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terça-feira, 27 de março de 2012

O Sentido da Cruz

O Sentido da Cruz
Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Lisboa.
O que significa a cruz para você?
Que sentido ela tem na sua vida?
Padre Pio de Pietrelcina sabiamente dizia que "o sofrer é de todos", mas "o saber sofrer é de poucos". Todos sofremos, todo ser humano tem algum sofrimento em sua vida, mas é muito comum pensarmos que somos a pessoa que mais sofre no mundo ou até agirmos como se só nós sofrêssemos. Temos a mania, na hora da dor, de pensar que todas as maldições do mundo estão apontadas para "eu" e que a grama do vizinho é sempre mais verde. Quando mais atentos e sinceros, no entanto, percebemos que todos sofrem, inclusive seu vizinho do jardim bonito - e certamente há alguém sofrendo mais do que você, que agora pode ler este texto.


Os jardins bonitos sempre estão nos programas de TV: as câmeras invadem as casas dos "famosos" e milionários para mostrar como a vida deles parece ser é legal. Quando você vê depois, na revista de fofoca, que um deles foi preso ou internado por causa de depressão, você pensa: "ah! Mas se fosse eu no lugar dele, seria diferente"...

Nas estradas da vida, conheci pessoas que têm a semana lotada de festas, estão a quase toda hora sorrindo e dançando; mas, quando chegam em casa, tomam o remédio controlado e se trancam no quarto para chorar.

O paganismo diz que você tem que buscar as criaturas que lhe fazem feliz, o que quer dizer que a felicidade está nas criaturas. O cara se mata de trabalhar para juntar dinheiro para um final de semana em Fernando de Noronha porque ele acha que vai ser feliz nesse momento. O romântico faz de tudo para agradar a sua paixão, mas, se um dia ele a perde - ou descobre que nunca poderá conquistá-la -, ele perde (também) o rumo da vida. O Cristianismo, porém, me ensinou - me guiando nas primeiras estações de minha própria via crucis - que, para nos relacionarmos com as criaturas, nós já deveríamos estar felizes. Você não deveria ir ao trabalho para buscar, nele próprio ou em seu salário, a alegria: você deveria ir ao trabalho porque já está alegre. É uma felicidade que vem de dentro...


Mas como chego a essa felicidade? Qual é a sua fonte? Só há um ser que pode nos dar essa verdadeira felicidade: Deus. Para a criatura ser feliz é preciso que ela esteja em comunhão com o Criador. Assim, ela estará em Deus, e Deus estará nela. Nessa condição, a criatura encontra em seus semelhantes um meio de encontrar o Criador, e ela própria é um canal da bondade e da felicidade de Deus para as outras criaturas.

Tudo que está de errado no mundo se deve justamente às pessoas buscarem a felicidade no mundo, ao invés de encontrá-la em Deus e trazê-la para o mundo.

Mas o que fazer para alcançar a comunhão com Deus? Depois do pecado original, de toda essa bagunça que a gente já fez, só há um caminho: o único caminho que nos leva de volta para Deus é a Cruz. O próprio Deus, infinitamente misericordioso, veio, como ser humano, ao nosso meio onde foi pregado, literalmente, a uma cruz e, assim, foi o primeiro homem a mostrar o que os outros deveriam fazer para voltar a seu Criador. Aquilo que para os judeus era escândalo e para os pagãos era loucura (I Coríntios 1,18), aquilo que parece ser o fim, ou a própria perdição, para os descrentes, tornou-se, para os cristãos, não somente um símbolo, mas o seu meio de salvação.

Qual o significado da cruz na sua vida? O que significa a cruz para você?


Aquela doença para qual não se descobre cura, aquele tratamento doloroso e incomodo que tem de ser feito; aquele trabalho degastante; aquela gravidez indesejada, aquele filho especial ou aquele idoso que você tem de cuidar; aquele pai alcoólatra que bate em você e na sua mãe; aquela falta de dinheiro ou mesmo de alimento; o "bullying", os preconceitos que as pessoas tem contra você, aquele irmão que se mete demais na sua vida; a garota que não te quer ou aquele garoto com quem você tanto quer "fazer amor", mas não deveria...

Tudo isso e muito mais pode ser a sua cruz. Através dessas coisas Deus pode derramar graças na sua vida; Deus não permitiria esses amargos "limões" se não nos permitisse ser capazes de transformá-los em saborosas "limonadas". Através desses sofrimentos, dos menores aos maiores, poderemos encontrar o próprio Deus, fonte da Verdadeira Felicidade, a Verdadeira Alegria dos homens. Mas para isso é preciso "abraçar a cruz"; ao invés de inevitavelmente fugir do sofrimento, é preciso aceitá-lo como uma missão.

Serei capaz disso? Existem histórias reais de pessoas que provaram ser possível, a exemplo de Cristo, passar pela cruz. A vida dos santos é a prova concreta. Não estou falando aqui do "testemunho" que você pode ter ouvido hoje a tarde ou de madrugada (ou a qualquer hora!) no programa de algum "apóstolo", estou falando da vida histórica e documentada de homens e mulheres que tiveram a presença de Deus, da verdadeira felicidade, na sua vida.

Você pode não acreditar nos milagres do Padre Pio ou de Santa Rita, mas de uma coisa você pode ter certeza: os santos foram (e hoje são muito mais) bem mais felizes que tantos desses "famosos" e milionários; eles, que aceitaram sua cruz, os sofrimentos que chegavam em suas vidas - dos quais extraiam o bem e sua própria santidade.

Criou-se em nosso tempo o estereótipo de que os santos são tristes - talvez por causa de seus sofrimentos e sua atitude em aceitá-los. Mas o que acontece é justamente o contrário! Conheça-os (e para os católicos isso vai além de ler sobre eles) e descobrirá que era uma virtuosa e misteriosa alegria interior que os ajudava a alcançar seus heroísmos. Santos são os imitadores de Cristo, portanto não poderiam deixar de passar pela cruz.

Infelizmente, em certas "igrejas" nem se fala em santos, enquanto se busca, a todo custo e dízimo, fugir da cruz. Diria que buscam a Cristo sem a cruz, mas sequer buscam a Cristo: buscam somente seus milagres...

Não podemos ir à igreja pelo mesmo motivo que os pagãos vão às loterias! A igreja é um lugar especial para pedirmos a Deus a força e o dom dessa misteriosa alegria, que nos ajudarão a carregar a nossa cruz de cada dia até quando Ele quiser. Num encontro cristão de jovens, de casais, de dependentes químicos é possível ver que todos sofremos, embora os sofrimentos sejam diferentes; e assim poderemos nos ajudar, uns aos outros, em nossos calvários.



Essa é a resposta para você que pergunta o porque dessa dor; essa a resposta para você que está em depressão; a resposta para você que não é capaz de olhar ao lado e ver que o outro também sofre (a diferença dele talvez seja a atitude ante o sofrimento); está aqui a resposta para você que acha que sua vida não vale nada e quer acabar com ela. Olhem para Cristo! Olhem para a Cruz! Olhem, e encontrarão o sentido de suas vidas.

Meu irmão, minha irmã, você não está só. Há bilhões de pessoas que sofrem, como você - umas mais, umas muito mais, outras menos, outras igualmente. Todos sofrem. O próprio Deus, quando veio ao mundo, sofreu. Você é chamado agora a dar um sentido ao seu sofrimento. Há, entre esses bilhões, uma multidão de pessoas que decidiu abraçar seu sofrimento como uma missão, o meio de encontrar a tão almejada felicidade.

Desde a década de 80, circula pelos diversos países do mundo uma cruz de madeira de 3,8 metros de comprimento. Junto dela vem a imagem de uma mãe ternurosa: a Mãe que o Crucificado deu aos seus irmãos, para que aqueles que também se dispuserem a carregar a própria cruz tivessem um alento nas horas de dor e cansaço.

Carregando uma cruz visível, jovens do mundo inteiro lembram que também deveríamos carregar as nossas cruzes invisíveis. Essa cruz fortalece os laços entre os que abraçaram seu calvário; ela une os católicos - assim como une quem a enviou. Essa cruz esteve em minha cidade nos dias 11 e 12 de janeiro de 2012. Sobre essa experiência escreverei em breve.


Que significa a cruz na sua vida? Qual é a sua cruz?
Fonte: Fé, Ciência e Etc...

domingo, 25 de março de 2012

Um Conto de Natal: Alma aflita, parte 2

Um Conto de Natal: Alma aflita, parte 2

Do fundo dos anos de indiferença, as palavras esquecidas há tanto tempo foram pouco a pouco emergindo em sua memória:

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à vossa proteção, implorado vossa assistência, reclamado vosso socorro, fosse por Vós desamparado.

Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a vossos pés.

Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja.

Num primeiro movimento de orgulho amargo, a alma se perguntou: Serei eu a primeira a dizer que Nossa Senhora não veio em meu socorro? Depois percebeu claramente que não havia se dado ao trabalho de pedir uma só vez esse socorro...

E caminhando por ruas vazias e frias, ela repetia as palavras da oração de sua infância: Gemendo sob o peso de meus pecados [...] nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à vossa proteção [...] fosse por Vós desamparado! Animado eu, pois, com igual confiança [...] como a Mãe recorro, de Vós me valho...

Uma grande dor invadiu então essa alma atormentada, ao tomar consciência do lamentável estado em que se encontrava. Do mais fundo de seu ser, subia-lhe um desejo de reconquistar a amizade de Deus e os perfumes primaveris de sua vida espiritual, de restaurar a inocência perdida.

— Será ainda possível? –– perguntava-se ela.

— Nunca se ouviu dizer... –– respondia-lhe uma voz interior.

Movida pela graça, repetiu ainda, com toda sinceridade, as palavras do Lembrai-Vos e pediu a Nossa Senhora que viesse em seu socorro.

— Vamos ver o que sucederá –– pensou ela com uma ponta de incredulidade. E virou a esquina.

* * *

A luz interior da igreja iluminava os vitrais. A porta estava aberta. Hesitante e surpresa, entrou. Estava para começar a vigília de Natal. Pela nave lateral, avançou até o altar de Nossa Senhora.

Uma melodia natalina partiu do órgão. A alma desmanchou-se em prantos. Depois de tantos anos de secura no egoísmo, ela se afogava em soluços de arrependimento.

As lágrimas escorriam-lhe pela face em abundância, e seu tronco sacudia ao ritmo convulsivo do pranto em soluços, como o de uma criança...

Lá havia um padre para ouvir confissões. E este não foi o menor dos milagres, para os tempos em que vivemos. A alma foi acusar-se como pôde, um tanto confusamente, de sua triste vida afastada de Deus. E recebeu a absolvição de suas faltas.

* * *

Deixo ao leitor o cuidado de pensar na alegria que, naquela noite, causou ao Coração de Jesus Infante a volta ao rebanho de sua pequena ovelha transviada.

O Menino Jesus veio sobretudo para os pecadores. Não recusa jamais o seu perdão. Acolhe com bondade e misericórdia toda humilde contrição. Ontem, hoje, sempre, Jesus Cristo é a solução para o mundo, que afunda na noite do neopaganismo.

No maior drama de nossa vida, recorramos com confiança a nosso Salvador, por intermédio da Santíssima Virgem, a quem Ele nada recusa.

(Por Benoît Bemelmans, extraído de Catolicismo)
Fonte: Fátima em Foco On-line

domingo, 18 de março de 2012

CORAÇÃO EM COMUNHÃO

CORAÇÃO EM COMUNHÃO

Hoje posso perceber o valor de uma amizade
Pois, Divino amigo, com carinho me ensinaste
Se eu pudesse compreender o tamanho do teu amor por mim.Mais nada esconderia daquilo que já sabes
Tudo te entregaria Jesus minha alegria.
Meu amigo…

Hoje posso perceber que um amigo de verdade
Não sou eu a escolher vós em mim o enxertastes
Que é mais fácil te seguir ao lado de um amigo

E mesmo se ele tropeçar ou tão fraco vacilar
Queres Senhor que eu encontre a Ti a Tua vida
No coração de um grande amigo.

Amigo fiel refúgio poderoso
Quem o descobriu encontrou um tesouro
Prefiguração de Deus certeza do céu
Quero tê-lo aqui no peito meu
Meu anjo meu abrigo meu
Amigo Fiel refúgio poderoso
Quem o descobriu encontrou um tesouro
Permaneceremos até o fim na amizade do Senhor
E se me amar te causar a dor
Com o mesmo amor me cures meu amigo

Hoje posso perceber que a glória da amizade
Consiste em tudo perder na renúncia da vontade
Para ter um bem maior: A misericórdia do Senhor
E salvar quando preciso for,
Como a cada dia salvo eu sou

Quero realmente amar assim
E nunca abandonar os meus amigos
Deus meu Deus cuida de mim dá-me ser amigo
Em ti Amado Salvador,
De meus irmãos queridos,
Leva-me onde quiseres, Esposo de minh’alma
E quando longe eu estiver e Saudades levar comigo
Seja ela esperança de reencontrar
O coração de um grande amigo
Música: Toca de Assis (Irmão Elizeu)
Fonte: Flávio Alexandre

O FIM DA TRADICIONAL ÁRVORE GENEALÓGICA

O FIM DA TRADICIONAL ÁRVORE GENEALÓGICA
Luiz Fernando Veríssimo
Vou ser avó de quem???
Mãe, vou casar!
Jura, meu filho ?! Estou tão feliz ! Quem é a moça ?

Não é moça. Vou casar com um moço.. O nome dele é Murilo.
Você falou Murilo… Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
Nada, não… Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.

Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo…
Problema ? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora… Ou isso.

Você vai ter uma nora. Só que uma nora… Meio macho.
Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea… E quando eu vou conhecer o meu. A minha… O Murilo ?

Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
Tá ! Biscoito… Já gostei dele.. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui ?

Por quê ?
Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.

Você acha que o Papai não vai aceitar ?
Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver.. . Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metade com bigode.

Mãe, que besteira … Hoje em dia … Praticamente todos os meus amigos são gays.
Só espero que tenha sobrado algum que não seja… Pra poder apresentar pra tua irmã.

A Bel já tá namorando.
A Bel? Namorando ?! Ela não me falou nada… Quem é?

Uma tal de Veruska.
Como ?

Veruska…
Ah !, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.

Mãe !!!…
Tá.., tá…, tudo bem…Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto ..

Por que não ? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?

Quando ele era hétero… A Veruska.
Que Veruska ?

Namorada da Bel…
“Peraí”. A ex-namorada do teu atual namorado… E a atual namorada da tua irmã . Que é minha filha também… Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco…

É isso. Pois é… A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero…
De quem ?

Da Bel.
Mas . Logo da Bel ?! Quer dizer então… Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska.

Isso.
Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.

Em termos…
A criança vai ter duas mães : você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.

Por aí…
Por outro lado, a Bel….,além de mãe, é tia… Ou tio… Porque é tua irmã.

Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska… Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
Só trocar, né ? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.

Exato!
Agora eu entendi ! Agora eu realmente entendi…

Entendeu o quê?
Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!

Que swing, mãe ?!!….
É swing, sim ! Uma troca de casais… Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra…..

Mas…
Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior… Com incesto no meio..

A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso…
Sei !!! … E quando elas quiserem ter filhos…

Nós ajudamos.
Quer saber ? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero,o espermatozóide. .. A única coisa que eu entendi é que…

Que…. ?
Fazer árvore genealógica daqui pra frente… vai ser foda.
Fonte: Flávio Alexandre

ESPERA NO SENHOR, DESDE AGORA E PARA SEMPRE (SL 131,3)

ESPERA NO SENHOR, DESDE AGORA E PARA SEMPRE (SL 131,3)
Esperar em Deus demanda trabalho, suor e renúncia. Esperar em Deus não é distanciar-se dos fatos como se os mesmos acontecessem ao acaso, mas sim, aceitar a vontade do Senhor, mesmo que seja difícil e incompreensível.
Esperar em Deus não é esperar que tudo caia do céu, mas sim, dobrar os joelhos e orar para que seja feita a vontade do Senhor.
O grande problema é que nós, seres humanos, estamos (mal) acostumados ao tempo cronológico (cronnos), que nada mais é do que a forma humana de mensurar o tempo. Em contrapartida, Deus vive um kairos, um tempo de graças. Temos que ter o discernimento de aguardar o tempo de Deus em nossas vidas.

Tende, pois, paciência, meus irmãos (…) Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas. (Tg 5,7)

Esperar em Deus demanda luta contra a ansiedade e a falta de fé.Esperar em Deus é repousar nos braços do Senhor, confiante em seu amor e em seus propósitos.
Espera tu pelo Senhor; anima-te, e fortalece o teu coração; espera, pois, pelo Senhor. (Sl 27,14)
Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação. (Sl 62,1)
Flávio Alexandre
Fonte: Flávio Gomes

sábado, 17 de março de 2012

QUANDO TERMINA UMA AMIZADE?

QUANDO TERMINA UMA AMIZADE?

