Israel no país do Egito
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
Israel estabeleceu-se então no país do Egipto, adquiriu propriedades e multiplicou-se extraordinariamente e Jacob viveu 147 anos.
Quando viu que os seus dias se aproximavam do fim, chamou José, deu-lhe os seus conselhos e por fim pediu-lhe que, depois da sua morte, o levasse para ser sepultado fora do Egipto, na terra de Canaã, que Deus tinha prometido à sua descendência.
José prometeu cumprir a vontade de seu pai.
Depois da sua morte, José tratou de todos os preparativos necessários e fez transportar o corpo de seu pai para as terras de Canaã, conforme lhe tinha prometido.
- “Depois de sepultar seu pai, José voltou para o Egipto com os seus irmãos e com todos os que os tinham acompanhado a fim de sepultar seu pai”.(Gn.50,14).
Todavia, os irmãos de José, conscientes e arrependidos do procedimento que tinham tido para com seu irmão e com receio de represálias, tomaram as suas resoluções, conforme nos conta ainda o Génesis :
«Ora, os irmãos de José, considerando que seu pai estava morto disseram uns aos outros : “E se José nos guarda rancor ? Se vai pagar-se de todo o mal que lhe fizemos sofrer?” Mandaram então dizer a José o seguinte : “Teu pai ordenou-nos antes da sua morte “Falai assim a José : Perdoa, por favor, o seu erro aos servos do Deus de teu pai” ! E José chorou quando lhe falaram assim.
Depois os seus irmãos vieram, eles mesmos cair a seu pés, dizendo : “Estamos prontos a tornar-nos teus escravos”.
José respondeu-lhes :
“Não temais; estou eu no lugar de Deus ? Meditastes contra mim o mal : Deus aproveitou-o para o bem a fim de que acontecesse o que hoje aconteceu e um povo numeroso foi salvo. Não receeis, então : cuidarei de vós e das vossas famílias”.
Tranquilizou-os e falou-lhes ao coração.(Gn.50,15-21).
José residiu no Egipto com sua família e viveu até aos 110 anos, mas antes de morrer, disse aos seus irmãos :
- “Vou morrer ! Mas Deus visitar-vos-á, fazendo-vos voltar deste país, ao país que prometeu por juramento a Abraão, a Isaac e a Jacob”.(Gn.50,24).
Estas palavras de José a seus irmãos são como uma profecia que se havia de cumprir mais de duzentos anos depois.
E a partir daqui vai começar uma nova história do povo hebreu que continua a ser o Povo que Deus escolheu para ser o Seu Povo.
Fonte: Exsurge Domini
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Prosperidade do povo hebreu
Prosperidade do povo hebreu
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
José viveu no século XVI a. C. e Moisés viria a nascer no século XIII a.C.
Podemos assim concluir que de José até Moisés, se passariam cerca de 300 anos e, durante este tempo o povo hebreu desenvolveu-se e prosperou de tal maneira que se tornou uma ameaça para o povo do Egipto.
- “Depois, José morreu, bem como todos os seus irmãos e toda aquela geração. Os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se ; tornaram-se tão numerosos e tão poderosos que encheram o país”. (Êx.1,6-7).
E por estas razões, os israelitas começaram a ser perseguidos, como se lê no Livro do Êxodo :
"Subiu, então, ao trono do Egipto, um novo rei que não conheceu José.
E ele disse ao seu povo : Reparai, os filhos de Israel constituem um povo mais numeroso e mais poderoso do que nós.
Temos de proceder astuciosamente contra eles, a fim de impedirmos que se desenvolvam ainda mais e, no caso de sobrevir uma guerra, se aliem aos nossos inimigos para nos destruirem, saindo depois desta terra.
Nomearam então capatazes para os oprimirem com trabalhos penosos.
E, assim, construiram as cidades de Pitom e Ramsés, que eram depósitos à ordem do Faraó.
Todavia, quanto mais os oprimiam, mais se multiplicavam; e os egípcios começaram a odiar os filhos de Israel.
Os egípcios impuseram a mais implacável servidão aos filhos de Israel.
Faziam-lhes passar uma vida amarga, submetendo-os a violentos trabalhos de barro e de tijolos, e a toda a espécie de serviços agrícolas ; e, cruelmente impunham-lhes todas as tarefas.
O rei do Egipto chamou, também, as parteiras dos hebreus, cujos nomes eram Séfora e Fua, e disse-lhes : Quando assistirdes aos partos das mulheres dos hebreus, observareis a criança : se for rapaz, matai-o ; se for rapariga, deixai-a viver.
Mas as parteiras, que temiam a Deus, não cumpriram a ordem do rei do Egipto, e deixaram viver os rapazes.
O rei mandou-as chamar novamente e disse-lhes : Porque procedestes dessa maneira deixando viver os rapazes ?
Responderam ao Faraó : Porque as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios; elas são vigorosas, dão à luz mesmo antes de chegar a parteira.
Deus recompensou as parteiras e o povo continuava a multiplicar-se e a aumentar.
Porque as parteiras temeram a Deus, Ele protegeu as suas famílias.
Então o Faraó deu a seguinte ordem a todo o seu povo : Lançareis ao rio todos os indivíduos do sexo masculino que nasceram aos hebreus, e deixareis viver todas as raparigas”.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
José viveu no século XVI a. C. e Moisés viria a nascer no século XIII a.C.
Podemos assim concluir que de José até Moisés, se passariam cerca de 300 anos e, durante este tempo o povo hebreu desenvolveu-se e prosperou de tal maneira que se tornou uma ameaça para o povo do Egipto.
- “Depois, José morreu, bem como todos os seus irmãos e toda aquela geração. Os israelitas foram fecundos e multiplicaram-se ; tornaram-se tão numerosos e tão poderosos que encheram o país”. (Êx.1,6-7).
E por estas razões, os israelitas começaram a ser perseguidos, como se lê no Livro do Êxodo :
"Subiu, então, ao trono do Egipto, um novo rei que não conheceu José.
E ele disse ao seu povo : Reparai, os filhos de Israel constituem um povo mais numeroso e mais poderoso do que nós.
Temos de proceder astuciosamente contra eles, a fim de impedirmos que se desenvolvam ainda mais e, no caso de sobrevir uma guerra, se aliem aos nossos inimigos para nos destruirem, saindo depois desta terra.
