terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dom Stanislaw Rylko saúda Jonas Abib



Fonte: Dicionário da Fé

Embaixador assegura que seu filho se salvou por intercessão de São Padre Pio

Embaixador assegura que seu filho se salvou por intercessão de São Padre Pio

23.09.2011 - Fernando Sánchez Campos, Embaixador da Costa Rica ante a Santa Sé, assegurou que São Pio de Pieltrecina, cuja festa a Igreja Católica celebra hoje, ajudou a salvar seu filho da morte quando os médicos lhe davam poucos dias de vida.

Em uma entrevista concedida em Roma, o Embaixador Campos explicou ao grupo ACI que o Padre Pio intercedeu ante Deus para que seu bebê Fernando Felipe fosse curado. "Estou muito seguro que foi um milagre por intercessão do Padre Pio", afirma o diplomata.

Em 2007, a esposa do diplomata, Milagro, apresentou complicações em sua gravidez e o coração de seu filho pulsava muito rápido. Os esposos se dirigiram à paróquia mais próxima, onde o Padre Gabriel Corrales –na presença de uma imagem de São Pio de Pieltrecina– abençoou o ventre da grávida.

Fernando Felipe nasceu com uma enfermidade subitamente mortal em adultos e com escassa esperança de vida em recém-nascidos, caracterizada por taquicardias muito severas. O menino não melhorava e recebeu até cinco choques elétricos, um tratamento pré-natal e remédios depois do parto. "Foram-se esgotando os métodos de cura e o menino não respondia".

Fernando Felipe foi internado na unidade de cuidados intensivos e na noite de 23 de setembro, coincidindo com a festa de São Pio de Pieltrecina, recebeu a visita do Padre Corrales, quem levou uma relíquia do Padre Pio, que eram umas gazes ensangüentadas por seus estigmas.

O embaixador se uniu em oração ao sacerdote, quem –sem sabê-lo– superou todos os controles de segurança do hospital sem receber oposição alguma. "Não entendo como entrou à meia-noite no hospital, e tampouco sei como entrou em cuidados intensivos, é preciso uma permissão especial, e entendo ainda menos como ele chegou até os recém-nascidos", explicou.

Pouco depois o menino se estabilizou para surpresa dos médicos.

Campos afirma que "imediatamente minutos depois da oração, o registro dos batimentos do coração dava resultados absolutamente normais. E além disso, o mais incrível, é que tinha que estar em tratamento por seis meses, e este se suspendeu porque não era necessário, ele ficou absolutamente sem seqüela alguma".

Ao saber da história, o Santo Padre quis conhecer menino do milagre. Durante o encontro, Fernando Felipe não se separou da batina do Pontífice, "subiu ao trono do Papa quem riu muito com ele. E o mais lindo é que ao final, quando saímos todos, o menino voltou para o lugar do Papa e se despediu dele", explica Campos.

Atualmente Fernando Felipe tem 3 anos, e uma irmãzinha que em homenagem à cura se chama María Pia.

Fonte: ACI

Retirado de Dicionário da Fé

Oração ou Trabalho ?

Oração ou Trabalho ?
Os textos conciliares do Vaticano II falam com insistência da importância da oração, especialmente da oração litúrgica, na vida dos presbíteros e dos Bispos. Mas gosto de lembrar sobretudo o texto de Atos 6,4, no qual Pedro, na primeira repartição dos ministérios feita na Igreja, reserva a si e aos outros apóstolos a oração e o anúncio da Palavra:
Nós, ao contrário, nos dedicaremos à oração e ao ministério da Palavra. Pedro, ou melhor, o Espírito Santo por sua boca, naquela ocasião afirmou um princípio fundamental para a Igreja: que um pastor pode delegar quase tudo a outros na sua vida, mas não pode delegar a oração!
Esta passagem dos Atos, relativa à instituição dos diáconos, lembra sob muitos aspectos o texto do Êxodo em que se fala da instituição de juízes. Pedro repete na Igreja o que Moisés havia feito no povo de Israel (cf. Ex 18,13-24).
Aceitando o conselho de Jetro, Moisés escolhe para si, entre todas as funções possíveis, aquela de "estar diante de Deus em nome do povo e apresentar as questões a Deus". Isto não impede que Moisés exerça uma atividade legislativa e que continue a ser o verdadeiro guia do povo; apenas estabelece uma prioridade.
A propósito de "apresentar as questões a Deus", ouvi esta história do Papa João XXIII. Ele mesmo contava que, nos primeiros dias de pontificado, acordava bruscamente de noite com muitos problemas na cabeça, um mais angustiante do que o outro, e dizia a si mesmo: "É absolutamente necessário que eu diga isto ao Papa!" Mas depois, de repente, lembrava-se de que o Papa agora era ele mesmo, e então dizia: "Bem, então falarei disto com Deus!", e voltava a dormir.
A decisão tomada por Moisés provinha de uma experiência recente do povo eleito. Este havia superado há pouco uma ameaça de destruição proveniente dos amalecitas. Num momento de vida ou morte para todo o povo e em que cada qual se empenhava ao máximo para rechaçar o ataque de Amalec, onde estava Moisés, seu chefe? No monte, com os braços levantados em oração! Os outros lutavam com Amalec e ele lutava com Deus. Mas foi ele quem decidiu a vitória do povo (cf. Ex 17,8-16).
Amalec - explica Orígenes - é aqui o símbolo das forças hostis que se opõem ao caminho do povo de Deus: Amalec é o demônio, é o mundo, o pecado. Quando este povo - e especialmente os seus pastores - reza, é mais forte e rechaça Amalec; quando não reza (quando Moisés, cansado, deixa cair os braços), Amalec é mais forte.
São Bernardo, no De consideratione, escrito a convite do Papa Eugênio III, aplica esta lição à vida do pastor da Igreja. A certa altura, pede licença para desempenhar o papel de Jetro, sogro de Moisés, e diz coisas que com toda simplicidade me permito lembrar, sabendo que elas julgam, antes de mais nada, a mim que as estou dizendo. Diz assim:
"Não confies muito no grau de oração que agora possuis: ele pode deteriorar-se. Temo que no meio das tuas ocupações que são muitas, não tendo esperança alguma de que tenham um fim, tua alma se torne árida. Por isto é mais prudente que te subtraias a tais ocupações em tempo, em vez de ser arrastado por elas, aos poucos, para onde não queres ir, isto é, para a dureza do coração. Eis para onde poderiam levar-te estas malditas ocupações, se te entregares totalmente a elas, sem deixar nada para ti. Visto que todos te têm à disposição, sê também tu um dos que dispõem de ti. Recorda-te, pois, não digo sempre, não digo com freqüência, mas ao menos de vez em quando, de restituir-te a ti mesmo. Usa também tu de ti mesmo, como tantos outros, ou pelo menos depois dos outros".
Quando fala de "malditas ocupações", São Bernardo está investindo contra todos aqueles compromissos, particularmente numerosos no seu tempo, que obrigavam um pastor da Igreja, e especialmente o Papa, a servir de árbitro de pequenos litígios de Estado ou de família, a dirimir questões entre eclesiásticos, freqüentemente determinadas apenas por ambição e interesse: a ser, em resumo, uma espécie de juiz em sessão permanente, como era Moisés antes de ouvir o conselho de Jetro. O Santo lembra com força a palavra de Jesus: Ó homem, quem me constituiu juiz sobre vós? (Lc 12,14), como também a de Paulo: Ninguém que milite no serviço de Deus se ocupa dos negócios da vida civil (2Tm 2,4). E conclui dizendo:
"A razão demonstra de maneira invencível que, se estivesse em nosso poder fazer o que é conveniente, seria necessário preferir em tudo e por tudo, seria necessário praticar ou exclusivamente ou antes de tudo, aquela virtude que serve a tudo, isto é, a piedade (cf. 1Tm 4,8)" (De consideratione, I, 2-6).
A esta altura, o nosso pensamento é invadido espontaneamente por uma visão: uma visão que é nostálgica, porque evoca o que existia nos inícios da Igreja, mas que eu gostaria que fosse profética, antecipando o que será novo, dentro em breve e de maneira generalizada, na Igreja. A "visão" é a de casas de Bispos que se apresentam, antes de mais nada, como "casas de oração" (e não de administração de negócios, ainda que estes fossem negócios eclesiásticos); visão de paróquias, cuja igreja pode dizer-se realmente "casa de oração para todo o povo" (cf. Mt 11,17) e que, como tal, não esteja aberta, como todos os edifícios públicos, somente nas "horas de trabalho" (nas quais o povo, em geral, não pode ir à igreja!) mas também em outras horas, também à noite. Vi pessoalmente como pode ser uma atração poderosa para o povo que de noite enche os centros das cidades, ver uma igreja aberta e iluminada, com pessoas que dentro dela rezam e cantam ao Senhor. Numa destas ocasiões, uma pessoa nos confiou que naquela noite havia saído de casa para suicidar-se, mas passando por ali havia ouvido cânticos; entrou e reencontrou a esperança olhando para o rosto das pessoas que ali estavam reunidas.
Portanto, rezar. Mas não basta; Jesus nos ensinou que se pode fazer da oração a própria urdidura, ou o pano de fundo contínuo do próprio dia-a-dia. Devemos tender a isso, pois é possível. "Rezar incessantemente (cf. Lc 18,1; 1Ts 5,17) - escreve Agostinho - não significa estar continuamente de joelhos ou com os braços levantados. Existe outra oração, aquela interior, e é o teu desejo. Se o teu desejo for contínuo, será contínua também a tua oração. Quem deseja a Deus e o seu repouso, mesmo que cale com a língua, canta e ora com o coração. Quem não 'deseja', pode gritar quanto quiser, mas para Deus será como um mudo" (Enarr. Ps 37,14; 86,1).
Devemos descobrir e cultivar esta oração de desejo, ou "de coração". "Desejo" significa aqui uma coisa muito profunda: é tensão habitual a Deus, é desejo de todo o ser, é saudade de Deus. Agora a oração se torna para nós como um rio temporário que, às vezes, encontrando certo tipo de terreno, desaparece no subsolo (desaparece quando a atividade que estamos desenvolvendo nos absorve mais), mas que, apenas reencontrado o terreno apropriado, volta à superfície e corre à luz do sol (isto é, torna-se oração acolhedora e explícita).
No início talvez sejam mais raros os momentos em que aflora na superfície, mas depois, aos poucos, aumentando em nós o espírito de oração, esta oração "subterrânea" vem à tona com freqüência sempre maior, até invadir todos os espaços disponíveis do dia, até tornar-se, como em Jesus, o pano de fundo de tudo. Como uma espécie de "inconsciente espiritual" que age também sem o nosso conhecimento (sem que a nossa mente se dê conta). Também de noite. Quantas almas experimentaram a verdade daquela frase do Cântico dos Cânticos que diz: Durmo, mas meu coração vela! (Ct 5,2); acordando de noite, davam-se conta, com espanto, de que seu coração estava orando. Quantas almas experimentaram também a verdade da palavra do salmista que diz: Quando te recordo no meu leito, passo vigílias meditando em ti; pois foste um socorro para mim, e, à sombra de tuas asas, eu grito de alegria (Sl 63,7-8).
A oração contínua, ou de desejo, não deve fazer-nos negligenciar a necessidade vital que temos de um tempo específico e exclusivo para rezar, possivelmente em lugar solitário, como fazia Jesus. Ele nos disse: Quando orares, entra em teu quarto, e, fechando a porta, ora a teu Pai no segredo (Mt 6,6). Há casos em que é preciso tomar ao pé da letra este conselho de Jesus, porque o próprio quarto - depois de fechada a porta e desligado o telefone - tornou-se para muitos, não só leigos, mas também religiosos, o último refúgio de oração neste mundo, em que podemos orar sem ser perturbados. Sem este tempo exclusivo de oração, é uma ilusão aspirar à oração "incessante", ou do coração.
Quando chega este momento estabelecido para colocar-nos em oração, é preciso interromper decididamente as ocupações e os pensamentos de antes; fazer como Jacó, que durante a noite lutou com Deus, atravessou descalço a torrente, deixando na outra margem todas as pessoas que lhe eram caras e todas as coisas (cf. Gn 32,23ss). É preciso entrar no próprio castelo interior, levantando as pontes levadiças. Para usar as palavras de um escritor espiritual da Idade Média, "é preciso que coloques uma nuvem de esquecimento entre ti e todas as criaturas", para estar em condições de entrar "na nuvem do não-conhecimento" que está sobre ti, entre ti e o teu Deus, isto é, para entrar na contemplação (cf. Anônimo. Nuvem do não conhecimento. 5, Milano: Áncora, 1981, 138s).
É difícil, mas devemos esforçar-nos por fazê-lo, do contrário toda a oração ficará enfraquecida e dificilmente conseguirá elevar-se. É aconselhável dedicar os primeiros momentos deste tempo de oração a purificar o próprio espírito, confessando as próprias culpas e implorando o perdão de Deus, visto que "nada de contaminado" pode unir-se a Deus (cf. Sb 7,25).
Fonte: O ESPÍRITO MOVE A IGREJA A REZAR
Frei Raniero Cantalamessa, OFM