Pode ser que, diante dessa pergunta, muitas respostas tenham vindo à sua cabeça: Quando há traição; quando uma das pessoas se muda para outra cidade; quando a outra pessoa começa a namorar; quando um se decepciona com o outro. Enfim, uma série de conclusões prontas que não chegam nem perto da resposta mais acertada. Todos os motivos que foram citados não são determinantes para uma amizade terminar, pois se esta é verdadeira, ela está fundamentada no amor e o verdadeiro amor supera tudo. Mas, infelizmente, há uma razão bem concreta para uma amizade terminar: quando ela deixa de ser amizade!

Já apresentamos muitas definições para esse relacionamento fundamental entre as pessoas. Para nós, a melhor expressão para classificá-lo é dom de Deus. E justamente por ser um dom de Deus a amizade é irrevogável (cf. Rm 11,29).

Então perguntar sobre o fim de uma verdadeira amizade é contradizer tudo isso? Pelo contrário, é justamente reforçar essas ideias; é voltar a afirmar que esse relacionamento, mesmo que verdadeiro e originado em Deus, só acaba quando ele deixa de ser e se descaracteriza.

Alguém pode nos dar um presente e nunca tentar tomá-lo de volta. Mas nós podemos pegar esse lindo presente e jogá-lo na parede, quebrá-lo, estragá-lo. É exatamente isso que acontece com o dom , que é um amigo. Deus não o toma; nós que estragamos tudo. É por isso que vemos muita coisa sendo chamada de amizade, sem o ser na realidade. Caricaturas de um dom tão precioso que o Senhor nos concede para nos aproximar mais d’Ele.

A missão principal de um amigo é levar o outro cada vez mais para o Senhor. Quando isso deixa de acontecer, já não se trata mais de uma amizade verdadeira. Podem até chamá-la dessa forma, mas, na verdade, muitas vezes, não passa de apego, conveniência, interesse, carência mútua, codependência afetiva, status social, coleguismo, sociedade, associação ou qualquer outra nomenclatura para relacionamentos afetivos que não ultrapassam a sensibilidade, as emoções, os interesses pessoais, sejam eles os mais nobres ou os mais deploráveis, mas, independentemente disso, se limitam exclusivamente aos nossos interesses.

Esses tipos de relacionamento realmente acabam, pois estão baseados em propósitos, em metas – positivas ou não – que se esgotam com o passar do tempo. Quando se alcança o objetivo definido, os que estão envolvidos naturalmente se separam e tudo acaba. Quando a essas relações muito sentimento é associado, o estrago é muito maior. Quem está envolvido não consegue ou não quer enxergar que aquele relacionamento é prejudicial e insiste em seguir adiante só se machucando e ferindo a outra pessoa. Tudo se reduz a uma compensação de carências; feridas que se encontram e só crescem juntas; um sentimento de posse destrutivo em graus menores ou maiores; nada que se aproxime do dom de Deus.

Uma amizade verdadeira, sólida no Senhor, não acaba, pois, como afirma Santa Catarina de Sena: “A amizade cuja fonte é Deus jamais se esgota”. É dom do Pai, por isso se renova todos os dias pela ação do Espírito Santo; sempre renovada n’Ele, que a todo momento faz nova todas as coisas (cf. Ap 21,5). Fundamentada no Senhor, ela é expressão concreta – mesmo que limitada – do Seu amor que “é paciente, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido, não se alegra com a injustiça, tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor que jamais acabará” (cf. I Cor 13,4-8).

Se ao ler esse texto você disser que a sua amizade acabou, algumas perguntas você deverá se fazer: Era realmente uma amizade verdadeira? Que frutos esse relacionamento gerou na sua vida: frutos bons ou frutos maus? Acabou mesmo ou está passando pelo processo normal de purificação, pelo qual todo relacionamento passa para amadurecer? Ou pior: por causa das dificuldades, dos sofrimentos do amadurecer, você preferiu, por fraqueza, desistir do dom que Deus lhe deu? É preciso ter coragem para se olhar no espelho e se questionar, fazê-lo pode trazer uma nova luz para a sua vida.

Se acabou, talvez essa amizade não fosse verdadeira, não passasse de uma caricatura. Mas se é mesmo um dom do céu para a sua vida, que o próprio Deus lhe concedeu, não desista e – como Jesus – pague o preço do amor verdadeiro: ame até o fim. Ele, que é a Verdade, iluminará seus passos e lhe ensinará a viver uma amizade de verdade.

Renan Félix

Seminarista da Com. Canção Nova

blog.cancaonova.com/renanfelix
Fonte: Flávio Alexandre

QUAL PROJETO VOCÊ QUER PARA SUA VIDA?

QUAL PROJETO VOCÊ QUER PARA SUA VIDA?

Em nossa vida, quatro projetos norteiam o nosso planejamento de futuro. São projetos que, muitas vezes, não correspondem à realidade, não correspondem a um tipo ideal e nem correspondem a anseios humanos.O primeiro é o Projeto Familiar, aquilo que sua família espera de você até antes de você nascer.

O Projeto Pessoal, são os nossos sonhos, que vão desde coisas materiais e profissionais, até conquistas afetivas. Aquela namorada, aquela esposa, aquele filho, aquele amigo, etc.

Existe também um Projeto de Vida Social, é aquele que a sociedade espera de nós. Esse, normalmente, é muito cruel, pois envolve ambições do mundo moderno.

Mas o principal projeto e o mais sólido é o Projeto de Deus, esse é baseado na mais vivaz das palavras, o evangelho.

As nossas angústias e indecisões se dão quando esses projetos se afastam um do outro. É necessário lutar que eles se aproximem cada vez mais e, consequentemente, a felicidade vai bater em sua porta.

Flávio Alexandre
Fonte: Flávio Alexandre

É DIFÍCIL SUPERAR O TEMPO DO LUTO…

É DIFÍCIL SUPERAR O TEMPO DO LUTO…

Dor, revolta, saudade, tristeza, consolo… são tantos os sentimentos que nos vem à mente quando o assunto é a morte de alguém que amamos que nos perdemos em nós mesmos na busca de respostas. O nosso “luto” tem um tempo, tempo esse que pode variar, mas é necessário para que nós possamos acostumar com a ausência do falecido.É necessário o enfrentamento da dor, os primeiros meses são os mais difíceis de enfrentar: Muitos se refugiam na religião, no trabalho ou em outras atividades e isso é benéfico, mas é preciso ter cuidado para não se “afundar” muito nessas atividades, não as tornar uma fuga adiando o tempo do luto. Mesmo que a pessoa se apegue a alguma atividade, não quer dizer que ela já tenha superado, o luto envolve o tempo próprio de cada pessoa.

Uma coisa é certa, a dor do luto precisa ser respeitada. As pessoas precisam ter seu espaço e nem sempre as palavras servem para consolar. Viva e ensine os seus a viver bem o tempo do luto, pois quem se foi Deus já está cuidando.

Flávio Alexandre
Fonte: Flávio Alexandre

O DIA EM QUE A SALVAÇÃO FOI MANCHETE

O DIA EM QUE A SALVAÇÃO FOI MANCHETE

Olhos fixos naquele apertado e longo túnel que leva até o coração da terra onde estavam os mineiros presos a mais de 40 dias. Tempo longo. Um dia já seria demais. Toda a tecnologia e inteligência foi utilizada neste resgate histórico, no deserto do Atacama, no Chile.

O que mais me impressionou, porém, foi a coragem do primeiro resgatista que entrou na cápsula para descer até onde estavam os mineiros soterrados.

Uma coisa é ser surpreendido no meio de um dia de trabalho por uma avalanche e ficar preso a quase um quilômetro abaixo da terra. Dezessete dias sem comunicação é algo somente imaginável para quem passou.

Mas coloque-se no lugar de alguém que hoje está jantando com sua mulher e filhos, sabendo que amanhã vai entrar terra abaixo para prestar sua solidariedade e preparar os mineiros para o resgate.

Por mais seguros que sejam os procedimentos, aquele homem sabia muito bem que nenhum humano havia testado ainda aqueles equipamentos inventados especialmente para a ocasião.

Que valores e convicções motivam este homem a arriscar a própria vida para salvar a dos companheiros?

Esta atitude me faz entender melhor o Coração de Jesus que, sendo Deus, não se apegou à sua divindade, mas esvaziou-se de si mesmo e desceu até nós para nos resgatar! (cf. Filipenses 2,5-11).
Padre Joãozinho, SCJ
http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/
Padre do Sagrado Coração de Jesus (dehoniano), doutor em teologia, diretor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP) e autor de vários livros e canções. Conheça o blog do Padre Joãozinho
Fonte: Flávio Alexandre

VOCÊ ESTÁ ENCALHADO OU ENCALHADA?

