolto em trevas, e eles são estranhos a todo progresso da verdadeira luz, porque ainda seguem os erros mais estultos do paganismo e, não conseguindo elevar o olhar de seu espírito acima do que contemplam com seus olhos corporais, honram com o culto reservado a Deus, os luminares colocados a serviço do mundo.
Longe das almas cristãs essa superstição ímpia e essa mentira monstruosa. Nenhuma medida poderia traduzir a distância que separa o eterno das coisa temporais; o incorpóreo, das coisas corporais; o Senhor, das coisas que lhe estão submetidas, porque, embora elas tenham uma beleza admirável, não têm a divindade, a única que deve ser adorada.
O poder, a sabedoria e a majestade que devem ser honrados são os que criaram do nada todo o universo e, segundo uma razão onipotente, produziram a terra e o céu nas formas e dimensões de sua escolha, O sol, a lua e os astros são úteis para aqueles que sabem tirar proveito deles; sã0 belos para aqueles que os olham; mas que, por motivo deles, sejam dadas graças ao seu autor e que seja adorado o Deus que os criou, não a criatura que o serve. Louvai, pois, a Deus, caríssimos, em todas as suas obras e em todos os seus juízos. Que nenhuma dúvida alfore em vós no tocante à fé na integridade da Virgem e em seu parto virginal. Honrai com uma obediência santa e sincera o mistério sagrado e divino da restauração do gênero humano. Uni-vos a Cristo, nascido em nossa carne, a fim de merecerdes ver reinando em sua majestade esse mesmo Deus de glória que, com o Pai e o Espírito Santo, permanece na unidade da divindade pelos séculos dos séculos. Amém."


Extraído de: http://humanitatis.net/?p=2780

Retirado de Civitas Christiana

As faces do Amor

Prof.: Felipe Aquino
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje com toda clareza que as graves perversões morais tem quase sempre como causa principal uma frustração de amor. Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, desnutridos de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado; se não fizer uma experiência de amor. Se isto é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isto é verdade.

E esse amor conjugal começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado, não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda. Muitas vezes você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isto não existe.
A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte, e capaz de remover montanhas. O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, ressuscita-o. É com a chama de uma vela que você acende outra. É com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que “amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido.”
É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão. Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isto é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: crescei. Deus não nos dá uma ajuda adequada para curtirmos a vida a dois; mas para crescermos a dois. Isto vale desde o namoro. E o que faz crescer é o fermento do amor. Ninguém melhor do que São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor: “O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará” (1Cor 13, 4-7).
Medite um pouco em cada linha deste hino do amor, e pergunte a você mesmo, se você está vivendo isto no seu namoro. Você é paciente com a namorada ou não, sabe se controlar diante dos defeitos dela? Você é bondoso para com ele, ou será que algumas vezes exige vingança, e quer ir à desforra por causa de algo que ele fez e que você não gostou? Ser bondoso é saber perdoar, é ser compreensivo e tolerante, sem ser conivente com o erro, claro. Será que você tem inveja dele porque ele a supera em certas atividades? Será que você é um namorado orgulhoso, que acha que só por ser homem já é suficientemente superior a ela? Se você não admite ser ultrapassado pelo outro nas coisas boas, saiba que você não o ama de verdade; pois, quando se ama queremos que o outro seja melhor que nós. Será que você não é arrogante, que se acha superior ao outro, e que quer sempre impor a sua vontade? Até que ponto você permite que a presunção o domine, fazendo-o achar-se o bom?
Saiba que a arrogância e a prepotência atravancam o caminho do amor e do crescimento do casal. Será que você é escandalosa, e parte para a chantagem emocional para conseguir aquilo que você não consegue pela força dos argumentos? Saiba que a gritaria é muitas vezes a linguagem dos fracos, que agem assim por falta de razões.
Será que você é egoísta no seu namoro, e ele tem que fazer tudo o que você quer? Aqui está a pedra de tropeço principal para muitos casais. Uma vez que o egoísmo é o oposto do amor, um casal egoísta pode ser comparado a duas bolas de bilhar: só se encontram para se chocarem e se afastarem em sentidos opostos… Será que você é daquelas que vive mau humorada ou que derruba o beiço por qualquer contrariedade? Será que você é daqueles que se irrita por qualquer coisinha dela que não esteja do seu gosto? Você perdeu a linha porque ele se atrasou quinze minutos? Você deixou o seu namoro azedar porque ele olhou apenas um instante para a outra moça que passou ao lado?
O amor não se irrita, não xinga, não ofende, não grita! O amor não guarda rancor, diz o apóstolo. É claro que haverá no namoro momentos de desencontros. São normais os pequenos desentendimentos. É fruto das diferenças individuais e das circunstâncias da vida. O feio não é brigar, mas não se reconciliar, não saber perdoar, não saber quebrar o silêncio mortal e manter o diálogo. Para evitar as brigas e desentendimentos é preciso saber combinar as coisas. O povo diz que aquilo que é combinado não é caro. Aprendam a combinar sobre o passeio, sobre as atividades que cada um gosta de fazer, etc… É preciso dizer aqui que a face mais bela do amor é a do perdão. Você tem o direito de ser perdoada, pois errar é humano; mas tem também o dever de perdoar quando ele errar e pedir perdão.
O gesto mais nobre de Jesus foi o de perdoar os algozes que o crucificavam. Não pode haver futuro para um casal que não sabe se perdoar mutuamente. Esta é a maior reserva de estabilidade para o casal. Outra face bela do amor é a fidelidade. Ser fiel ao outro não quer dizer apenas não ter outro parceiro; é muito mais do que isto, é ser verdadeiro em tudo. É não tapear o outro em nada. É não ser fingido, mascarado ou dissimulador. Se você mente para a sua namorada saiba que está destruindo o amor entre vocês. Nada é mais fatal para o amor! A mentira gera a desconfiança; a desconfiança gera o ciúme; o ciúme gera a briga e a separação. Ser fiel ao outro é saber respeitá-lo, defendê-lo, e não traí-lo de qualquer forma, seja por pensamentos ou palavras. Se você fizer dos seu namoro uma brincadeira de esconde-esconde, você estará brincando de amar, e isto é muito mal. Portanto, quebre toda falsidade, dissimulação e fingimento, porque isto destrói o amor.
A mentira tem pernas curtas, diz o povo; ela logo aparece, e quando isto ocorre deixa o mentiroso desqualificado, e não mais digno de confiança. Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração. O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais. Não há o que o amor não possa fazer. Quando não ajudamos o outro a crescer é sinal de que o nosso amor por ele ainda é pequeno. Se o seu namoro não for um exercício constante do amor, ele ficará vazio, monótono, e sem sabor. E como a natureza tem horror ao vácuo, este vazio será preenchido por desentendimentos e brigas.
Namorando se aprende a amar, mas amando se aprende a namorar. Para você meditar:
Sete vezes menosprezei a minha alma
1. Quando a vi disfarçar-se com a humildade para alcançar a grandeza;
2. Quando a vi coxear na presença dos coxos;
3. Quando lhe deram para escolher entre o fácil e o difícil, e escolheu o fácil;
4. Quando cometeu o mal e consolou-se com a ideia de que outros cometem o mal também;
5. Quando aceitou a humilhação por covardia e atribuiu sua paciência à fortaleza;
6. Quando desprezou a lealdade de uma face que não era, na realidade, senão uma de suas próprias máscaras;
7. Quando considerou uma virtude elogiar e glorificar.
Retirado de Católicos na Rede