Nomearam então capatazes para os oprimirem com trabalhos penosos.
E, assim, construiram as cidades de Pitom e Ramsés, que eram depósitos à ordem do Faraó.
Todavia, quanto mais os oprimiam, mais se multiplicavam; e os egípcios começaram a odiar os filhos de Israel.
Os egípcios impuseram a mais implacável servidão aos filhos de Israel.
Faziam-lhes passar uma vida amarga, submetendo-os a violentos trabalhos de barro e de tijolos, e a toda a espécie de serviços agrícolas ; e, cruelmente impunham-lhes todas as tarefas.
O rei do Egipto chamou, também, as parteiras dos hebreus, cujos nomes eram Séfora e Fua, e disse-lhes : Quando assistirdes aos partos das mulheres dos hebreus, observareis a criança : se for rapaz, matai-o ; se for rapariga, deixai-a viver.
Mas as parteiras, que temiam a Deus, não cumpriram a ordem do rei do Egipto, e deixaram viver os rapazes.
O rei mandou-as chamar novamente e disse-lhes : Porque procedestes dessa maneira deixando viver os rapazes ?
Responderam ao Faraó : Porque as mulheres dos hebreus não são como as dos egípcios; elas são vigorosas, dão à luz mesmo antes de chegar a parteira.
Deus recompensou as parteiras e o povo continuava a multiplicar-se e a aumentar.
Porque as parteiras temeram a Deus, Ele protegeu as suas famílias.
Então o Faraó deu a seguinte ordem a todo o seu povo : Lançareis ao rio todos os indivíduos do sexo masculino que nasceram aos hebreus, e deixareis viver todas as raparigas”.
Fonte: Exsurge Domini
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
A Lei de Deus
A Lei de Deus
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Porque andas sempre a falar da Minha Lei e levas na boca a Minha Aliança, se aborreces os ensinamentos e rejeitas as Minhas palavras ?.(Sl.50,16).
Há um perigo para a religião baseado na Lei escrita, mesmo sendo a Lei de Deus.
Os fiéis mais facilmente olham para os requsitos legais do que para a fé pessoal.
Um mesquinho sentido do dever pode menospresar o verdadeiro valor de um compromisso ; um exagero legalístico pode tomar o lugar do verdadeiro amor.
O Judaísmo, na sua melhor forma nunca esqueceu que a Aliança foi, primeiro e acima de tudo, uma relação de amor e de confiança entre Deus e o Seu Povo.
A Lei escrita foi um modelo de trabalho para se viver segundo a Aliança.
Os féis judeus nunca consideraram a Lei como um fardo ou um obrigação indesejável.
Em vez disso, como já vimos, eles sentiam alegria por saberem que podiam agradar ao Deus que eles amavam.
O Salmo 50 reflecte sobre as diferenças entre o serviço dos lábios na Lei do Senhor e a verdadeira obediência.
O salmista lembra aos seus ouvintes e leitores que Deus não necessita dos sacrifícios de bois e cordeiros segundo a Lei ; nem Lhe agradam aqueles que professam a Lei com as suas palavras e a negam com as suas acções.
O sacrifício que Deus mais aprecia e aceita é a de coração devoto e a vontade de obedecer que destinguem o verdadeiro relacionamneto da Aliança.
- “Oferece a Deus um sacrifício de louvor, e cumpre as tuas promessas feitas ao Altíssimo”.(Sl.50,14).
A palavra escrita é acima de tudo um convite a uma aproximação, a viver segundo a vontade de Deus salvador :
- “Invoca-Me no dia da tribulação, livrar-te-ei e tu Me glorificarás”.(Sl.50,15).
Pode acontecer a cada um de nós que nos agarremos demasiadamente a palavras da Escritura que, separads do contexto, elas são letra morta ou são interpretadas erradamente, porque não revelam o verdadeiro sentido das nossas melhores relações com Deus, isto é, com a nossa Aliança ou compromisso com Deus e com os nossos irmãos.
É bom não esquecer que o verdadeiro amor para com Deus se deve reflectir na nossa vida tão expressamente como nos primeiros discípulos, porque a Lei de Deus, expressa na Bíblia, é a mesma de sempre ainda que adaptada ao nosso sistema de vida do presente, um testemunho de vida feito do bom exemplo e da doutrinação para os homes de hoje, de harmonia com o que nos ensina o Magistério da Igreja.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Porque andas sempre a falar da Minha Lei e levas na boca a Minha Aliança, se aborreces os ensinamentos e rejeitas as Minhas palavras ?.(Sl.50,16).
Há um perigo para a religião baseado na Lei escrita, mesmo sendo a Lei de Deus.
Os fiéis mais facilmente olham para os requsitos legais do que para a fé pessoal.
Um mesquinho sentido do dever pode menospresar o verdadeiro valor de um compromisso ; um exagero legalístico pode tomar o lugar do verdadeiro amor.
O Judaísmo, na sua melhor forma nunca esqueceu que a Aliança foi, primeiro e acima de tudo, uma relação de amor e de confiança entre Deus e o Seu Povo.
A Lei escrita foi um modelo de trabalho para se viver segundo a Aliança.
Os féis judeus nunca consideraram a Lei como um fardo ou um obrigação indesejável.
Em vez disso, como já vimos, eles sentiam alegria por saberem que podiam agradar ao Deus que eles amavam.
O Salmo 50 reflecte sobre as diferenças entre o serviço dos lábios na Lei do Senhor e a verdadeira obediência.
O salmista lembra aos seus ouvintes e leitores que Deus não necessita dos sacrifícios de bois e cordeiros segundo a Lei ; nem Lhe agradam aqueles que professam a Lei com as suas palavras e a negam com as suas acções.
O sacrifício que Deus mais aprecia e aceita é a de coração devoto e a vontade de obedecer que destinguem o verdadeiro relacionamneto da Aliança.
- “Oferece a Deus um sacrifício de louvor, e cumpre as tuas promessas feitas ao Altíssimo”.(Sl.50,14).
A palavra escrita é acima de tudo um convite a uma aproximação, a viver segundo a vontade de Deus salvador :
- “Invoca-Me no dia da tribulação, livrar-te-ei e tu Me glorificarás”.(Sl.50,15).
