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terça-feira, 3 de abril de 2012

Costa Rica apresenta projeto para declarar o Dia do Nascituro no país

Costa Rica apresenta projeto para declarar o Dia do Nascituro no país San José (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Como parte das ações em defesa da vida na Costa Rica, engajados em uma luta com a Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a questão da fertilização in vitro, foi apresentado um projeto de lei para declarar 25 março como o Dia do Nascituro. Sobre a proposta, a deputada Rita Chaves do Partido de Acessibilidade sem Exclusão (PASE), disse que busca proteger a vida do nascituro contra a "cultura da morte que promove o aborto como um direito humano". O projeto de lei, apresentado no último dia 21 de março na Assembléia Legislativa, também "apoia mulheres vítimas de estupro ou jovens com uma gravidez inesperada que precisam de apoio emocional e compreensão médica e entendemos que o aborto só agrava sua situação", segundo explicou a deputada. A iniciativa tem o apoio de organizações pró-vida no país, como "Pela Vida", "Observatório Cidadão", "Instituto Dignitas", "Mulheres pela Paz", "Centro Latino-Americano para Estudos da Família CIBEFAM", entre outros. O representante da Associação Pela Vida, Luis Fernando Calvo disse que a apresentação do projeto "é uma oportunidade para o reconhecimento em nível jurídico do valor inalienável da vida humana que está no útero e foi concebido com igualdade de dignidade em relação ao resto da humanidade". Durante a reunião também foi anunciado um novo programa de apoio às mulheres que têm problemas, emocionais ou de desenvolvimento físico durante a gravidez. Hoje, o Tribunal de Direitos Humanos (CIDH) em Costa Rica procura estabelecer a fertilização in vitro, o que abriria a porta para a legalização do aborto na América Latina com a modificação dos conceitos sobre o início da vida humana e dos direitos do nascituro. Fonte: Gaudium Press

terça-feira, 27 de março de 2012

Responsáveis pela nossa vida

Responsáveis pela nossa vida

By Pe. Faus on November 17, 2011

Para que vivo eu?

Enquanto não tivermos uma resposta a esta pergunta, uma resposta que nos mostre o significado da nossa existência - a nossa razão de viver, de amar, de lutar, de trabalhar… -, não seremos um autêntico ser humano. Seremos um bicho mais ou menos pensante que circula, come, bebe, dorme, faz sexo, fuça, desfruta, enjoa, se ilude, se desilude, trabalha, briga, se deprime, vai ao psiquiatra, não sabe o que lhe acontece, envelhece e morre.

Faz já alguns anos, uma crônica jornalística reproduzia a resposta de uma mocinha carioca à pergunta sobre o que achava dos bandos de vândalos e pixadores que danificam instalações públicas: - «Para mim - dizia ela -, as pessoas não sabem mais o que fazer das suas vidas». Sem grandes filosofias, essa menina lembrava que nós é que temos de “fazer a nossa vida”, que é preciso “fazer algo com ela”, e que não faremos nada de válido se não “soubermos o que fazer”. Justamente por termos uma inteligência e uma vontade livre, somos os responsáveis pela nossa vida. Que fazemos dela? Que faremos dela?

Essa filósofa-mirim trouxe-me à memória outra menina e outra reportagem de jornal. No caso, uma reportagem bem triste. Em São Paulo, há vários anos, uma estudante de dezesseis anos despencou - ou se jogou? - da janela de um dos últimos andares de um prédio de apartamentos, onde uma turma de colegas consumia drogas. Morreu na hora. Entre os seus papéis, acharam-se rabiscos de umas confissões íntimas. Desse texto, baste uma amostra: «Vou ver se aqui eu consigo dizer tudo o que sempre quis dizer. Em primeiro lugar, eu queria viver. Mas eu vivo, o problema não é esse. O problema é ter que viver para quê? Ou para quem? Eu quero encontrar algo que me faça querer viver eternamente».

A pobre mocinha não tinha descoberto ainda para que vivia, e por isso se achava perdida, sem sentido e sem rumo. Isso faz pensar que, mesmo na sua trágica desorientação, tinha uma intuição profunda do sentido humano da vida. Reparemos que ela não colocava a sua realização em possuir bens, em enriquecer, gozar dos prazeres da vida (como seria de esperar, mexendo-se num ambiente consumista e hedonista), mas numa “razão de viver”, que não conseguia achar: «Eu quero encontrar algo que me faça querer viver eternamente». Só por isso era humana: porque sentia a sede de sentido, sem a qual tudo acaba em absurdo e frustração.