Retirado de Dicionário da Fé

Glória Polo

Exame de Consciência

Exame de Consciência
DIVINA INSTITUIÇÃO DO SANTO SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes: “A paz esteja convosco! "Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois de ter proferido estas palavras, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo! Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles que os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (Jo 20,19b-23) Palavras da Sagrada Escritura
O Senhor falou a Moisés, dizendo: “Se uma alma pecar e o souber depois, confessará aquilo em que pecou; e o sacerdote orará por ela e pelo seu pecado”. (Lev. 5). - O que encobre as suas iniqüidades, não prosperará; mas o que “as confessa e a elas renuncia, alcançará misericórdia”. (Prov. 28,13). Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o principio. Eis porque o Filho de Deus se manifestou para destruir as obras do demônio.“(1Jo 3,8), “ ...quando o Paráclito(Espírito Santo) vier, convencerá o mundo a respeitado pecado, da justiça e do juízo.” (Jo 16,8) “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para no-lo perdoar e para nos purificar de toda a iniqüidade” (1 Jo 1,9).
Doutrina da Santa Igreja Católica
A penitência é próprio e verdadeiro Sacramento, instituído por Cristo, N. Senhor, para reconciliar os fiéis com o mesmo Deus, todas as vezes que, depois do Batismo, caírem em pecado. No Sacramento da Penitência (Confissão) é necessário, “por direito divino”, confessar todos os pecados mortais de que houver lembrança, feito o devido e cuidadoso exame, ainda mesmo os ocultos, e as circunstâncias que mudam a espécie do pecado. (Concílio de Trento, Sessão XIV). Exame de Consciência - Perguntas preliminares. Quando fiz a minha última confissão?
Teria sido válida?
Uma confissão não tem valor:
1. quando se omite um pecado mortal por grave negligência no exame de consciência; 2. quando a confissão se faz sem arrependimento e sem propósito sincero de emenda; 3. quando se oculta de propósito um pecado mortal, conhecido por tal, ou quando se omite de propósito o número dos pecados mortais ou uma circunstância necessária; 4. quando já antes da absolvição se tem vontade de não cumprir a penitência. Cumpriste fielmente a penitência imposta na última confissão?
Quais são os pecados que, desde a última confissão bem feita, tiveste a infelicidade de cometer por pensamentos, palavras e obras?
Para mais facilmente recordá-los, lê, atentamente e sempre refletindo, o seguinte resumo dos pecados mais comuns, e se possível escreves.
Contra os mandamentos da lei de Deus
1º. Mandamento: AMARÁS AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODAS AS TUAS FORÇAS
Duvidei da existência de Deus?
Acreditei apenas num ser supremo?
Acreditei firmemente em tudo que Deus revelou ou duvidei voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica?
Reneguei ou abandonei a minha fé?
Pensei ou afirmei que to­das as religiões são boas?
Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas, ou jornais contrários a Deus e a santa religião, e aos bons costumes?
Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos?
Zombei da religião ou de seus ministros?
Zombei das coisas santas?
Desconfiei da misericórdia de Deus?
Queixei-me de sua providência nas doenças, na pobreza e nos sofrimentos?
Revoltei-me contra Deus?
Freqüentei reuniões, cultos, ou organizações contrárias à mi­nha fé, como espiritismo, umbanda, quimbanda, jorei, saravá, batuque, associações ocultas, curandeirismo, seicho-no-yê, cartomantes, magia, feiticeiros, benzedeiras, adivinhos?
Estou levando comigo, ou já levei orações supersticiosas?
Agouros?
Amuletos?
Figuinhas?
Lidei com despachos?
Acreditei em horóscopo?
Usei o horóscopo?
Fiz curso de controle mental ou desenvolvimento mental e emocional ou meditação transcendental?
Talvez não tenha participado diretamente nestas reuniões, cultos ou organizações contrárias a minha fé, mas deles participaram meus pais, parentes ou outros e me com­prometeram indiretamente?
Talvez tenha ido por estudo ou curiosidade (contudo) (você ficou comprometido)?
Coloquei as coisas do mundo, tais como riqueza, prazer, poder, fama, os meus conhecimentos acima de Deus?
Adorei a Satanás?
Invoquei a Satanás?
Evoquei os espíritos dos mortos?
Acreditei na reencarnação?
Desesperei ou fui presunçoso esperando a salvação sem deixar o pecado?
Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde?
Amei a Deus e cumpri bem sua santa vontade?
Deixei de rezar por muito tempo?
Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?
2º. Mandamento: NÃO PRONUNCIARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO
Profanei o Santíssimo Sacramento, pessoas, lugares, imagens, coisas, consagrados a Deus?
Blasfemei contra Deus?
Contra sua mãe, Maria Santíssima?
Contra os Santos?
Contra a Igreja e seus ministros?
Roguei praga contra Deus?
Ofendi a Deus com palavras?
Jurei o seu santo nome sem necessidade?
Jurei falso?
Pronunciei levianamente o nome de Deus?
Pronunciei o nome de Deus dizendo palavras irreverentes?
Deixei de cumprir uma promessa?
3º. Mandamento: GUARDARÁS O DOMINGO E DIAS SANTOS DE PRECEITO.
Participei de missa inteira aos domingos e dias santos?
Cheguei tarde por própria culpa?
Fui irreverente na igreja, rindo­-me, conversando inutilmente?
Tenho trabalhado ou obrigado a outros a trabalhar aos domingos e dias santos?
Aproveitei estes dias para rezar mais e passar mais tempo com a família?
4º. Mandamento: HONRARÁS PAI E MÃE
Para os filhos:
Desrespeitei os pais ou superiores falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal?
Murmurei contra eles?
Entristeci­os gravemente?
Recusei-lhes a obediência?
Obedeci de má vontade?
Descuidei-me dos pais na velhice, na pobreza ou na doença (sustento, últimos sacramentos, remédios)?
Desejei­lhes mal?
Deixei de rezar por eles?
Para os pais:
Deixei de preparar meus filhos para a primeira comunhão?
Descuidei-me da educação física, intelectual, e principalmente da educação religiosa dos meus filhos?
Não os mandei à missa nos domingos, ao catecismo?
Controlei suas leituras, seus dIvertimentos?
Dei-lhes mau exemplo?
Deixei de corrigi-los ou castiguei-os com ira?
5º. Mandamento: NÃO MATARÁS.
Tive ódio do próximo?
Desejei-lhe mal?
Desejei-lhe a morte?
Conservei alguma inimizade?
Fui moderado no comer e beber?
Embriaguei-me?
Usei tóxico?
Expus-me ao perigo sem necessidade?
Tentei suicídio?
Injuriei os outros?
Deixei de ajudar o próximo em suas necessidades espirituais e materiais?
Briguei?
Alimentei pensamentos ou desejos de vingança?
Seduzi outra pessoa ao pecado ou dei escândalo?
Roguei pragas?
Denunciei alguém injustamente para tirar proveito?
Pus em perigo a vida corporal e espiritual de outros?
Com palavras?
Omissões?
Atitudes exageradas?
Temeridade na direção do carro?
Disse palavras injuriosas para com o meu próximo?
Espanquei?
Feri?
Matei alguém?
Mandei ou aconselhei a matar?
Aconselhei ou provoquei o aborto?
Fiquei triste com o bem do próximo?
Dei mau exemplo?
Maltratei os animais sem necessidade?
Não tive caridade para com os pobres, doentes e necessitados?
6º. e 9º. Mandamentos: NÃO PECARÁS CONTRA A CASTIDADE. NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO PRÓXIMO.
Consenti em pensamentos desonestos e em maus desejos?
Olhei indiscreta e maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas?
Tive conversas imorais?
Cantei músicas imorais?
Li e olhei livros e revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais?
Pratiquei atos indecentes comigo mesmo, com outra pessoa, do mesmo sexo ou do outro sexo, com animais?
Faltei com o pudor ou com a modéstia em meus trajes?
Tive liberdade no namoro?
Defendi a promiscuidade e relações pré-matrimoniais?
Defendi o Divórcio?
O aborto?
Rezo pedindo a Deus a força de ser casto?
Para os casados:
Procurei satisfação carnal fora do matrimônio?
(adultério ou pecado solitário (masturbação)). Desejei o adultério?
Abusei do matrimônio evitando ter filhos por meios não aprovados pela Igreja?
Aconselhei meios para este fim?
Nota:
Acusa-te com sinceridade e confiança de tudo quanto neste ponto agrava a tua consciência, dizendo também, quanto possível, o número dos pecados. A menor falta voluntária contra a virtude da castidade e pureza do coração pode facilmente ser a fonte de uma torrente de pecados e crimes vergonhosos que arrastam a alma para a desgraça eterna. “Bem sabeis”, diz o Apóstolo São Paulo, ‘que nenhum impuro tem herança no reino de Deus”, (Ef. 5,5) Diga, embora, o mundo o que quiser, verdade é que os pecados da impureza levam às portas do inferno, e às vezes muito cedo e muito depressa. Procura purificar cada vez mais a tua alma de toda a mancha, por meio de uma humilde acusação no santo Sacramento da Penitência. Não sabendo se alguma coisa é ou não pecaminosa, pergunta ao confessor que te responderá em nome de Deus. Tem para sempre, um grande amor á virtude preciosa da santa pureza, lembrando-te, constantemente, das sublimes palavras de Jesus:
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. (Mt. 5,8).
7º. e 10º. Mandamentos: NÃO FURTARAS. NÃO COBIÇARAS AS COISAS ALHEIAS.
Tive vontade de roubar alguma coisa?
Furtei?
Roubei?
Aceitei objetos furtados?
Guardei-os?
Furtei dinheiro dos meus pais?
Cobicei as coisas alheias?
Não restituí ao dono um objeto achado ou emprestado?
Planejei algum furto?
Causei algum prejuízo de propósito ou por negligência?
Deixei de pagar as dividas?
Cobrei juros excessivos?
Não paguei ao operário o salário jus­to?
Enganei o próximo. usando de peso ou medida faIsos. Enganando nas mercadorias ou encomendas?
Abusei da alta dos preços?
Apelei injustamente para a justiça trabalhista para obter indenizações indevidas?
Desperdicei tempo no trabalho?
Retive coisas que deveria ter dado ao próximo?
Desperdicei o dinheiro em jogo?
8º. Mandamento: NÃO LEVANTARAS FALSO TESTEMUNHO
Menti?
Falei mal dos outros?
Difamei?
Caluniei?
Fiz juízos falsos e temerários?
Semeei discórdia, inimizades na família?
Provoquei inimizades políticas?
Exagerei as faltas dos outros?
Dei falso testemunho contra o próximo?
Gosto de ouvir falar mal do próximo?
Sou critiqueiro, fofoqueiro, mexeriqueiro?
Reparei o mal que fiz com calunias e mexericos?
Violei segredos?
Abri cartas alheias?
Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar os outros?
CONTRA OS MANDAMENTOS DA IGREJA
Ouvi missa nos domingos e festas de guarda?
Confessei-me pelo menos uma vez ao ano?
Comunguei pelo menos uma vez pela Páscoa da ressurreição?
Jejuei e abstive de carne quando manda a Santa Mãe Igreja (Quarta-feira de Cinza e Sexta-feira Santa)?
Pago o dízimo segundo costume?
Nota: Deves acusar-te só dos pecados que cometeste. Tendo cometido algum pecado que, talvez, não se ache neste resumo, não deixes de declara-lo ao confessor.
Aviso importante sobre o efeito da Contrição
Tendo, pois, por tentação caído em algum pecado mortal, deves recorrer, quanto antes, ao Sacramento da Penitência. Não podendo, porém, na mesma hora encontrar um Sacerdote que te perdoe por ordem de Jesus Cristo, nem por isso Deus quer que te percas. Neste caso, reza com toda a devoção e com toda a dor de tua alma um ato de contrição, arrependendo-te de ter sido tão ingrato ao teu Pai que está no céu, e ao teu Salva­dor que por amor de ti morreu na cruz. Faz então o firme propósito de não ofender mais a Deus com nenhum pecado mortal, e de confessar sinceramente as tuas culpas a um seu ministro, quando te for possível. Morrendo assim antes da Confissão, serás salvo pela graça de Deus que recuperaste pelo arrependimento perfeito e pelo sincero desejo de te confessar. “Um coração contrito e humilhado Deus não o desprezará.” (SI. 50)
Mas quatro coisas são indispensáveis:
1. O arrependimento perfeito por amor de Deus;
2. O firme propósito de não cometer mais nenhum pecado mortal;
3. A sincera vontade de confessar a culpa a um sacerdote, se em qualquer tempo for possível.
4. Como,rezamos no Pai Nosso, os nossos pecados só serão perdoados se dermos o nosso perdão.
Ato de Contrição:
Meu Deus, eu me arrependo de todo o meu coração de Vos ter ofendido e procuro nunca mais tornar a pecar. Meu Jesus, perdão e misericórdia.
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Fonte: Dicionário da Fé