Pode acontecer a cada um de nós que nos agarremos demasiadamente a palavras da Escritura que, separads do contexto, elas são letra morta ou são interpretadas erradamente, porque não revelam o verdadeiro sentido das nossas melhores relações com Deus, isto é, com a nossa Aliança ou compromisso com Deus e com os nossos irmãos.
É bom não esquecer que o verdadeiro amor para com Deus se deve reflectir na nossa vida tão expressamente como nos primeiros discípulos, porque a Lei de Deus, expressa na Bíblia, é a mesma de sempre ainda que adaptada ao nosso sistema de vida do presente, um testemunho de vida feito do bom exemplo e da doutrinação para os homes de hoje, de harmonia com o que nos ensina o Magistério da Igreja.
Fonte: Exsurge Domini
Uma Nova Aliança
Uma Nova Aliança
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Dias virão, em que firmarei nova Aliança com as casas de Israel e de judá”. (Jer,31,31).
Jeremias aparece muitas vezes a desempenhar uma figura importante no crescimento das Escrituras.
Todavia Jeremias não foi necessariamente um grande crente na crescente importância da Lei escrita dentro do Judaísmo.
Jeremias foi testemunha da reforma do Rei Josias, baseada no livro da Lei encontrado no Templo.
O profeta começou por louvar, isto é, dar as boas vindas à reforma, convidando todos os de Judá a “ouvirem as palavras desta Aliança e a obedecer-lhes”. :
- “O Senhor disse-me “Anuncia todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo : Ouvi as palavras desta Aliança e executai-a”.(Jer.11,6).
Logo que ele viu que a reforma de Josias se centrava na Lei, duvidou da verdade e mudou o seu pensamento no meio do povo de Deus.
A complacência a respeito da Lei escrita podia eventualmente levar o povo a não ouvir e a não aceitar a palavra profética de Deus.
- “Como podeis dizer : Somos sábios, e a lei do Senhor está connosco? Na verdade, o cálamo mentiroso dos vossos escribas transformou a lei em mentira. Os sábios consternados e confundidos, ficarão cobertos de vergonha, por terem rejeitado a palavra do Senhor”.(Jer.8,8-9).
Mas uma das grandes profecias de Jeremias, aponta para uma nova e futura Aliança.
Ela não será escrita em tábuas de pedra ou nos rolos da lei, mas verdadeiramente nos corações do povo de Deus.
Os escribas e os sábios não necessitam de eleborar esta nova Aliança, porque ela há-de trazer o conhecimento de Deus até ao último do seu povo.
A profecia de Jeremias aponta para nós desde o Antigo Testamento até ao Novo, para a vinda de Alguém que Ele mesmo será a Palavra de Deus.
- “Esta será a Aliança que farei com a casa de Israeel : Imprimirei a Minha Lei, gravá-la-ei no seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o Meu Povo”.(Jer.31.33).
Esta profecia de Jeremias deve corresponder à nossa Aliança com Deus, que deve também estar escrita no nosso coração, para nos sentirmos confortados com a Sua presença.
E se o não for, devemos empregar todo o nosso esforço para que esta nossa Aliança com Deus seja uma realidade.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Dias virão, em que firmarei nova Aliança com as casas de Israel e de judá”. (Jer,31,31).
Jeremias aparece muitas vezes a desempenhar uma figura importante no crescimento das Escrituras.
Todavia Jeremias não foi necessariamente um grande crente na crescente importância da Lei escrita dentro do Judaísmo.
Jeremias foi testemunha da reforma do Rei Josias, baseada no livro da Lei encontrado no Templo.
O profeta começou por louvar, isto é, dar as boas vindas à reforma, convidando todos os de Judá a “ouvirem as palavras desta Aliança e a obedecer-lhes”. :
- “O Senhor disse-me “Anuncia todas estas palavras nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, dizendo : Ouvi as palavras desta Aliança e executai-a”.(Jer.11,6).
Logo que ele viu que a reforma de Josias se centrava na Lei, duvidou da verdade e mudou o seu pensamento no meio do povo de Deus.
A complacência a respeito da Lei escrita podia eventualmente levar o povo a não ouvir e a não aceitar a palavra profética de Deus.
- “Como podeis dizer : Somos sábios, e a lei do Senhor está connosco? Na verdade, o cálamo mentiroso dos vossos escribas transformou a lei em mentira. Os sábios consternados e confundidos, ficarão cobertos de vergonha, por terem rejeitado a palavra do Senhor”.(Jer.8,8-9).
Mas uma das grandes profecias de Jeremias, aponta para uma nova e futura Aliança.
Ela não será escrita em tábuas de pedra ou nos rolos da lei, mas verdadeiramente nos corações do povo de Deus.
Os escribas e os sábios não necessitam de eleborar esta nova Aliança, porque ela há-de trazer o conhecimento de Deus até ao último do seu povo.
A profecia de Jeremias aponta para nós desde o Antigo Testamento até ao Novo, para a vinda de Alguém que Ele mesmo será a Palavra de Deus.
- “Esta será a Aliança que farei com a casa de Israeel : Imprimirei a Minha Lei, gravá-la-ei no seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o Meu Povo”.(Jer.31.33).
Esta profecia de Jeremias deve corresponder à nossa Aliança com Deus, que deve também estar escrita no nosso coração, para nos sentirmos confortados com a Sua presença.
E se o não for, devemos empregar todo o nosso esforço para que esta nossa Aliança com Deus seja uma realidade.
Fonte: Exsurge Domini
Deus falou outrora com nossos pais
Deus falou outrora com nossos pais
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
"Agora falou-nos nestes últimos tempos pelo Seu Filho a quem constituiu herdeiro".
A Escritura afirma que Jesus "completou" ou "cumpriu" a Lei.
Os primeiros cristãos reflectiram profundamente no sentido desta questão.
Na sua Carta aos Hebreus, Paulo desenvolve largamente esta teologia, mostrando como Jesus cumpriu a Escritura judaica, particularmente a respeito do sacerdócio, do sacrifício e do perdão dos pecados.
Na introdução a essa Carta, Paulo apresenta o ponto central :
- "Sendo Ele o resplendor da Sua glória e a imagem da Sua substância e sustendo todas as coisas pela Sua palavra poderosa, depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da Majestade divina nas alturas, tão sublimado acima dos anjos, quanto mais excelso que o deles é o nome que herdou".(Heb.1,3-4).