Eu sou fiel a mim mesmo?

À vista desses dois episódios, tornam-se incisivas estas perguntas: - Podemos dizer que estamos configurando, orientando a nossa vida de acordo com um ideal que a cumule de sentido, ou pelo menos que lutamos para chegar a isso? Esse ideal move-nos de maneira a vencermos a preguiça, a pressão do ambiente, os impulsos meramente instintivos, a inércia e a moleza, que apagam qualquer ideal?

Estejamos certos de que só vivendo assim - à procura de um ideal que nos encha de sentido - poderemos dizer que somos fiéis a nós mesmos, à grandeza do que nós somos, às exigências profundas da nossa dignidade de pessoas humanas; em suma, poderemos dizer que somos autênticos seres humanos.

Talvez nos mostre uma pista, para começarmos essa procura, um comentário do protagonista do romance Life after God (”A vida depois de Deus”, deste Deus que “nós matamos”), do americano Douglas Coupland.

O escritor se autodefine como membro da «primeira geração americana educada sem religião», e retrata a falta de sentido e o tédio acumulado de muitos dos seus companheiros, criados no vácuo do prazer sem Deus (drogas, álcool, sexo-carne, ausência de compromissos).

No final do romance, o protagonista faz chegar uma mensagem à namorada, que é como que o grito do vazio:

«Pois bem… eis o meu segredo. Digo-o com uma franqueza que duvido voltar a ter outra vez; de maneira que rezo para que você esteja num quarto tranqüilo quando ouvir estas palavras. O meu segredo é que preciso de Deus; que estou farto e que já não posso continuar sozinho. Preciso de Deus para que me ajude a dar, pois me parece que já não sou capaz de dar; para que me ajude a ser generoso, pois me parece que desconheço a generosidade; para que me ajude a amar, pois me parece que perdi a capacidade de amar…».

Não vale a pena pensarmos a sério nessas coisas todas?

(adaptação de um trecho do livro de F. Faus: Autenticidade & Cia)
Fonte: Fé, Verdade e Caridade

domingo, 25 de março de 2012

Menosprezo pela vida tem aspecto diabólico

Menosprezo pela vida tem aspecto diabólico

Suicídio promovido via Internet e atentados inexplicáveis contra a vida demonstram urgência de se difundir a Mensagem de Maria Santíssima.


Não é sem razão que Nossa Senhora das Graças pisa a cabeça de uma serpente. O diabo existe, sim e é perigoso se não for combatido.

A Doutrina Católica ensina que belzebu é impotente contra Deus, mas que pode se voltar contra a humanidade, que é imagem e semelhança do Criador.

Acontecimentos trágicos, ocorridos recentemente, demonstram a importância de se buscar proteção espiritual, aproximando-se de Deus e combatendo com energia as ações maléficas do demônio

Site macabro

A revista Época (edição de 11 de fevereiro), relata a história triste de um jovem que pôs fim à própria vida, durante um surto, após ser incitado ao suicídio em conversas pela Internet.

Diálogos registrados no computador revelam que pessoas de diversas partes do mundo incentivavam o adolescente a se matar, dando-lhe sugestões de como proceder para ceifar a própria vida.

As expressões de riso utilizadas pelos interlocutores do jovem que suicidou parecem traduzir o regozijo macabro de satanás, naquele momento em que a criatura humana, tão amada pelo Criador, era levada a abandonar Deus rejeitando o dom da vida e desprezando o sacrifício de Cristo que viveu, morreu e ressuscitou por amor a ela.


Atitudes sem explicação

Essa semana os jornais divulgaram imagens aterrorizantes de um motorista que, sem nenhuma explicação, acelerou seu carro na contramão de uma movimentada rodovia, até colidir de forma letal com uma carreta.

Com freqüência a imprensa noticia chacinas horrendas, praticadas por jovens estudantes em escolas nos Estados Unidos.

Esses atentados contra a vida, humanamente inexplicáveis e que dão tanta satisfação a satanás precisam ser combatidos pelo cristão, com as armas que a Igreja recomenda.

Armas do cristão contra o mal

O cristão pode combater o diabo com armas eficazes. Ao longo da história a Igreja Católica criou devocionários capazes de afastar a má influência de espíritos imundos.