Filme: Karol Wojtyla, o Papa que veio de longe

Retirado de Católico Com Muito Orgulho

Conduzidos pela força da verdade

Muitas vezes encontro pessoas que vivem em uma constante lamúria por causa das dores e infelicidades que habitam sua vida. É só olhar ao redor e perceber quantos são os que estão deparando-se com profundos sofrimentos; pessoas depressivas, angustiadas, desanimadas, decepcionadas, pessoas que foram traídas, abandonadas, etc. Muitas são as dores e as causas, e não há ninguém que esteja isento dos sofrimentos que a vida nos apresenta.

É interessante observar as reações de cada indivíduo diante da dor; uns choram, outros fogem, alguns ficam apáticos, outros paralisados. Muitos são os comportamentos, porém, tenho observado que existem reações que são comuns na maioria das pessoas. Percebo que muitas pessoas têm dificuldade de lidar com a dor e de assumir a verdade dos fatos, muitas fogem da verdade criando assim ilusões que lhes sirvam de fuga da realidade que muitas vezes é dura. 

Existe um velho ditado que diz: “vale mais uma dura verdade que uma doce mentira”. É certo que na prática é difícil viver tal ditado, pois é mais fácil criar ilusões do que assumir a dureza do que é real. É fácil chegar a essa conclusão: chegue a alguém que você considera um amigo, e aponte a ele alguns de seus erros, incomode-o revelando a este suas imperfeições que precisam ser mudadas, toque na sua verdade, na ferida que lhe causa dor… Não quero generalizar, mas creio que as reações da maioria das pessoas serão as seguintes: se afastarão, fugirão de você; arranjarão culpados e justificativas para não assumirem suas verdades e mudarem o comportamento; construirão um enorme drama colocando-se como vítimas da situação; fabricarão mentiras e ilusões acerca de si mesmas para não assumirem aquilo que são verdadeiramente, e que porventura esteja lhe desagradando.

Por que é tão difícil assumir o que se é? Por que é tão difícil assumir a verdade? Por que por vezes não conseguimos ficar com o que é possível? A gente fantasia tanto que corre o risco de acabar construindo a vida alicerçada na ilusão, e é por isso que muitas vezes Deus não consegue mudar nossa vida, pois “Deus é o construtor que só faz uma obra quando esta tem por alicerce a verdade, ou seja, Ele nada edifica sobre a mentira. Enquanto não assumimos nossa verdade e nossa vida como está, Ele não transformará nossa história”.

Deus faz o milagre com aquilo que temos e somos, Deus vai agir em sua vida na condição que ela está, por pior que esteja.
Acredite! não permita que a esperança se ausente do seu coração. Acredite! Tem jeito, sempre tem… Assuma o possível de sua vida, aquilo que dá para você ser e fazer, não queira ser o que você ainda não pode, tenha a humildade de começar pequeno, de aprender com os erros e principalmente, de aceitar correções.

Não podemos também alimentar a ilusão no coração de outros, prometendo a elas o que pode vir a não se realizar, precisamos trabalhar com a verdade, com o possível, com esperança sim, mas com o possível… 

Qual é o seu possível hoje? Pode ser que você não seja tão virtuoso como aquela determinada pessoa, pode ser que você não tenha o que gostaria de ter, mesmo assim, lute com o seu possível, com aquilo que você tem, mesmo em meio a sua dor, suas perdas, incapacidades, com sua verdade, invista naquilo que você é, não alimente ilusões, pois somente a partir do que você é, é que poderá ser melhor…

Entregue a Deus o seu pouco, seu esforço, sua fraqueza, e tenha certeza que Ele tudo transformará, pois fiel é aquele que nos diz: “A verdade vos libertará…”
Retirado de Catequese Católica

terça-feira, 8 de julho de 2014

Dinâmica: Perdão e Gratidão


Objetivo: 
Estimular a reflexão e a oração, a partir do instante em que se reconhece o sacrifício de Jesus por nós.

Materiais:
01 vela em um castiçal
01 crucifixo

Como fazer:
Quando desenvolvemos essa dinâmica nossas crianças já tinham vivido a Páscoa e já tínhamos conversado sobre a importância dela. Pedi que as crianças pensassem em silêncio o que gostariam de pedir perdão a Jesus, olhando-O na cruz, diante de tamanha dor e sacrifício para nos salvar. Fizemos uma reflexão em torno do que a cruz representa para nós e como o gesto de se entregar por amor é único e vem de um Deus que verdadeiramente ama os seus filhos.

Ao olharmos a vela acesa, iriamos pensar nas infinitas coisas que temos a agradecer a Jesus por sua ressurreição e por nossa libertação. Resgatamos mais um vez o sentido da Páscoa e partilhamos a importância da mesma.