Os escritos da Lei e dos profetas só poderiam dar uma "descrição fragmentária e variada" da palavra de Deus.
Em Jesus, Deus falou a sua definitiva palavra.
Deus deu-nos o Seu próprio Filho.
Sob a Aliança do Sinai, o povo de Deus, olhava para a Lei escrita, para verem como podiam agradar a Deus.
Agora, se quisermos saber o que é que agrada a Deus e sabermos qual é a vontade de Deus e conhecer os caminos de Deus, temos que olhar para Jesus.
É Jesus - e não os ritos sacrificiais da lei - que nos limpa do pecado e nos torna santos.
A Carta aos hebreus recomenda-nos a que sejamos fiéis à palavra do Senhor e dos Apóstolos :
- "Por isso é necessário prestarmos a maior atenção às coisas que temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas".(Heb.2,1).
O Sermão da Montanha mostrou-nos que Jesus estabeleceu uma norma da Lei mais importante que a do Sinai.
Se o povo de Deus estava preparado para o cumprimento da sua Lei escrita, o que é que se espera que façamos para com o Filho de Deus?
O que é que nós podemos saber a respeito de Deus olhando para Jesus ?
O que é que Jesus mostra como nós devemos agradar a Deus ?
E como é que nós estamos a seguir as "palavras e os exemplos" de Jesus ?
A resposta a todas estas e outras perguntas, podemos encontrá-la através de uma leitura consciente e bem interpretada da Bíblia.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
"Agora falou-nos nestes últimos tempos pelo Seu Filho a quem constituiu herdeiro".
A Escritura afirma que Jesus "completou" ou "cumpriu" a Lei.
Os primeiros cristãos reflectiram profundamente no sentido desta questão.
Na sua Carta aos Hebreus, Paulo desenvolve largamente esta teologia, mostrando como Jesus cumpriu a Escritura judaica, particularmente a respeito do sacerdócio, do sacrifício e do perdão dos pecados.
Na introdução a essa Carta, Paulo apresenta o ponto central :
- "Sendo Ele o resplendor da Sua glória e a imagem da Sua substância e sustendo todas as coisas pela Sua palavra poderosa, depois de haver completado a purificação dos pecados, sentou-Se à direita da Majestade divina nas alturas, tão sublimado acima dos anjos, quanto mais excelso que o deles é o nome que herdou".(Heb.1,3-4).
Os escritos da Lei e dos profetas só poderiam dar uma "descrição fragmentária e variada" da palavra de Deus.
Em Jesus, Deus falou a sua definitiva palavra.
Deus deu-nos o Seu próprio Filho.
Sob a Aliança do Sinai, o povo de Deus, olhava para a Lei escrita, para verem como podiam agradar a Deus.
Agora, se quisermos saber o que é que agrada a Deus e sabermos qual é a vontade de Deus e conhecer os caminos de Deus, temos que olhar para Jesus.
É Jesus - e não os ritos sacrificiais da lei - que nos limpa do pecado e nos torna santos.
A Carta aos hebreus recomenda-nos a que sejamos fiéis à palavra do Senhor e dos Apóstolos :
- "Por isso é necessário prestarmos a maior atenção às coisas que temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas".(Heb.2,1).
O Sermão da Montanha mostrou-nos que Jesus estabeleceu uma norma da Lei mais importante que a do Sinai.
Se o povo de Deus estava preparado para o cumprimento da sua Lei escrita, o que é que se espera que façamos para com o Filho de Deus?
O que é que nós podemos saber a respeito de Deus olhando para Jesus ?
O que é que Jesus mostra como nós devemos agradar a Deus ?
E como é que nós estamos a seguir as "palavras e os exemplos" de Jesus ?
A resposta a todas estas e outras perguntas, podemos encontrá-la através de uma leitura consciente e bem interpretada da Bíblia.
Fonte: Exsurge Domini
A Escritura e a Vida Eterna
A Escritura e a Vida Eterna
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Esquadrinhais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna ; são elas que dão testemunho de Mim”.(Jo.5,39).
Os chefes judeus do tempo de Jesus deviam estar preparados para aceitarem Jesus, como um profeta e como alguém que fazia milagres.
Mas eles não estavam preparados para reconhecerem o filho do carpinteiro da Galileia como sendo a Palavra de Deus – o cumprimento das Escrituras e a Aliança do povo de Deus.
De facto, foram aqueles mais ligados às Escrituras do judeus – os Escribas e os Fariseus – que se tornaram os chefes dos que se opunham a Jesus.
S. João desafia os que manipulam as Escrituras, a terem esperança na lei de Moisés mas não aceitam o próprio Jesus como fonte da vida eterna :
- “Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai ; outro vos acusará, Moisés, em quem depositastes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a Meu respeto”.(Jo.5,45-46).
Jesus responsabiliza e acusa aqueles que na sua devoção à palavra escrita, os leitores da Escritura, perderam a sua abertura à Palavra viva de Deus.
Isto é uma evocação de Jeremias, que acusava os escribas do seu tempo que voltavam a Palavra de Deus escrita como barreira contra a palavra profética de Deus :
- “Como podeis dizer : Somos sábios, e a Lei do Senhor está connosco ? Na verdade, o cálamo mentiroso dos vossos escribas, transformou a Lei em mentira. Os sábios consternados e confundidos, ficarão cobertos de vergonha, por terem rejeitado a palavra do Senhor”.(Jer.8,8-9).
Também algums cristãos, algumas vezes consideram a Escritura como a única fonte da palavra escrita de Deus, apontando a Bíblia em contradição com a Tradição cristã e contra a autoridade da Igreja.
O próprio Jesus, lembra-nos que a Bíblia não é o “tudo” da nossa fé : A Escritura é apenas um dos meios através do quais nós encontramos a Palavra viva de Deus.
O nosso estudo das Escrituras deveria levar-nos a uma maior abertura para os Sacramentos, para o Magistério da Igreja, para o serviço dos mais necessitados e para todos os caminhos nos quais Jesus está connosco.
Será que, para alguns de nós, alguma vez a leitura e o estudo da Bíblia foi uma barreira contra o nosso relacionamento com a Igreja, com a paróquia, com qualquer grupo de oração ou para com a família. ?
