segunda-feira, 2 de abril de 2012

As diferentes cruzes

As diferentes cruzes "Se alguém quer seguir-Me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a vida por amor de Mim e do Evangelho, salva-la-á" (Mc 8, 35).
Pela cruz se chega a luz! Esta afirmação tão categórica exige de nossa parte uma especial análise e degustação, por ser repetida, ademais, nos outros Evangelhos (cf. Mt 10, 38-39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). Aqui se encontram as condições para sermos verdadeiros discípulos de Cristo. 1. "Se alguém quer..." - Depende de nossa livre vontade. Esperar por uma graça que realize em nós a plenitude de nossa salvação, sem o menor concurso de nossa vontade, é confundir Redenção com Criação, ou a vida eterna com a natural. Esse convite, evidentemente, deve receber uma resposta afirmativa de nossa parte. E é indispensável que seja fervorosa, pertinaz e contínua. Ou, por outra, não podemos nos esquecer um só segundo dessa determinação. 2. "...negue-se a si mesmo..." - A origem de todos os pecados encontra-se no amor desordenado a nós mesmos, em detrimento da verdadeira caridade. E o melhor remédio para essa terrível enfermidade é essa renúncia a nós mesmos, para encontrar-nos em Deus. Seu primeiro grau consiste no horror ao pecado mortal, preferindo morrer a consentir nessa aversão a Deus. O segundo diz respeito ao pecado venial consciente e deliberado. O terceiro incide sobre as imperfeições e o amor próprio, tão sorrateiro em imiscuir-se até na prática das virtudes. Ao se progredir neste último grau, maior se torna nossa liberdade interior, como também o gozo da paz e de consolações. Quem vive no oposto a esses três graus, ou não entendeu a grandeza deste convite, ou conscientemente o recusou. 3. "...tome sua cruz ..." - Há cruzes e cruzes! As extraordinárias se apresentam diante de nós em épocas de perseguição religiosa. São os suplícios e a própria morte. Devemos enfrentá-los tal qual o fizeram Jesus e todos os mártires, jamais renegando a nossa fé. Outras haverá que são comuns a todos os tempos. Boa parte delas não são procuradas por nós, mas indesejadas, como por exemplo, as doenças, as debilidades da ancianidade, os rigores do clima, etc. Outras, ainda, são oriundas do acaso: as perdas financeiras, as desgraças, os contratempos, a pobreza, a incompreensão e o ódio gratuito da parte dos outros, perseguições, injustiças. Às vezes, são os efeitos do nosso próprio caráter, temperamento, inclinações, etc. Como são numerosas as cruzes que surgem ao longo de nossa vida!... Não as podemos evitar; pelo contrário, temos obrigação de carregá-las. E a experiência nos mostra como elas se tornam mais pesadas sobre nossos ombros quando as conduzimos entre choramingos e lamúrias, ou, pior ainda, se contra elas nos revoltamos. Ademais, nestes casos diminuímos, ou até perdemos, os correspondentes méritos. Por fim, há também as cruzes escolhidas livremente por nós. Abraçar a via do matrimônio, ou a de uma comunidade religiosa, ou ainda a de leigo solteiro vivendo cristãmente no mundo, significa compreender e desejar todos os sofrimentos que são correlatos a cada situação. O cumprimento perfeito de cada uma das exigências do respectivo estado de vida, a subordinação das paixões, o freio dos caprichos, a privação destas ou daquelas comodidades, etc., constituem um campo florido de cruzes, inerentes ao caminho eleito por nossa deliberação. Sem contar a aridez, o tédio, o desgosto que de tempos em tempos nos assaltam ao longo da estrada percorrida por nós, e sem volta atrás. Mas se nossa decisão foi consciente e, sobretudo, se teve origem num sopro do Espírito Santo, jamais devemos nos arrepender. Muito pelo contrário, enchamo-nos de ânimo e até de entusiasmo, dando passos firmes rumo à meta final de nossa salvação. 4. "... e siga-Me" - Se empregássemos o melhor de nossos esforços, praticando os maiores sacrifícios para carregar nossa cruz, mas num caminho diferente do traçado por Jesus, não bastaria! É preciso abraçar a própria cruz, "por Ele, com Ele e n'Ele". Na contemplação dos padecimentos da Paixão de Cristo, encontrarei as energias para carregar minha própria cruz. Quanto a perder ou salvar a vida, comenta o Pe. Andrés Fernández Truyols SJ: "O que o Mestre quer gravar no coração de seus ouvintes é que devemos estar dispostos a passar por tudo, até mesmo a morte, desde que seja para salvar a alma. Porque de nada adianta ao homem ganhar o mundo todo se, no fim, vier a perder a sua alma, ou seja, se não alcançar a salvação eterna" (1). Por Monsenhor João S. Clá Dias, EP. 1) Vida de Nuestro Señor Jesucristo, BAC, Madrid, 1954, vol. III, p. 369. Fonte: Gaudium Press