VOCÊ ESTÁ ENCALHADO OU ENCALHADA?

“ENCALHADO” você já ouviu falar nesta palavra? Tão temida por alguns e tão vividas por outros…
Hoje um dos maiores medos nos relacionamentos é o de ficar só, sem namorado; sem namorada. Aí entra esse grande rótulo (encalhado!).

Colocado muitas vezes por nós mesmos.Mas eu quero te apresentar uma nova palavra… Por sinal, não a encontramos em qualquer lugar, muito menos para qualquer um…

Pense comigo!

Quantas vezes fomos para um casamento ou uma festa importante e encontramos lá bem grande:

“RESERVADO”.

Chegamos num supermercado e vemos logo de cara aquela fila:

“RESERVADA”.

A primeira impressão que fica é que pessoas importantes irão usufruir daquilo que foi separado, escolhido, preparado e reservado.

Não quero só te dizer que você está reservado (a), mas existe uma pessoa separada, escolhida, preparada e reservada que na hora certa vai dar certo.

Encalhado é uma palavra tão baixa, tão vulgar que ninguém deveria ser rotulado assim. Afinal de contas quem fica encalhada é baleia e na maioria das vezes, ela não consegue soltar-se, fica presa, se ferindo até morrer.

Você está encalhado/a?

Não está.

Pense diferente.

Pense assim:

Você está “Reservado/a” você é muito importante e só pessoas importantes podem usufruir, só a pessoa certa pode ter acesso.

Não se deixe levar por essa onda, mas se assuma como: RESERVADO(A)

Como fala Stª Edith Stein “O que vale apena possuir, vale a pena esperar”

Thiago Teodoro (Comunidade Canção Nova)
Fonte: Flávio Alexandre

segunda-feira, 12 de março de 2012

O Senhor abrirá as portas de 2012 para nós!

O Senhor abrirá as portas de 2012 para nós!
“De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro, se vir a perder a sua alma?” (Mc 8,36)


Nossa Senhora Rainha da Paz

Assim como fizeram do Natal um tempo para se fazer "caridade" (como se no restante do ano isto não importasse), fizeram do fim de ano tempo para reflexão. Legal fazer caridade no Natal; legal fazer um auto-exame no final do ano; o entanto, devemos fazer isso tem que ser SEMPRE!

Todos os dias, todos os momentos, devemos refletir, ser caridoso, misericordioso, respeitoso, fiel, buscar a harmonia, lutar por ser melhor. Se a gente só esperar pra chegar à conclusão disso no final do ano, nunca faremos aquilo que no único dia do ano em que paramos, concluímos que não fazemos. E a razão é lógica: ninguém consegue ser nada se não perseverou para ser.
Nosso Senhor disse que de nada vale ao homem ganhar o mundo se perder o essencial: a alma! Em algumas traduções usa-se "vida eterna". Alma vem de "ânima", "ânimo". Uma vida sem ânimo é uma vida sem cor, brilho, vida! Sabendo disso, Deus, ao criar o homem, deu a ele ânima! Recebemos o Ruah (sopro do espírito) e nossa carne meramente mortal tornou-se viva. É o espírito quem dá vida ao corpo, e não o contrário. Logo, certo estava São Paulo em suas inúmeras exortações sobre a santidade, pedindo que cuidássemos de nosso espírito a fim de lapidarmos nosso corpo. E as maneiras são diversas: podemos, por exemplo, jejuar. Apesar de ser um exercício corporal, é muito importante e necessário para lapidar o espírito. As penitências, em geral, também o são. Igualmente as práticas em disciplinar-se: falar baixo, comer menos, não fumar, ser mais prestativo, não responder inadequadamente aos pais...
Prendemo-nos ao material quando lemos este versículo, esquecendo-nos da exortação ao espírito que o Senhor quer nos dar. Ganhar o mundo inteiro não quer dizer necessariamente ser rico; não quer, também, dizer que temos que ser pobretões, um astro de Hollywood ou um atleta em destaque. Ganhar o mundo inteiro tem um significado muito mais profundo. Eu, por exemplo, ganho almas para Deus com meu trabalho evangelizador pela internet. Já recebi vários reconhecimentos por isso. Porém, posso perder minha alma porque não cuidei primeiramente daquilo que era mais importante: a MINHA salvação.
Por mais que o Senhor tenha dado a vida por muitos, cada um é responsável pela sua salvação. É dever orar pela salvação de todos, pedindo ao Senhor que todos se convertam; contudo, não podemos agir como hipócritas e fariseus, pregando uma fé que não vivemos, ensinando a amar um Cristo que não adoramos nem Lhe rendemos reverência.
Com tantos planos que fazemos todos os finais de ano, deveríamos priorizar o mais importante: não perder a nossa salvação. O restante, como bem disse Jesus, virá por acréscimo à medida que buscarmos o Reino de Deus e Sua Justiça. Que tenhamos em mente neste 2012 um único ideal: buscar a salvação e ganhar mais almas para Cristo.
Neste dia 31 de dezembro, em que comemoro 27 anos de vida, peço ao Senhor da colheita que envie operários para a Sua colheita.
Que Nossa Senhora Rainha da Paz abençoe a todos.
Feliz Ano Novo.
Fonte: Fazei o que Ele Vos Disser

domingo, 11 de março de 2012

O ignorado Natal

O ignorado Natal
Às vésperas de uma das festas mais importantes e solenes da Sagrada Liturgia, o Natal vem sendo ignorado ano após ano.

Dia desses eu ia em um ônibus a um lugar e não pude deixar de ouvir a conversa de duas moças:

- Pois é, menina! Chegou o Natal!
- Ah, eu nem ligo muito pro Natal. Eu gosto mais é do Ano Novo.
- Já eu não ligo pra nenhum e nem outro.
- É mesmo? Ah, eu não dou bola pro Natal porque não tem nada pra fazer neste dia. No ano novo a gente se agita mais.
- É, tem razão...
- Vou descer no próximo ponto. Tchau. Fica com Deus.
- Vai com Ele. Deus abençoe.

Confesso que fiquei intrigada. A primeira coisa que me veio à mente é: como alguém que não dá a mínima para o Natal roga a Deus que abençoe alguém?


Imagem de Nsa Sra Grávida
Não cabe a mim julgar a atitude de ninguém, mas posso refletir sobre. Creio que a maioria das pessoas que se admitem cristãs não sabem o que, de fato, seja o cristianismo. Conferem-no apenas um sentido supersticioso e determinante, algo como "eu peço a Deus e Ele me faz porque me ama. Amém". Mal sabem estes cristãos que Jesus quis vir ao mundo para salvar a cada homem que existe, existiu e existirá.

Ao vir ao mundo, Jesus quis fazer uma nova aliança com o povo de Deus. Quis vir ao mundo pelo seio de uma Virgem. Desejou esta Virgem em Seu Coração desde toda a eternidade. Escolheu-a com total dignidade. Criou-a para uma única missão: ser Sua mãe. Sendo assim, se cremos que Deus é Onipotente e Onisciente, sabemos que Ele, ao criar Maria, já sabia o que dela esperar. Logo, é inaceitável e perigoso à fé pensar que Maria poderia ter dito não. Apesar de ela ter sido livre, Deus já a havia criado para este maravilhoso fim: gerar o filho de Deus. Maria foi porta do céu para o mundo. A porta da graça.

Contudo, quantos cristãos entendem isto? Muitos nem acolhem Maria como mãe. Ignoram o amor incondicional de Jesus por Sua Mãe como se Ele fosse um machista ou um filho muito mal educado. Confundem amor com adoração ou idolatria porque desconhecem a profundidade desta realidade divina: Cristo se fez um no seio de Maria, e ela a Ele se submeteu como escrava. Humanamente falando é impossível entender. Apenas com a graça e os olhos da fé.

Gerado no seio da Virgem, Jesus passou pelo mesmo processo que todos nós passamos. Foi um embrião, depois um feto, um bebê. Quando formado, nasceu. Foi amamentado, recebeu os primeiros alimentos, aprendeu a engatinhar, andar, falar. Recebeu a educação judaica. Observou os bons exemplos de seus pais terrenos. Formou-se marceneiro por influência de São José. Sua mãe foi Sua companhia até a cruz.