Essa leitura ou esse estudo, nestas condições estariam errados, porque assentavam em interpretações de pessoas mal intencionadas ou mal preparadas.
Para nós, católicos, a Bíblia e a Tradição são as fontes de toda a doutrina, como nos diz o Concílio Vaticano II, na sua Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (DV), :
10. - A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração (cf.Act.2,42) de tal modo que, na conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis.
Só assim, a Bíblia e a Tradição são caminhos de vida eterna.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota
“Esquadrinhais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna ; são elas que dão testemunho de Mim”.(Jo.5,39).
Os chefes judeus do tempo de Jesus deviam estar preparados para aceitarem Jesus, como um profeta e como alguém que fazia milagres.
Mas eles não estavam preparados para reconhecerem o filho do carpinteiro da Galileia como sendo a Palavra de Deus – o cumprimento das Escrituras e a Aliança do povo de Deus.
De facto, foram aqueles mais ligados às Escrituras do judeus – os Escribas e os Fariseus – que se tornaram os chefes dos que se opunham a Jesus.
S. João desafia os que manipulam as Escrituras, a terem esperança na lei de Moisés mas não aceitam o próprio Jesus como fonte da vida eterna :
- “Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai ; outro vos acusará, Moisés, em quem depositastes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a Meu respeto”.(Jo.5,45-46).
Jesus responsabiliza e acusa aqueles que na sua devoção à palavra escrita, os leitores da Escritura, perderam a sua abertura à Palavra viva de Deus.
Isto é uma evocação de Jeremias, que acusava os escribas do seu tempo que voltavam a Palavra de Deus escrita como barreira contra a palavra profética de Deus :
- “Como podeis dizer : Somos sábios, e a Lei do Senhor está connosco ? Na verdade, o cálamo mentiroso dos vossos escribas, transformou a Lei em mentira. Os sábios consternados e confundidos, ficarão cobertos de vergonha, por terem rejeitado a palavra do Senhor”.(Jer.8,8-9).
Também algums cristãos, algumas vezes consideram a Escritura como a única fonte da palavra escrita de Deus, apontando a Bíblia em contradição com a Tradição cristã e contra a autoridade da Igreja.
O próprio Jesus, lembra-nos que a Bíblia não é o “tudo” da nossa fé : A Escritura é apenas um dos meios através do quais nós encontramos a Palavra viva de Deus.
O nosso estudo das Escrituras deveria levar-nos a uma maior abertura para os Sacramentos, para o Magistério da Igreja, para o serviço dos mais necessitados e para todos os caminhos nos quais Jesus está connosco.
Será que, para alguns de nós, alguma vez a leitura e o estudo da Bíblia foi uma barreira contra o nosso relacionamento com a Igreja, com a paróquia, com qualquer grupo de oração ou para com a família. ?
Essa leitura ou esse estudo, nestas condições estariam errados, porque assentavam em interpretações de pessoas mal intencionadas ou mal preparadas.
Para nós, católicos, a Bíblia e a Tradição são as fontes de toda a doutrina, como nos diz o Concílio Vaticano II, na sua Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (DV), :
10. - A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fracção do pão e na oração (cf.Act.2,42) de tal modo que, na conservação, actuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis.
Só assim, a Bíblia e a Tradição são caminhos de vida eterna.
Fonte: Exsurge Domini
Os discípulos de Emaús
Os discípulos de Emaús
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota (SacroSancttus)
“Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho”. (Lc.24,32).
Os que não acreditavam em Jesus, não reconheciam que Ele estava a cumprir as Escrituras, mas isso também acontecia com os Seus discípulos.
Os Evangelhos mostram que através do “ministério público” de Jesus, os Apóstolos não O entendiam a Ele nem à sua missão.
Eles esperavam, sim, que Jesus cumprisse as suas ideias de um Messias como um rei da terra.
Só à luz da Sua morte e Ressurreição eles começaram a compreender quem era verdadeiramente o seu Mestre.
A história dos dois discípulos de Emaús é a prova desta profunda incompreensão de Jesus, numa incompreensão clara da Escritura.
Aqueles homens confusos, desencorajados e talvez algo desanimados, caminhando de Jerusalém para Emaús, devem ter sentido que as suas esperanças estavam abaladas, porque aquele Messias terreno, como eles o consideravam, morreu na cruz.
Nós podemos compreender o seu desapontamento e a sua tristeza :
- “Nós esperávamos que fosse Ele Quem libertasse Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas...”.(Lc.24,21).
Mas o Jesus ressuscitado – que eles não reconheceram – mostrou-lhes que as Escrituras falavam dum Messias que havia de sofrer e de morrer.
A excitação destes discípulos cresceu à medida em que eles realizavam que as suas esperanças não tinham morrido.
E então, naquele sacramental momento do “partir do pão”, abriram-se-lhes os olhos e eles reconheceram quem era aquele estrangeiro que lhes apareceu no caminho e lhes explicou as Escrituras, mas já era tarde para novas explicações, porque Jesus desapareceu da sua presença.
Eles sentiram então uma grande alegria e disseram :
- “Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras”?(Lc.24,32).
Eles voltaram imediatamente para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os seus companheiros, que lhes disseram :
- “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”.(Lc.24,34).
Ora era isto mesmo que eles lhes queriam contar porque o Senhor se-lhes tinha também mostrado no caminho para Emaús.
E o melhor desta história é que ela não aconteceu apenas uma vez, há já 2.000 anos, a dois homens da Palestina.
Nós também nos reunimos com Jesus de cada vez que lemos e estudamos a Bíblia e fazemos parte do partir do pão que é a Eucaristia.
Será que também nós sentimos a mesma alegria, todas as vezes que descobrimos que na Eucaristia está Jesus a revelar-Se a Si mesmo e nos comunica o mesmo desejo de O recomendar aos nossos irmãos ?
Esta é, afinal, a grande revelação da Sagrada Escritura – a Bíblia – conhecer e dar a conhecer Jesus, o Messias, o enviado para O reconhecermos e o seguirmos.
Se a leitura da Bíblia, não nos aponta este caminho, estamos em caminho errado.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota (SacroSancttus)
“Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho”. (Lc.24,32).