Sete anos da morte de João Paulo II

Sete anos da morte de João Paulo II
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Há exatamente sete anos, Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, nascido em Wadowice (Polônia) em 1920 e eleito para a Cátedra de Pedro em 16 de outubro de 1978, voltou à casa do Pai. O Papa polonês foi beatificado pelo seu Sucessor, Bento XVI, em 1º de maio de 2011 e hoje é Co-patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, iniciadas em seu pontificado. Segundo o padre Slawomir Oder, postulador da Causa de canonização do recordado pontífice, o processo está dependendo apenas da confirmação de um "novo milagre" para que se possa concluir. O sacerdote disse que têm chegado "numerosas indicações de graças atribuídas ao beato João Paulo II e algumas são, seguramente, interessantes". E acrescentou que espera apenas "pela documentação para poder dar início a um estudo mais aprofundado dos casos e fazer um bom discernimento". A beatificação, que é a penúltima etapa para a declaração da santidade de um católico teve início em maio de 2005, após a dispensa oferecida por Bento XVI do tempo de espera de cinco anos após a morte do candidato para iniciar estes trabalhos. O milagre que fez possível a beatificação do Papa Wojtyla Segundo recorda hoje a nota da Rádio Vaticano, de acordo com as atuais regras da Igreja, para a canonização é necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato João Paulo II a partir da data da beatificação. Concluídas estão, em definitivo, as investigações sobre as chamadas "fama de santidade" e "virtudes heroicas" de Karol Wojtyla, eleito Papa em outubro de 1978. Entre os seus principais documentos deixados pelo vasto legado deste Sumo Pontífice, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; além de ter realizado 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal e 4 visitas ao Brasil. A última delas para o congresso mundial das famílias em 1997 no Rio de Janeiro, que será o palco para a próxima JMJ em 2013. O beato Papa João Paulo celebrou 147 ritos de beatificação, nos quais proclamou 1338 beatos, e 51 atos de canonização, correspondendo a um total de 482 santos. Fonte: Gaudium Press

Bento XVI destaca trabalho do Comitê Organizado da JMJ Rio 2013

Bento XVI destaca trabalho do Comitê Organizado da JMJ Rio 2013 Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) Ontem, 1º de abril,, ao final da oração mariana do Ângelus e da celebração pelo Domingo de Ramos, o Papa Bento XVI fez uma menção especial ao Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio 2013, cujos integrantes estiveram na Itália na semana passada para apresentação mundial do evento que acontecerá em meados do ano que vem na "cidade maravilhosa". No momento da saudação ao fiéis em diversas línguas, o Santo Padre disse em português: "Quero agora dirigir a minha saudação amiga aos jovens e demais peregrinos de língua portuguesa, que participam nesta celebração do Domingo de Ramos. De modo particular, saúdo o arcebispo Dom Orani Tempesta, o governador e o prefeito do Rio de Janeiro e demais autoridades e membros do comitê responsável pela organização da próxima Jornada Mundial da Juventude, no ano que vem", proferiu o pontífice. Na sequência, Bento XVI se deteve com mais atenção aos trabalhos preparatórios da JMJ Rio 2013, aconselhando os membros do comitê organizador a vivê-lo segundo o convite que feito durante a celebração do Domingo de Ramos. "Alegrai-vos sempre no Senhor". Conforme o Santo Padre, deste modo, o espírito alegre e acolhedor, conatural aos brasileiros, será sublimado pela alegria que nasce da união com Cristo, o Único Redentor. Assim, podereis de braços abertos - como a imagem do Cristo que domina a paisagem carioca - receber os jovens que virão de todos os cantos do mundo para a vossa cidade" Por fim, o pontífice desejou a todos uma feliz e santa Páscoa. Fonte: Gaudium Press

Dez novas dioceses chilenas unem-se em “Um Rosário pelo Chile”