Na prática, depois de prepararmos as crianças, pedimos que fosse passando a cruz e a vela. Ao olhar para a cruz, cada catequizando deveria pedir perdão por algo que ofendeu a Deus e ao próximo. Ao segurar a vela, todos deveriam agradecer a Jesus.

A dinâmica foi muito interessante, as crianças não se envergonharam de falar. Pedir perdão, sinceramente, valorizando o sacrifício da Paixão. Alegrar-se, rejubilar-se, ao olhar a chama da luz, que nos lembra Cristo, luz do mundo.

Alguns cuidados: Acho que poderia ser melhor se todos estivessem sentados no chão. A vela pode ser menor, daquelas que são bem pequenas, assim seria mais seguro.

Ao final, pode-se cantar um cântico como: Deixa a luz do céu entrar...

Forte abraço,
Clécia

Catedral de AACHEN (Aquisgrão): “nossa conversação está no Céu”


O que dizer dessa catedral?

O melhor comentário é: Oh!

O que significa esse oh!?

Significa: Oh!, preciosidade! Oh!, tesouro!

Oh!, símbolo de alguma coisa que eleva minha alma para os mais altos píncaros!

Oh!, catedral!

Analisando-a, parece ela um amontoado de torres, de capelas e de cúpulas, colocadas mais ou menos sem reflexão.

Mas de seu conjunto se desprende uma tal harmonia, que fico verdadeiramente maravilhado!

Harmonia que tem isto de curioso: tudo aponta para cima. Dir-se-ia que a catedral exclama: "Conversatio nostra in cœlo est" (Nossa conversação está no Céu).

Aponta para cima a torre, como que erguendo os braços a Deus.

Aponta para cima a cúpula, que, não satisfeita de se elevar com toda sua massa rumo ao alto, ainda ostenta uma cupulazinha, que é uma espécie de tentativa de alcançar com a ponta do dedo aquilo que a palma da mão não consegue tocar.

Aponta para cima a forma ogival das janelas que estão encrustradas na torre, e cuja extremidade parece refletir a tendência para subir, para subir...

Cada um dos torreõezinhos embaixo lembra-me aquelas palavras da Missa:  

"Sursum corda! Habemus ad Dominum" (Elevai vossos corações ao alto. A resposta é: "Nós os temos voltados para o Senhor").

Veja vídeo
Vídeo:
a catedral imperial
de Carlos Magno

Todo O conjunto é um imenso, um maravilhoso sursum corda!

* * *

Entretanto, como pode uma pessoa, hoje em dia, possuir uma alma tão dura ou tão vil, que não se comova e não se entusiasme olhando essa catedral?

Imaginemos que se interrompesse uma novela pornográfica de televisão para se exibir, de repente, um filme sobre essa catedral.

Não haveria uma série de pessoas que ficariam com mau humor? E que prefeririam a pornografia a isso?

Que alma é essa de alguém rejeitante de tal maravilha, e que prefere a pornografia?

Entretanto, a alma humana foi criada para tais elevações e tal dignidade.

E que o primeiro movimento de uma alma visando ausentar-se desses panoramas já a coloca à beira do abismo em que cairá!


(Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 22 de fevereiro de 1986. Sem revisão do autor.)
Retirado de Catedrais Medievais.

Constituição Apostólica Fidei Depositum

Para a publicação do Catecismo da Igreja Católica redigido depois do Concilio Vaticano II

JOÃO PAULO II, BISPO SERVO DOS SERVOS DE DEUS PARA PERPÉTUA MEMÓRIA
INTRODUÇÃO

GUARDAR O DEPÓSITO DA FÉ é a missão que o Senhor confiou à sua Igreja e que ela cumpre em todos os tempos. O Concílio Ecumênico Vaticano II, aberto há trinta anos por meu predecessor João XXIII, de feliz memória, tinha como intenção e como finalidade por em evidência a missão apostólica e pastoral da Igreja e, fazendo resplandecer a verdade do Evangelho, levar todos os homens a procurar e acolher o amor de Cristo, que excede toda a ciência (cf. Ef 3,19).
Ao Concílio, o Papa João XXIII tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tomar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade. Portanto, o Concílio não devia, em primeiro lugar, condenar os erros da época, mas sobretudo empenhar-se por mostrar serenamente a força e a beleza da doutrina da fé. "Iluminada pela luz deste Concílio dizia o Papa a Igreja... crescerá em riquezas espirituais...e, recebendo a força de novas energias, olhar intrépida para o futuro... E nosso dever... dedicar-nos, com vontade pronta e sem temor, àquele trabalho que o nosso tempo exige, prosseguindo assim o caminho que a Igreja percorre há vinte séculos."'
Com a ajuda de Deus, os Padres conciliares puderam elaborar, em quatro anos de trabalho, um conjunto considerável de exposições doutrinais e de diretrizes pastorais oferecidas a toda a Igreja. Pastores e fiéis encontram ali orientações para aquela "renovação de pensamentos, de atividades, de costumes e de força moral, de alegria e de esperança, que foi o objetivo do Concílio"
Depois de sua conclusão, o Concílio não deixou de inspirar a vida da Igreja. Em 1985 pude afirmar: "Para mim que tive a graça especial de nele participar e colaborar ativamente em seu desenvolvimento o Vaticano II foi sempre, e é de modo particular nestes anos de meu Pontificado, o constante ponto de referência de toda a minha ação pastoral, no consciente empenho de traduzir suas diretrizes em aplicação concreta e fiel, no âmbito de cada Igreja e da Igreja inteira. E preciso incessantemente recomeçar daquela fonte"
Neste espírito, em 25 de janeiro de 1985, convoquei uma Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, por ocasião do vigésimo aniversário do encerramento do Concílio. A finalidade dessa Assembléia era celebrar as graças e os frutos espirituais do Concílio Vaticano II, aprofundar seu ensinamento para aderir melhor a ele e promover seu conhecimento e sua aplicação.
Nessa ocasião, os Padres sinodais manifestaram o desejo "de que seja composto um Catecismo ou compêndio de toda a doutrina católica, tanto em matéria de fé como de moral, para que seja como um texto de referência para os catecismos ou compêndios que venham a ser preparados nas diversas regiões. A apresentação da doutrina deve ser bíblica e litúrgica, oferecendo ao mesmo tempo uma doutrina sã e adaptada à vida atual dos cristãos". Depois do encerramento do Sínodo, fiz meu este desejo, considerando que ele "corresponde à verdadeira necessidade da Igreja universal e das Igrejas particulares".
Como não havemos de agradecer de todo o coração ao Senhor, neste dia em que podemos oferecer a toda a Igreja, com o título de Catecismo da Igreja Católica, este "texto de referência" para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé?
Depois da renovação da Liturgia e da nova codificação do Direito Canônico da Igreja Latina e dos cânones das Igrejas Orientais Católicas, este Catecismo trará um contributo muito importante àquela obra de renovação da vida eclesial inteira, querida e iniciada pelo Concílio Vaticano II.
ITINERÁRIO E ESPÍRITO DA REDAÇÃO DO TEXTO
O Catecismo da Igreja Católica é fruto de uma vastíssima colaboração: foi elaborado em seis anos de intenso trabalho, conduzido num espírito de atenta abertura e com apaixonado ardor.
Em 1986, confiei a uma Comissão de doze Cardeais e Bispos, presidida pelo senhor Cardeal Joseph Ratzinger, o encargo de preparar um projeto para o Catecismo requerido pelos Padres do Sínodo. Uma Comissão de redação, composta por sete Bispos diocesanos, peritos em teologia e em catequese, coadjuvou a Comissão em seu trabalho.
A Comissão, encarregada de dar as diretrizes e de vigiar o desenvolvimento dos trabalhos, seguiu atentamente todas as etapas da redação das nove sucessivas composições. A Comissão de redação, por seu lado, assumiu a responsabilidade de escrever o texto e inserir nele as modificações pedidas pela Comissão e de examinar as observações de numerosos teólogos, exegetas e catequistas, e sobretudo dos Bispos do mundo inteiro, a fim de melhorar o texto. A Comissão foi sede de intercâmbios frutuosos e enriquecedores para assegurar a unidade e a homogeneidade do texto.
O projeto tornou-se objeto de vasta consulta de todos os Bispos católicos, de suas Conferências Episcopais ou de seus Sínodos, dos Institutos de teologia e de catequética. Em seu conjunto, ele teve um acolhimento amplamente favorável da parte do Episcopado. E justo afirmar que este Catecismo é fruto de uma colaboração de todo o Episcopado da Igreja Católica, o qual acolheu com generosidade meu convite a assumir a própria parte de responsabilidade numa iniciativa que diz respeito, intimamente, à vida eclesial. Tal resposta suscita em mim um profundo sentimento de alegria, porque o concurso de tantas vozes exprime verdadeiramente aquela a que se pode chamar a "sinfonia" da fé. A realização deste Catecismo reflete, deste modo, a natureza colegial do Episcopado: estemunha a catolicidade da Igreja.