Refletir sobre a vida de Jesus desta forma faz com que reflitamos sobre a urgência de resgatar o sentido do Natal. Apesar de apreciarmos a imagem do Papai Noel, desconhecemos que este bom velhinho se origina de um Santo bispo Católico chamado Nicolau, por exemplo. Porém, mais do que esquecermos de São Nicolau, nos esquecemos do aniversariante deste dia: O próprio Cristo Jesus. Ele, que quis vir ao mundo para nos salvar, é rejeitado e ignorado. Continua, assim como em Sua época, a não ter um lar para nascer. Talvez hoje não lhe sobre nem uma manjedoura. Apenas corações empedernidos, esquecidos da riqueza espiritual que esta data nos traz.


São Nicolau
Independente se foi ou não o dia em que Jesus nasceu - e isto realmente não é o mais importante, afinal, Ele NASCEU! Isso é o que realmente importa - deveríamos neste dia 25 lembrarmos que a nossa história mudou no dia que Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu. Sua vinda transformou a nossa vida. Seu nascimento mudou todo o rumo da humanidade. Sua morte erradicou nossa desgraça. Sua ressureição trouxe-nos a esperança perdida com o pecado original.

Se o Natal hoje perdeu o seu sentido, não é apenas porque deixamos elencarem esta data para um grande boom comercial, e sim, porque passamos a vê-lo como uma data "que não se tem o que fazer". E como há! É o dia em que devemos comemorar como se fosse o nosso aniversário. É o dia em que devemos louvar a Deus por Seu amor incondicional que trouxe ao mundo o Verbo Divino. É o dia em que devemos mostrar gratidão suprema ao Único Digno de todo louvor e glória.

Peçamos a Deus que não caiamos no marasmo. Que ano após ano possamos nos alegrar com esta data mais do que em qualquer outra.

São Nicolau, rogai por nós.

Um Santo e feliz Natal a todos.


Leia também:

Em defesa de São Nicolau: http://materdei1.blogspot.com/2011/12/em-defesa-de-sao-nicolau-de-mira-e-seu.html
Fonte: Fazei o que Ele Vos Disser

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O pecado, mal que degrada a alma

O pecado, mal que degrada a alma

O pecado representa sempre uma falta de confiança em Deus. O tentador, pai da mentira, induz ao pecado através de um grande engano, de uma grande falsidade: a desconfiança em relação a Deus. Com incrível maldade, levanta a suspeita sobre a bondade de Deus e sobre a sua palavra.
«Tentado pelo diabo, o homem deixou morrer no coração a confiança em seu Criador. Abusando da liberdade, desobedeceu ao mandamento de Deus. Nisso consistiu o primeiro pecado do homem. Dali em diante, todo o pecado será uma desobediência a Deus e uma falta de confiança na sua bondade» (Catecismo da Igreja Católica, n.º 397).
O pecado é também uma falta contra a razão e contra a verdade, causando danos e prejuízos para nós mesmos; os desequilíbrios, as feridas e as desordens provocadas pelos nossos pecados podem comparar-se aos efeitos devastadores de uma doença degenerativa. Porém, a última palavra nesta guerra entre o bem e o mal não a tem o pecado mas a graça de Deus: «Onde abundou o pecado, superabundou a graça». Em Cristo alcançamos a libertação do poder e do predomínio do pecado”.
A Igreja professa e proclama incessantemente a necessidade e a possibilidade da conversão a Deus. Esta consiste sempre na descoberta da misericórdia divina, isto é, do seu amor que é «paciente e benigno» (1 Cor 13,4); a conversão a Deus é sempre fruto do retorno para junto do Pai, «rico em misericórdia».
Importa muito recuperar a plena confiança filial em Deus. O Senhor não é um déspota nem uma ameaça para o homem, mas um pai. Quem nos criou por amor conhece melhor que ninguém o que nos faz felizes. Importa restabelecer a verdade sobre Deus e sua paterna misericórdia em relação ao homem. Deus nos ama! Esta é a verdade central do cristianismo. Os seus mandamentos não são um capricho nem uma arbitrariedade. Ao Senhor não é indiferente que o homem cause a si mesmo uma lesão e – pense-se na droga, na violência, no alcoolismo e na corrupção sexual – se degrade.
A misericórdia de Deus é infinita.
Infinita é a prontidão do Pai em acolher os filhos pródigos que voltam a casa.
São infinitas também a prontidão e a força do perdão que brotam continuamente do admirável valor do Sacrifício de seu Filho Jesus Cristo. Nenhum pecado humano prevalece sobre esta força e nem sequer a limita. Da parte do homem pode limitá-la a falta de boa vontade, a falta de prontidão na conversão e na penitência (Cfr. Dives in Misericórdia, n.º 13).
Purifiquemos os nossos corações, com frequência, no Sacramento da Reconciliação ou da Misericórdia de Deus. A Confissão Sacramental é uma verdadeira libertação: apaga o pecado, dissolve o mal cometido, limpa a nossa alma, dá-nos a graça do perdão. Os cristãos, pela sinceridade da sua vontade de conversão, devem «revoltar-se» diante do aviltamento do homem e proclamar, na sua vida, a alegria da verdadeira libertação do pecado, graças ao perdão de Cristo. É preciso transmitir ao mundo o fogo da misericórdia de Deus e alegria do seu perdão.
«Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz e o homem a felicidade» (Bem aventurado João Paulo II).
Fonte: Encontro com o Bispo

O sofrimento não é criação divina

O sofrimento não é criação divina


Deus, que é Amor, fonte e origem de toda a bondade, beleza e perfeição, criou-nos à Sua imagem
e semelhança. Fomos criados por amor e para a felicidade. Como pois compreender a origem do sofrimento, a que Jó se refere tão dramaticamente na primeira Leitura da Missa de hoje, e que a todos atinge?
Deus, na Sua bondade, quis criar-nos livres e como tais, conscientes.
Os nossos primeiros pais envaidecidos com os dotes maravilhosos que possuíam, não souberam usar a liberdade que Deus, tão generosamente lhes tinha concedido. Obcecados pelo orgulho, duvidaram da Bondade e do Amor do Criador. Por momentos acreditaram mais no demônio, pai da mentira. Esta opção voluntária, afastou-os de Deus e, consequentemente, da verdadeira felicidade. Longe dessa fonte bendita, quantas lágrimas se derramaram, quanto sangue fratricida se verteu, quantas guerras, quanto sofrimento, quanto atraso social aconteceu, ao longo dos séculos!
Não há dúvida. O sofrimento foi e continua a ser causado, pelos passos errados, percorridos voluntária, orgulhosa e cegamente pelos homens. Só o homem é verdadeiramente causador de tanta desgraça.
O pecado é uma ofensa a Deus, revelando pouca ou nenhuma confiança no Senhor. E como a gravidade de qualquer ofensa se mede pela pessoa ofendida e aqui o atingido é o próprio Deus, o onipotente, o infinito, logo a sua gravidade se reveste de algo com dimensões infinitas também.
O mais dramático ainda é que a reparação de tanta maldade, não estava dentro das possibilidades humanas, pois, por maiores que tais pudessem ser, porque humanas, eram sempre limitadas, ficavam muito aquém do que a justiça divina, como tal, exige. Só um Deus pode reparar o mesmo Deus. Por isso, Deus-Pai, envia à Terra, o Seu Filho, o Verbo eterno, permitindo a Sua encarnação no Ventre Puríssimo de Nossa Senhora, para se fazer Homem também. Jesus, filho da Virgem Maria é assim Deus e Homem verdadeiro, e como tal, em nosso nome, satisfez com a Sua paixão e morte na cruz, pelos pecados de toda a humanidade.
Vemos assim que a gravidade do pecado, não se mede só pelo sofrimento causado nos homens, ao longo dos séculos, mas mais ainda pela impensável humilhação da encarnação, paixão e morte do próprio Filho de Deus.
Conhecedores de tão trágicas consequências do pecado, resta-nos estar vigilantes, como Jesus insistentemente nos pediu, para fugir dos caminhos errados da vida. Tais caminhos nefastos, são todos aqueles que estão contra a vontade do Senhor, expressa nos Seus mandamentos e impressa na consciência retamente formada, de cada um.
Como S. Paulo, não podemos ficar indiferentes, diante de tais dramas, vividos e provocados pelos pecados dos homens. «Ai de mim se não anunciar o Evangelho!» «Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta». «Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível». Assim se expressa o Apóstolo.
As injustiças sociais, os caminhos errados que levam tantos jovens e adultos, percorrendo vidas dissolutas, as uniões de fato, as infidelidades conjugais, a não aceitação dos filhos, o recurso a meios anticonceptivos artificiais, o crime hediondo do aborto, os filmes, revistas e jornais indecorosos, são outros tantos caminhos errados causadores de lágrimas, sofrimento e retrocesso social.
Quando os homens se afastam dos caminhos do Evangelho e do Magistério autêntico da Igreja fundada por Jesus, perdem facilmente a luz da fé, e, sem essa luz bendita, enveredam pela noite do egoísmo, da autodestruição. Pobre mundo, se não acorda para Deus, que o pode e quer salvar!
No Evangelho, vemos Jesus a curar e a apontar caminhos que importa saibamos também percorrer para sermos instrumentos válidos de curas também. Jesus aproxima-se da sogra de Pedro e cura-a. Como Ele, também nos devemos saber aproximar de quem sofre e de quem anda longe dos caminhos da verdadeira felicidade. Muitas conversões passam por uma conversa pessoal, amiga, compreensiva, fraterna, com quem de tal atenção, carinho e ajuda, está a precisar.
Depois de tantas curas operadas, Jesus, naquela tarde, afasta-se para orar. É à oração que todos podemos e devemos constantemente recorrer. Na oração, que nos leva a um contato mais íntimo com o Senhor, compreenderemos melhor o porquê do sofrimento, o seu valor corredentor, e os caminhos que devemos seguir para a conversão dos pecadores, nossos irmãos.
Perante tanto sofrimento e tanto pecado, não podemos ficar indiferentes. Que o Senhor nos dê a graça de sermos instrumentos válidos de conversão, para que todos, sem exceção, definitivamente possam «louvar o Senhor que salva os corações atribulados.»
Fonte: Encontro com o Bispo