Dez novas dioceses chilenas unem-se em “Um Rosário pelo Chile” Santiago (Segunda-feira, 02-04-2012, Gaudium Press) "Um Rosário pelo Chile": é essa a iniciativa de um grupo de leigos, que conta com o apoio de diversos bispos do país andino, -entre eles Dom Ricardo Ezzati, Arcebispo de Santiago e presidente da Conferência Episcopal- e que busca expressar "a fé e esperança de mulheres e homens católicos, que crêem na força mediadora da Virgem Maria através da oração do Rosário, para alcançar uma sociedade na qual reúnem os valores cristãos e um ordenamento jurídico que proteja efetivamente a família. rosario chile 1.jpg No dia 25 de março, solenidade da Anunciação, as dioceses de Melipilla, São Bernardo, Rancagua, Linares, Chillán, Los Angeles, Osorno; as arquidioceses de La Serena, Santiago e o Bispado Castrense, convidaram a assembleia a unir-se a cruzada espiritual que alenta "Um Rosário pelo Chile". Graças ao apoio de bispos e arcebispos, milhares de pessoas receberam volantes convidando a rezar diariamente o Santo Rosário pelas intenções desejadas por essa iniciativa e convidando também a visita ao site web http://www.unrosarioporchile.cl. A equipe de trabalho de "Um Rosário pelo Chile", também se fez presente no Santuário Nacional de Maipú, onde foram abençoadas centenas de rosários que logo foram distribuídos aos que se comprometeram com esta cruzada, " que nos desafia a colocar nossa vida, famílias e sociedade nas mãos de Jesus Cristo, debaixo da proteção e mediação de sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria", segundo afirmam seus organizadores. Desenvolvimento da iniciativa "Um Rosário pelo Chile" rosario chile 2.jpg Como registra o portal oficial da Igreja no Chile, em uma primeira etapa tem-se como intenção captar as pessoas que rezam o Rosário para que incorporem em suas intenções as de "Um Rosário pelo Chile". Nesse contexto, a grande difusão ocorrida no dia 24 de março, buscava dar a conhecer a iniciativa através da entrega de um volante nas missas que eram realizadas nas distintas dioceses, o que foi sucedido pela entrega de rosários em seis santuários marianos. São rosários confecionados por um grupo de internos do cárcere juvenil de Puente Alto. Segundo explicou Andrés Giménez, --um dos seis dirigentes desta iniciativa-- uma segunda etapa de sua intenção é chegar as pessoas que não rezam o rosário. Algo que pretendem fazer por meio de testemunhos de chilenos que tem obtido uma graça e que tem a certeza de que ela foi alcançada pela reza do terço ou pelo rosário. Além disso, Giménes assinalou que, a partir do próximo ano, pretendem executar um programa em colégios católicos para ensinar as crianças a rezarem o rosário. Fonte: Gaudium Press