DISTRIBUIÇÃO DA MATÉRIA

Um catecismo deve apresentar, com fidelidade e de modo orgânico, o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva na Igreja e do Magistério autêntico, bem como a herança espiritual dos Padres, dos Santos e das Santas da Igreja, para permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do povo de Deus. Deve ter em conta as explicitações da doutrina que, no decurso dos tempos, o Espírito Santo sugeriu à Igreja. E também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado.
O Catecismo incluirá, portanto, coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52), porque a fé é sempre a mesma e simultaneamente é fonte de luzes sempre novas.
Para responder a esta dupla exigência, o Catecismo da Igreja Católica por um lado retoma a "antiga" ordem, a tradicional, já seguida pelo Catecismo de São Pio V, articulando o conteúdo em quatro partes: o Credo; a sagrada Liturgia, com os sacramentos em primeiro plano; o agir cristão, exposto a partir dos mandamentos; e, por fim, a oração cristã. Mas, ao
mesmo tempo, o conteúdo é com freqüência expresso de modo "novo", para responder às interrogações de nossa época.
As quatro partes estão ligadas entre si: o mistério cristão é o objeto da fé (primeira parte); é celebrado e comunicado nos atos litúrgicos (segunda parte); está presente para iluminar e amparar os filhos de Deus em seu agir (terceira parte); fundamenta nossa oração, cuja expressão privilegiada é o "Pai-Nosso", e constitui o objeto de nossa súplica, de nosso louvor e de nossa intercessão (quarta parte).
A Liturgia é ela própria oração; a confissão da fé encontra seu justo lugar na celebração do culto. A graça, fruto dos sacramentos, é a condição insubstituível do agir cristão, tal como a participação na liturgia da Igreja requer a fé. Se a fé não se desenvolve nas obras, está morta (cf. Tg 2,14-16) e não pode dar frutos de vida eterna.
Lendo o Catecismo da Igreja Católica, pode-se captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus, de seu desígnio de salvação, bem como a centralidade de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, enviado pelo Pai, feito homem no seio da Santíssima Virgem Maria por obra do Espírito Santo, para ser nosso Salvador. Morto e ressuscitado, ele está sempre presente em sua Igreja, particularmente nos sacramentos; ele é a fonte da fé, o modelo do agir cristão e o Mestre de nossa oração.
VALOR DOUTRINAL DO TEXTO
O Catecismo da Igreja Católica, que aprovei no passado dia 25 de o junho e cuja publicação hoje ordeno em virtude da autoridade apostólica, é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé. Sirva ele para a renovação, à qual o Espírito Santo chama incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina rumo à luz sem sombras do Reino!
A aprovação e a publicação do Catecismo da Igreja Católica constituem um serviço que o Sucessor de Pedro quer prestar á Santa Igreja Católica, a todas as Igrejas particulares em paz e em comunhão com a Sé a Apostólica de Roma: o serviço de sustentar e confirmar a fé de todos os, discípulos do Senhor Jesus (cf. Lc 22,32), como também de reforçar os laços da unidade na mesma fé apostólica.
Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprir sua missão de anunciar a fé e de convocar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva de texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica e, de modo muito particular, para a elaboração dos catecismos locais. E também e oferecido a todos os fiéis que desejam aprofundar o conhecimento das riquezas inexauríveis da salvação (cf. Jo 8,32). Pretende dar um apoio aos esforços ecumênicos animados pelo santo desejo da unidade de todos os cristãos, mostrando com exatidão o conteúdo e a harmoniosa coerência da fé católica. O Catecismo da Igreja Católica, por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão de nossa esperança (cf. lPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê.
Este Catecismo não se destina a substituir os Catecismos locais devidamente aprovados pelas autoridades eclesiásticas, os Bispos diocesanos e as Conferências Episcopais, sobretudo se receberam a aprovação da Sé Apostólica. Destina-se a encorajar e ajudar a redação de novos catecismos locais, que tenham em conta as diversas situações e culturas,  as que conservem cuidadosamente a unidade da fé e a fidelidade à doutrina católica.