Aparições de Fátima

Aparições de Fátima

Cova da Iria no dia 13 de Outubro de 1917 -
O jornal "O Século" publica um artigo de Avelino de Almeida, onde este descreve o que presenciou.

COISAS ESPANTOSAS: O SOL BAILOU AO MEIO DIA!
As aparições da Virgem - Em que consistiu o sinal do céu - Muitos milhares de pessoas afirmam ter-se produzido um milagre: A guerra e a paz.

Lucia, de 10 anos; Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, que na charneca de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourem, dizem ter falado com a Virgem Maria.
OUREM, 13 de Outubro

Ao saltar, após demorada viagem, pelas dezasseis horas de honrem, na estação de Chão de Maçãs, onde se apearam tambem pessoas religiosas vindas de longes terras para assistir ao "milagre", perguntei, de chofre, a um rapazote do "char-á-bancs" da carreira se já tinha visto a Senhora. Com seu sorriso sardoico e o olhar enviezado, não hesitou em responder-me:

- Eu cá só lá vi pedras, carros, automoveis, cavalgaduras e gente!

Por um facil equivoco, o trem que nos devia conduzir, a Judah Ruah e a mim, até à vila, não apareceu e decidimo-nos a calcoffiar corajosamente cêrca de duas leguas por não haver logar para nós na diligência e estarem, desde muito, afreguezadas as carriotas que aguardavam passageiros. Pelo caminho, topámos os primeiros ranchos que seguiam em direção ao local santo, distante mais de vinte kilometros bem medidos.

Homens e mulheres vão quasi todos descalços - elas com saquiteis à cabeça, sobrepujados pelas sapatorras; eles abordoando-se a grossos vara-paus e cautelosamente munidos tambem de guarda-chuva. Dir-se-hiam, em geral, alheados do que se passa à sua volta, n"um desinteresse grande da paizagem e dos outros viandantes, como que imersos em sonho, rezando n"uma triste melopeia o terço. Uma mulher rompe com a primeira parte da ave-maria, a saudação; os companheiros, em côro, continuam com a segunda parte, a suplica. N"um passo certo e cadenciado, pisam a estrada poeirenta, entre pinhaes e olivedos, para chegarem antes que se cerre a noite ao sitio da aparição, onde, sob o relento e a luz fria das estrelas, projetam dormir, guardando os primeiros Jogares junto da azinheira bemdita - para no dia de hoje verem melhor.

À entrada da vila, mulheres do povo a quem o meio já infêtou com o virus do céticismo, comentam, em tom de troça, o caso do dia:

- Então vaes vêr ámanhã a santa? - Eu, não. Se ela ainda cá viesse!

E riem-se com gosto, emquanto os devotos proseguem indiferentes a tudo o que não seja o objetivo da sua romagem. Em hourem só por uma amabilidade extrema se encontra aposentadoria. Durante a noite, reunem-se na praça da vila os mais variados veículos conduzindo crentes e curiosos sem que faltem velhas damas vestidas de escuro, vergadas já ao peso dos anos, mas faiscando-lhes nos olhos o lume ardente da fé que as animou ao ato corajoso de abandonar por um dia o inseparavel cantinho da sua casa. Ao romper d"alva, novos ranchos surgem intrépidos e atravessam, sem pararem um instante, o povoado, cujo silencio quebram com a harmonia dos canticos que vozes femininas, muito armadas, entoam n"um violento contraste com a rudeza dos tipos...

O sol nasce, mas o cariz do céu ameaça tormenta. As nuvens negras acastelam-se precisamente sobre as bandas de Fátima. Nada, todavia, detem os que por todos os caminhos e servindo-se de todos os meios de locomoção para lá confluem. Os automoveis luxuosos deslisam vertiginosamente, tocando as buzinas; os carros de bois arrastam-se com vagar a um lado da estrada; as galeras, as vitorias, os caleches fechados, as carroças nas quaes se improvisaram assentos vão ajoujados a mais não poderem. Quasi todos levam com os farneis, mais ou menos modestos, para as bocas cristãs a ração de folhelho para os irracionaes que o "poverelo" de Assis chamava nossos irmãos e que cumprem valorosamente a sua tarefa... Tilinta uma ou outra guiseira, vê-se uma carrocinha adornada de buxo; no emtanto, o ar festivo é discreto, as maneiras são compostas e a ordem absoluta... Burrinhos choutam à margem da estrada e os ciclistas, numerosissimos, fazem prodígios para não esbarrar de encontro aos carros.

Pelas dez horas, o ceu tolda-se totalmente e não tardou que entrasse a chover a bom chover. As cordas de agua, batidas por um vento agreste, fustigam os rostos, encharcando o macadame e repassando até os ossos os caminhantes desprovidos de chapeus e de quaesquer outros resguardos. Mas ninguem se impaciente ou desiste de proseguir e, se alguns se abrigam sob a copa das arvores, junto dos muros das quintas ou nas distanciadas casas que se debruçam ao longo do caminho, outros continuam a marcha com uma impressionante resistencia, notando-se algumas senhoras cujos vestidos colados aos corpos, por efeito do impeto e da pertinácia da chuva, lhes desenham as fórmas como se tivessem saído do banho!

O ponto da charneca de Fátima, onde se disse que a Virgem aparecera aos pastorinhos do logarejo de Aljustrel, é dominado n"uma enorme extensão pela estrada que corre para Leiria, e ao longo da qual se postaram os veículos que lá conduziram os peregrinos e os mirones. Mais de cem automoveis alguem contou e mais de cem bicicletas, e seria impossível contar os diversos carros que atravancaram a estrada, um d"eles o auto-omnibus de Torres Novas, dentro do qual se irmanavam pessoas de todas as condições sociaes.

Mas o grosso dos romeiros, milhares de creaturas que foram de muitas leguas ao redor e a que se juntaram fieis idos de varias províncias, alemtejanos e algarvios, minhotos e beirões, congregam-se em tomo da pequenina azinheira que, no dizer dos pastorinhos, a visão escolhera para seu pedestal e que podia considerar-se como que o centro de um amplo circulo em cujo rebordo outros espectadores e outros devotos se acomodam. Visto da estrada, o conjunto é simplesmente fantástico. Os prudentes camponios, abarracados sob os chapeus enormes, acompanham, muitos d"eles, o desbaste dos parcos farneis com o conduto espiritual dos hinos sacros e das dezenas do rosario.

Não ha quem tema enterrar os pés na argila empapada, para ter a dita de ver de perto a azinheira sobre a qual ergueram um tosco portico em que bamboleiam duas lanternas... Altenam-se os grupos que cantam os louvores da Virgem, e uma lebre, espavorida, que galga matagal em fóra, apenas desvia as atenções de meia duzia de zagaletes que a alcançam e prostram à cacetada...

E os pastorinhos? Lucia, de 10 anos, a vidente, e os seus pequenos companheiros, Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, ainda não chegaram. A sua presença assinala-se talvez meia hora antes da indicada como sendo a da aparição. Conduzem as rapariguinhas, coroadas de capelas de flôres, ao sitio em que se levanta o portico. A chuva cae incessantemente mas ninguem desespera. Carros com retardatários chegam à estrada. Grupos de freis ajoelham na lama e a Lucia pede-lhes, ordena que fechem os chapeus. Transmite-se a ordem, que é obedecida de pronto, sem a minima relutância. Ha gente, muita gente, como que em extase; gente comovida, em cujos labios secos a prece paralisou; gente pasmada, com as mãos postas e os olhos borbulhantes; gente que parece sentir, tocar o sobrenatural...

A criança afirma que a Senhora lhe falou mais uma vez, e o céu, ainda caliginoso, começa, de subito, a clarear no alto; a chuva pára e presente-se que o sol vae inundar de luz a paizagem que a manhã invernosa tomou ainda mais triste...

A hora antiga" é a que regula para esta multidão, que calculos desapaixonados de pessoas cultas e de todo o ponto alheias ás influencias misticas computam em trinta ou quarenta mil creaturas... A manifestação miraculosa, o sinal visivel anunciado está prestes a produzir-se - asseguram muitos romeiros... E assiste-se então a um espectáculo unico e inacreditavel para quem não foi testemunha d"ele. Do cimo da estrada, onde se aglomeram os carros e se conservam muitas centenas de pessoas, a quem escasseou valor para se meter à terra barrenta, vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o sol, que se mostra liberto de nuvens, no zenit. O astro lembra uma placa de prata fosca e é possivel fitar-lhe o disco sem o minimo esforço. Não queima, não cega. Dir-se-hia estar-se realisando um eclipse. Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar:

- Milagre, milagre! Maravilha, maravilha!

Aos olhos deslumbrados d"aquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos biblicos e que, palido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos fóra de todas as leis cosmicas - o sol «bailou», segundo a tipica expressão dos camponeses.. Empoleirado no estribo do auto-omnibus de Torres Novas, um ancião cuja estatura e cuja fisionomia, ao mesmo tempo doce e energica, lembram as de Paul Déroulède, recita, voltado para o sol, em voz clamorosa, de principio a fim, o Credo. Pergunte quem é e dizem-me ser o sr. João Maria Amado de Melo Ramalho da Cunha Vasconcelos.

Vejo-o depois dirigir-se aos que o rodeiam, e que se conservaram de chapeu na cabeça, suplicando-lhes, veementemente, que se descubram em face de tão extraordinária demonstração da existência de Deus. Cenas idênticas repetem-se n"outros pontos e uma senhora clama, banhada em aflitivo pranto e quasi n"uma sufocarão:

- Que lastima! Ainda ha homens que se não descobrem deante de tão estupendo milagre! E, a seguir, perguntam uns aos outros se viram e o que viram. O maior numero confessa que viu a tremura, o bailado do sol; outros, porém, declaram ter visto o rosto risonho da propria Virgem, juram que o sol girou sobre si mesmo como uma roda de fogo de artificio, que ele baixou quasi a ponto de queimar a terra com os seus raios... Ha quem diga que o viu mudar sucessivamente de côr... São perto de quinze horas.