Os que não acreditavam em Jesus, não reconheciam que Ele estava a cumprir as Escrituras, mas isso também acontecia com os Seus discípulos.
Os Evangelhos mostram que através do “ministério público” de Jesus, os Apóstolos não O entendiam a Ele nem à sua missão.
Eles esperavam, sim, que Jesus cumprisse as suas ideias de um Messias como um rei da terra.
Só à luz da Sua morte e Ressurreição eles começaram a compreender quem era verdadeiramente o seu Mestre.
A história dos dois discípulos de Emaús é a prova desta profunda incompreensão de Jesus, numa incompreensão clara da Escritura.
Aqueles homens confusos, desencorajados e talvez algo desanimados, caminhando de Jerusalém para Emaús, devem ter sentido que as suas esperanças estavam abaladas, porque aquele Messias terreno, como eles o consideravam, morreu na cruz.
Nós podemos compreender o seu desapontamento e a sua tristeza :
- “Nós esperávamos que fosse Ele Quem libertasse Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas...”.(Lc.24,21).
Mas o Jesus ressuscitado – que eles não reconheceram – mostrou-lhes que as Escrituras falavam dum Messias que havia de sofrer e de morrer.
A excitação destes discípulos cresceu à medida em que eles realizavam que as suas esperanças não tinham morrido.
E então, naquele sacramental momento do “partir do pão”, abriram-se-lhes os olhos e eles reconheceram quem era aquele estrangeiro que lhes apareceu no caminho e lhes explicou as Escrituras, mas já era tarde para novas explicações, porque Jesus desapareceu da sua presença.
Eles sentiram então uma grande alegria e disseram :
- “Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras”?(Lc.24,32).
Eles voltaram imediatamente para Jerusalém, e encontraram reunidos os onze e os seus companheiros, que lhes disseram :
- “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”.(Lc.24,34).
Ora era isto mesmo que eles lhes queriam contar porque o Senhor se-lhes tinha também mostrado no caminho para Emaús.
E o melhor desta história é que ela não aconteceu apenas uma vez, há já 2.000 anos, a dois homens da Palestina.
Nós também nos reunimos com Jesus de cada vez que lemos e estudamos a Bíblia e fazemos parte do partir do pão que é a Eucaristia.
Será que também nós sentimos a mesma alegria, todas as vezes que descobrimos que na Eucaristia está Jesus a revelar-Se a Si mesmo e nos comunica o mesmo desejo de O recomendar aos nossos irmãos ?
Esta é, afinal, a grande revelação da Sagrada Escritura – a Bíblia – conhecer e dar a conhecer Jesus, o Messias, o enviado para O reconhecermos e o seguirmos.
Se a leitura da Bíblia, não nos aponta este caminho, estamos em caminho errado.
Fonte: Exsurge Domini
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Cristo morreu pelos nossos pecados
Cristo morreu pelos nossos pecados
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota (SacroSancttus)
“Transmiti-vos em primeiro lugar, o que eu mesmo havia recebido : Que Cristo morreu pelos nossos pecados”.(1 Cor.15,3).
Tanto quanto nós sabemos, Paulo nunca se enconntrou com Jesus, durante a Sua vida na Terra.
Paulo foi um Apóstolo que também não conviveu com os outros Apóstolos, senão depois do Pentecostes.
Jesus chamou-o de maneira especial :
- “E, em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um aborto”.(1 Cor.15,8).
Foi um encontro místico com Cristo ressuscitado e glorificado.
Embora Paulo diga de si mesmo que foi “o último dos Apóstolos”, ele nunca duvidou que fosse chamado pelo mesmo Senhor e fosse encarregado da mesma mensagem.
E como ponto central desta mensagem foi que Paulo entendeu que a morte e a ressurreição de Jesus foi o cumprimento das Escrituras :
- “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.(1 Cor.15,3-4).
No discuro de Paulo em Antioquia, entre outras coisas, ele disse :
- “E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, resssuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo : Tu és Meu Filho, Eu gerei-te hoje”.(Act.13,32-33).
Enquanto Paulo dá relevância ao facto de ter recebido aquilo mesmo que pregava, de harmonia com o Evangelho, ao mesmo tempo ele proclama a sua unidade com os outros Apóstolos :
- “Tanto eu, portanto, como eles, assim é que pregamos e assim é que vós acreditastes”.(1 Cor.15,11).
E na sua pregação sempre Paulo recomendou que não desprezassem o ensinamneto do Evangelho :
- “Mas ainda que alguém – nós mesmos ou um anjo do céu – vos anuncie outro evangelho, além do que vos tenho anunciado, esse seja anátema”.(Gal.1,8).
Nós reconhecemos nas palavras de Paulo a importância da nossa unidade com o ensinamento dos Apóstolos.
A nossa confiança de que Jesus verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos, permanece no testemunho, que chegou até nós através dos séculos, daqueles que O viram face-a-face.
Mesmo para nós, cristãos de hoje, onde é que se fundamenta a nossa fé na ressurreição do Senhor ?
Como é que nós acreditamos que Jesus deu a vida por nós, vencendo a morte e nos deixou um novo caminho de vida ?
Certamente que é no testemunho daqueles que conviveram com Jesus e nos deixaram a sua palavra escrita como prova irrefutável.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: John Nascimento
Transmissão: Rogério Hirota (SacroSancttus)
“Transmiti-vos em primeiro lugar, o que eu mesmo havia recebido : Que Cristo morreu pelos nossos pecados”.(1 Cor.15,3).
Tanto quanto nós sabemos, Paulo nunca se enconntrou com Jesus, durante a Sua vida na Terra.
Paulo foi um Apóstolo que também não conviveu com os outros Apóstolos, senão depois do Pentecostes.
Jesus chamou-o de maneira especial :
- “E, em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um aborto”.(1 Cor.15,8).
Foi um encontro místico com Cristo ressuscitado e glorificado.
Embora Paulo diga de si mesmo que foi “o último dos Apóstolos”, ele nunca duvidou que fosse chamado pelo mesmo Senhor e fosse encarregado da mesma mensagem.
E como ponto central desta mensagem foi que Paulo entendeu que a morte e a ressurreição de Jesus foi o cumprimento das Escrituras :
- “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.(1 Cor.15,3-4).