CONCLUSÃO

No final deste documento que apresenta o Catecismo da Igreja Católica, peço à Santíssima Virgem Maria, Mãe do Verbo Encarnado e Mãe da Igreja, que ampare com sua poderosa intercessão o empenho catequético da Igreja inteira em todos os níveis, nestes tempos em que ela é chamada a um novo esforço de evangelização. Possa a luz da verdadeira fé libertar a humanidade da ignorância e da escravidão do pecado, para conduzi-la à única liberdade digna deste nome (cf. JO 8,32): a da vida em Jesus Cristo sob a guia do Espírito Santo, na terra e no Reino dos Céus, na plenitude da bem-aventurança da visão de Deus face a face (cf. 1 Cor 13,12; 2Cor 5,6-8)!
Dado no dia 11 de outubro de 1992, trigésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, décimo quarto ano de meu pontificado.

Joannes Paulus II

sábado, 5 de julho de 2014

Papa fala sobre trabalho dominical em visita a Campobasso

Para o Pontífice, o domingo livre não é apenas para os crentes, mas para toda a sociedade
Da redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco realiza mais uma visita pastoral, desta vez, a Campobasso e Isérinia, duas dioceses do Centro-Sul da Itália, 200 km ao sul de Roma. O helicóptero em que viajava chegou neste sábado, 5 por volta de 8h30 (horário italiano) ao heliporto da Universidade de Molise. Primeiro momento desta visita, foi um encontro com o mundo do trabalho, na Aula Magna desta Universidade de Campobasso.
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Papa participa de encontro com o mundo do trabalho e da indústria na Sala Magna da Universidade de Estudos de Molise. FOTO: Reprodução/CTV

Em suas palavras, o Papa destacou, primeiramente, o significado deste encontro numa Universidade. Para o Pontífice, “exprime a importância da investigação e da formação, também para dar resposta às complexas questões que a atual crise econômica coloca, tanto no plano local, como a nível nacional e internacional”.
Segundo o Santo Padre, um bom percurso formativo não oferece soluções fáceis, mas ajuda a ter um olhar mais aberto e criativo para valorizar melhor os recursos do território.
Francisco também reafirmou a necessidade de “proteger” a terra, um dos maiores desafios do tempo atual, para o Papa. “Convertermo-nos a um desenvolvimento que saiba respeitar a natureza criada”, pediu.
Comentando a intervenção de uma operária, mãe de família, o Papa agradeceu o seu testemunho e o apelo por esta lançado a favor do trabalho e da família.
“Trata-se de procurar conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família. É um ponto crítico, um ponto que nos permite discernir, avaliar a qualidade humana do sistema econômico em que nos encontramos”.
Neste contexto, Francisco também colocou a questão do trabalho dominical, que, segundo ele, não diz respeito apenas aos crentes, mas a todos, como escolha ética.
“A pergunta é: a que queremos dar prioridade? O domingo livre do trabalho – exceto para os serviços necessários – está a afirmar que a prioridade não é o elemento econômico, mas o humano, o gratuito, as relações não comerciais, mas sim familiares, amigáveis; para os crentes, também a relação com Deus e com a comunidade. Chegou porventura o momento de nos perguntarmos se trabalhar ao domingo é uma verdadeira liberdade”, considerou o Pontífice.
O Papa concluiu propondo aos trabalhadores e empresários presentes um “pacto do trabalho” para responder ao “drama do desemprego e congregando as forças de modo construtivo”. Uma estratégia com as autoridades nacionais, tirando partido das normas nacionais e europeias.
Como habitual nas suas viagens, o Papa Francisco almoçará com pobres, assistidos pela Cáritas, na ‘Casa dos Anjos’, ainda na cidade de Campobasso.
À tarde, o Papa faz nova viagem de helicóptero, rumo a Castelpetroso, cerca de 30 quilômetros a leste de Campobasso, onde o Papa Francisco vai se encontrar com os jovens das dioceses de Abruzzo e do Molise. O programa inclui, às 16h00, uma viagem de carro até Isérnia, onde meia hora depois o Papa discursará para os detidos da prisão local.
Os dois últimos encontros desta viagem papal têm lugar na Catedral de Isérnia: um encontro com doentes e com as autoridades locais, dando, assim, início ao Ano Jubilar Celestiniano, no oitavo centenário do nascimento de São Celestino V, Pietro Angeleri de Morrone (1209-1296), monge que fundou a Ordem dos Celestinos e passou à história por renunciar voluntariamente ao papado após 5 meses de pontificado.
Papa Francisco retorna ao Vaticano ainda na noite deste sábado, 5.

Retirado de Canção Nova.