Jesus é o Santo de Deus

Jesus é o Santo de Deus


A primeira leitura deste domingo apresenta uma série de normas inspiradas na revelação divina e que regulamentavam o culto, os sacrifícios, as festas, as instituições e a vida social e civil do povo de Deus do Antigo Testamento.
O trecho de hoje faz parte deste código e se destina à regulamentação da instituição e do serviço profético. A profecia é um dom de Deus, uma vocação e, consequentemente, um serviço aos demais irmãos. É Deus quem faz surgir os profetas para o seu povo.
O profeta sempre será um homem escolhido por Deus, tirado do meio dos irmãos, sem compromissos com ninguém e com nenhuma espécie de poder, para assim poder realizar plenamente a sua vocação, servindo exclusivamente a Deus seu Senhor e ao povo para o qual ele foi enviado. O profeta sempre foi uma espécie de mediador entre Deus e os homens.
Por não ter compromissos com ninguém além de Deus, o profeta fala abertamente, denunciando as injustiças, gritando contra a opressão dos pequenos, apontando as falsidades dos corações dos homens, chamando a atenção dos poderosos e convidando todos indistintamente para a conversão, mostrando-lhes a bondade e a misericórdia de Deus. Ele sempre foi uma pessoa incômoda para homens do seu tempo. Como aquilo que ele anuncia ou denuncia é sempre vindo de Deus e revela a sua vontade, ainda que não agrade, deve ser seguido e acolhido com carinho, pois Deus nos pedirá contas de tudo quanto os seus profetas nos anunciam em seu nome.
Ainda que estejamos acostumados a pensar que vocação profética é coisa do passado, temos que saber que pelo nosso batismo, todos nos tornamos participantes por direito e por dever da missão sacerdotal, real e profética do Cristo. Pela graça do Espírito Santo que nos foi derramada no batismo, todos fomos colocados em condição de ser estes mensageiros de Deus entre os homens. Todos estamos envolvidos nesta árdua missão e para cumpri-la com dignidade, precisamos ser homens e mulheres de Deus.
Não podemos nos comprometer com nenhuma pessoa ou com algum tipo de poder humano, mas permanecer livres de qualquer compromisso para podermos servir somente a Deus e o seu plano salvífico em favor dos homens filhos seus. Temos que ter consciência de que no exercício desta nossa participação na missão profética de Cristo, seremos amados por poucos e odiados por muitos. Seremos mal vistos, mal falados, maltratados e perseguidos. Nada poderá nos assustar ou diminuir a força do nosso testemunho, pois é muito mais seguro permanecer fiel a Deus, do que se comprometer com os homens e seus pecados. Devemos temer somente ao juízo divino que é eterno e absolutamente justo e não àquele dos homens, que é passageiro, limitado, leviano e muitas vezes, completamente injusto.
O Evangelho nos apresenta Jesus em pleno exercício de sua missão profética. Ele é o profeta por excelência, pois não somente anuncia, mas realiza o plano do Pai. Ele é o próprio Deus e tudo quanto anuncia, se realiza, pois com Ele chegou a plenitude dos tempos e o momento oportuno para a plena realização de todas as promessas de Deus em favor dos seus filhos.
Num dia de sábado, dia dedicado ao Senhor Deus, Jesus entra no templo e começa a ensinar. Ele não se limita a ler as escrituras como qualquer outro homem do seu povo, mas ensina, isto é, interpreta, aplica, dá vida à Palavra de Deus lida no templo, pois tudo o que era lido no templo sob forma de oração e que era apresentado ao povo sob a forma de promessa da parte de Deus, encontrava em Jesus a sua plena realização. Diversamente do que ensinavam os doutores da Lei, o ensinamento de Jesus era oferecido com autoridade e causava a admiração de todos os ouvintes. Jesus não se perdia nos infinitos detalhes que foram criados pelos doutores do templo, mas ensinava o povo a ver com profundidade o que era essencial na Lei, a vontade do Pai, garantia de vida e salvação para todos os filhos de Deus.
Tudo aquilo que Jesus anunciava era confirmado pelo Pai. Ele foi o único que em tudo e sempre cumpriu a vontade do Pai, por isto, tudo o que ele anunciava se cumpria. Aquilo que Jesus anunciava era tão verdadeiro e de acordo com o desejo do Pai, que até mesmo o demônio, maior inimigo dos filhos de Deus e do seu Reino, lhe obedecia e ficava completamente impotente.
Deste modo de fazer de Jesus, podemos tirar algumas conclusões práticas para a nossa vida de filhos: Jesus já venceu o demônio e todo o mal. Aqueles que são seus, também caminham para isto e um dia, todos terão vencido o demônio, o mal e todas as suas conseqüências. Porém, enquanto estamos no caminho desta vida, seremos sempre tentados pelo demônio que nos quer ver longe do cumprimento da vontade de Deus. As vezes até caímos em suas ciladas, mas temos modos para nos livrarmos delas, como nos ensina Jesus hoje. O caminho mais seguro é escutar a sua Palavra salvífica, seguir o seu Evangelho e, seguindo o seu exemplo, permanecermos fiéis ao Pai em tudo até o fim. No coração de todo aquele que guarda as palavras de Jesus e procura fazer a vontade do Pai, não sobra espaço para a ação do demônio. Com a chegada de Jesus entre nós, chegou-nos a salvação e o mal não tem mais poder sobre os filhos de Deus. Basta que enchamos nossas vidas de Deus, das suas palavras e nenhum mal nos acontecerá.
Finalmente, o evangelho de hoje nos traz um forte questionamento a respeito do testemunho que damos da nossa fé em Jesus. O espírito mal que havia possuído aquele homem, reconhece e proclama publicamente que Jesus é o Santo de Deus, o Messias esperado e enviado por Deus. Ao contrário, nós que somos os filhos de Deus e que tudo recebemos Dele, somos acomodados, medrosos e muito fracos no nosso testemunho de Jesus e do seu evangelho. Portanto, hoje devemos nos perguntar com toda sinceridade: o que há em nossos corações que muitas vezes nos faz tão frios e duros, diante de um Deus que é tão bom e misericordioso para conosco? A nossa participação na missão profética do Cristo exige que sejamos anunciadores e incansáveis testemunhas da pessoa e da obra de Jesus, pois Nele realizou-se tudo o que o Pai havia prometido ao longo dos tempos, em favor dos homens, filhos seus.
Fonte: Encontro com o Bispo

A vontade de Deus é a vontade de um Pai que nos ama.

A vontade de Deus é a vontade de um Pai que nos ama.