São Bento, por exemplo, era conhecido por seu poder de afugentar demônios. Até hoje a Medalha dedicada a esse Santo é utilizada para neutralizar ações diabólicas.

Também é importante lembrar que Nossa Senhora é Mãe extremosa e que Ela quer a Salvação para cada um de seus filhos.

Por isso Ela revelou a Medalha Milagrosa, e pediu enfaticamente a reza do Terço.

Fique do lado de Deus e de Nossa Senhora

Reze o Terço todos os dias, se possível com sua família e com seus amigos. Você atenderá a um pedido da Virgem Maria e impedirá que a maldade se instale em seu lar.

Use a Medalha Milagrosa e procure conhecer mais sobre a história de São Bento, o Santo que afugenta demônios.

Lembre-se que o mal existe e é preciso combatê-lo!
Fonte: Fátima em Foco On-line

quinta-feira, 8 de março de 2012

A “March For Life”, a mídia brasileira e o binóculo invertido

A “March For Life”, a mídia brasileira e o binóculo invertido



Paulo Roberto Campos
prccampos@terra.com.br


Como já é uma tradição, anualmente realiza-se em Washington, sempre nos meses de janeiro, a March For Life, organizada por diversos movimentos contrários ao aborto nos Estados Unidos.


Apesar da chuva e do frio intensíssimo, no dia 23 último, pelo menos 300 MIL pessoas participaram da Marcha Pela Vida, já em sua 39ª edição, pelas avenidas próximas à sede da Suprema Corte, em protesto contra o aborto e pedindo a anulação da lei abortiva (Roe v. Wade) aprovada em 1973.


Tenho a impressão de que a mídia brasileira tem um binóculo invertido, utilizado sempre do lado oposto para diminuir os grandes acontecimentos contrários aos interesses midiáticos e esquerdistas, como as manifestações contrárias ao aborto, ao “casamento” homossexual, à imoralidade na TV, etc. Assim, as 300 MIL pessoas, ficam reduzidas e vistas como se fossem apenas 3 — portanto sem motivo para se noticiar. Se fosse uma manifestação de meia dúzia de abortistas, ou de homossexuais, a mídia utilizaria, não apenas o binóculo do lado certo, mas um potentíssimo telescópio para ampliar ao máximo. Assim, os 6 manifestantes seriam multiplicados e vistos como se fossem 600 MIL — portanto, motivo arqui suficiente para grandes manchetes nos jornais, rádios, TVs.


A mídia tupiniquim, agindo e vendo as coisas desse modo torto, impediu que os brasileiros vissem a impressionante manifestação em Washington. Mas um leitor do Blog da Família, Antonio Fragelli, participou da Marcha e enviou-me um CD com muitas e excelentes fotos da gigantesca March For Life.


A mídia “não viu”, mas nós poderemos ver, e poderemos "furar" o bloqueio midiático, recomendando a nossos amigos, por meio da Internet, que também vejam e divulguem o que a mídia "NUNCA VÊ", ou SEMPRE CENSURA: aquilo que é favor dos interesses da instituição familiar!

Fonte: Família Católica

MARCHA PELA VIDA 2012 EM PARIS

MARCHA PELA VIDA 2012 EM PARIS

Fonte: Blog "Luzes de Esperança"
http://luzesdeesperanca.blogspot.com/
O apoio à Marcha pela Vida 2012 em Paris não teve precedentes. A “guerra dos números” oscilou entre 7.000 e 40.000, segundo as fontes. Porém, para as estimativas ponderadas, a participação, já nutrida do ano passado, neste ano foi duplicada em número e entusiasmo.

No dia 8 de janeiro, a passeata – composta majoritariamente por jovens – partiu da central Place de la République em direção à Opera, percorrendo famosos bulevares parisienses. Os organizadores aguardam que com a crescente manifestação de força dos defensores da vida, os políticos não finjam ignorar o tema nos debates eleitorais.

Um dos sinais mais esperançosos deste ano foi o aumento da participação no evento dos bispos católicos, ainda propensos ao “progressismo” e relutantes em se opor à Revolução Cultural.
Segundo a agência canadense LifeSiteNews, a maior surpresa foi a reviravolta do cardeal arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, que em 2009 se dissociou publicamente da Marcha. Ele chegou então a declarar na Rádio Notre-Dame, pertencente à arquidiocese: “Eu não acho que se deva gritar aos quatro ventos”. Como se Jesus Cristo não tivesse ordenado aos cristãos de “pregar o Evangelho de cima dos telhados” (cfr. Mat, 10, 26-27).