Sínodo sobre a família: apresentado o documento básico

Sínodo sobre a família: apresentado o documento básico
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Em “L’Osservatore Romano” de 26.06.2014, edição romana, foi publicado um artigo sobre o Documento Básico (“Instrumentum Laboris”) preparatório para O Sínodo sobre a Família, convocado pelo Papa Francisco, a começar em Roma, no próximo 19 de outubro. O documento procurou recolher a grande massa de respostas às 32 perguntas feitas pelo Santo Padre a todo povo católico. Assim, além das respostas dos Bispos, houve até um número importante de paróquias que fizeram também fizeram questão de cooperar.
A primeira parte do texto trata da vontade de Deus sobre a família, segundo a Revelação (Bíblia e Tradição). Dois pontos se destacam: 1º. reconhecimento da dificuldade de se compreender o conceito de “Lei natural” e como abordar este ponto, fundamental para o diálogo com nosso tempo, que vai requerer melhor formação dos agentes pastorais e evangelizadores; 2º. a vocação da pessoa humana em Cristo.
A segunda parte, considera situações desafiadoras postas pelo pluralismo cultural e secularismo atuais. Por exemplo: as uniões de fato, também entre pessoas do mesmo sexo os separados, os recasados, mães solteiras, os que pedem o matrimônio não sendo praticantes, ou, sequer, crentes, os filhos gerados no seio destas uniões. Fica bastante claro que a atitude pastoral será a de propor, não impor. Contudo, não parece que haja as mudanças que “o mundo” e muitos católicos esperam: que se queime o que se ensinava e se ensine o que se queimava: “Trata-se portanto de «propor, não de impor; acompanhar e não constranger; convidar, não expulsar; inquietar, nunca desiludir”.
A terceira parte apresenta antes de tudo as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a praxe sacramental e a promoção de uma mentalidade acolhedora”.
Enfim, o documento trata das dificuldades na sociedade, em geral, e no seio da própria Igreja, em especial, a respeito da posição assumida pelo Magistério desde Paulo VI, com referência à paternidade e maternidade responsáveis (“Humanae Vitae”), ao tema das afeições, à geração da vida… Também a dificuldade que encontram as famílias católicas em transmitirem a Fé aos filhos, sobretudo em situações de crise e ruptura.
Agora o documento será objeto de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais e confrontado com as diversas realidades locais a fim de evidenciar os pontos focais sobre os quais adiantar propostas pastorais a serem debatidas e aprofundadas durante os trabalhos da assembleia extraordinária e, depois, na ordinária que terá lugar de 4 a 25 de Outubro de 2015, cujo tema será «Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família”.
*ver <www.news.va/pt>

(MENTIRA NEW) 800 esqueletos de bebês são encontrados em convento na Irlanda

A MAIS NOVA MENTIRA DA MÍDIA ANTI-CATÓLICA COMPARTILHADA E DIVULGADA PELOS INIMIGOS DA IGREJA( ATEUS, PROTESTANTES ETC)
A MENTIRA ESPALHADA E DIVULGADA PELOS INIMIGOS DA IGREJA.
A MENTIRA:
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Quase 800 esqueletos de bebês são encontrados em convento na Irlanda

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O local abrigava mães solteiras e há relatos de que as crianças que não eram adotadas sofriam de desnutrição e outras enfermidades
por Leiliane Roberta Lopes
Nesta quarta-feira (4) quase 800 esqueletos de crianças foram descobertos ao lado de um antigo convento católico em Tuam, na Irlanda.
O local abrigou entre 1925 e 1961 jovens mães solteiras e as crianças, 796 exatamente, entre recém-nascidas até 8 anos idades, foram enterradas sem caixão e sem lápide provavelmente pelas freiras do convento.
Quem descobriu os restos mortais foi a historiadora Catherine Corless que sempre ouviu falar em um cemitério para recém-nascidos que ficava ao lado o Convento Santa Maria, que era administrado pelas freiras do Bom Socorro.
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ONDE SE ENCONTRA TAIS MENTIRAS E CALUNIAS DISSEMINADAS PELOS INIMIGOS DA IGREJA:
MENTIRA DA GOSPELhttp://noticias.gospelprime.com.br/esqueletos-bebes-convento-irlanda/
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http://tendadaspalavras.blogspot.com.br/2014/06/esqueletos-de-bebes-em-convento-na.html
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http://illuminatielitemaldita.blogspot.com.br/2014/06/quase-800-esqueletos-de-bebes-sao.html
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ETC. E ETCs .
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A VERDADE CONTRA OS CALUNIADORES E DIVULGADORES DE CALUNIAS:
HISTOIAORA

Em uma entrevista ao jornal The Irish Times, Corless desmascarou o caô:
“Eu nunca usei essa palavra ‘despejado’. Eu nunca disse a ninguém que 800 corpos foram jogados em um tanque séptico [tanque de esgoto]. Isso não veio de mim em momento algum. Essas não são minhas palavras”.

ONDE SE ENCONTRA A VERDADE E OS SEUS DIVULGADORES:
http://ocatequista.com.br/archives/13187
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http://www.irishtimes.com/news/social-affairs/tuam-mother-and-baby-home-the-trouble-with-the-septic-tank-story-1.1823393?page=1
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QUEM MATOU A COBRA E MOSTROU O CAJADO E A COBRA MORTA, FOI O GRANDE SITE O CATEQUISTA, VALENTE COMO SEMPRE! OBRIGADO AMIGOS.

Retirado de Caiafarsa.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A força da fraqueza

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará
Nos difíceis anos da segunda Guerra Mundial, as forças ideológicas em conflito se confrontaram de várias formas com a presença dos cristãos, muitos deles inclusive comprometidos com as diversas facções, suscitando depois a análise e o julgamento dos historiadores e muitos críticos, nas décadas que se sucederam. Entretanto, o século XX foi um tempo de martírio, quando cristãos de várias confissões, católicos, evangélicos e ortodoxos derramaram seu sangue por causa do Evangelho, em defesa da verdade e da dignidade da pessoa humana. Foi também um período de grande profusão de homens e mulheres que confessaram a fé, tornaram-se batalhadores com a palavra e os gestos, gerando um santo orgulho para as gerações que se sucederam, inclusive a nossa. Mais ainda, a candura da virgindade, a coragem da castidade de pessoas que foram contra a correnteza da busca desenfreada de prazer que se espalhou pelo mundo, também esta forma de vida cristã se fez presente. Disseram também o seu sim ao Senhor muitos homens e mulheres suscitados pelo Espírito Santo para fundar famílias religiosas, obras sociais, iniciativas de serviços aos mais pobres e Movimentos. 

