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terça-feira, 3 de abril de 2012

Arcebispo de Braga, em Portugal, afirma que Paixão e morte de Cristo continua ainda hoje

Arcebispo de Braga, em Portugal, afirma que Paixão e morte de Cristo continua ainda hoje
Dom Ortiga incentivou os jovens a projetar um mundo novo Braga (Terça-feira, 03-04-2012, Gaudium Press) Celebrando o Domingo de Ramos na Catedral de Braga, em Portugal, o arcebispo local, Dom Jorge Ortiga, afirmou que a Paixão e a morte de Cristo continua ainda nos dias de hoje "porque as pessoas não alimentam a fé que lhes foi transmitida". Conforme o prelado, esta falta de fé na cristandade se torna visível quando por exemplo vemos alguém adorar "o deus da bruxaria, da astrologia e do horóscopo e colocar de lado o Deus transcendente que se revelou na pessoa de Jesus". Dom Ortiga fez também uma crítica à maneira como alguns se relacionam com Deus. Conforme o arcebispo, Deus "não é um deus farmacêutico, ao qual se recorre apenas em caso de doença ou quando se está entalado por causa da crise, nem um Deus como o Pai-Natal, que dá tudo o que se quer". Segundo o arcebispo português, aqueles que procuram ter fé em Deus devem ter em mente que Ele é acima de tudo "um Deus que tem para oferecer as sementes do amor da verdade, da justiça e da alegria" e que "enviou Cristo para salvar todos os homens". Para o prelado, aquele que quer ter uma verdadeira ligação com o Senhor, deve estar com ele "até as últimas consequências e não apenas para satisfazer interesses pessoais". cristo-crucificado-hiperrealista.jpg Diante deste cenário, em que se vê muitas pessoas descrentes, relacionando-se de forma equivocada com Deus, Dom Ortiga destacou a importância da Semana Santa que começava a ser celebrada naquele domingo. "A celebração da Semana Santa surge como oportunidade de perceber que é na fidelidade ao amor radical" de Deus que reside a esperança de salvação", disse o arcebispo. O prelado ainda afirmou que relações familiares, profissionais, escolares e em sociedade de maneira geral são meios "privilegiados de defesa e anúncio do Evangelho" e por fim incentivou os jovens a "acreditar e projetar um mundo novo no meio dos entraves sociais". Com informações da Agência Ecclesia. Fonte: Gaudium Press