O ceu está varrido de nuvens e o sol segue o seu curso com o esplendor habitual que ninguem se atreve a encarar de frente. E os pastorinhos? Lucia, a que fala com a Virgem, anuncia, com ademanes teatraes, ao colo de um homem, que a transporta de grupo em grupo, que a guerra terminára e que os nossos soldados iam regressar... Semelhante nova, todavia, não aumenta o jubilo de quem a escuta. O sinal celeste foi tudo. Ha uma intensa curiosidade em vêr as duas rapariguinhas com suas grinaldas de rosas, ha quem procure oscular as mãos das «santinhas», uma das quaes, a Jacinta, está mais para desmaiar do que para danças", mas aquilo por que todos anciavam - o sinal do ceu - bastou a satisfazel-os, a radical-os na sua fé de carvoeiro. Vendedores ambulantes oferecem os retratos das crianças em bilhetes postaes e outros bilhetes que representam um soldado do Corpo Expedicionario Portuguez "pensando no auxilio da sua protetora para salvação da Patria" e até uma imagem da Virgem como sendo a figura da visão...

Bom negocio foi esse e decerto mais centavos entraram na algibeira dos vendedores e no tronco das esmolas para os pastorinhos do que nas mãos estendidas e abertas dos leprosos e dos cegos que, acotevelando-se com os romeiros, atiravam aos ares seus gritos lancinantes...

O dispersar faz-se rapidamente, sem dificuldades, sem sombra de desordem, sem que fosse mister que o regulasse qualquer patrulha da guarda. Os peregrinos que mais depressa se retiram, correndo estrada fóra, são os que primeiro chegaram, a pé e descalços com os sapatos à cabeça ou dependurados nos varapaus. Vão, com a alma em lausperene, levar a boa nova aos logarejos que não se despovoaram de todo. E os padres? Alguns compareceram no local, sorridentes, enfileirando mais com os espectadores curiosos do que com os romeiros avidos de favores celestiaes. Talvez um ou outro não lograsse dissimular a satisfação que no semblante dos triunfadores tantas vezes se traduz...

Resta que os competentes digam de sua justiça sobre o macabro bailado do sol que hoje, em Fátima, fez explodir hossanas dos peitos dos fieis e deixou naturalmente impressionados - ao que me asseguraram sujeitos fidedignos os livres pensadores e outras pessoas sem preocupações de natureza religiosa que acorreram à já agora celebrada charneca.

Avelino de Almeida

Fonte: Site Montfort.
Publ.: "O Século", Lisboa (edição da manhã) 37 (l2.876)
15 Out. 1917, p. 1, cols. 6-7; p. 2, col. 1.





Fonte: Dicionário da Fé

AVE MARIA

AVE MARIA
Ave Maria, cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres,
bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora da nossa morte.
Amém.

Batismo de Crianças

Batismo de Crianças
Dom Estevão Bettencourt
Muitos desejariam adiar o Batismo para a idade madura dos candidatos, pois dos que são batizados na infância, muitos não assumem as obrigações decorrentes do sacramento. Em 1980, então, a Igreja publicou uma Instrução sobre o Batismo das Crianças. Vejamos seu conteúdo.
A Bíblia não se refere explicitamente ao Batismo de crianças, mas narra que vários personagens se fizeram batizar "com toda sua casa". A expressão "casa" designava o pai de família com todos os seus, inclusive as crianças.
No século II, aparecem os primeiros testemunhos diretos do Batismo de crianças, nenhum deles o apresenta como inovação. Santo Ireneu de Lião (+ 202) considera óbvia, entre os batizados, a presença de "crianças e pequeninos" ao lado dos jovens e adultos (Contra as Heresias II-24,4). São Cipriano de Cartago (+ 258) dispôs que se podiam batizar as crianças "já a partir do segundo ou terceiro dia após o nascimento" (Epístola 64). Esta prática foi reafirmada nos concílios de Cartago (418) e de Trento (1547).
O Catecismo da Igreja, parágrafo 1250, afirma que "a gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças."
A razão teológica da prática do Batismo de crianças é a seguinte: o sacramento não é mera matrícula nurna associação, mas é um renascer, um receber a vida nova dos filhos de Deus, que tem pleno sentido mesmo que a criança ignore o que lhe acontece; esse renascer para a vida eterna é que dá pleno sentido ao primeiro nascimento (a partir dos pais), pois torna a criança herdeira do Sumo Bem.
O fato de que as crianças ainda não podem professar a fé pessoalmente não é obstáculo, pois a Igreja batiza os pequeninos na fé da própria Igreja, isto é, professando a fé em nome dos pequeninos. Esta doutrina se acha expressa no Ritual do Batismo, quando o celebrante pede aos pais e padrinhos que professem "a fé da Igreja, na qual as crianças são batizadas".
A Igreja só não batiza as crianças, quando os pais não o querem ou quando não há garantia alguma de que o batizado será educado na fé católica. Mesmo quando os pais não vivem como bons católìcos, a Igreja julga que a criança tem o direito de ser batizada, desde que os próprios pais ou padrinhos ou a comunidade paroquial lhe ministrem a instrução religiosa. Assim, os pais católicos que não vivem o matrimônio sacramental tem o dever de mandar batizar os filhos e providenciar a sua educação religiosa.
É comum levantar-se a seguinte questão: o Batismo das crianças constitui um atentado à liberdade das mesmas; impõe-lhes obrigações religiosas que talvez não queiram aceitar em idade juvenil.
Respondemos:
1. No plano natural, os pais fazem, em lugar de seus filhos, opções ìndispensáveis ao futuro destes: o regime de alimentação, a higiene, a educação, a escola... Os pais que se omitissem a tal propósito sob o pretexto de salvaguardar a liberdade da criança, prejudicariam seriamente a prole. Ora, a regeneração batismal vem a ser o bem por excelência que os pais católicos devem proporcionar aos filhos.

2. Mesmo que a criança, chegando a adolescência, rejeite os deveres do Batismo, o mal é então menor do que a omissão do sacramento. Com efeito, o fato de alguém rejeitar a boa educação que recebeu, é dano menos grave do que a omissão de educação por parte dos pais. Além do mais, os gérmens da fé depositados na alma da criança poderão um dia reviver. Caso não seja possível batizar, a Igreja confia a criança falecida ao amor de Deus, que é Pai e fonte de misericórdia. A doutrina do limbo não constitui artigo de fé, de modo que se pode crer que Deus tem recursos invisíveis para salvar todas as crianças, mesmo as que morrem sem Batismo. Isto, porém, não exime os pais do grave dever de levar, quanto antes, os seus filhos à pia batismal, pois, se os sacramentos não obrigam a Deus, obrigam a nós, criaturas.
Autor: Dom Estevão Bettencourt
Fonte: Livro "Católicos Perguntam"
Retirado de Dicionário da Fé

Milagre de Lanciano

Milagre de Lanciano
Frades Menores Conventuais do Santuário do Milagre Eucarístico Fonte: Folheto em italiano "Il Miracolo Eucaristico di Lanciano"







A antiga cidade de Anxanum dos Frentamos conserva nos últimos doze séculos o primeiro e maior Milagre Eucarístico da Igreja Católica.









Esse Prodígio aconteceu no oitavo século de nossa era, na igrejinha de São Legonziano, por causa da dúvida de um frade basiliano sobre a presença Real de Jesus na Eucaristia.









A Hóstia-Carne, como hoje se observa muito bem, tem o tamanho da hóstia grande atualmente em uso na Igreja Latina. É ligeiramente escura e quando olhada contra a luz adquire um colorido róseo.












O Sangue está coagulado, tem cor de terra tendente ao ocre. Desde 1713 a Carne está conservada num artístico Ostensório de Prata, finamente cinzelado, estilo napolitano. O Sangue está contido numa rica e antiga ampola de cristal de rocha.






Os Frades Menores Conventuais custodiam o Milagre desde 1252, por determinação do Bispo de Chieti, Laudulfo, e por Bula Pontifícia de 12.05.1252. Antes disso, executavam essa tarefa os Monges Basilianos até 1176 e os Beneditinos de 1176 a 1252.
Em 1258 os Franciscanos construíram o Santuário atual que em 1700 sofreu uma transformação do estilo românico-gótico para o barroco.
O Milagre foi colocado inicialmente em uma capela ao lado do altar principal, passando em 1636 para um altar lateral da Nave onde ainda se conserva a antiga custódia em ferro batido e placa comemorativa.
Em 1902, o Milagre foi colocado no segundo tabernáculo do altar monumental construido no centro do presbitério pela população de Lanciano.
Aos vários reconhecimentos eclesiásticos, feitos em fins de 1574, seguem-se em 1970-1971 - e retomados em 1981 - os reconhecimentos científicos, executados pelo prof. Edoardo Luioli (livre docente em Anatomia e Istologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica), coadjuvado pelo prof. Ruggero Berteli (Universidade de Siena).
As análises, procedidas com absoluto rigor científico e documental de uma série de fotografias ao microscópio, deram estes resultados:
- A Carne é carne verdadeira. O Sangue é sangue verdadeiro.
- A Carne e o Sangue pertencem a espécie humana.
- A Carne pertence ao Coração em sua estrutura essencial.
- Na Carne estão presentes em secções, o miocárdio, o endocárdio, nervo vago e
- pela expressiva espessura do miocárdio, o ventrícolo cardíaco esquerdo.
- A Carne e o Sangue pertencem ao mesmo grupo sanguíneo AB. (*)
- No Sangue foram encontradas as proteínas normalmente existentes e nas proporções percentuais idênticas às encontradas no sangue normal fresco.
- No Sangue foram encontrados também os minerais cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
- A conservação da Carne e do Sangue miraculosos, deixados em estado natural durante doze séculos e expostos aos agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um Fenômeno Extraordinário.
Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.
E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:
Et Verbum caro factum est = E o Verbo se fez Carne!
Concluindo, pode-se dizer que a Ciência, chamada a manifestar-se, deu uma resposta segura e definitiva a respeito da autenticidade do Milagre Eucarístico de Lanciano.
(*) Mesmo tipo sangüíneo encontrado na análise do Santo Sudário de Turim.
Resumo histórico:
Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de S. Legoziano os Monges de S. Basílio e entre eles havia um que acreditava mais na sua cultura mundana do que nas coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, tinha dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue...
Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo.
Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:
Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos.
Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós.
Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!