Catedral Santo Antonio
Frederico Westphalen (RS)

Nossa vida, a vida de um cristão não tem por que ser amarga; pelo batismo somos filhos de Deus em Jesus Cristo e, se procuramos amar a Deus sobre todas as coisas, fazendo sempre e em tudo a Sua santíssima vontade, que é sempre a vontade de um Pai que nos ama com amor infinito e tudo encaminha para o nosso bem, não temos por que nos afligir. Tudo o que nos possa acontecer será sempre para nosso bem.
A vontade de Deus é o que mais importa. «Não te esqueças: muitas coisas grandes dependem de que tu e eu vivamos como Deus quer», diz um grande santo da Igreja, que é São Josemaría Escrivá de Balaguer (Caminho, 755).
«Não é o que diz ‘Senhor, Senhor!’ que entrará no Reino dos Céus, mas aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus» (Mt. 7, 21), diz Nossos Senhor no Evangelho.
E como hei-de saber qual é a vontade de Deus? Como hei-de saber, em cada momento, o que Deus quer de mim?
O jovem Samuel, de quem nos fala a 1ª leitura, é um bom exemplo para nós: ele «não deixou cair por terra nenhuma das suas palavras».
Na intimidade da oração, escutemos atentamente a voz de Deus, que nos fala através da consciência, através dos seus Mandamentos, das indicações, conselhos e preceitos da Igreja, dos deveres familiares, profissionais e sociais, que nos fala através dos acontecimentos diários, alegres e dolorosos...
Estavam os Apóstolos no mar da Galileia, veio o Senhor e disse-lhes: «Lançai a rede para a pesca...» (Lc 5, 4-5). «À tua palavra, lançarei a rede, eu que não pesquei nada toda a noite». – é a resposta pronta de S. Pedro. A pesca foi abundantíssima...
É a fecundidade da obediência...
Os dois discípulos de que fala o Evangelho de hoje, às palavras de João Batista: «Eis o Cordeiro de Deus», não hesitaram e seguiram Jesus. A sua vida, a partir desse momento, já nunca mais foi a mesma... Nunca mais esqueceram aquele primeiro encontro com Cristo. Muito anos mais tarde, S. João, um dos dois discípulos, escreve no seu Evangelho: «Era por volta das quatro horas da tarde» (Evangelho de hoje).
Fundamentados na obediência, participaremos na eficácia de Deus...
Jesus é o grande modelo de obediência: «Obediente até à morte e morte de cruz...». Nossa Senhora igualmente: «Faça-se em mim segundo a tua palavra...».
Se obedecemos, estamos a fazer sempre o melhor e libertamo-nos de incertezas e da inquietação em que se consomem muitas vidas. Deus dá-nos a conhecer a sua vontade servindo-se, muitas vezes, de outras pessoas, a quem dá as graças convenientes: pais, superiores, sacerdotes, etc.
«Que importa que Deus nos manifeste a sua vontade por si mesmo ou pelos seus ministros, quer sejam anjos, quer sejam homens?» (S. Bernardo).
O Senhor não se contenta com pouco mas quer tudo; Ele tem direito a uma entrega sem restrições.
Fazer a vontade de Deus é, indubitavelmente, correr um «risco»: aproximar-se d'Ele um pouco mais significa estar disposto a uma nova retificação, a escutar mais atentamente as suas inspirações...Os dois discípulos de que fala o Evangelho perguntaram a Jesus: «Onde moras?...» E Jesus replicou-lhes: «Vinde ver!». E eles foram e permaneceram junto d'Ele nesse dia. Foi para eles o início de uma maravilhosa aventura. Que grande sorte para eles o terem sido prontos e terem conhecido Jesus naquela tarde.
Vale a pena jogar a vida e entregar-se por inteiro à vontade do Senhor, correspondendo generosamente ao amor e à confiança que Deus deposita em nós.
A exemplo de Nossa Senhora, de S. José e de tantos Santos, sejamos generosos na entrega, sirvamos ao Senhor como Ele merece, demo-nos sem medida, combatendo o bom combate, trabalhando sem procurar descanso, gastando-nos sem esperar outra recompensa senão saber que fazemos a Santíssima e amabilíssima vontade de Deus.
Fonte: Encontro com o Bispo

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Epifania do Senhor: uma luz para os povos

Epifania do Senhor: uma luz para os povos


06/01/2012 por Ian Farias

Celebramos com grande alegria a Solenidade da Epifania do Senhor. Jesus Cristo, feito Homem, manifesta-se aos homens e em nós renova-se o constante convite a reconhecermos o Seu poder e a maravilhosa manifestação do Seu Amor. A esta Festa, celebrada neste dia, a Igreja une sua voz a voz dos anjos e santos para reconhecer que só em Cristo, e somente por meio dEle, os homens encontram sentido para a sua existência, mas ainda mais que isso: podem dar sentido a existência do próximo por meio do testemunho autêntico do Evangelho e do despojamento constante dos interesses e falsos “sentidos” que atribuem a este passageiro período.

No entanto, para que este despojamento aconteça, é necessário que os homens saiam de sua comodidade e estejam necessariamente segundo a verdadeira posição cristã. Como, porém, poderíamos conhecer esta posição? Conhecemo-la antes de tudo pelas palavras do profeta, que escutamos na primeira leitura: “De pé! Deixa-te iluminar! Chegou a tua luz! A glória do Senhor te ilumina. Sim, a escuridão cobre a terra, as trevas cobrem os povos mas sobre ti brilha o Senhor, sobre ti aparece sua glória. ” (60, 1-3).

A posição do cristão é a posição daquele que está pronto para guerrear contra as forças do mal. Estar em pé significa estar em constante vigilância, colocar-se a caminho. Assim, o profeta manifesta o nosso caminhar à Cristo. De certo que este caminho não deve ser visto no âmbito empírico mas é sobretudo uma via espiritual. A constante luta que travamos com os meios ideológicos de libertação e de salvação, de felicidades e de prazer, mostra-nos que todas essas coisas podem cair e desvanecem ao poder de Cristo. Mesmo na Igreja surgiram algumas correntes ideológicas que buscavam fazer com que a libertação que vem de Cristo fosse substituída por uma mera libertação social da opressão econômica. “Nós, segundo nos diz São Paulo, não lutamos contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. (Ef 6,12)

A verdadeira libertação vem de Cristo porque só Ele é o Libertador. E a sua libertação não é em causa de uma opressão social, mas do pecado, pelo qual Ele nos redimiu com seu Sangue.

Só estando em pé chegaremos a um segundo momento: a iluminação. Esta é confirmada pelo anuncio da chegada da luz, da luz que vem pela glória do Senhor. A luz de Cristo resplandece no mundo como sinal para todos os povos. Só nesta luz achar-se-á o caminho para a salvação. A manifestação da glória de Deus dá-se no nascimento de Cristo, feito homem, rebaixado a nossa condição para salvar-nos e assim pode a luz pairar sobre todos aqueles que nele acreditam.

Para os Magos do Oriente esta manifestação dá-se, poderíamos dizer, empiricamente. Eles fazem a experiência do encontro pessoal com Cristo de forma literal. Mas quem eram os Magos? Devemos dizer que vinham de uma região distante, de cultura e religião diferentes, exerciam funções sacerdotais pagãs. Em contato com judeus, tiveram conhecimento do messianismo com a profecia de que um astro apareceria ao nascimento do maior rei esperado (cf. Nm 24,17). Para Santo Tomás de Aquino, o mesmo anjo que apareceu aos pastores em forma humana apareceu aos magos em forma de astro, por serem pagãos, desconhecedores de anjos.

São Leão Magno, na noite santa do Natal, nos diz: “Reconhece, cristão, a tua dignidade e, tornado participante da natureza divina, não queira recair à condição miserável de outro tempo com uma conduta indigna. Recorda-te de quem é a tua Cabeça e de qual Corpo és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes trazido à luz e ao Reino de Deus” (Sermone 1 sul Natale, 3,2: CCL 138,88). Os magos reconhecem o Reino de Deus, eles o veem, o tocam; não se recusam em curvar-se diante do pequeno e do frágil Menino de Belém. Abandonam suas crenças para acreditar no Deus verdadeiro, naquele que contemplavam.

Belém significa Casa do Pão, inicialmente chamada Éfrata, isto é, fértil. O nome está em uma intrínseca relação com aquele que ali nasce. Na Casa do Pão é acolhido o verdadeiro Pão, o Pão da Vida, que fortalece o homem e o reanima para a sua caminhada. Ali o Menino rejeitado por todos encontra um lugar na manjedoura, cercado por animais e por seus pais. Jesus é a árvore fértil que faz com que todos os homens tenham vida. Ele é a Vida, vida verdadeira. A fertilidade que dele provém para o homem, não perece, mas é sinal e garantia de eternidade.

Reconhecendo a pequenez do Menino, os Magos reconhecem também a sua grandeza. Só é grande aquele que se faz pequeno. Só reconhece a Jesus quem antes se fizer simples, sair de seu mundo privado, formado por suas ideologias, e colocar-se a caminho daquele que vem ao nosso encontro.