sábado, 31 de março de 2012

As cerimônias da Semana Santa

As cerimônias da Semana Santa A última semana da Quaresma é denominada como Semana Santa. Ela é a última a semana que encerra os quarenta dias que antecedem a páscoa da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nessa semana a Igreja celebra os principais episódios do mistério da Paixão. As cerimônias que se fazem durante este período, são solenes e cheias de significado. Vamos enunciar cada uma delas em seus respectivos dias: Domingo de Ramos O Domingo de Ramos (Dominica in palmis), é que propriamente da início à Semana Santa. Nesse domingo comemora-se a entrada triunfante de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, seis dias antes de sua Paixão. Chama-se "de Ramos" por causa da procissão que se faz neste dia, na qual os fiéis levam na mão um ramo de oliveira, ou de palma. A Sagrada Escritura nos narra que o povo veio ao encontro de Nosso Senhor: atiravam-se vestimentas na sua passagem; cortavam-se galhos de árvore, que se carregavam em sinal de alegria ao canto de: "Hosana ao filho de David! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!"(Mt 21, 1-11). Para tornar mais real a lembrança desse fato, antes da missa, o celebrante revestido de paramentos de cor vermelha ou de capa, abençoa os ramos que, logo em seguida são distribuídos aos fiéis presentes. Depois da bênção e distribuição dos ramos, um Diácono proclama o trecho do Evangelho no qual se narra o fato, tal como aconteceu em Jerusalém (Mt 21, 1-11; Mc 11, 1-10; Jo 12,12-16; Lc 19, 28-40). E então, após a leitura, o Celebrante ou o Diácono diz: ---Irmãos e irmãs, imitando o povo que aclamou Jesus, comecemos com alegria a nossa procissão. Os fiéis empunhando seus ramos seguem em procissão para a igreja onde será celebrada a Missa. Levam os ramos em sinal do triunfo real que, sucumbindo na cruz, Cristo alcançou. Baseando-se nas palavras de São Paulo: Se com ele padecemos, com ele também seremos glorificados.(Rm 8, 17). Ramos da Paixão, ramos do triunfo Nosso Senhor quis entrar, antes da sua Paixão, triunfante em Jerusalém, como fora predito: 1º - Para animar os seus discípulos, dando-lhes por esta forma uma prova clara de que Ele ia sofrer espontaneamente; 2º - Para nos ensinar que por sua morte Ele triunfaria do demônio, do mundo e da carne, e que nos abriria as portas do Céu. Os ramos bentos, são um sacramental para o uso dos fiéis. Na liturgia grega e na latina, os ramos de oliveira tinham um caráter simbólico como sinais de esperança, vitória, vida. Os fiéis levam para casa esses ramos que foram solenemente portados na procissão e que, antes receberam a benção da Igreja. Confiados na proteção de Deus, a esses ramos atribui-se eficácia curativa e protetora em ocasiões de perigos, tempestades, raios, incêndios e outras desgraças. A procissão volta à Igreja Chegando de volta a igreja, o clero e o povo encontram a porta, previamente, fechada. Uma parte dos cantores estando dentro da igreja, representando os coros angélicos, entoa o "Gloria laus" (Glória, louvor e honra, a Cristo, Rei redentor). A outra parte, ainda fora do santuário, pede em seus cantos a entrada livre para Cristo que triunfou pela cruz. Acabado o hino, um ministro bate três vezes na porta, que não se abre. Então, o cruciferário --aquele que porta a cruz processional--- bate na porta com o pé da haste cruz. Ai, a porta se abre e deixa entrar a procissão. E o simbolismo desta cerimônia é de fácil interpretação: A Igreja fechada a princípio, representa o céu, que por causa do pecado de Adão e Eva, está fechado e no qual não entra ninguém. Mas agora abrem-se novamente as portas, por virtude da morte de Nosso Senhor na cruz. E as almas remidas por Nosso Senhor Jesus Cristo, o vencedor, podem entrar na Igreja, no Céu. Cerimônia já antiga A procissão, é mencionada por alguns autores já no século IV, ao passo que a benção dos ramos remonta ao século VII ou VIII. O costume da procissão de Ramos provém já desde o século V. Os cristãos se reuniam no Monte das Oliveiras e, após a solene liturgia da Palavra, dirigiam-se em procissão à cidade de Jerusalém, levando ramos de oliveira, recordando a entrada solene de Jesus na cidade santa. A partir do século VII encontramos esse mesmo costume nas Igrejas do do Oriente e do Ocidente. Na Idade Média, essa procissão era realizada de modo piedoso e solene: Cristo era simbolicamente representado por uma cruz ou por um livro do evangelho que ia carregado num andor ornamentado. Usava-se também a figura de um asno de madeira que se deslocava sobre rodas e sobre o qual vinha uma imagem esculpida de Nosso Senhor. E foi também estabelecido o costume de benzer os ramos numa igreja ou capela situada fora dos muros da cidade. Final da cerimônia Após a procissão, o celebrante tira a capa, se estiver revestido dela, e veste a casula roxa, porque apesar destas cenas de entusiasmo e de glória na procissão pouco tempo depois destas aclamações dos judeus de Jerusalém, vão ser iniciados os opróbrios, escárnios e as dores pungentíssimas da Paixão. A Missa solene é iniciada. Nela é cantado o Evangelho da Paixão segundo São Mateus, Marcos ou Lucas conforme o ciclo das leituras, por três diáconos ou três sacerdotes. Um deles faz o papel do evangelista, historiando o drama; outro canta as palavras de Nosso Senhor e o terceiro diz a parte da sinagoga (palavras dos judeus, de Pilatos e dos apóstolos). Chegando a parte em que se diz: "emisit spiritum" (entregou o espírito) todos ajoelham-se e prostram-se. Em certos países, osculam a terra. No final da leitura, diz-se: Palavra da Salvação, mas não se oscula o livro. Após a homilia, a missa prossegue normalmente, até seu final. Fonte: Gaudium Press

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cristo morreu pelos nossos pecados

Cristo morreu pelos nossos pecados

Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota (SacroSancttus)

“Transmiti-vos em primeiro lugar, o que eu mesmo havia recebido : Que Cristo morreu pelos nossos pecados”.(1 Cor.15,3).

Tanto quanto nós sabemos, Paulo nunca se enconntrou com Jesus, durante a Sua vida na Terra.

Paulo foi um Apóstolo que também não conviveu com os outros Apóstolos, senão depois do Pentecostes.

Jesus chamou-o de maneira especial :

- “E, em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um aborto”.(1 Cor.15,8).

Foi um encontro místico com Cristo ressuscitado e glorificado.

Embora Paulo diga de si mesmo que foi “o último dos Apóstolos”, ele nunca duvidou que fosse chamado pelo mesmo Senhor e fosse encarregado da mesma mensagem.