Fonte: Dicionário da Fé

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Carta a Dom Pedro Casaldáliga

Carta a Dom Pedro Casaldáliga
Gostaria de informar que a carta que escrevi D. Pedro Casaldáliga, a respeito de seu artigo “A Verdade, Pilatos, é...”, foi exclusiva para ele; CONFIDENCIAL, e não uma Carta Aberta; tanto assim que não a coloquei no Portal da Canção Nova, nem no meu blog e nem na minha página na internet; não a divulguei nem pela Rádio e nem pela TV Canção Nova. Lamento alguém ter agido de maneira anti-ética e a ter divulgado. É sabido que uma carta Confidencial é muito diferente de uma carta aberta.
A Canção Nova não tem nada a ver com isso; e ninguém nela tem responsabilidade por isso; portanto seria injusto e desleal querer partir para acusações à CN, ou vincular esta carta ao Pe. Jonas ou outra pessoa da CN. A iniciativa foi somente minha.
Como infelizmente esta carta CONFIDENCIAL veio a público, totalmente contra a minha vontade, pela internet, sinto necessidade de esclarecer o que se segue.
D. Pedro me respondeu em duas linhas dizendo apenas que fica feliz por haver na Igreja diversidade de pensamentos. Nada mais.
Na Carta circular de D. Pedro, acima citada, considero que ele foi ofensivo com o Vaticano e a Cúria Romana; e por isso eu quis me manifestar particularmente a ele.
Em minha carta mostrei a minha total discordância com o apoio que alguns bispos sempre deram à teologia da libertação, defendida por D. Pedro em sua carta circular. Não é novidade para ninguém que a Santa Sé não concorda com esta teologia vivida especialmente na América Latina. Dois dos seus mais fortes defensores já foram corrigidos pelo Vaticano, Leonardo Boff e Jon Sobrinho. Leonardo Boff acabou de dar uma entrevista ao site www.amaivos.uol.com.br dizendo que “Roma está perdendo a luta contra a teologia da libertação”; esta entrevista deixa claro que a Igreja é contra essa teologia e a combate.
A minha intenção não foi de ofender os bispos citados, nem de denegrir as suas imagens; e muito menos de desejar-lhes o mal; apenas quis dizer que sempre discordei profundamente do caminho que tomaram, dando o apoio que sempre deram à teologia da libertação; teologia esta que sempre desagradou a Santa Sé.
Se outro entendimento foi dado às minhas palavras eu quero dizer que não foi esta a minha intenção, e desde já peço perdão se elas magoaram alguém; quis apenas debater idéias e não condenar pessoas.
O então Cardeal Ratzinger, hoje Papa, em 1984 disse que "a teologia da libertação é uma heresia singular" (“Eu vos explico o que é a Teologia da Libertação, Revista “Pergunte e Responderemos”, Ano XXV - No 276 – 1984).
Como não dar um peso enorme a essas palavras que vêm de um homem que foi o braço direito do Papa João Paulo II por 24 anos, e que agora é Papa? O que fazer, senão combate-la?
Reconheço as lutas árduas e o valor dos Bispos ligados à TL, mas lamento que tenham seguido este caminho, pelo exposto acima. Nada mais. Peço-lhes perdão se minhas palavras ultrapassaram o que eu sinceramente quis dizer. Atenciosamente,
Prof. Felipe Aquino – 15 de abril de 2007
Festa da Divina Misericórdia
Fonte: Cleofas
Data Publicação: 16/04/2007

Retirado de Dicionário da Fé

domingo, 29 de janeiro de 2012

O apóstolo da juventude

O apóstolo da juventude


Você conhece São Vicente Pallotti?

O jovem sacerdote

Caros amigos! No mês que passou pudemos contemplar com grande alegria a primeira subida de São Vicente Pallotti ao altar, no dia 16 de maio de 1818, depois de um longo período de preparação para receber o sacramento da Ordem. A partir deste momento, o jovem Vicente já faz parte do clero, e sua vida apostólica já está fortemente ativa.

A Ordenação Sacerdotal deixou o padre Vicente cheio de fervor. Alguns meses depois, em 1819, reconhecia ainda que o Espírito de Deus recebido então, lhe proporcionava graças abundantes, capazes de produzir frutos para o bem do próximo. De fato, a fecundidade de um trabalho pelo Reino de Deus só pode ser efetiva na medida em que grande é a união com o próprio Deus. E assim era com Vicente.

Duas coisas suscitam grande admiração pelo jovem padre Vicente: a incansável dedicação em ser apóstolo e servir a Deus e o vivíssimo espírito sacerdotal, curador de almas. Exortava, antes de tudo, a rezar em sentido apostólico, para a glória de Deus e a salvação das almas. Recomendava aos outros sacerdotes que rezassem pela conversão dos pecadores e também dava muito valor às orações dos religiosos e religiosas. Para Vicente, era necessário rezar muito, pois as necessidades aumentavam sempre mais.

Juntamente com a profundíssima vida de oração, Vicente vivia uma vida de caridade, pois o amor é a forma de todas as virtudes. O motivo que o impelia a trabalhar pelo bem do próximo era o mesmo que invocava para o respeito e o amor para com todos: o fato de ser cada qual imagem de Deus. A sua caridade, já nos primeiros anos de sacerdote, foi heróica, disposta a morrer pelo próximo. Declarou Vicente ao companheiro Casini: “Amo-o de tal forma em Jesus Cristo, que, para salvá-lo, estou disposto até a perder a vida, creia-me!” (OCL I, 108).

Nos primeiros anos depois da ordenação sacerdotal, formou-se em torno de Pallotti um pequeno grupo de padres e clérigos, consagrados a vários ministérios, em favor dos meninos de Santa Maria del Pianto. O senso de fraternidade e de indiscutível liderança foram importantes no desenvolvimento da personalidade de Vicente Pallotti.

Entre o padre Vicente e alguns de seus colaboradores surgiu uma Liga ou União Antidemoníaca. O jovem Pallotti queria que todos os companheiros de filiassem à Pia União da Imaculada, recebendo o respectivo escapulário, para que a luta contra o demônio se desenvolvesse sob a proteção de Maria Imaculada. Queria uma guerra sem trégua contra o maligno, suprimindo as ocasiões públicas de pecado. Estava convencido de que estátuas e representações de nus podiam ser origem de inumeráveis pecados.

Em 04 de março de 1819, quase um ano e dois meses depois de sua Ordenação, foi nomeado professor suplente de Teologia na Universidade Sapienza, encarregando-o como mediador dos estudos e debates teológicos dos alunos. Conforme analisaram seus amigos, “juntavam admiravelmente no padre Vicente duas coisas não fáceis de se encontrarem juntas na mesma pessoa: uma piedade muito grande, unida a uma ciência eminente que resultava em grande utilidade”.

Todas estas atividades: rezar a Missa, atender confissões, visitar enfermos, auxiliar os jovens de Santa Maria del Pianto e ser mediador da Academia da Sapieza, pareciam pouco diante de suas energias e de sua vontade de ajudar o próximo. Em 1819, começou a pregar a noite, à gente da praça. Foi um novo modo de levar a Palavra de Deus às pessoas. Bem depressa, o padre Vicente passará a ocupar-se de outro centro de apostolado: a direção espiritual de um oratório.

Enfim, a atividade apostólica do padre Pallotti, com os anos, foi se tornando sempre maior. Parecia que nada o contentava quando o trabalho era pelo Reino de Deus. Por isso, não cessaremos de acompanhar juntos a vida sacerdotal e o trabalho apostólico do padre Vicente. A partir do nosso próximo encontro, nos contemplaremos os sofrimentos que nosso santo encontrou em seu caminho. Até lá!

Fonte: Diálogo Vivo

O apóstolo incansável

O apóstolo incansável
Você conhece São Vicente Pallotti?


Apóstolo incansável

Caros amigos de São Vicente Pallotti! Nossa caminhada junto da vida deste grande santo será feita agora a passos largos. Não que nos falte empenho ou desejo de estudar sua vida e seus feitos a fundo, mas o fato é que Pallotti jamais descansava, fazendo com que tivesse inúmeras atividades ao mesmo tempo, por anos a fio. Por isso, não se assuste com nossos avanços cronológicos, ainda assim estaremos junto de nosso santo.

A primeira impressão que temos diante dos numerosos ministérios sagrados assumidos por Pallotti é que ele não daria conta de tudo. Seu dia, nos anos que seguiram sua ordenação sacerdotal, era intenso: pela manhã atendia no confessionário, em seguida, celebrava a Eucaristia em lugares diferentes, conforme necessário. À tarde de todos os dias úteis, exceto aos sábados, orientava as discussões na Academia da Universidade Sapienza. À noite, pregava ao ar livre e dirigia o Oratório Noturno. Nos dias santos dava assistência aos meninos do Oratório do jardim. Havia, depois, as reuniões com os colaboradores; os exercícios espirituais; além de ser diretor espiritual de diversas pessoas.

Em 1824, sua mãe, Maria Madalena, ficou gravemente enferma. Os seus sofrimentos eram agudos, mas dotada de fibra vigorosa pode lutar, por muito tempo, contra a doença. Em 1827, as dores se tornaram mais fortes, quase insuportáveis. Maria Madalena lutou até o dia 19 de julho, festa de São Vicente de Paulo, quando faleceu. Seu filho Vicente estivera todo o tempo ao seu lado.

No outono de 1827, o padre Vicente foi nomeado Diretor Espiritual do Seminário Romano, o seminário da diocese de Roma. Dedicou-se com especial carinho a este serviço, convencido que estava de que daquele Seminário dependia a santificação não só do clero romano, mas também de todo o mundo católico. Tanto trabalho e a grande austeridade que impunha em sua vida alquebraram ainda mais seu organismo, que já não era demasiado forte. Parentes e amigos rogavam-lhe que diminuísse o ritmo das atividades, mas ele respondia invariavelmente: “Iremos descansar no Céu”.

Se a sua atuação no Seminário Romano o ajudou a aprofundar a espiritualidade sacerdotal e a reavaliar o sentido do ministério, o encargo exercido alguns anos mais tarde, em 1833, no Colégio Urbano da Propagação da Fé ampliou-lhe os horizontes e abriu-o às realidades missionárias da Igreja.

Com o passar dos anos, o ministério da Reconciliação tornou-se para o Pe. Vicente a ocupação principal. O padre Rafael Melia, um de seus colaboradores, declarou: “o principal ministério a que se dedicou o Servo de Deus foi o de confessar, da manhã até a alta noite”. Pouco a pouco o número de penitentes foi se ampliando. Nos anos trinta e quarenta, a cada quinze dias, confessava-se com ele o Cardeal Luigi Lambruschini, bem como o Papa Pio IX.

Na época em que, em torno do Padre Vicente, diminuía a família natural, crescia uma progênie espiritual, gerada e alimentada pelo ministério, pela pregação e pelo confessionário. Não nos referimos somente aos colaboradores, mas a um grande número de homens e mulheres que o reconheciam pai e mestre. O padre Vicente Pallotti teve, de três maneiras diversas, o dom da paternidade espiritual e do ensino. Foi, antes de tudo, pai e mestre.

Assim já vamos percebendo o dom que Vicente tinha de atrair as pessoas para Deus. Os homens que estão próximos de Deus, e que buscam sempre a santidade, não necessitam de muitos gestos, mas seu próprio testemunho fala aos corações. É impossível acompanharmos o padre Vicente sem nos sentirmos tocados e impelidos a fazer como ele fez.

Assim, continuamos nosso itinerário imerso na vida de nosso grande santo. No próximo número veremos suas características espirituais, bem como os primeiros movimentos do nascimento da União do Apostolado Católico. Mas, enquanto isso, procuremos sempre mais sermos discípulos missionários incansáveis, para a infinita glória de Deus e para a salvação das almas, a exemplo de São Vicente Pallotti. Até a próxima!

Fonte: Diálogo Vivo

Reflexão

Reflexão


"Portanto, ou bem será a legitimação cristã – única possível – da vida e do sofrimento, do Homem e do próprio Deus, ou bem a revolta metafísica, a destruição absoluta no demoníaco, a queda cega no abismo, onde o não-ser, em um sofrimento assustador, tenta engendrar o ser e devora as malformadas sombras geradas e paridas por ele mesmo. Pois a alma humana, no momento em que perde a esperança em Deus, tende inevitavelmente ao caos [...]."

Ivanov Viatcheslav, Dostoievski, tragédie, mythe, religion. p. 57.

Fonte: Diálogo Vivo

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bote Fé Recife: Salve, ó Cruz! Vinde, Vigário de Cristo! #JMJ2013EuApoio

Bote Fé Recife: Salve, ó Cruz! Vinde, Vigário de Cristo! #JMJ2013EuApoio


E, em plena segunda-feira, o Ícone de Nossa Senhora e a Cruz da Jornada Mundial da Juventude chegaram a Recife. Em plena segunda-feira, após o trabalho, mandei-me para o Marco Zero; não pude ver a chegada da Cruz e nem a Missa (que foram de tarde), nem a procissão dos símbolos da JMJ saindo da igreja do Nóbrega até a Madre de Deus (idem). Cheguei somente a tempo de ver os shows na grande praça. As pessoas estavam lá, pelo que eu entendi, desde as três horas da tarde; no entanto, estavam ainda cheias de energia. Eram onze horas da noite e era uma segunda-feira: a juventude do Papa, não obstante, estava lá, e estava firme, e estava forte.