As trevas, segundo a primeira leitura, tomavam a face da terra. Esta realidade não diverge do contexto em que se encontra a nossa sociedade. O obscurantismo da inteligência humana, que deseja sobrepujar a divina, as formas de cientificismo anticristão, a falta do testemunho evangélico e tantas outras situações, manifestam que o nosso mundo ainda não está totalmente iluminado, mas, do contrário, nos sinalizam para a falta de Deus no mundo e nos dizem que enquanto o homem não curvar a sua prepotência à sabedoria divina, não passará de um ser tomado pela escuridão e toda a sua aparente “inteligência” será produto de sua própria destruição.

A glória do Senhor brilha sobre o homem que se curva a Ele. A estrela brilha e conduz todo o que deseja trilhar pelo reto caminho. Muitas vezes aparecem algumas falsas luzes e estrelas que dizem estarem conduzindo o homem para o verdadeiro caminho, dizem serem deuses, mas não são. Só o Deus que salva e liberta o homem da sua ignorância e da sua arrogância é o verdadeiro Deus. O Deus em que só nEle encontramos salvação.

Peçamos ao Senhor que a Sua luz irradie toda a face da terra, para que reconheçam nEle o Deus vivo e verdadeiro, que guia o caminho dos povos e a todos retira do braço opressor das forças das trevas. Que todas as nações deixem-se guiar pela luz que, ainda que pareça muitas vezes ser ofuscada, nunca poderá ser extinta e sempre brilhará como sinal de esperança para os homens, sobretudo nos nossos turbulentos dias. E desta forma pedimos, por intercessão de Maria Santíssima, que gerou e concebeu esta Luz, que cumpra-se entre nós as palavras do profeta: “As nações caminharão à tua luz, os reis, ao brilho do teu esplendor” (Is 60, 3)
Fonte: Ecclesia Una

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O que nos Prepara o Ano Novo?



Caros amigos, 2012 está às portas! partilho as palavras do irmão no episcopado Dom Henrique Soares.
O que nos prepara o Ano Novo? Certamente, o processo de descristianização de nossa sociedade avançará. As seitas continuarão crescendo, a alienação religiosa ganhará mais terreno, o número de pessoas que se dizem católicas continuará caindo. Haverá mais ataques à Igreja de Cristo e a imprensa vai se deliciar divulgando em alto e bom som escândalos no clero... Mais uma vez, aparecerão "grandes" livros, filmes e documentários "geniais" desacreditando Jesus Cristo, o cristianismo e a Igreja católica... Certamente, continuarão promovendo a facilitação do aborto nos hospitais públicos e a adoção de crianças por pares homossexuais. Também, continuarão a promover a retirada dos crucifixos das escolas e repartições públicas... Afinal, acham mesmo que é preciso matar o Cristo, eliminá-lo do coração da nossa sociedade. Pensam que, assim, o homem será realmente livre e feliz... Coitados! Não compreendem que a morte de Deus no coração de uma sociedade é a morte dessa mesma sociedade! O homem sem Deus é um homem sozinho, numa vida sem sentido transcendente e sem esperança. O homem sem Deus não passa de um ser sedento de vida e destinado a morrer; um frustrado numa vida sem sentido. Nem mais nem menos!
Mas, apesar de tudo isto, 2012 será Ano de Graça! Sim, porque Cristo veio: nasceu para nós, homem verdadeiro entre os homens, assumindo nossa história e nossa vida, colocando na treva humana a luz de Deus! Por nós, morreu e ressuscitou e conosco continua, sempre presente na potência do seu Santo Espírito! No Ano Novo, quantos poderão escutá-lo na sua Palavra sempre atual e presente na Igreja; quantos poderão tocá-lo e dele se alimentar na Eucaristia; quantos experimentarão sua graça vitoriosa e libertadora nos sacramentos da Igreja... Em 2012, quantos farão experiência da doce e potente presença do Senhor em suas vidas! Apesar da difusão das trevas, a luz estará presente; apesar do aparente triunfo da impiedade, Aquele que venceu e é Senhor nunca nos deixará e continuará atraindo a si a humanidade sedente, faminta e cansada! 2012 será Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo! A Igreja estará mais próxima do Dia do Senhor, que é seu destino neste mundo e será sua plenitude e repouso no mundo que há de vir...
Eis! Um Ano de lutas e lágrimas; um Ano de graça e certa esperança, porque sabemos que o Nosso Senhor e Salvador venceu e é Senhor da história! Um abençoado 2012, irmão! Um santo Ano Novo, irmã! Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje; ele o será pelos séculos sem fim! Ele é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim! A Ele o tempo e a eternidade. Amém!

Fonte: Dom Dirceu Vegini

Método de Leitura Diária da Bíblia

Método de Leitura Diária da Bíblia
Orientações:
1. Leia a Bíblia todos os dias. Sem exceção. ... quando tiver vontade e quando não tiver também! É como remédio: Com ou sem vontade, tomamos...
2. Tenha um horário fixo para o estudo; Tempo: 30/40 minutos (recomendado).
3. Vá marcando na Bíblia as passagens que julgar importantes... (use canetas marca-texto ou coloridas)
4. Faça tudo em espírito de oração. Esteja atendo às moções de Deus. Aprenda a escutá-Lo.

O Diário: Tenha um caderno ou fichário para as anotações diárias, e relacione nele o que você encontrar no texto ou conclusões tiradas, discriminando:
1. Promessas de Deus: relacione os versículos onde Deus nos promete algo. Ex: Mt 18,20: ”Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”.
2. Ordens de Deus: Ex: Mt 28,20: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações....”
3. Princípios eternos: Ex: 1Tm 6,7: “Porque nada trouxemos a este mundo, como tampouco nada poderemos levar”.
4. Mensagens: Escreva a mensagem que Deus inspirou para você, no texto lido.
5. Prática: É a parte mais pessoal. Anote aqui como a mensagem de Deus pode ser aplicada hoje, concretamente em sua vida.

A Sequência:
Não é aconselhável ler a Bíblia na ordem em que está escrita. Por isso propomos um plano de leitura de modo a facilitar o seu crescimento e aprendizagem. Siga a ordem:

Novo Testamento(27 livros)
01. 1ª Carta de São João (Leia 2 vezes)
02. Evangelho de São João
03. Evangelho de São Marcos
04. Carta aos Gálatas
05. Efésios
06. Filipenses
07. Colossenses
08. 1ª e 2ª Tessalonissenses
09. 1ª e 2ª Timóteo
10. Tito
11. Filêmon
12. Evangelho de São Lucas
13. Atos dos Apóstolos
14. Carta aos Romanos
15. Evangelho de São Mateus
16. 1ª e 2ª Carta aos Coríntios
17. Carta os Hebreus
18. Carta de São Tiago
19. 1ª e 2ª Carta de São Pedro
20. 2ª e 3ª Carta de São João
21. Carta de São Judas
22. Apocalipse
23. 1ª Carta de João (3ª vez)
24. Evangelho de São João (2ª vez)

Ant. Testamento(46 livros) Antigo Testamento
25. Gênesis
26. Êxodo
27. Números
28. Josué
29. Juízes
30. 1º Samuel
31. 2º Samuel
32. 1º dos Reis
33. 2º dos Reis
34. Amós
35. Oséias
36. Isaías(Cap 1-39)
37. Miquéias
38. Naum
39. Sofonias
40. Habacuc
41. Jeremias
42. Lamentações
43. Ezequiel
44. Abdias
45. Isaías(40-55)
46. 1º Crônicas
47. 2º Crônicas
48. Esdras
49. Neemias
50. Ageu
51. Zacarias
52. Isaías(56-66)
53. Malaquias
54. Joel
55. Jonas
56. Rute
57. Tobias
58. Judite
59. Ester
60. Provérbios
61. Eclesiástico
62. Cântico dos Cânticos
63. Livro de Jó
64. Eclesiastes
65. 1º Macabeus
66. 2º Macabeus
67. Baruc
68. Daniel
69. Sabedoria
70. Levítico
71. Deuteronômio


Nota: Os Salmos não estão na relação acima, porque são orações. Leia-os e medite-os diariamente.

Em 23.01.2005 – Nilton Fontes

Fonte: Dicionário da Fé

domingo, 29 de janeiro de 2012

Reflexão

Reflexão


"Portanto, ou bem será a legitimação cristã – única possível – da vida e do sofrimento, do Homem e do próprio Deus, ou bem a revolta metafísica, a destruição absoluta no demoníaco, a queda cega no abismo, onde o não-ser, em um sofrimento assustador, tenta engendrar o ser e devora as malformadas sombras geradas e paridas por ele mesmo. Pois a alma humana, no momento em que perde a esperança em Deus, tende inevitavelmente ao caos [...]."

Ivanov Viatcheslav, Dostoievski, tragédie, mythe, religion. p. 57.

Fonte: Diálogo Vivo