São Francisco de Paula

São Francisco de Paula
De um santo casal sem filhos... Tiago e Viena formavam um casal que vivia em Paula, pequena cidade da Calábria, na Itália. Tiago era agricultor. Viena ajudava o marido no que era possível a uma mulher fazer. Juntos, eles constituíam um casal católico exemplar. Embora levando uma vida difícil, procuravam santificar-se: rezavam bastante, jejuavam, praticavam boas obras, faziam penitência. Consideravam-se felizes. A felicidade de situação em que viviam, no entanto, era empalidecida por algo lhes penalizava: não conseguiam ter filhos. ...milagrosamente, nasce um menino Não faltavam pedidos, orações e sacrifícios para que Deus lhes enviasse um filho. Pediam muito a intercessão de São Francisco de Assis, de quem eram devotos. Prometeram até que, se o santo lhes atendesse, dariam o nome de Francisco ao primeiro dos filhos que tivessem. Deus ouviu tão prementes e piedosos pedidos: nasceu-lhes um filho. O menino tinha uma infecção nos olhos e poderia ficar cego. De novo procuraram São Francisco. Com respeito, pediam que ele atendesse por inteiro o pedido deles e não apenas pela metade. Tiago e Viena prometiam ao Santo que, se ele curasse o menino, tão logo a idade o permitisse, ele seria vestido com o hábito de frade franciscano e colocado, por um ano, num convento da Ordem de São Francisco. Novamente o casal foi atendido. Francisco crescia saudável, abençoado por Deus e com evidentes pendores para a santidade. Até os 12 anos seguia o exemplo paterno: rezava e praticava penitência. ... que se tornou um "menino frade", exemplar, obediente e milagreiro. O tempo passou e Tiago e Viena não tinam cumprido ainda a promessa feita. Um dia apareceu na casa deles um frade franciscano lembrando que chegara a hora de cumprirem a promessa feita. Os pais, de bom grado, levaram o jovenzinho com o hábito de São Francisco para o convento de São Marcos, onde era observava rigorosamente a regra da Ordem dos Frades Menores. O jovem Francisco, mesmo não estando obrigado, cumpria com exatidão as normas conventuais. E isso a tal ponto que se tornou modelo de observância da regra. Era exemplo até para os frades mais experimentados e vividos nas práticas religiosas. Já nessa ocasião, alguns fatos extraordinários marcaram a vida do pequeno Francisco. Um dia o irmão sacristão ordenou-lhe que fosse buscar brasas para o turíbulo. Porém, esqueceu-se de dizer a Francisco como deveria proceder. Com toda simplicidade e inocência, ele atendeu ao pedido colocando as brasas em seu hábito e as levou ao irmão sacristão. Seu hábito nada sofreu. Em uma outra ocasião, ele ficou como encarregado da cozinha. Pôs os alimentos em uma panela e a colocou sobre o carvões e lá a deixou. Em seguida foi para a igreja rezar, esquecendo-se de acender o fogo... Rezando, entrou em estase, e tempo foi passando. Um frade entrou na cozinha e viu o fogo apagado. Procurou Francisco perguntando se a refeição estava pronta. O jovem respondeu que sim e, em seguida, foi para a cozinha. Não se sabe como, o certo é que o fogo estava aceso e os alimentos cozidos... são francisco3.jpg Fez-se um Eremita adolescente... Claro que os bons frades do convento de São Marcos queriam que o jovem Francisco continuasse entre eles. Era um adorno para o convento aquele adolescente que já dava tantos indícios de santidade. O jovem, no entanto, sentia-se chamado para outro estado de vida. Tendo já cumprido a promessa de ficar um ano no convento, com os pais, ele foi conhecer Roma, Assis, Loreto e Monte Cassino. Ficou impressionado com Monte Cassino. Soube que naquele lugar São Bento estabelecera-se aos 14 anos para entregar-se todo a Deus, ele fez também o mesmo propósito: pediu aos pais que o deixassem viver como eremita na chácara que habitavam. Tiago e Viena aceitaram o pedido do filho. E não só consentiram que se mudasse para sua "ermida", mas passaram a levar-lhe a alimentação. Mas, Francisco deseja ser mais radical em sua solidão. Um dia ele desapareceu: havia subido a uma montanha próxima. Nela encontrou uma pequena gruta e a transformou no local onde passou a morar por seis anos. Vivia exclusivamente para Deus, na contemplação e penitência. Seu alimento eram raízes e ervas silvestres. De acordo com uma tradição corrente na Ordem fundada por ele, foi nessa gruta eremítica que ele recebeu, das mãos de um Anjo, o hábito monástico. ...aprovado pelo Bispo e com discípulos, funda uma Ordem Religiosa. Com 19 anos de idade, Francisco obteve licença do Bispo local para construir um mosteiro no alto de um monte próximo a Paula. Logo surgiram os primeiros discípulos e auxiliares. Da construção desse Mosteiro participaram os habitantes da cidade. Pouco importando que fossem ricos ou pobres, nobres ou plebeus. Era um verdadeiro milagre: todos queriam ajudar. Eles foram testemunhas de inúmeros milagres. Viram pedras se deslocarem à uma simples ordem de Francisco. Árvores pesadas e pedras enormes tornavam-se leves para serem removidas ou transportadas. Os víveres, cuja quantidade mal daria para saciar a fome de um só trabalhador, alimentavam a muitos. Até pessoas enfermas que iam participar das construções ficavam curadas. Foi dai que nasceram as origens da "Ordem dos Mínimos", ordem religiosa fundada oficialmente por São Francisco de Paula em 1435. Arcanjo São Miguel era seu protetor e também da Ordem que ele fundou. Foi o Arcanjo quem trouxe-lhe uma espécie de ostensório no qual aparecia o sol tendo um fundo azul e escrita a palavra Caridade. São Miguel mostrou-lhe ostensório e recomendou ao Santo tomá-lo como emblema de sua Ordem. Francisco tinha na simplicidade de vida um coroamento de todas suas virtudes. Ele era bom, franco, cândido, serviçal, sempre disposto a fazer o bem a qualquer um. Esse espírito, ele comunicou em abundância a seus filhos espirituais. Fatos, profecias e mais milagres A Divina Providencia distribui seus dons a quem fará uso deles para maior glória de Deus. Sendo assim, é o caso de dizer que São Francisco de Paula glorificou muito a Deus, aplicando esses dons abundantemente. Até parece que seu carisma constituía-se em fazer milagres. Um autor chegou a afirmar sobre ele: "Não há espécie de doenças que ele não tenha curado, de sentidos e membros do corpo humano sobre os quais não tenha exercido a graça e o poder que Deus lhe havia dado. Ele