Sim, eu sei, não é um evento de aprofundamento catequético e nem de exercícios inacianos de espiritualidade. Eu sei, não tem nada a ver com isso, porque o objetivo aqui é outro totalmente diferente: é mostrar número e força, é um evento (não exclusivamente, mas com um indiscutível aspecto) midiático para servir de eloqüente resposta pública aos que advogam pelo fim da religião ou pela sua perda de influência entre as gerações mais jovens. Contra os argumentos falam os fatos: eu fui ontem ao Marco Zero, e os jovens se fizeram – e muito – presentes. Apesar de ser segunda-feira à noite.

Vinham em grupos dos mais diversos lugares: muitos ostentavam as camisas das suas paróquias, grupos de orações ou pastorais. Outros – muitos outros – envergavam a camisa do “Bote Fé Recife”, com o lema da pré-jornada estampado em um estandarte colorido como sói serem os de nosso carnaval. Não eram pessoas que “caíram ali” do nada: eram jovens que, sem a menor sombra de dúvidas, saíram de suas casas para participar de um evento católico no centro da cidade. Não eram santos e não eram perfeitos, mas e daí? Eu tampouco o sou. Foram chamados e lá estiveram, e fizeram bonito; missão dada, missão cumprida.

Palco do Bote Fé Recife, com a Cruz da Jornada e o Ícone de Nossa Senhora

No fim da noite, o show da banda Anjos de Resgate. Muitos poderão questionar acidamente o estilo musical deles e dizer que isto não é catolicismo nem conversão e que blá-blá-blá; ora, poupem-me da ladainha. Não era uma missa, era um show. Era “música de jovem”. E, no meio daquelas músicas, havia e há elementos de piedade verdadeiros. “Te amar por quem não Te ama, Te adorar por quem não Te adora” ou “a Cruz Sagrada seja a minha luz; não seja o Dragão meu guia” são orações, independente da forma como sejam proferidas. “O Céu inteiro está rezando por ti; / anjos e santos intercedem por ti” é uma consoladora verdade teológica. As músicas sobre a amizade – como “amigos, pra sempre, dois amigos que nasceram pela Fé” ou “nós somos mais que amigos, somos anjos que o Senhor enviou” -, a despeito do exagero que a gente credita à licença poética, exaltam de maneira bonita esta importante virtude natural que somos chamados a sobrenaturalizar. E (embora não tenham cantado, é uma das minhas preferidas) narrar o diálogo entre a Virgem Santíssima e o Arcanjo Gabriel com “- Por que teus lábios tremem tanto assim? Por que não tiras teus olhos de mim? / – Há tanta graça em estar diante de Ti; e o Céu inteiro espera por Teu sim!” é uma bonita forma de proclamar as glórias da Bem-Aventurada Mãe de Deus.

Cruz da Jornada, com a inscrição de SS. João Paulo II

Ao final, ainda tive a chance de subir no palco. E tocar na Cruz! Na Cruz que esteve comigo em Madrid – no peito eu carregava a minha pequena cruz que veio da JMJ do ano passado -, ou melhor, na Cruz que esteve acompanhando tantos jovens ao longo de tantas Jornadas Mundiais da Juventude desde 1984. Era o que dizia a inscrição assinada por João Paulo II e assim datada. As palavras do Beato praticamente ressoavam em nossos ouvidos: “não tenhais medo!”. Sim, Santidade, nós não queremos ter medo. Sim, nós queremos fazer a diferença. Sim, nós queremos viver como Cristo espera que vivamos. Estamos aqui! Que o caminho da Cruz pelo Brasil possa derramar graças por onde quer que Ela passe. E que preparemos bem a Jornada do Rio de Janeiro. Pode vir, Santo Padre! Nós o esperamos ansiosamente.

Fonte: Deus Lo Vult

A Igreja, a ciência e o direito – resposta ao ateísmo fundamentalista

A Igreja, a ciência e o direito – resposta ao ateísmo fundamentalista

[Eu já tinha lido, mas saiu hoje em ZENIT este texto do Ives Gandra Martins sobre o fundamentalismo ateu. Vale um passar de olhos para quem ainda não leu. E, para quem já o conhece, vale reler ao menos a grande tirada do jurista brasileiro, quando sofria bullying institucionalizado no STF pelo fato de ser católico e defender a inconstitucionalidade de se destruírem embriões humanos em pesquisas científicas. Reproduzo abaixo; para o texto na íntegra, cliquem no link acima.]

Quando fui sustentar, pela CNBB, perante a Suprema Corte, a inconstitucionalidade da destruição de embriões para fins de pesquisa científica – pois são seres humanos, já que a vida começa na concepção -, antes da sustentação fui hostilizado, a pretexto de que a Igreja Católica seria contrária a Ciência e que iria falar de religião e não de Ciência e de Direito. Fui obrigado a começar a sustentação informando que a Academia de Ciências do Vaticano tinha, na ocasião, 29 Prêmios Nobel, enquanto o Brasil até hoje não tem nenhum, razão pela qual só falaria de Ciência e de Direito.

Fonte: Deus Lo Vult

Bebê de Wanessa Camargo ganha ação judicial contra Rafinha Bastos – nascituro tem direito à honra!

Bebê de Wanessa Camargo ganha ação judicial contra Rafinha Bastos – nascituro tem direito à honra!

Lembram-se do processo movido pelo #FetoDaWanessa contra o humorista Rafinha Bastos por conta das declarações de extremo mau gosto feitas pelo humorista? Soube recentemente que o bebê ganhou na Justiça. Os tribunais o disseram: tem-se direito à honra até mesmo quando se está dentro da barriga da sua mãe e não se tem consciência das ofensas que lhe são dirigidas. O nascituro tem direito à honra! E, se há direito à honra para o feto, é porque obviamente ele tem direito à vida. O direito secundário e derivado não pode prescindir do direito primário e original. Se há aquele, há necessariamente este.

Eu vi n’O Possível e O Extraordinário – leiam lá. Apenas dois destaques. Primeiro, a reviravolta do caso: após um juiz ter excluído o bebê como autor da ação, o Ministério Público emitiu um parecer em defesa do nascituro e o bebê foi re-incluído na lista dos que estavam movendo o processo:

“O Ministério Público intervém no feito em razão da presença do nascituro no pólo ativo da ação… Com efeito, ainda que não seja detentor de personalidade jurídica, os direitos do nascituro foram assegurados no atual Código Civil…vale dizer que devem-lhe ser assegurados o respeito e a observância aos seus direitos da personalidade, eis que se trata de pessoa em formação. Daí porque, considerando ofendida a sua honra por terceiros, podem os genitores ingressar em juízo, a ele representando, visando à obtenção da reparação por danos morais”, relata a Promotoria.

Segundo, a decisão do juz Beethoven Giffoni Ferreira (Processo nº 11.201838-5). Leiam-na! Humor é uma coisa e agressão é outra; liberdade de imprensa não é alvará para ofender; não é qualquer dano moral que deve ser indenizado, senão apenas aquele que é razoavelmente grave; é precisamente este o caso em litígio. Condene-se o réu. Destaque para o início da decisão:

(…) ficou patenteado o insulto, a linguagem vulgar e insultuosa, aniquilada em verdade a moral da família Autora com o gesto pretensamente humorístico do Reqdo., que na sua distorcida ótica acerca do gracejo atingiu até mesmo o nascituro; de todos os presentes que Deus proporcionou aos homens, nenhum é maior que uma criança – mas disso, lamentavelmente, nem sequer cuidou o irreverente Suplicado.

Convém lembrar que o bebê nasceu no início do ano: “José Marcus nasceu às 16h16, na maternidade Pro Matre, em São Paulo, pesando 3,60kg”. E, com poucos dias de vida, ganhou a ação judicial que ele perpetrara ainda no ventre de sua mãe, tendo-a por representante. Um feliz acerto do sistema judiciário, uma vitória da família brasileira, um importante marco estabelecido. Nascituro tem direitos sim. É importante que se desfaça a mistificação sobre este tema, nestes tempos em que querem coisificar o ser humano e negar-lhe direitos básicos em seus estados iniciais de desenvolvimento. Para isto, são extremamente louváveis decisões como esta recente do Tribunal de São Paulo, que reconhecem os seres humanos como detentores de direito independente do tempo de vida que possuam ou do lugar em que se encontrem. Mesmo que não tenham ainda nascido, que estejam ainda no ventre materno.

Fonte: Deus Lo Vult

#RetrateseDepJeanWyllys ganha o mundo; católicos precisam colaborar com a campanha!

#RetrateseDepJeanWyllys ganha o mundo; católicos precisam colaborar com a campanha!



Repercutiu até mesmo no HazteOir.org: Los Católicos brasileños responderán (…) con un ‘twitazo’ a la nueva arremetida contra el Papa. Eu tomei conhecimento da campanha pelo Facebook; a página criada contra as declarações do deputado revela o seu objetivo:

Este grupo é dedicado a denunciar o crime de calúnia cometido pelo Deputado Jeam Wyllys ao acusar o Santo Padre Bento XVI de genocida em potencial, nazista e protetor de pedófilos.

Agora senhor Jean O Senhor vai ter que provar na Justiça que todas as suas declarações são verdadeiras.

[...]

Gostaria de pedir a todos os deputados católicos que denunciem este homem ao Conselho de Ética, por caluniar um Chefe de Estado que mantem relações bilaterais e pacíficas com o Brasil desde seu descobrimento, além de fazer acusações infundadas e maliciosas, indispondo a população contra a religião majoritária do país.

Bom… agora que saiu na imprensa internacional a gente tem a obrigação moral de fazer um negócio decente. Hoje, no fim da tarde, vamos encher o Twitter com a tag #RetrateseDepJeanWyllys. Porque discordar não é sinônimo de caluniar. Para desmascarar a hipócrita intolerância dos que exigem uma tolerância completa e absoluta. Porque ninguém deve ter o direito de cometer crimes impunemente.

Fonte: Deus Lo Vult

Adendo meu: Acho que ainda vale mais alguma pressão, o assunto não está totalmente encerrado.

Mais sobre o #RetrateseDepJeanWyllys: os cargos públicos exigem compostura!

Mais sobre o #RetrateseDepJeanWyllys: os cargos públicos exigem compostura!

A esta altura do campeonato, todo mundo – até a Luíza, que voltou do Canadá – com certeza já sabe “que a agência Reuters atribuiu ao Papa Bento XVI uma frase sobre o “matrimônio homossexual” que ele nunca pronunciou e o converteu em alvo de furiosos ataques sem motivo em todo mundo”. Depois que foi divulgada a sutil manipulação do discurso pontifício, as Portas da Esperança estavam escancaradas para o deputado Jean Wyllys – oferecendo-lhe uma saída honrosa para o “piti” escandaloso que ele deu publicamente na semana passada. Para quem não lembra, vão aí os printscreens de novo:




Não há nem o que tergiversar. O deputado insinuou que o Papa era filo-nazista e acobertador de pedófilos, além de afirmar textualmente que ele era um “genocida em potencial”. É uma clara incitação ao ódio religioso e uma tentativa vil e covarde de jogar a opinião pública contra a Igreja Católica, além de ser crime contra a honra (porque é atribuir a outrem não apenas um fato desabonador, mas um fato criminoso). É calúnia. Acrescente-se a isto o fato da calúnia ter sido feita por veículo oficial de comunicação do deputado (no caso, a sua conta de Twitter) e ter sido dirigida a um Chefe de Estado (o Papa é Chefe do Estado do Vaticano) que mantém relações diplomáticas com a República Federativa do Brasil. O excelentíssimo deputado está todo errado: quanto mais a gente procura, mais agravantes encontra.