Em novembro, falando diante da plenária do episcopado francês, o Cardeal Vingt-Trois qualificou a Marcha pela Vida como “um dos meios de ação que os cristãos têm para escolher”. Algo muito pobre diante da magnitude do massacre dos inocentes, mas que já foi algo na linha da inversão percebida.
Veja vídeo
Marcha pela Vida Paris 2012
Segundo a agência canadense, a pressão crescente de católicos pela vida fez com que 32 bispos apoiassem a Marcha. O Cardeal Barbarin – Arcebispo de Lyon e Primaz da França – mandou sua bênção, e três bispos participaram pessoalmente da marcha. Também foi sem precedentes e de muito peso a participação de jovens sacerdotes de Paris e de todo país. Os jovens que animavam a Marcha ainda não haviam nascido quando foi aprovada a lei do aborto em 1975, época em que por esses mesmos bulevares desfilavam passeatas feministas. Estas hoje estão quase desaparecidas da rua, mas ocupam posições nos governos, na mídia e nos partidos de diversas tendências. Sobretudo nos ecologistas e de esquerda.

Os protestos visavam também à eutanásia e às ações anti-familiares do governo francês – como a distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias, reembolso pela Segurança Social da pílula do dia seguinte, o favorecimento da “ideologia de gênero” nas escolas públicas e o “casamento” homossexual. Mais de 220.000 abortos legais são realizados anualmente na França e os números estão crescendo. É urgente fazer cessar esse massacre, e tanto os jovens como as famílias francesas o estão dizendo cada vez mais desinibida e corajosamente. Paris está sendo o palco privilegiado para essa reação católica na Europa.
Video: Marcha pela Vida, Paris 2012

Postado por Paulo Roberto Campos
Fonte: Família Católica

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bebê de Wanessa Camargo ganha ação judicial contra Rafinha Bastos – nascituro tem direito à honra!

Bebê de Wanessa Camargo ganha ação judicial contra Rafinha Bastos – nascituro tem direito à honra!

Lembram-se do processo movido pelo #FetoDaWanessa contra o humorista Rafinha Bastos por conta das declarações de extremo mau gosto feitas pelo humorista? Soube recentemente que o bebê ganhou na Justiça. Os tribunais o disseram: tem-se direito à honra até mesmo quando se está dentro da barriga da sua mãe e não se tem consciência das ofensas que lhe são dirigidas. O nascituro tem direito à honra! E, se há direito à honra para o feto, é porque obviamente ele tem direito à vida. O direito secundário e derivado não pode prescindir do direito primário e original. Se há aquele, há necessariamente este.

Eu vi n’O Possível e O Extraordinário – leiam lá. Apenas dois destaques. Primeiro, a reviravolta do caso: após um juiz ter excluído o bebê como autor da ação, o Ministério Público emitiu um parecer em defesa do nascituro e o bebê foi re-incluído na lista dos que estavam movendo o processo:

“O Ministério Público intervém no feito em razão da presença do nascituro no pólo ativo da ação… Com efeito, ainda que não seja detentor de personalidade jurídica, os direitos do nascituro foram assegurados no atual Código Civil…vale dizer que devem-lhe ser assegurados o respeito e a observância aos seus direitos da personalidade, eis que se trata de pessoa em formação. Daí porque, considerando ofendida a sua honra por terceiros, podem os genitores ingressar em juízo, a ele representando, visando à obtenção da reparação por danos morais”, relata a Promotoria.

Segundo, a decisão do juz Beethoven Giffoni Ferreira (Processo nº 11.201838-5). Leiam-na! Humor é uma coisa e agressão é outra; liberdade de imprensa não é alvará para ofender; não é qualquer dano moral que deve ser indenizado, senão apenas aquele que é razoavelmente grave; é precisamente este o caso em litígio. Condene-se o réu. Destaque para o início da decisão:

(…) ficou patenteado o insulto, a linguagem vulgar e insultuosa, aniquilada em verdade a moral da família Autora com o gesto pretensamente humorístico do Reqdo., que na sua distorcida ótica acerca do gracejo atingiu até mesmo o nascituro; de todos os presentes que Deus proporcionou aos homens, nenhum é maior que uma criança – mas disso, lamentavelmente, nem sequer cuidou o irreverente Suplicado.