E como ponto central desta mensagem foi que Paulo entendeu que a morte e a ressurreição de Jesus foi o cumprimento das Escrituras :

- “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.(1 Cor.15,3-4).

No discuro de Paulo em Antioquia, entre outras coisas, ele disse :

- “E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, resssuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo : Tu és Meu Filho, Eu gerei-te hoje”.(Act.13,32-33).

Enquanto Paulo dá relevância ao facto de ter recebido aquilo mesmo que pregava, de harmonia com o Evangelho, ao mesmo tempo ele proclama a sua unidade com os outros Apóstolos :

- “Tanto eu, portanto, como eles, assim é que pregamos e assim é que vós acreditastes”.(1 Cor.15,11).

E na sua pregação sempre Paulo recomendou que não desprezassem o ensinamneto do Evangelho :

- “Mas ainda que alguém – nós mesmos ou um anjo do céu – vos anuncie outro evangelho, além do que vos tenho anunciado, esse seja anátema”.(Gal.1,8).

Nós reconhecemos nas palavras de Paulo a importância da nossa unidade com o ensinamento dos Apóstolos.

A nossa confiança de que Jesus verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos, permanece no testemunho, que chegou até nós através dos séculos, daqueles que O viram face-a-face.

Mesmo para nós, cristãos de hoje, onde é que se fundamenta a nossa fé na ressurreição do Senhor ?

Como é que nós acreditamos que Jesus deu a vida por nós, vencendo a morte e nos deixou um novo caminho de vida ?

Certamente que é no testemunho daqueles que conviveram com Jesus e nos deixaram a sua palavra escrita como prova irrefutável.
Fonte: Exsurge Domini

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O ossuário de Caifás, Sumo Sacerdote que condenou Jesus Cristo

O ossuário de Caifás, Sumo Sacerdote que condenou Jesus Cristo




Os arqueólogos Yuval Goren da Universidade de Tel Aviv e Boaz Zissu da Universidade Bar Ilan confirmaram, noticiou a “Folha de S.Paulo” a autenticidade de um ossuário pertencente à família do sacerdote que teria conduzido a tumultuada sessão do Sinédrio que considerou “blasfemo” Jesus Cristo. No ossuário, os judeus guardavam os ossos dos antepassados depois da fase inicial de sepultamento.

Os especialistas concluíram que o ossuário e suas inscrições são autênticos e antigos, escreveu o “Jerusalem Post”. A peça faz parte de um conjunto de 12 usuários recuperados no mesmo local e pertencentes à família Caifás.

Dentro dessa urna foram encontrados ossos de seis pessoas ao que tudo indica da mesma família: dois bebês, uma criança entre 2 e 5 anos, um rapaz entre 13 e 18, uma mulher adulta e um homem de perto de 60 anos.



Na mesma peça lê-se a inscrição: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”. Num dos lados não decorados aparece o nome “José bar Caifás”, onde “bar” não necessariamente significa “filho de”.

A Miriam da inscrição poderia ser neta do próprio Caifás do Evangelho ou de algum outro membro da família sacerdotal.

Ossuário presumido do Sumo Sacerdote que mandou crucificar Cristo
O nome “Caifás” é a pista crucial, segundo os arqueólogos mencionados.

José filho de Caifás era o nome do sumo sacerdote do Templo de Jerusalém que, segundo os Evangelhos, liderou junto com seu sogro Anás, a iníqua conjuração que levou Jesus à morte, escreve Archeology Daily News.

No Museu de Jerusalém exibe-se outro ossuário de grande luxo. É feito em pedra entalhada com seis rosáceas dentro de dois círculos ornados com folhas de palmeira. Data provavelmente do século I.

Num lado não entalhado há a inscrição que o identifica como sendo o ossuário do próprio Caifás.

No interior deste ossuário encontraram-se os restos de um homem de 60 anos, tendo-se quase certeza que são os mesmos do Sumo Sacerdote durante a Paixão e Morte do Santíssimo Redentor.

Num dos ossuários havia uma moeda cunhada pelo rei Herodes Agrippa (37–44 d.C.). Este foi um dos indícios que sugeriu se tratar dos ossos do Sumo Sacerdote que entregou Nosso Senhor à morte pela mão dos romanos.

Segundo os Evangelhos de São Mateus (cap. 26, 3-5) e de São João (cap. 11) Caifás foi o cérebro da combinação para matar a Jesus Cristo.



São Mateus fornece uma idéia geral da deliberação do Sinédrio, da decisão deicida e da estratégia escolhida no capítulo 26:

3. Então os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se no pátio do sumo sacerdote, chamado Caifás,

4. e deliberaram sobre os meios de prender Jesus por astúcia e de o matar.