Quando foi revelada a manipulação da imprensa, o deputado podia perfeitamente ter pedido desculpas e dito que agiu por impulso, em um momento de indignação provocada pela crueza da (falsa) frase que fora divulgada. Mas não. Em um texto publicado no seu site ontem (18/01), o Jean Wyllys cita o discurso correto (com o link para o texto completo no site do Vaticano), inventa uma interpretação reducionista das palavras do Papa (como já foi explicado e como é óbvio para qualquer pessoa que tenha tele-encéfalo minimamente desenvolvido e polegar opositor, o “casamento gay” não é a única política que atenta contra a família e, portanto, não é intelectualmente honesto atribuir ao Papa a frase do jeito que Reuters divulgou e à qual até agora se agarra pateticamente o Jean Wyllys) e mantém cada palavra que disse. O texto publicado no site do deputado diz, expressamente, que ele “ratifica cada uma de suas palavras”. Portanto, o sr. Wyllys sustenta toda a cena histérica feita no seu Twitter, que está acima reproduzida e onde se vê a deprimente descompostura de um representante do povo brasileiro desbocado lançando calúnias contra um Chefe de Estado e líder espiritual da maior parte do povo brasileiro (que ele, o deputado, deveria supostamente representar).

Naturalmente, ninguém está obrigado a concordar com os discursos do Papa. Mas o mínimo que se espera de quem gosta de subir nas tamancas para bradar por “respeito” diante de qualquer mínima manifestação de discordância (por educada que seja) é que se tenha ao menos a decência de tratar o seu opositor da mesma maneira que se exige ser tratado. Discordar é uma coisa, caluniar é outra completamente diferente. Os deputados são representantes do povo brasileiro e são pagos com dinheiro público; o salário deles, absolutamente, não é pago para que eles fiquem fazendo estas cenas lamentáveis.

A dignidade do cargo que um deputado ocupa exige um mínimo de compostura. É quebra de decoro parlamentar “o uso de expressões que configurem crime contra a honra ou que incentivem a prática de crime”, e foi exatamente isto o que o deputado fez na semana passada e disse ontem que ratificava. O twittaço do #RetrateseDepJeanWyllys é para deixar claro que nós nos importamos, sim. Queremos que os nossos políticos sejam homens sérios, e não bufões deselegantes que saem cuspindo acusações de quinta categoria ao lerem (mal) qualquer notícia mal escrita ou ao ouvirem o galo cantar sem saber onde. Já basta de impunidade: um mandato na Câmara é uma responsabilidade que deve ser tratada com seriedade, e não um salvo-conduto para a calúnia ou uma tribuna para que qualquer moleque ataque de um modo tão grosseiro os valores dos cidadãos de um país. O Brasil merece mais do que isso. Enquanto as pessoas não exigirem que os políticos se comportem de acordo com o cargo que eles exercem, as coisas irão de mal a pior. E exigir respeito à coisa pública do país é exigir que um deputado tenha modos e que aprenda a controlar a sua língua, antes de caluniar um chefe de Estado e de incitar o ódio contra uma entidade – a Igreja Católica – que está presente e atuante no país e da qual faz parte a maioria do povo brasileiro. Se nós não exigirmos este respeito (que é o mais básico de todos), não poderemos exigir decência alguma dos nossos políticos em outros aspectos.

Fonte: Deus Lo Vult

300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem – Carta de Apresentação

300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem – Carta de Apresentação

[Divulgo conforme recebi por email do pe. Rodrigo Maria, a pedido do reverendíssimo sacerdote. Os trezentos anos do Tratado da Verdadeira Devoção à SSma. Virgem nos oferecem uma ímpar oportunidade de renovarmos o nosso amor a Deus através da perfeita escravidão a Nossa Senhora; os que não conhecem ainda o método podem aproveitar a oportunidade para conhecê-lo, e os que já conhecem têm uma excelente chance de fazer ou renovar a sua própria consagração. Que a Virgem Maria, "Medianeira de Todas as Graças", possa nos valer nestes tempos difíceis que vivemos; que, por meio d'Ela, cheguemos a ser mais perfeitos imitadores de Cristo.]

Anápolis, 20 de janeiro de 2012



Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Neste ano de 2012, o TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort, completa 300 ANOS, o que nos impõe uma séria reflexão sobre a pessoa e a missão da Santíssima Virgem junto à Igreja de Deus e a cada fiel em particular, bem como sobre a importância estratégica da TOTAL CONSAGRAÇÃO ensinada neste Tratado pelo Santo de Montfort.

Devemos considerar que no ano em que alguém ou alguma obra celebram um jubileu, se dá uma maior importância ao que se está celebrando. No caso da comemoração dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO temos grandes e profundas razões para dar uma mais significativa importância à celebração do jubileu deste que é o escrito mariano mais lido, difundido e estudado de todos os tempos, uma vez que o inimigo infernal fez de tudo para que este livro não aparecesse, chegando mesmo a escondê-lo por 130 anos (T.V.D. 114). De fato, o TRATADO escrito por São Luís em 1712 desapareceu, sendo reencontrado apenas em 1842, em uma das casas de congregação que o Santo fundou na França. O ódio do demônio a este Tratado sobre Nossa Senhora, se justifica se considerarmos que aí se ensina a esmagar a cabeça desta serpente diabólica, uma vez que conduz a alma confiante a entregar-se a MARIA para com Ela aprender a amar a JESUS de verdade, cumprindo seus mandamentos, fazendo tudo quanto Ele mandou.

A nossa salvação ou condenação dependerá de fazermos ou não em nossa vida a vontade de DEUS. No Tratado se ensina justamente a se fazer esta entrega a NOSSA SENHORA – e por meio dela a JESUS – para com Ela aprendermos a fazer bem a vontade de Deus. São Luís, no Tratado, chama os Escravos por Amor de “calcanhar de Nossa Senhora”, afirmando que o calcanhar é a parte mais humilhada do corpo, por estar abaixo de todos os outros membros, mas que ao mesmo tempo é a parte que sustenta todo o peso do corpo e que é com este calcanhar que ela esmagará a cabeça da serpente, pois nos ensinará a rejeitar as obras do mal e a fazer sempre a vontade de Deus.

São Luís ensina ainda, que JESUS reinará no mundo, ou seja, nos corações e que este reinado de JESUS se dará por meio de MARIA, ou seja, JESUS confiou a Ela a missão de conduzir a Igreja a uma mais perfeita realização da vontade de DEUS neste mundo, e a maneira pela qual se estabelecerá o Reinado de Maria é pela difusão e prática da Verdadeira Devoção ensinada no Tradado escrito por São Luís de Montfort.

Em Fátima, no ano de 1917, a Santíssima Virgem confirma o ensinamento e a profecia de São Luís de Montfort quando declara: “Meu Filho quer estabelecer no mundo a Devoção ao meu Imaculado Coração”, com isto, JESUS direciona seu olhar a cada um dos seus fieis e diz novamente: “ – Eis aí a tua Mãe”(Jo 19,25). Jesus quer que todos aceitem a maternidade de sua Mãe Santíssima, entrando na refúgio-escola do seu Imaculado Coração, para se protegerem dos ataques do maligno e aprender a amá-lO em espírito e verdade.

São Luís de Montfort ensina também que a missão de Nossa Senhora se revestirá de maior importância nesses últimos tempos, pois o maligno intensificará seus esforços para perder as almas, sabendo que bem pouco tempo lhe resta. (T.V.D. 49)

É preciso atenção para os desígnios e a pedagogia de DEUS, pois como ensina Montfort, Deus não muda em sua palavra nem em seu agir, assim como Ele veio ao mundo por MARIA, também deve reinar no mundo por meio d’Ela (T.V.D. 1), mas adverte que isso só acontecerá se conhecermos e colocarmos em prática a VERDADEIRA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA.

Também em Fátima, Nossa Senhora fala sobre este glorioso acontecimento fazendo entender que o seu Triunfo-reinado – que levará ao Reinado de Jesus – acontecerá quando estabelecermos no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração. Portanto, quem deseja que venha logo ao mundo o Triunfo do Imaculado Coração de Maria e o Reinado de Nosso Senhor nos corações, deve assumir para si o desejo do coração de JESUS e fazer de tudo para difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA como ensina Montfort.

O Céu tem feito a sua parte para difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO A SANTÍSSIMA VIRGEM, falta que nós façamos a nossa.

Se olharmos os acontecimentos destes últimos tempos, especialmente da aparição de Fátima (1917) até hoje, veremos o quanto Deus tem feito para o cumprimento de seus desígnios relativamente à difusão da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora, uma vez que nos deu um Papa “Totus Tuus”, escravo por amor, que testemunhou ao mundo todo, a importância e a eficácia desta TOTAL CONSAGRAÇÃO, recomendando a todos como meio de elevação espiritual e crescimento no amor a Cristo. Com toda a certeza foi da pessoa de João Paulo II que falava Jesus quando afirmava a Santa Faustina Kovolska, que da Polônia iria sair uma “centelha” com a qual incendiaria o mundo inteiro. Sem dúvida este grande Papa tornou-se uma “centelha” para incendiar o mundo, no que se refere a sua devoção mariana, meio pelo qual chegou a ter um amor apaixonado a Jesus, do qual esta nossa geração foi testemunha.

Em 2007, o cardeal Ivan Dias, então prefeito da Congregação para Propagação da Fé, apresentava aos sacerdotes a TOTAL CONSAGRAÇÃO a Nossa Senhora como “atalho” para a santidade e meio de se obter maior fecundidade no exercício do ministério sacerdotal. Em 2011, na vigília de encerramento do Ano Sacerdotal (2009-2010), foi dado a cada sacerdote presente uma cópia do “segredo de Maria”, pequeno livro escrito por São Luís que é uma espécie de resumo do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO, onde também se ensina a TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM.

Em 2011, na quaresma foram pregados os Exercícios Espirituais para o Papa e os cardeais, que teve por tema “Os Santos na vida espiritual do bem-aventurado João Paulo II”. Nessa ocasião foi dado um TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO ao Papa e a cada um dos participantes, e o pregador do retiro, Pe. Dr. Lethel, afirmava ao Papa Bento XVI e a seus cardeais que o santo que mais influenciou na vida espiritual do bem-aventurado João Paulo II foi São Luís de Montfort com seus ensinamentos sobre a VERDADEIRA DEVOÇÃO a Nossa Senhora ao ponto do Bem-aventurado Papa tomar a TOTAL CONSAGRAÇÃO como seu lema Pontifical.

Devemos ainda lembrar que durante o ano de 2011 houve uma grande movimentação para pedir ao Santo Padre a decretação do Ano Mariano (2012-2013) por ocasião dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, chegando esse pedido às mãos da sua Santidade por diferentes vias. Paralelamente foi feita uma grande campanha para consagração que obteve grande êxito. Entretanto, o Santo Padre declarou 2012-2013 Ano da Fé, surpreendendo-nos positivamente, fazendo ver de maneira mais profunda que a celebração do jubileu dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO e a conseqüente difusão da TOTAL CONSAGRAÇÃO aí ensinada, objetiva o crescimento e o fortalecimento de nossa fé, levando-nos a permanecer firmes em Cristo, em meio a todas as tribulações e desorientações de nosso tempo.

Enfim, JESUS quer que se estabeleça no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO, para que por este meio, Ele possa reinar nos corações e muitos possam se salvar, para isso, concederá de maneira especial e superabundante durante este jubileu, muitas graças para difusão desta TOTAL CONSAGRAÇÃO, portanto é preciso que façamos nossa parte, rezando, aprofundando no estudo e vivencia da Verdadeira Devoção e tornando-nos apóstolos de Nossa Senhora difundido por toda parte e por todos os meios possíveis a Santa Escravidão de Amor ensinada por Montfort.

É importante dizer que sendo a Santa Escravidão de Amor, uma perfeita renovação de nossos votos batismais, possui uma perene atualidade pastoral, uma vez que toda a vida cristã resume-se neste esforço para vivermos como verdadeiros filhos de Deus.