Convém lembrar que o bebê nasceu no início do ano: “José Marcus nasceu às 16h16, na maternidade Pro Matre, em São Paulo, pesando 3,60kg”. E, com poucos dias de vida, ganhou a ação judicial que ele perpetrara ainda no ventre de sua mãe, tendo-a por representante. Um feliz acerto do sistema judiciário, uma vitória da família brasileira, um importante marco estabelecido. Nascituro tem direitos sim. É importante que se desfaça a mistificação sobre este tema, nestes tempos em que querem coisificar o ser humano e negar-lhe direitos básicos em seus estados iniciais de desenvolvimento. Para isto, são extremamente louváveis decisões como esta recente do Tribunal de São Paulo, que reconhecem os seres humanos como detentores de direito independente do tempo de vida que possuam ou do lugar em que se encontrem. Mesmo que não tenham ainda nascido, que estejam ainda no ventre materno.

Fonte: Deus Lo Vult

domingo, 22 de janeiro de 2012

Ciência e Vida

Ciência e Vida

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG)

Temos que agradecer a Deus os imensos progressos da ciência em favor da vida, sobretudo a humana. Não será exagero dizer que, dos primeiros anos do século 20 para os tempos atuais, num arco de um centenário, a humanidade conquistou avanços tão grandes no campo científico, incluindo a área médica, que pode se falar hoje num outro mundo em relação àquele passado não longínquo.

Os esforços dos cientistas são apreciados singularmente pela Igreja, como podemos ler na encíclica Fides et Ratio (A Fé e a Razão) de João Paulo II: "Não posso deixar de dirigir uma palavra também aos cientistas, que nos proporcionam, com suas pesquisas, um conhecimento sempre maior do universo inteiro e da variedade extraordinariamente rica dos seus componentes, animados e inanimados, com suas complexas estruturas de átomos e moléculas. O caminho por eles realizado atingiu, especialmente neste século, metas que não cessam de nos maravilhar. Ao exprimir a minha admiração e o meu encorajamento a estes valorosos pioneiros da pesquisa científica, a quem a humanidade muito deve do seu progresso atual, sinto o dever de exortá-los a prosseguir nos seus esforços, permanecendo sempre naquele horizonte sapiencial onde aos resultados científicos e tecnológicos se unem os valores filosóficos e éticos, que são manifestação característica e imprescindível da pessoa humana".

Na verdade, os avanços científicos são uma realidade, mas não é menos verdade que a humanidade ainda não alcançou o mesmo progresso no campo da ética e, em certos casos, fala-se hoje de um regresso no que diz respeito à dignidade humana. A busca desta evolução é tarefa de todos, desarmados de qualquer preconceito e dotados de sinceridade nas pesquisas.

Na mesma encíclica citada, podemos ler: "O cientista está bem cônscio de que a busca da verdade, mesmo quando se refere a uma realidade limitada do mundo ou do homem, jamais termina; remete sempre para alguma coisa que está acima do objeto imediato dos estudos, para os interrogativos que abrem o acesso ao Mistério".

Os grandes desafios à vida, experimentados no mundo atual, são resultado de uma mentalidade, de certo modo, generalizada na sociedade, que apresenta sinais sensíveis de empobrecimento moral e ético. Percebe-se que nem tudo que é possível à ciência é necessariamente bom.

A prática da ciência deve, portanto, submeter-se ao juízo ético, buscando sempre aquilo que é bom para o ser humano.
Alguns projetos internacionais de limitação demográfica sem ética continuam ameaçando países em desenvolvimento, provocados por potências do norte. Leis favoráveis ao aborto, à eutanásia e a pesquisas científicas que resultam na morte de embriões humanos são pontos de discórdia entre aqueles que defendem a dignidade natural da vida humana e aqueles que, pouco a pouco, vão perdendo a sensibilidade a respeito da vida do outro.

Assomem-se a isto, os grandes problemas da indústria e engenharia bélica que acabam alimentando a violência até mesmo onde parece existir paz.

A ciência é o campo da inteligência humana criada por Deus, responsável por salvar a vida e nunca para ameaçá-la.

Fonte: CNBB