domingo, 29 de janeiro de 2012

O apóstolo incansável

O apóstolo incansável
Você conhece São Vicente Pallotti?


Apóstolo incansável

Caros amigos de São Vicente Pallotti! Nossa caminhada junto da vida deste grande santo será feita agora a passos largos. Não que nos falte empenho ou desejo de estudar sua vida e seus feitos a fundo, mas o fato é que Pallotti jamais descansava, fazendo com que tivesse inúmeras atividades ao mesmo tempo, por anos a fio. Por isso, não se assuste com nossos avanços cronológicos, ainda assim estaremos junto de nosso santo.

A primeira impressão que temos diante dos numerosos ministérios sagrados assumidos por Pallotti é que ele não daria conta de tudo. Seu dia, nos anos que seguiram sua ordenação sacerdotal, era intenso: pela manhã atendia no confessionário, em seguida, celebrava a Eucaristia em lugares diferentes, conforme necessário. À tarde de todos os dias úteis, exceto aos sábados, orientava as discussões na Academia da Universidade Sapienza. À noite, pregava ao ar livre e dirigia o Oratório Noturno. Nos dias santos dava assistência aos meninos do Oratório do jardim. Havia, depois, as reuniões com os colaboradores; os exercícios espirituais; além de ser diretor espiritual de diversas pessoas.

Em 1824, sua mãe, Maria Madalena, ficou gravemente enferma. Os seus sofrimentos eram agudos, mas dotada de fibra vigorosa pode lutar, por muito tempo, contra a doença. Em 1827, as dores se tornaram mais fortes, quase insuportáveis. Maria Madalena lutou até o dia 19 de julho, festa de São Vicente de Paulo, quando faleceu. Seu filho Vicente estivera todo o tempo ao seu lado.

No outono de 1827, o padre Vicente foi nomeado Diretor Espiritual do Seminário Romano, o seminário da diocese de Roma. Dedicou-se com especial carinho a este serviço, convencido que estava de que daquele Seminário dependia a santificação não só do clero romano, mas também de todo o mundo católico. Tanto trabalho e a grande austeridade que impunha em sua vida alquebraram ainda mais seu organismo, que já não era demasiado forte. Parentes e amigos rogavam-lhe que diminuísse o ritmo das atividades, mas ele respondia invariavelmente: “Iremos descansar no Céu”.

Se a sua atuação no Seminário Romano o ajudou a aprofundar a espiritualidade sacerdotal e a reavaliar o sentido do ministério, o encargo exercido alguns anos mais tarde, em 1833, no Colégio Urbano da Propagação da Fé ampliou-lhe os horizontes e abriu-o às realidades missionárias da Igreja.

Com o passar dos anos, o ministério da Reconciliação tornou-se para o Pe. Vicente a ocupação principal. O padre Rafael Melia, um de seus colaboradores, declarou: “o principal ministério a que se dedicou o Servo de Deus foi o de confessar, da manhã até a alta noite”. Pouco a pouco o número de penitentes foi se ampliando. Nos anos trinta e quarenta, a cada quinze dias, confessava-se com ele o Cardeal Luigi Lambruschini, bem como o Papa Pio IX.

Na época em que, em torno do Padre Vicente, diminuía a família natural, crescia uma progênie espiritual, gerada e alimentada pelo ministério, pela pregação e pelo confessionário. Não nos referimos somente aos colaboradores, mas a um grande número de homens e mulheres que o reconheciam pai e mestre. O padre Vicente Pallotti teve, de três maneiras diversas, o dom da paternidade espiritual e do ensino. Foi, antes de tudo, pai e mestre.

Assim já vamos percebendo o dom que Vicente tinha de atrair as pessoas para Deus. Os homens que estão próximos de Deus, e que buscam sempre a santidade, não necessitam de muitos gestos, mas seu próprio testemunho fala aos corações. É impossível acompanharmos o padre Vicente sem nos sentirmos tocados e impelidos a fazer como ele fez.

Assim, continuamos nosso itinerário imerso na vida de nosso grande santo. No próximo número veremos suas características espirituais, bem como os primeiros movimentos do nascimento da União do Apostolado Católico. Mas, enquanto isso, procuremos sempre mais sermos discípulos missionários incansáveis, para a infinita glória de Deus e para a salvação das almas, a exemplo de São Vicente Pallotti. Até a próxima!

Fonte: Diálogo Vivo

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