restituiu a vista a cegos, a audição a surdos, a palavra aos mudos, o uso dos pés e mãos a estropiados, a vida a agonizantes e mortos; e, o que é mais considerável, a razão a insensatos e frenéticos". "Não houve jamais mal, por maior e mais incurável que parecesse, que pudesse resistir à sua voz ou ao seu toque. Acorria-se a ele de todas as partes, não só um a um, mas em grandes grupos e às centenas, como se ele fosse o Anjo Rafael e um médico descido do Céu; e, segundo o testemunho daqueles que o acompanhavam ordinariamente, ninguém jamais retornou descontente, mas cada um bendizia a Deus de ter recebido o cumprimento do que desejava"(*). Francisco ressuscitou seu próprio sobrinho chamado Nicolas. Ele queria ser monge na Ordem que seu tio havia fundado. Mas sua mãe se opôs ferrenhamente a isso. Nicolas adoeceu e morreu. O corpo estava sendo velado na igreja do convento e Francisco pediu que o conduzissem à sua cela. Passou a noite em lágrimas e orações. Foi assim que, naquela noite, ele obteve de Deus que o rapaz fosse ressuscitado. Quando, na manhã seguinte, a mãe de Nicolas veio para assistir ao sepultamento do filho, Francisco perguntou-lhe se ela ainda se opunha a que ele se fizesse religioso. "Ah!" - disse ela em lágrimas - "se eu não me tivesse oposto, talvez ele ainda vivesse". - "Quer dizer que você está arrependida?" - insistiu o Santo. - "Ah, sim!". Francisco, então, trouxe-lhe o filho são e salvo. Em prantos, a mãe abraçou o filho concedendo a licença que havia negado. Tornou-se famosa outra ressurreição realizada pela intercessão de Francisco. Foi aquela em que viveu novamente um homem malfeitor que a justiça havia enforcado três dias antes. São Francisco de Paula não só lhe restituiu a vida do corpo, como também a da alma. Mas Francisco também ressuscitou duas vezes a mesma pessoa: Tomás de Yvre, era habitante de Paterne, França, e trabalhava na construção do convento de sua cidade. Num acidente ele foi esmagado por uma árvore. São Francisco o ressuscitou. Algum tempo depois, Tomás caiu do alto do campanário e morreu em consequência da queda. Novamente o Santo restituiu-lhe a vida. São Francisco era também dotado de uma graça especial para a obtenção do favor da maternidade para mulheres estéreis. Muitos milagres desse gênero foram relatados no processo de canonização do Santo em Tours. Alguns deles foram acontecidos em casas reais ou principescas. são francisco4.jpg Um analfabeto cheio de sabedoria e santidade Na verdade ele era analfabeto, mas isso pouco importa. Em suas homilias, ele pregava com tanta sabedoria que deixava seus ouvintes extasiados e entusiasmados: a boca fala é da abundancia do coração... Em seu modo de ser, de portar-se e agir brilhavam em grau heroico a virtude da sabedoria, além da prudência, da justiça, da temperança e da fortaleza. Por isso, mesmo é que esse Santo não alfabetizado mão sentiu nenhum constrangimento ao conversar ou dar conselhos a Papas, reis e a grandes deste mundo. Ficar na França foi discernimento da vontade de Deus Sua fama chegou até na França. O Rei Luís XI estava atacado por doença que poderia levá-lo à morte. E não duvidou: pediu ao Santo que fosse até a França para curá-lo. Mas Francisco só se dirigiu à côrte francesa depois de uma ordem formal do Papa. A ida dele foi providencial para a expansão de sua Ordem não só na França, mas também em outros países da Europa, como Alemanha e Espanha. Estando com o Rei, ele discerniu que a vontade de Deus não era que ele se curasse, mas, em seus desígnios queria levá-lo desta vida. Sem temor, ele disse isso a Luís XI e, com isso, preparou-o para a morte. Foi nessas circunstancias que o monarca confiou a Francisco a formação de seus filhos, sobretudo ao principe herdeiro que tinha, então, apenas 14 anos. Francisco foi também o confessor da Princesa Joana. Depois que de repudiada por seu marido, o futuro Luís XII, tornou-se religiosa e, morrendo santamente, foi canonizada recebendo a maior das honras, a dos altares. Foi por conselho de Francisco que o Rei Carlos VIII casou-se com Ana de Bretanha, herdeira única daquele ducado, que veio assim unir-se ao Reino da França. Imitou Jesus até a morte Francisco dormia sobre umas pranchas. Isso quando dormia, pois, geralmente passava grande parte das noites rezando. Parecia viver continuamente em espírito de quaresma. Muitas vezes, comia apenas a cada oito dias. Para melhor imitar a Nosso Senhor Jesus Cristo, uma vez, passou toda uma quaresma sem alimentar-se. Seu hábito era de um tecido grosseiro, bem rude. Embora, como penitencia, o usasse dia e noite, era limpo e dele subia um odor agradável a todos os olfatos. Seu rosto, sempre tranquilo e ameno, parecia não se ressentir das austeridades que praticava e nem dos efeitos da idade. são francisco5.jpg A alguém com uma vida assim levada por amor de Deus, não haveria demônio que o resistisse. Foram inúmeros os casos de possessos que ele livrou do jugo diabólico. São Francisco de Paula tinha como devoções particulares o culto ao mistério da Santíssima Trindade e da Anunciação da Virgem, uma veneração aos nomes santíssimos de Jesus e Maria e uma verdadeira adoração à pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto padecendo a Paixão. Seria indício de uma identificação a mais com Nosso Senhor, quem, tendo essas devoções viesse a morrer no dia em que nossa Redenção se consumou. E foi o que aconteceu: na Sexta-feira Santa do ano de 1507, aos 91 anos de idade ele faleceu. Mas, ele "morreu" ainda uma segunda vez... Durante as Guerras de Religião na Europa, os protestantes calvinistas, em 1562, invadiram o convento de Plessis, França. Ali estava enterrado o Santo. Então, como ele havia predito, seu corpo, ainda incorrupto, foi tirado do sepulcro e foi queimado com a madeira pertencente a um grande crucifixo da igreja. Ele, praticamente, foi martirizado depois da morte. A gloria de São Francisco de Paula permanece até nossos dias, apesar do ódio dos inimigos da fé. E permanecerá para sempre. (JS) Fontes: * - Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d'après le P. Giry, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo IV, p. 143. --Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, tomo II, pp. 333 e ss. -Pe. José Leite S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1993, pp. 412-413. Fonte: Gaudium Press