É necessário lembrar também que a TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM é totalmente católica e cristocêntrica, uma vez que é para todos os batizados e tem por objetivo nos unir a JESUS e nos fazer crescer no Amor a Ele; ou seja, a SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR ou TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM não atrapalha nenhum carisma ou espiritualidade de qualquer movimento ou comunidade que seja, ao contrário, essa entrega total a Nossa Senhora ajuda cada pessoa a viver de modo mais intenso e profundo seu próprio carisma e sua própria espiritualidade, uma vez que Ela é a boníssima Mãe e a Virgem Fiel que nos leva em tudo a fazer a vontade de Deus, cumprindo com mais perfeição e amor nossos deveres de estado. E a semelhança da oração do Rosário – só que com muito maiores e profundas razões – a TOTAL CONSAGRAÇÃO não é apenas para alguns privilegiados, ou para alguma comunidade ou movimento, mas é proposta para todos os batizados para que vivam com mais facilidade, constância e coerência a sua condição de filhos de Deus.

A TOTAL CONSAGRAÇÃO é o meio e a estratégia que Deus escolheu para ajudar seus filhos a permanecerem firmes na verdadeira fé e para salvar muitas almas, uma vez que por essa Total entrega se põe a disposição de Nossa Senhora todos os nossos bens espirituais, para que Ela possa usá-las para socorrer as almas e converter os pecadores. Verdadeiramente, muitos se salvarão não por seus méritos pessoais, mas pelas orações e sacrifícios de outros. Assim, a Santa Escravidão nos transforma em doadores de méritos para que Nossa Senhora possa utilizá-lo para salvar nosso próximo, de modo que quantos mais e melhores escravos de Amor houverem tantos mais méritos Nossa Senhora terá para alcançar a graça da contrição e conversão para os que estão longe de Deus e de sua graça. Ainda são “muitos os que se condenam por que não há quem reze e se sacrifique por eles”, conforme disse Nossa Senhora em Fátima (1917). É para salvar as almas dos pobres pecadores que Deus quer estabelecer no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, pois esse meio a Santíssima terá muitos meios para socorrer muitas almas. Portanto difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO e ensinar as pessoas a vivenciá-las é um meio extraordinário e eficiente não apenas de permanecer na comunhão com Cristo, mas também de ajudar a salvar a muitos.

Devemos fazer uso das graças que Deus proporciona neste Ano de jubileu dos 300 ANOS do Tratado – (2012 – 2013) – para estabelecermos no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA como faz ensinando São Luís Maria Grignion de Montfort.

Trabalhemos, pois há muito a se fazer e “tempo vale almas”.

EQUIPE CONSAGRA-TE

Fonte: Deus Lo Vult

O protesto e o anti-protesto – #RetrateseDepJeanWyllys

O protesto e o anti-protesto – #RetrateseDepJeanWyllys

Duas coisas interessantes aconteceram no “Twittaço” de ontem contra o deputado Jean Wyllys. A primeira é que a adesão ao protesto foi bastante significativa – o que me foi uma grata surpresa. As pessoas realmente se dedicaram e, no fim da tarde, na hora do jantar (a manifestação estava marcada para as 18h00), estavam empenhadas em inundar o Twitter com a hashtag que demonstrava o nosso repúdio ao discurso de ódio do ex-BBB. A despeito das minhas preocupações com os acontecimentos do dia – World War Web e Luíza voltando do Canadá -, nós ficamos por quase duas horas no segundo lugar dos TT-Brazil. Com certeza fomos vistos e bem vistos. Parabéns aos que participaram desta batalha!

A segunda é que surgiu um anti-protesto; alguém lançou a tag #RetrateSePapa e o fogo de palha rapidamente se espalhou pelo microblog; chegaram ao primeiro lugar dos Trending Topics, ultrapassando inclusive a tag do protesto católico. Ora, isto é interessante por alguns motivos. Em primeiro lugar, a anti-tag é exatamente isto: uma anti-tag, um anti-protesto que se define pela negação do protesto católico e que, portanto, precisa deste para existir; não é uma proposta positiva (carece até de criatividade: basta ver o nome que é mera cópia da iniciativa católica), é em suma uma pura birra. Em segundo lugar, não era propriamente uma defesa do deputado do PSOL porque reunia toda a velha cantilena de besteiras contra a Igreja em um lugar só: pedia-se que o Papa se retratasse por ser contra a camisinha na África quando mesmo os especialistas em AIDS e demais DSTs concordam com ele; pedia-se que o Papa se retratasse por ser líder da Igreja que queimou Joana d’Arc na fogueira por ele usar roupas de homem (!!!), quando qualquer Zé Mané com dois minutos de Google sabe que a sua condenação foi feita à revelia de Roma; pedia-se até mesmo que o Papa se retratasse por ter beatificado “o reacionário do João Paulo II” (!!!!), e outras “pérolas” do tipo. Em terceiro lugar, as coisas que foram alardeadas nesta anti-tag só demonstram, de maneira cabal, a existência de um forte e violento preconceito anti-cristão e, portanto, só aumentam a gravidade do discurso de ódio proferido e ratificado pelo sr. Jean Wyllys. Por fim, em quarto lugar, a hashtag foi somente um rastilho de pólvora: subiu rapidamente, ficou no alto por pouco tempo e, também rapidamente, caiu e desapareceu. Artificial e superficial. Tanto que ninguém mais está falando em #RetrateSePapa, enquanto que #RetrateSeDepJeanWyllys está sendo atualizada até agora.

Veja-se, à guisa de registro histórico do alcance do protesto (e da irrelevância do anti-protesto), o que o @PorqueTTs falou sobre ambas as tags:



Por fim, viramos notícia, o que não pode ser considerado senão um grande sucesso. Além da mídia laica, vários blogs internet afora repercutiram o twittaço: destaque para o blog do Tiba, da Canção Nova e para este excelente texto de S. E. R. Dom Antonio Rossi Keller (leiam na íntegra!), bispo de Frederico Westphalen. Deste último, destaco:

Como Bispo da Igreja, não posso calar-me frente à afronta vergonhosa e covarde à pessoa do Santo Padre. Bento XVI, mais do que Chefe de um Estado com o qual o Brasil mantém relações amistosas, é o Chefe de uma instituição que tem cerca de dois mil anos de história a serviço da humanidade. Antes de emitir um julgamento histórico em relação à Igreja, um parlamentar tem a obrigação de, pelo menos, não dizer bobagens fundadas em inverdades e preconceitos.

É em nome da população católica do Brasil, que sustenta seus representantes no Congresso (mesmo aqueles que, de forma “biônica” a ele foram associados, ou seja, sem votos pessoais suficientes) que exige-se, no mínimo, uma retratação do infeliz deputado.

Vejam também: 25% das pessoas com AIDS são tratadas pelo Papa. Falar mal da Igreja sempre foi fácil! Difícil é fazer o que Ela faz. Tagarelar sempre foi fácil: o difícil é ter razão.

Fonte: Deus Lo Vult

Cruzada pela Família e (mais!) Jean Wyllys

Cruzada pela Família e (mais!) Jean Wyllys

Aconteceu em Divinópolis, no interior de Minas Gerais, com a Cruzada pela Família do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (aqui o relato em texto). Para quem não conhece o trabalho dos garotos, são uns jovens que – durante o período de férias – viajam pelo Brasil em caravana para conscientizar a população a respeito dos perigos que o Brasil corre com a agenda anti-católica. Eles sempre têm alguma história para contar. Desta vez, foram – de novo… – ativistas gays.

O vídeo é longo, mas conta a história completa. Primeiro, eles só passavam na frente da imagem. Depois, pintaram-se e ameaçavam jogar tinta nos caravanistas. Depois passaram para as agressões verbais mais baixas e chulas, ameaçando confinar a religião ao interior das igrejas.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=vh-TQPmYrX8

Os jovens católicos sempre rezando e cantando:

- Quem provoca reconhece que não tem argumento! / O homossexualismo é contra o Mandamento!

- Agressores! Agressores! / Agressores! Agressores!

- Tolerância… tolerância… / onde está? Onde está? / É só para o vício, é só para o vício… / pra nós, não. Pra nós perseguição.

- Brasil sim! / Sodoma não! / Isto é / perseguição!

Note-se: os gayzistas não toleram sequer a exposição pacífica da Doutrina Católica! Estamos falando de pessoas que consideram “homofobia” a defesa dos Dez Mandamentos, e que se incomodam com uma campanha católica a ponto de procurarem tumultuá-la a fim de que ela cesse. No que dependesse dessas pessoas, nós não poderíamos defender em público a Doutrina Católica. E são estas as pessoas às quais o Governo está empenhado em dar proteção especial. São estes os “perseguidos” que estão se transformando em uma casta de intocáveis.

Perceba-se: estes jovens católicos não estavam espancando homossexuais, não os estavam xingando nem debochando deles, não estavam separando à força as duplas sodomitas, não estavam sequer se dirigindo a eles. Se algum católico tentasse se posicionar – ainda que pacificamente – contra alguma manifestação homossexual, seria o fim do mundo; lembro-me de um caso (se alguém achar o vídeo, me avise) em que havia uma manifestação pró-gay em uma estação de metrô e aí um católico que estava passando por lá simplesmente escreveu numa folha de caderno um “cartaz” improvisado com frases pró-vida, e foi ameaçado até de estupro pelos homossexuais que lá estavam. Os homossexuais, no entanto, se acham no direito de tumultuar e impedir a realização de uma manifestação católica pacífica; ora, quem são os perseguidos aqui? Afinal de contas, qual dos dois grupos é uma ameaça para a sociedade brasileira? Os católicos rezando o terço diante de uma imagem de Nossa Senhora, ou a militância gayzista que não tolera a manifestação de pensamento contrária à sua ideologia?

Enquanto isso, o sr. Jean Wyllys ratifica – mais uma vez! – as suas calúnias contra um chefe de Estado (vai ficar – de novo – por isso mesmo?) e líder espiritual da maior parte da população brasileira, e ainda tem a cara-de-pau de dizer que não está ofendendo os católicos, e sim somente uma “minoria homofóbica” (!) para a qual o Papa significa alguma coisa. Sim, senhoras e senhores, o deputado gayzista do PSOL, em um novo surto de megalomania, agora quer definir o que é expressão religiosa e o que não é, e quer impôr aos católicos um novo modelo de religião onde aquilo que o Papa fala só importa para “um pequeno grupo extremista e fundamentalista” e nós somos obrigados a concordar com ele:


Veja-se como ele é tolerante: claro que ele não é contra a Religião e não seria capaz de ofendê-la; não, jamais! Ele só é contra os intolerantes homofóbicos. E quando o Papa diz algo de que ele não gosta, ele tem o direito moral de xingar e caluniar o Papa sem que com isso esteja (de nenhuma maneira!) ofendendo o catolicismo, porque as “declarações homofóbicas” do Papa não fazem parte do verdadeiro cristianismo e, portanto, os verdadeiros católicos (os “cristãos de boa fé”) não precisam se sentir ofendidos! Lindo, não é?

É a esta caterva hipócrita que se está concedendo super-direitos neste Brasil. É esta gente preconceituosa e intolerante que se quer transformar em super-cidadãos. É a este grupo, claramente incapaz de conviver pacificamente em sociedade porque não tem tolerância alguma para com aqueles que discordem (ainda que pacificamente) do seu estilo de vida, que se está elegendo como modelo de modernos super-valores, que deve ser ostensivamente promovido. As políticas públicas brasileiras estão criando e alimentando um monstro, e isto é evidente para além de qualquer dúvida razoável: basta ver como eles agem! Que os brasileiros de bem acordem enquanto é tempo, e assumam a parte que lhes compete no cenário atual – a fim de impedir o pior. Que Nossa Senhora Aparecida salve o Brasil.

Fonte: Deus Lo Vult