No discuro de Paulo em Antioquia, entre outras coisas, ele disse :
- “E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa Nova de que a promessa feita a nossos pais, Deus a cumpriu em nosso benefício, para nós, seus filhos, resssuscitando Jesus, como está escrito no salmo segundo : Tu és Meu Filho, Eu gerei-te hoje”.(Act.13,32-33).
Enquanto Paulo dá relevância ao facto de ter recebido aquilo mesmo que pregava, de harmonia com o Evangelho, ao mesmo tempo ele proclama a sua unidade com os outros Apóstolos :
- “Tanto eu, portanto, como eles, assim é que pregamos e assim é que vós acreditastes”.(1 Cor.15,11).
E na sua pregação sempre Paulo recomendou que não desprezassem o ensinamneto do Evangelho :
- “Mas ainda que alguém – nós mesmos ou um anjo do céu – vos anuncie outro evangelho, além do que vos tenho anunciado, esse seja anátema”.(Gal.1,8).
Nós reconhecemos nas palavras de Paulo a importância da nossa unidade com o ensinamento dos Apóstolos.
A nossa confiança de que Jesus verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos, permanece no testemunho, que chegou até nós através dos séculos, daqueles que O viram face-a-face.
Mesmo para nós, cristãos de hoje, onde é que se fundamenta a nossa fé na ressurreição do Senhor ?
Como é que nós acreditamos que Jesus deu a vida por nós, vencendo a morte e nos deixou um novo caminho de vida ?
Certamente que é no testemunho daqueles que conviveram com Jesus e nos deixaram a sua palavra escrita como prova irrefutável.
Fonte: Exsurge Domini
A Tradição Apóstolica
A Tradição Apóstolica
Fonte: Site Dos Corazones
Autor: Cardeal D. Eugenio de Araújo Sales - Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Transmissão: Jordan Perdigão - em 02/Nov/2009
São Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses (2,15), alerta os cristãos sobre um importante assunto: “Portanto, irmãos, ficai firmes; guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito”.
O Senhor Jesus, repetidas vezes, disse aos apóstolos que, para recordar e completar seus ensinamentos, enviaria o Espírito Santo.
Após Pentecostes, com a vinda do Paráclito, começa a atividade missionária da Igreja, o anúncio de Jesus Cristo e, com ele, também têm início os escritos cristãos. O primeiro texto do Novo Testamento é a Primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses (do início da década de 50). Logo se seguiram outros, do próprio Paulo e de outros discípulos do Senhor. Ao lado desses escritos, começam a surgir os redigidos pelos Santos Padres, fruto da tradição oral e pelos quais foram cuidadosamente transmitidos os ensinamentos de Jesus. O Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática “Dei Verbum”, sobre a Revelação Divina, assim se expressa: “Cristo Senhor (...) ordenou aos Apóstolos que o Evangelho (...) fosse por eles pregado a todos os homens como fonte de toda a verdade salvífica e disciplina de costumes comunicando- lhes dons divinos. E isto foi fielmente executado, tanto pelos Apóstolos que na pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquelas coisas que receberam das palavras, da convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo como também por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação. Mas, para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram como sucessores os Bispos, a eles transmitindo o seu próprio encargo do Magistério” (“Dei Verbum”, 7).
Desde a origem da Igreja, os Apóstolos manifestaram o cuidado na preservação dos ensinamentos de Jesus, em toda sua pureza e autenticidade. E assim agiram, pois, com o trigo, havia quem espalhasse o joio. Os livros sagrados que temos hoje são o resultado de um intenso trabalho para preservar das heresias a pureza doutrinária. O Santo Padre Bento XVI, na sua habitual alocução na quarta-feira, a 3 de maio de 2006, abordou o tema com o título “Tradição Apostólica”. São Paulo, afirma “não queria inventar um novo cristianismo, por assim dizer paulino”.
Tertuliano, escrevendo em torno do ano 200, revela o zelo da Igreja de então em preservar a autenticidade do seu ensino, frente à multiplicidade de outros ensinamentos, os chamados escritos apócrifos gnósticos: Os Apóstolos “no princípio afirmaram a fé em Jesus Cristo e estabeleceram igrejas para a Judéia; logo a seguir, espalhados pelo mundo, anunciaram a mesma doutrina e uma mesma fé às nações e, por conseguinte, fundaram igrejas em cada cidade. Depois, outras igrejas multiplicaram a ramificação de sua fé e as sementes da doutrina (...). Desta forma, também elas são consideradas apostólicas como descendência das Igrejas dos Apóstolos” (“De praescriptione haereticorum” ,20).
O Concílio Vaticano II mostra a Igreja de nossos dias, autêntica, a mesma de suas origens. Hoje “a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que professa” (Constituição “Dei Verbum”, 8). E o Santo Padre, em sua alocução, conclui: “A Igreja transmite tudo o que ela é e crê, transmite-o no culto, na vida, na doutrina. A Tradição é, portanto, o Evangelho vivo, anunciado pelos Apóstolos na sua integridade, com base na plenitude de sua experiência, única e irrepetível; pela sua ação a fé é comunicada aos outros, até nós, até o fim do mundo. Por conseguinte, a Tradição é a história do Espírito Santo que age na história da Igreja através da mediação dos Apóstolos e de seus sucessores, em fiel continuidade com a experiência das origens. Esta continua até hoje e continuará até o fim do mundo”.
A visão retrospectiva não exclui a presença de sombras, resultado do pecado. A Redenção não mudou nossa natureza, mas assegurou algo de extraordinário: “As portas do inferno não prevalecerão”. Esta presença do Espírito Santo, ao mesmo tempo em que condena os que pecam, assegura o perdão aos que se arrependem.
Quem tem fé e é obediente ao Espírito Santo, que dirige a Igreja conserva a tranqüilidade ao surgirem notícias que contrariam os ensinamentos dos Apóstolos, seus sucessores, bem como dos Santos Padres, que recolheram em seus escritos os ensinamentos da Igreja nos primeiros séculos da era cristã. Surgiram com abundância novas doutrinas, advindas de crenças do Oriente. Em conseqüência, os primeiros séculos foram marcados, por um zelo particular preservando a pureza doutrinária. Paulo escreveu aos Coríntios: “Transmito-vos o que eu próprio recebi” (1Cor 15,3). No fim da vida escreve a Timóteo: “Guarda, pelo Espírito Santo que habita em nós, o precioso dom que te foi conferido” (2Tm 1,14). As novidades que hoje aparecem, envolvendo o ensino, devem ser confrontada com o conteúdo da Palavra de Deus oral e escrita. A multiplicação de ataques à Igreja nos deve levar a uma maior vigilância. Na celebração da Santíssima Trindade, uma das leituras da Missa é um trecho do Evangelho de São Mateus no qual Jesus indicava um monte para os discípulos se reunirem. Antes de subir aos céus, Ele se aproxima e assim fala: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide, fazei discípulos todos os povos, batizando-os (...) e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,16-28).