domingo, 1 de abril de 2012

A Via Sacra não é coisa do passado…

A Via Sacra não é coisa do passado…
Leigos e religiosos rezam a via sacra diante de uma cruz em Moçambique A Via Sacra não é uma coisa que pertence ao passado e a um determinado ponto da terra. A cruz do Senhor abraça o mundo; a sua "Via-Crucis" atravessa os continentes e os tempos. Na Via-Sacra não podemos ser apenas espectadores. Também nós estamos incluídos, por isso devemos procurar o nosso lugar: onde estamos? Na "Via Crucis" não existe a possibilidade de ser neutro. Pilatos, o intelectual céptico, procurou ser neutro, ficar de fora; mas, precisamente assim, tomou posição contra a justiça, para não pôr em risco a sua carreira. Devemos procurar o nosso lugar No espelho da cruz vemos todos os sofrimentos da humanidade de hoje. Na cruz de Cristo vemos o sofrimento das crianças abandonadas, abusadas; as ameaças contra a família; a divisão do mundo na soberba dos ricos que não vêem Lázaro diante de suas portas e a miséria de tantos que sofrem fome e sede. Mas vemos também "estações" de consolação. Vemos a Mãe, cuja bondade permanece fiel até à morte, e além da morte. Vemos a mulher corajosa que está diante do Senhor e não tem medo de mostrar a solidariedade com este Sofredor. Vemos Simão, o Cireneu, um africano, que carrega com Jesus a cruz. Vemos, por fim, através destas "estações" de consolação, que, assim como os sofrimentos não terminam, também as consolações não terminam. Vemos como, no "caminho da cruz", Paulo encontrou o zelo da sua fé e acendeu a luz do amor. Vemos como Santo Agostinho encontrou o seu caminho: assim São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo, São Maximiliano Kolbe, Madre Teresa de Calcutá. E também nós somos convidados a encontrar a nossa posição, a encontrar, com estes grandes, corajosos santos, o caminho de Jesus e para Jesus: o caminho da bondade, da verdade; a coragem do amor. Peçamos ao Senhor que nos ajude a sermos "contagiados" pela sua misericórdia. Rezemos à Santa Mãe de Jesus, a Mãe da Misericórdia, para que nós também possamos ser homens e mulheres de misericórdia e, desta forma, contribuir para a salvação do mundo; para a salvação das criaturas; para sermos homens e mulheres de Deus. (Conferir Discurso Bento XVI após a Via-Sacra, na Sexta-Feira Santa, 14 de abril de 2006) Que estes luminosos ensinamentos de SS. o Papa Bento XVI sobre a Via-Sacra sirvão de molde para estimular a todos aqueles que, no tempo litúrgico da Quaresma levam adiante esta prática tão piedosa e sempre estimulada pela Igreja ao longo dos séculos. A 15ª estação é rezada dentro da Capela, após período de confissões Assim, já há alguns anos os Religiosos e Religiosas de Maputo se reúnem para percorrerem juntos as estações da Via-Sacra. A mesma tem se realizado na Casa das Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados, no Bairro de Malhangalene. Neste ano de 2012, a data fixada pela CIR-CONFEREMO -organismo que congrega todos os religiosos e religiosas em Moçambique - foi o dia 18 de março passado. Mais de duas centenas de pessoas - religiosos e religiosas, acompanhados de aspirantes e noviços de dezenas de Congregações que se dedicam à vida missionária aqui na África - participaram piedosamente desta já tradicional Via-Sacra. Após a 14ª estação houve uma pausa para confissões. Os sacerdotes se dispuseram em diversos locais do parque da Casa e por longo tempo se dispuseram solicitamente para o sacramento da reconciliação. Em seguida rezou-se a 15ª estação dentro da Capela e, com a bênção final, todos retornaram às suas Casas, fortalecidos pela oração. Por Arão O. Mazive. Fonte: Gaudium Press

Mais de 3 milhões de mexicanos acompanharam o Papa durante sua visita ao país Loading