5. E diziam: Sobretudo, não seja durante a festa. Poderá haver um tumulto entre o povo.


São João (cap. 11) descreve assim o conciliábulo acontecido quando chegou a notícia que Nosso Senhor ressuscitara Lázaro, e o peso decisivo da opinião de Caifás, Sumo Sacerdote, para matá-Lo:

47. Os pontífices e os fariseus convocaram o conselho e disseram: Que faremos? Esse homem multiplica os milagres.

48. Se o deixarmos proceder assim, todos crerão nele, e os romanos virão e arruinarão a nossa cidade e toda a nação.

49. Um deles, chamado Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano, disse-lhes: Vós não entendeis nada!

50.Nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo, e que não pereça toda a nação.

51.E ele não disse isso por si mesmo, mas, como era o sumo sacerdote daquele ano, profetizava que Jesus havia de morrer pela nação,

52.e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos.

53.E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.


Narrando a Paixão, São João escreve (cap.18):

13. [“a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus” que prenderam Jesus Cristo] Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.

14. Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo.

São João continua descrevendo uma espécie de julgamento a portas fechadas na casa de Anás, onde Caifás assumiu a iniciativa para perder o Filho do Homem:

19. O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.

20. Jesus respondeu-lhe: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas.

21. Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei.

22. A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote?

23. Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?

24. (Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás.)


O envio sucessivo do Cordeiro de Deus a diversas autoridades sugere uma grande hesitação nos membros do Sinédrio. Entretanto, a condenação de morte já havia sido pronunciada secretamente.


Foi na casa de Caifás que o Sumo Sacerdote, reunido com o Sinédrio, pronunciou a tremenda e injustíssima sentença homicida-deicida:

57. Os que haviam prendido Jesus levaram-no à casa do sumo sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos do povo.

58. Pedro seguia-o de longe, até o pátio do sumo sacerdote. Entrou e sentou-se junto aos criados para ver como terminaria aquilo.

59. Enquanto isso, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de o levarem à morte.

60. Mas não o conseguiram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas.

61. Por fim, apresentaram-se duas testemunhas, que disseram: Este homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.

62. Levantou-se o sumo sacerdote e lhe perguntou: Nada tens a responder ao que essa gente depõe contra ti?

63. Jesus, no entanto, permanecia calado. Disse-lhe o sumo sacerdote: Por Deus vivo, conjuro-te que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus?

64. Jesus respondeu: Sim. Além disso, eu vos declaro que vereis doravante o Filho do Homem sentar-se à direita do Todo-poderoso, e voltar sobre as nuvens do céu.

65. A estas palavras, o sumo sacerdote rasgou suas vestes, exclamando: Que necessidade temos ainda de testemunhas? Acabastes de ouvir a blasfêmia!

66. Qual o vosso parecer? Eles responderam: Merece a morte!

67. Cuspiram-lhe então na face, bateram-lhe com os punhos e deram-lhe tapas,

68. dizendo: Adivinha, ó Cristo: quem te bateu?


Nas visões e revelações de natureza privada da Beata Ana Catarina Emmerick (portanto submissas à narração evangélica), lemos uma descrição dos pormenores desse julgamento. Na “Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”, cap. IV, Jesus diante do Caifás, pinta-se a cena:


16. (...) Jesus foi introduzido no vestíbulo em meio dos clamores, das injúrias e dos golpes. Logo que esteve em presença do Conselho, quando Caifás exclamou: “Já está aqui, inimigo de deus, que enches de agitação esta Santa noite!”.

A cabaça que continha as acusações do Anás foi desatada do cetro ridículo posto entre as mãos de Jesus.

Depois que as leram, Caifás com mais ira que Anás, fazia uma porção de perguntas a Jesus, que estava tranqüilo, paciente, com os olhos olhando ao chão.

(...) As testemunhas compareciam, mais para lhe dizer injúrias em sua presença do que para citar fatos. Disputavam entre eles, e Caifás assegurava muitas vezes que a confusão que reinava nos depoimentos das testemunhas era efeito de seus feitiços.

(...) Mas as testemunhas se contradisseram tanto, que Caifás e os seus estavam cheios de vergonha e de raiva ao ver que não podiam justificar nada que tivesse algum fundamento.

(...) Ao fim, apresentaram-se dois dizendo: “Jesus disse: Eu derrubarei o templo edificado pelas mãos dos homens e em três dias reedificarei um que não será feito por mãos dos homens”. Também estes não concordavam entre si.

Caifás, cheio de cólera, exasperado pelos discursos contraditórios das testemunhas, levantou-se, baixou os degraus, e disse:

‒ “Jesus: não respondes nada a esse testemunho?”