As grandes chagas do tempo, como as drogas, as enfermidades surgidas recentemente, as novas formas de pobreza e miséria, a situação dos prófugos dos países em guerra, as catástrofes naturais, todas foram situações em que cristãos se lançaram a dar alguma resposta. Mártires, Confessores, Virgens, Fundadores e Fundadoras, Agentes sociais, grandes pregadores do Evangelho. Eis a riqueza da Igreja de nosso tempo! Não somos os detentores exclusivos do bem a ser feito, mas temos oferecido nossa contribuição por um mundo mais justo e fraterno.
No dia seis de julho a Igreja celebra Santa Maria Goretti, uma jovem italiana morta aos doze anos, em 1902, pela decisão de manter a castidade. Pio XII, por ocasião de sua canonização, pronunciou palavras de grande sabedoria: "Nem todos somos chamados a sofrer o martírio; mas todos somos chamados a praticar as virtudes cristãs. A virtude, porém, requer energia; mesmo sem atingir as alturas da fortaleza desta angélica menina, nem por isso obriga menos a um cuidado contínuo e muito atento, que deve ser sempre mantido por nós até o fim da vida. Por isso, semelhante esforço, bem pode ser considerado um martírio lento e constante. A isto nos convidam as palavras de Jesus Cristo: 'O reino dos céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam' (Mt 11,12). Esforcemo-nos todos por alcançar este objetivo, confiados na graça do céu. Sirva-nos de estímulo a santa virgem e mártir Maria Goretti. Que ela, da mansão celeste, onde goza da felicidade eterna, interceda por nós junto ao divino Redentor, a fim de que todos, nas condições de vida que são as nossas, sigamos os seus gloriosos passos com generosidade, vontade firme e obras de virtude" (Homilia da canonização de Santa Maria Goretti, em 1950). Sim, a Igreja tem a oferecer crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres que querem viver como bons cristãos.
Consta que uma grande autoridade da então "Cortina de Ferro", aconselhada a tolerar o catolicismo naquela região, fez uma pergunta sarcástica: "Mas quantas divisões militares tem o papa?" Todas as vezes em que o poder temporal e o religioso se aliaram ingênua ou maldosamente, os resultados foram os piores possíveis. Quando os cristãos revestidos de algum poder se comprometeram com as armas ou com a corrupção, mancharam a beleza da aquela que é Esposa de Cristo. Com o tempo, a graça de Deus lhes concede o dom do arrependimento e a força para recomeçarem o caminho. Não é tarefa da Igreja ter divisões militares, mas arregimentar homens e mulheres que acreditem na força da fraqueza, percorrendo a estrada do serviço e da humildade, mesmo quando as circunstâncias os colocarem em postos altos da política e da administração pública ou em suas atividades profissionais. Estarão então "na corda bamba", desafiados a manter a fidelidade aos princípios evangélicos, fermentando a sociedade.
Efetivamente, desde os primórdios da Igreja multiplicaram-se os desafios, começando pelas próprias fraquezas dos cristãos. As perseguições foram inúmeras, as dificuldades imensas. No entanto, os cristãos aprenderam a acreditar nos meios pobres e no anúncio do Evangelho aos mais simples e desprezados, quanto aos recursos materiais e quanto às condições humanas e espirituais. Cabe-lhes ir ao encontro dos mais sofredores e dos pecadores.
Nosso Senhor, ao oferecer instruções aos discípulos, percorrendo diversas cidades da Galileia (Cf. Mt 11­12), os conduz a entender os valores do Reino de Deus. Ele é interrogado sobre a missão de João Batista, manda ao mesmo João um recado, indicando os sinais do Messias: "Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova" (Mt 11, 4-5). O mesmo João Batista, preso, quase para ser degolado, é elogiado por Jesus como o maior dentre os nascidos de mulher (Cf. Mt 11, 11). Seus discípulos, ouvindo-o recriminar algumas cidades que recusaram a ocasião oferecida para se arrependerem, certamente ficavam confusos. Até hoje é assim! Poder, dinheiro, influência, tudo atrai terrivelmente!
E o Senhor, diante da arrogância corrente em todos os tempos, exalta o humilde e o simples. Impressiona a efusão espiritual de Jesus (Cf. Mt 11, 25-30), testemunhando a predileção do Pai pelos pequeninos. As portas do Reino de Deus continuam abertas. Venham a ele os que estão cansados e sobrecarregados, os estropiados pela vida ou pelos próprios pecados. Venham os que não vivem satisfeitos com seus próprios preconceitos. Sejam bem vindos os que desejam fazer a estrada da simplicidade de coração. Não se intimidem aquelas pessoas que querem, malgrado todas as propagandas contrárias, ser parecidas com uma Santa Maria Goretti, ou quem sabe abraçar uma vida semelhante à Beata Madre Teresa de Calcutá, ou a coragem de Santa Gianna Beretta Molla na defesa da vida. Se lhes parecerem distantes destas figuras, olhem para as legiões de homens e mulheres sem armas, aí bem perto, em sua Paróquia, que testemunham Jesus Cristo e seu Evangelho.
Entretanto, para que ninguém fique enganado, há uma condição, tomar o jugo suave de Jesus, aprendendo dele, que é manso e humilde de coração. O jugo suave é a lei do amor. Comparado com as cargas impostas pelos fariseus, este jugo liberta e salva. Trata-se de seguir Jesus, abraçar a cruz, tornar-se discípulo e missionário do Reino de Deus. Passe o mundo transitório, permaneça o Reino de Deus, que fermenta com vida e santidade todas as gerações.
Retirado de CNBB