Mais de 3 milhões de mexicanos acompanharam o Papa durante sua visita ao país
Mais de 3 milhões de pessoas participaram das atividades do Papa e muitas delas andaram horas para acompanhar a Santa Missa no Parque Bicentenário Cidade do México (Terça-feira, 27-03-2012, Gaudium Press) A Conferência Episcopal do México realizou uma coletiva de imprensa para apresentar os números e os resultados da visita apostólica do Papa Bento XVI ao país. O governador do estado de Guanajuato, Juan Manuel Oliva Ramírez e o secretário da Conferência Episcopal mexicana, Dom Víctor René Rodríguez informaram que o número de pessoas que participaram dos eventos com o Papa chegou a 3,4 milhões de fiéis e peregrinos. Em sua maioria, as pessoas eram do próprio estado de Guanajuato, mas afirmaram que a quantidade de pessoas vindas de outras localidades também foi expressiva. Aproximadamente 777 mil pessoas estiveram presentes nas diversas cidades onde aconteceram atividades pontifícias. Dom Víctor René aproveitou a ocasião para agradecer os 78 mil jovens provenientes das cidades de Querétaro, Guanajuato, Celaya e León que atuaram como voluntários para formar os cordões humanos que cercaram as ruas por onde circulou o Papa Bento XVI. Segundo os números que foram atualizados no decorrer da estadia do Papa no México, 3.200 pessoas receberam o Santo Padre no aeroporto internacional e outras 3 mil estiveram na cerimônia de despedida. Na Santa Missa celebrada no Parque Bicentenário, 640 mil fiéis estiveram presentes. O governador Oliva Ramírez disse que ouviu do porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, que a cerimônia do último domingo foi "histórica e uma das mais grandes realizadas durante o pontificado". Neste mesmo dia se estima que um milhão de pessoas participaram das diferentes atividades com o Santo Padre. O secretário da Conferência Episcopal Mexicana aproveitou a oportunidade para destacar a mensagem de Bento XVI ao México que foi de paz, amor e compromisso para com os mexicanos. (LB) Gaudium Press - María del Carmem Sierra Tradução: Luciano Batista Fonte: Gaudium Press

"Quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito", afirma Bento XVI

"Quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito", afirma Bento XVI Santiago de Cuba (Segunda-feira, 26-03-2012, Gaudium Press) "É comovente ver como Deus não só respeita a liberdade humana, mas parece ter necessidade dela". Bento XVI, na festa da Anunciação do Senhor à Virgem Maria, presidiu ontem, depois de sua chegada, a Missa na Plaza Antonio Maceo, de Santiago de Cuba, repleta de pessoas. A visita "se insere no contexto do Ano Jubilar Mariano proclamado para honrar a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, nos quatrocentos anos da descoberta e presença da sua veneranda imagem nestas terras abençoadas". O Papa, ao explicar o significado da festa, afirmou que "Deus veio realmente ao mundo, entrou na nossa história, habitou no meio de nós, realizando assim a profunda aspiração do ser humano de que o mundo seja realmente uma casa para o homem. Pelo contrário, quando Deus é posto de lado, o mundo transforma-se num lugar inóspito para o homem, frustrando ao mesmo tempo a verdadeira vocação da criação que é ser o espaço para a aliança, para o «sim» do amor entre Deus e a humanidade que Lhe responde". Exemplo e modelo do "sim" encontra-se na obediência de Cristo e de Maria à vontade de Deus. "É esta obediência a Deus que abre as portas do mundo à verdade, à salvação". Na Virgem Maria a Igreja também encontra um modelo de como "acolher em si o Mistério de Deus" para realizar a própria missão de "prolongar sobre a terra a presença salvífica de Deus, de abrir o mundo para algo maior do que ele mesmo, ou seja, para o amor e a luz de Deus". "Encorajo-vos - continuou o Santo Padre - na vossa tarefa de semear no mundo a palavra de Deus e oferecer a todos o verdadeiro alimento que é o corpo de Cristo". No fim da homilia o Papa reafirmou o valor fundamental da família, que na sociedade cubana enfrenta uma crise. "O mistério da Encarnação - observou - no qual Deus Se aproxima de nós, mostra-nos também a dignidade incomparável de cada vida humana. Por isso, no seu projeto de amor, desde a criação, Deus confiou à família fundada no matrimonio a sublime missão de ser célula fundamental da sociedade e verdadeira Igreja doméstica". Bento XVI encorajou os esposos a serem "sinal real e visível do amor de Cristo pela Igreja. Cuba precisa do testemunho da vossa fidelidade, da vossa unidade, da vossa capacidade de acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada", concluiu o pontífice pedindo aos cubanos um "novo vigor à vossa fé". "Vivais de Cristo e para Cristo, e luteis com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que manifeste melhor a bondade de Deus", disse o Papa. Antes de deixar o lugar da celebração o Santo Padre doou à Virgem da Caridade do Cobre uma rosa de ouro. (JSG) Fonte: Gaudium Press