Estava muito irritado porque Jesus não o olhava.

Então os oficiais, agarrando-o pelos cabelos, jogaram-lhe a cabeça atrás e lhe deram murros sob a barba; mas seus olhos não se levantaram.

Caifás elevou as mãos com viveza, e disse em tom de aborrecimento:

‒ “Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se és o Cristo, o Messias, o Filho de Deus”.

Havia um profundo silêncio, e Jesus, com uma voz cheia de majestade inexprimível, com a voz do Verbo Eterno, disse:

‒ “Eu o sou, tu o disseste. E eu vos digo que verão o Filho do Homem sentado à direita da Majestade Divina, vindo sobre as nuvens do céu”.

Enquanto Jesus dizia estas palavras, eu Lhe vi resplandecente: o Céu estava aberto sobre Ele, e em uma intuição que não posso expressar, vi Deus Pai todo-poderoso; vi também aos anjos, e a oração dos justos que subia até seu Trono.

Debaixo de Caifás vi o inferno como uma esfera de fogo, escura, cheia de horríveis figuras.

Ele estava em cima, e parecia separado só por uma gaze. Vi toda a raiva dos demônios concentrada nele. Toda a casa me pareceu um inferno saído da terra.

Quando o Senhor declarou solenemente que era o Cristo, Filho de Deus, o inferno tremeu diante dEle, e depois vomitou todos seus furores naquela casa.

Caifás agarrou a borda de sua capa, rasgou-o com ruído, dizendo em alta voz:

‒ “Blasfemaste! Para que necessitamos testemunhas? Ouvistes? Ele blasfema: qual é vossa sentença?”

Então todos os assistentes gritaram a uma com voz terrível:

‒ “É digno de morte! É digno de morte!”.

Durante esta horrível gritaria, o furor do inferno chegou ao máximo. Parecia que as trevas celebravam seu triunfo sobre a luz. Todos os circunstantes que conservavam algo bom foram penetrados de tanto horror que muitos cobriram a cabeça e se foram.

As testemunhas mais ilustres saíram da sala com a consciência agitada. Os outros se colocaram no vestíbulo ao redor do fogo, onde lhes deram dinheiro, de comer e de beber.

O Supremo Sacerdote disse aos oficiais:

‒ “Entrego-lhes este Rei; rendam ao blasfemo as honras que merece”.

Em seguida se retirou com os membros do Conselho a outra sala”.


O que significa que os ossos de Caifás tenham sido trazidos à luz nestes anos em que a Igreja vive um drama análogo ao da Paixão de Cristo?

Fonte: Ciência Confirma a Igreja

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário

Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário


Prof. Juan Manuel Miñarro explica seu trabalho
O escultor espanhol e catedrático da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro estudou durante dez anos o Santo Sudário de Turim.

Como resultado esculpiu um Crucificado que, segundo o artista, seria uma reprodução científica do estado físico de Nosso Senhor Jesus Cristo depois de sua morte.

O autor não visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.

O professor Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.

“A princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua obra.


O escultor não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.

O crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.

A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.

A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba “ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.

A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.

O braço direito aparece desconjuntado pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia sofrida na Cruz.


O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo quando um objeto atravessa a munheca.

A escultura reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido antes da morte e o derramado post mortem. Também aparece o plasma da ferida do costado, de que fala o Evangelho.

A elaboração destes pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos está aberta pelas quedas e pelas torturas.

Há grãos de terra incrustados na carne que foram trazidos de Jerusalém.

As feridas são típicas das produzidas pelos látegos romanos, que incluíam bolas de metal com pontas recurvadas para rasgar a carne.

Não há zonas vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos poupavam essas partes para que o réu não morresse na tortura.

Foram necessários 10 anos de estudo
A maçã do rosto do lado direito está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar.

A língua e os dedos do pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.

Por fim, embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a tradução em grego e em latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual naquela época e naquela região.

A escultura esteve exposta na igreja de São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em procissão pelas ruas da cidade durante a Semana Santa.

Com os mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa Paixão.


Isaías 53

“Ele subirá como o arbusto diante dele, e como raiz que sai de uma terra sequiosa; ele não tem beleza, nem formosura; vimo-lo, e não tinha aparência do que era, e por isso não tivemos caso dele.

“Ele era desprezado, o último dos homens, um homem de dores; experimentado nos sofrimentos; o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizeram dele.

“Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas, e ele mesmo carregou com as nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e humilhado.

“Mas foi ferido por causa das nossas iniqüidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas pisaduras.” (53, 2-5).

Fonte: Ciência Confirma a Igreja