Os pais têm um grande papel e responsabilidade na orientação sexual dos filhos

Richard Cohen, terapeuta ex-homossexual
Richard Cohen é um famoso psicólogo norte-americano que afirma que se pode corrigir a tendência homossexual. Ele nega que se possa provar cientificamente que algumas pessoas nasçam homossexuais. “A biologia diz o contrário”, ele afirma. Acompanhe as indicações e esclarecimentos de Cohen na entrevista a seguir.
–O senhor tem dito que corrigir a homossexualidade não é curar uma doença. O que isso quer dizer?
Há diferentes razões pelas quais alguém sente atração pelo mesmo sexo. Portanto, se ajudarmos essas pessoas a identificar esses motivos e logo resolver cada um desses aspectos, elas não terão que sofrer com sentimentos homossexuais depois desse processo. Nós tentamos ajudar a resolver as causas para que essas pessoas cheguem a ser livres.
–Com que argumentos o senhor sustenta que a condição natural do ser humano é a heterossexualidade?
Simplesmente pela biologia, que demonstra que o homem e a mulher se complementam perfeitamente no aspecto físico. Qualquer homossexual provém de um casal heterossexual. Sabemos quais causas provocam a homossexualidade, portanto, podemos preveni-las.
–Em um programa de TV afirmaram que uma criança de 2 ou 3 anos é consciente de quando sua orientação sexual é diferente de seu sexo. Qual é a sua opinião sobre isso?
Tenho visto, como terapeuta e na literatura científica, que se uma criança atua ou desenvolve um comportamento não conforme ao seu sexo, é porque um menino é muito feminino ou uma menina é muito masculina. Temos comprovado que existem três gerações anteriores a essa criança em que não existem ou são muito escassos os vínculos entre pai-filho. Nesse sentido, ocorre igual na relação com as mulheres, pois é na quarta geração que uma menina atua de maneira masculina. Em definitivo, não nasceram gays, lésbicas ou transexuais.
São João afirma que quando os discípulos perguntaram a Jesus quem era culpado pela ausência de visão do cego, se o próprio cego ou seus pais, Jesus respondeu que nenhum dos dois, porque a obra e a misericórdia de Deus iam se manifestar através de sua enfermidade.
Portanto, essas crianças que atuam em desacordo com sua sexualidade podem ser a oportunidade para restaurar os vínculos de todas as suas famílias. Porque quando um menino pequeno gosta de brincar com Barbies, o pai deve se unir ao mundo do menino e lhe perguntar o que ele gosta nas Barbies. O menino lhe dirá que gosta dos cabelos ruivos, do vestido rosa… e o pai o apoiará nesses comentários, de modo a se unir ao mundo emocional do menino, que se sentirá acolhido e amado por seu pai tal como ele é. Nesse momento, o pai então levará o menino ao mundo da masculinidade e juntos eles irão brincar com esportes e brincadeiras masculinas.
Os pais que participam do mundo feminino de seus filhos, e as mães que participam do mundo masculino de suas filhas, com o tempo, comprovam que todas essas crianças regressam naturalmente à orientação sexual conforme ao seu sexo. Desta forma, estão restaurando uma maldição entre gerações de ao menos três gerações, nas quais quase não havia vínculo entre pai e filho e entre mãe e filha (nesse sentido, George Rekers publicou diferentes estudos). Portanto, não é verdade que um filho nasça gay ou uma filha nasça lésbica.
–O senhor declarou que foi homossexual. Vivia um mal-estar ao manter esse tipo de relações?
Eu vivi uma vida homossexual durante muitos anos. Tive vários namorados e com um deles vivi três anos. Depois de ser educado como judeu, este último era católico e amava Jesus. Através dele, acabei conhecendo e amando Jesus e compreendi que o Senhor age de maneiras misteriosas. Em determinado momento, lemos na Bíblia que Deus não aprova o comportamento homossexual. Eu fiquei muito chateado com isso, porque não queria parar. Mais tarde, nós decidimos não ter relações sexuais. Eu me converti ao catolicismo e pedi a Deus que tirasse meus sentimentos homossexuais. Fui durante nove anos celibatário, depois conheci a minha mulher e nos casamos, mas aquilo foi um inferno, porque eu não tinha resolvido a minha atração por pessoas do mesmo sexo, simplesmente havia reprimido.
–Como abandonou definitivamente a sua prática homossexual?
Busquei livros, cursos, seminários, terapeutas, padres… tudo que me ajudasse, mas ninguém entendia o problema em sua complexidade. Isso foi há 31 anos. Foi muito doloroso e demorado entender por que eu tinha atração pelo mesmo sexo. Entendi também que durante aqueles anos eu rezava errado, pois pedia ao Senhor: “tira de mim os sentimentos homossexuais!” Ele poderia fazer isso, mas não fez. A oração que eu deveria ter rezado era outra: “Senhor, ensina-me o significado de meus sentimentos homossexuais, porque eu os tenho”.
Ocorreu que o Espírito Santo me revelou uma por uma as razões pelas quais eu tinha atração por pessoas do mesmo sexo. Assim, comecei na terapia a tocar nesses pontos e recebi a aprovação e o afeto de homens heterossexuais. De forma natural, meus impulsos homossexuais desapareceram. Pedi que Deus me inspirasse o que queria de mim e discerni que me solicitava que retornasse à universidade, cursasse Psicologia, e passasse a ajudar outros que tivessem uma atração não desejada pelo mesmo sexo e apoiasse as suas famílias. Isso faz 27 anos. Assim, nos últimos anos, como terapeuta, ajudei milhares de pessoas que tinham uma atração não desejada pelo seu mesmo gênero a se converterem em heterossexuais.
–O senhor sofre perseguição de grupos homossexuais?
O movimento homossexual é como um edifício fixado em dois pilares. Em um dizem: “nós nascemos homossexuais”; e no outro dizem: “portanto, não podemos mudar”. E então apareço eu, ex-homossexual, casado, com três filhos, que atuo como terapeuta há 25 anos – nos quais ajudei muita gente – e afirmo que, cientificamente, não se pode demonstrar que uma pessoa nasça homossexual. Portanto, a mudança é possível, e assim eu destruo o edifício deles. E eles me odeiam.
–Explique brevemente em que consiste a sua terapia.
Há três passos para resolver a atração não desejada pelo mesmo sexo. O primeiro é revelar, identificar e compreender as raízes profundas dessa tendência. O segundo, resolver, sanar, abraçar cada uma dessas causas. A terceira é que homens homossexuais têm que ser curados por heterossexuais. Isto é, sentir-se queridos, que os aceitem como são; e igualmente no caso das mulheres homossexuais, que devem perceber que as apreciam incondicionalmente. Quando se realiza esse percurso, os sentimentos homossexuais vão diminuindo e os heterossexuais vão aparecendo.
A atração pelo mesmo sexo é o resultado de questões familiares, do entorno e do temperamento. Ninguém decide ter atração pelo mesmo sexo: são resultado de feridas e da necessidade de ser amado. As pessoas têm de ter esperança, para passar da atração pelo mesmo sexo a se converterem em heterossexuais, porque a mudança é possível. Esta é a liberdade de decisão: continuar por esse caminho ou explorar o caminho da possibilidade de mudança. Depende de cada um.