Retiro missionário reúne 1,3 mil pessoas na diocese paranaense de Umuarama

Retiro missionário reúne 1,3 mil pessoas na diocese paranaense de Umuarama Umuarama (Quinta-Feira, 29/03/2012, Gaudium Press) A Diocese de Umuarama, no Estado do Paraná, promoveu nos dias 24 e 25 deste mês, o 2º Retiro Missionário Diocesano, com a presença do animador das Santas Missões Populares, padre Luis Mosconi de Belém, no Pará, que coordena encontros missionários por todo o Brasil e América Latina. O evento abordou o tema: "Convicção no segmento a Jesus Cristo".
De acordo com a assessoria de comunicação diocesana, o retiro contou com a participação de aproximadamente 1,3 mil pessoas, que estavam representando as 42 paróquias de Umuarama. Padre Mosconi, aprofundou a temática proposta no Evangelho do ano litúrgico, o Evangelho Segundo Marcos, e trabalhou ainda o conteúdo do processo das Santas Missões Populares, destacando as etapas e os blocos de atividades abordados em seu livro "Uma experiência de evangelização voltada para o povo". O encerramento do encontro aconteceu com a celebração da Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, dom João Mamede Filho, que incentivou todos a se deixarem seduzir pelo Cristo, e se disporem com determinação às Santas Missões Populares. Ao final da celebração, os missionários foram enviados para que assumam com convicção as atividades missionárias em suas paróquias, em preparação aos Retiros Missionários Paroquiais. Com a finalidade de capacitar os missionários das equipes paroquiais da diocese de Umuarama, a fim de que sejam multiplicadores da proposta e experiência nas comunidades da região, o retiro missionário contou com a presença e participação de padres, diáconos, religiosos, religiosas, do Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora, padre Wilson Alexandre Pintenho, do Vigário Geral da diocese, Assessor das CEBs e Assessor do Projeto Ame, padre Edivaldo Lopes Farias. Santas Missões Populares As Santas Missões Populares são uma sacudida especial, pois com o com o passar do tempo, nossa vida pessoal pode se tornar bastante rotineira, repetida, acomodada, sem asas, sem convicções profundas, amarrada e cansada. Corremos o perigo de jogar no lixo o dom precioso da vida. Nossas comunidades cristãs também correm perigo: tudo repetido, sem novidade, meio apagado, sem ardor missionário. As SMPs são ainda um tempo especial de evangelização intensiva e extensiva, com iniciativas e prazos marcados. O testemunho e o anuncio do Evangelho de Jesus vão estar em primeiro lugar. É também um grande retiro espiritual popular, que tem a ver com o sentido da vida, um retiro que irá marcar o tempo que virá depois, sem com isso desconhecer o positivo que havia antes, além de ser um tempo especial para cultivar entre nós relações pessoais, bem sinceras, verdadeiras e solidárias. Fonte: Gaudium Press

Família tem papel fundamental na sociedade cubana

Família tem papel fundamental na sociedade cubana
Durante a Santa Missa desta segunda-feira, Bento XVI defendeu a valorização da família cubana Santiago de Cuba (Terça-feira, 27-03-2012, Gaudium Press) Durante a Santa Missa desta segunda-feira em Santiago de Cuba, o Papa Bento XVI falou sobre o importante papel da família na sociedade, principalmente no contexto em que vivem os cubanos atualmente. "Deus confiou seu projeto de amor à família, que tem a sublime missão de ser célula fundamental da sociedade e verdadeira Igreja doméstica". A desestruturação da família é um dos aspectos que compromete o tecido social, e fenômenos, que até então não se verificavam em Cuba, passam a ter uma incidência cada vez maior, como é o caso da delinquência. Gravidez precoce, frequentes trocas de parceiros, crimes cometidos em âmbito familiar demonstram uma formação fragmentada, uma estrutura moral frágil. Em sua homilia o Papa disse que "nessas circunstâncias e neste período da história, a família desempenha um papel fundamental. Cuba precisa da fidelidade, da unidade, da capacidade dos pais de acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada". Diante desses desafios, a mulher desempenha um papel singular na sociedade cubana, segundo informa Irmã Maria de los Ángeles Rodríguez Pérez. "A mulher hoje é a mãe, mas também o pai. A mulher hoje é que teve que assumir a frente de cada lar. Infelizmente, muitos pais abandonaram a casa e foram as mulheres que assumiram completamente a família. Muitas se encontram em situação muito difícil, com filhos doentes ou com os pais enfermos e devemos ajudar a encontrar um sentido e animá-las, mas a mulher hoje é força para a sociedade cubana. Outra figura fundamental na sociedade cubana são os avós, que logo após a revolução assumiram o papel de transmitir a fé de geração em geração". Com informações da Rádio Vaticano Fonte: Gaudium Press