Assim o Papa Bento XVI concluiu sua alocução intitulada “A Tradição Apostólica”: “No rio vivo da Tradição, Cristo, não está distante dois mil anos, mas está realmente presente entre nós, e doa-nos a verdade e a luz que nos fazem viver e encontrar o caminho para o futuro”.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Site Dos Corazones
Autor: Cardeal D. Eugenio de Araújo Sales - Arcebispo Emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Transmissão: Jordan Perdigão - em 02/Nov/2009
São Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses (2,15), alerta os cristãos sobre um importante assunto: “Portanto, irmãos, ficai firmes; guardai as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito”.
O Senhor Jesus, repetidas vezes, disse aos apóstolos que, para recordar e completar seus ensinamentos, enviaria o Espírito Santo.
Após Pentecostes, com a vinda do Paráclito, começa a atividade missionária da Igreja, o anúncio de Jesus Cristo e, com ele, também têm início os escritos cristãos. O primeiro texto do Novo Testamento é a Primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses (do início da década de 50). Logo se seguiram outros, do próprio Paulo e de outros discípulos do Senhor. Ao lado desses escritos, começam a surgir os redigidos pelos Santos Padres, fruto da tradição oral e pelos quais foram cuidadosamente transmitidos os ensinamentos de Jesus. O Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática “Dei Verbum”, sobre a Revelação Divina, assim se expressa: “Cristo Senhor (...) ordenou aos Apóstolos que o Evangelho (...) fosse por eles pregado a todos os homens como fonte de toda a verdade salvífica e disciplina de costumes comunicando- lhes dons divinos. E isto foi fielmente executado, tanto pelos Apóstolos que na pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquelas coisas que receberam das palavras, da convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito Santo como também por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da salvação. Mas, para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os Apóstolos deixaram como sucessores os Bispos, a eles transmitindo o seu próprio encargo do Magistério” (“Dei Verbum”, 7).
Desde a origem da Igreja, os Apóstolos manifestaram o cuidado na preservação dos ensinamentos de Jesus, em toda sua pureza e autenticidade. E assim agiram, pois, com o trigo, havia quem espalhasse o joio. Os livros sagrados que temos hoje são o resultado de um intenso trabalho para preservar das heresias a pureza doutrinária. O Santo Padre Bento XVI, na sua habitual alocução na quarta-feira, a 3 de maio de 2006, abordou o tema com o título “Tradição Apostólica”. São Paulo, afirma “não queria inventar um novo cristianismo, por assim dizer paulino”.
Tertuliano, escrevendo em torno do ano 200, revela o zelo da Igreja de então em preservar a autenticidade do seu ensino, frente à multiplicidade de outros ensinamentos, os chamados escritos apócrifos gnósticos: Os Apóstolos “no princípio afirmaram a fé em Jesus Cristo e estabeleceram igrejas para a Judéia; logo a seguir, espalhados pelo mundo, anunciaram a mesma doutrina e uma mesma fé às nações e, por conseguinte, fundaram igrejas em cada cidade. Depois, outras igrejas multiplicaram a ramificação de sua fé e as sementes da doutrina (...). Desta forma, também elas são consideradas apostólicas como descendência das Igrejas dos Apóstolos” (“De praescriptione haereticorum” ,20).
O Concílio Vaticano II mostra a Igreja de nossos dias, autêntica, a mesma de suas origens. Hoje “a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que professa” (Constituição “Dei Verbum”, 8). E o Santo Padre, em sua alocução, conclui: “A Igreja transmite tudo o que ela é e crê, transmite-o no culto, na vida, na doutrina. A Tradição é, portanto, o Evangelho vivo, anunciado pelos Apóstolos na sua integridade, com base na plenitude de sua experiência, única e irrepetível; pela sua ação a fé é comunicada aos outros, até nós, até o fim do mundo. Por conseguinte, a Tradição é a história do Espírito Santo que age na história da Igreja através da mediação dos Apóstolos e de seus sucessores, em fiel continuidade com a experiência das origens. Esta continua até hoje e continuará até o fim do mundo”.
A visão retrospectiva não exclui a presença de sombras, resultado do pecado. A Redenção não mudou nossa natureza, mas assegurou algo de extraordinário: “As portas do inferno não prevalecerão”. Esta presença do Espírito Santo, ao mesmo tempo em que condena os que pecam, assegura o perdão aos que se arrependem.
Quem tem fé e é obediente ao Espírito Santo, que dirige a Igreja conserva a tranqüilidade ao surgirem notícias que contrariam os ensinamentos dos Apóstolos, seus sucessores, bem como dos Santos Padres, que recolheram em seus escritos os ensinamentos da Igreja nos primeiros séculos da era cristã. Surgiram com abundância novas doutrinas, advindas de crenças do Oriente. Em conseqüência, os primeiros séculos foram marcados, por um zelo particular preservando a pureza doutrinária. Paulo escreveu aos Coríntios: “Transmito-vos o que eu próprio recebi” (1Cor 15,3). No fim da vida escreve a Timóteo: “Guarda, pelo Espírito Santo que habita em nós, o precioso dom que te foi conferido” (2Tm 1,14). As novidades que hoje aparecem, envolvendo o ensino, devem ser confrontada com o conteúdo da Palavra de Deus oral e escrita. A multiplicação de ataques à Igreja nos deve levar a uma maior vigilância. Na celebração da Santíssima Trindade, uma das leituras da Missa é um trecho do Evangelho de São Mateus no qual Jesus indicava um monte para os discípulos se reunirem. Antes de subir aos céus, Ele se aproxima e assim fala: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide, fazei discípulos todos os povos, batizando-os (...) e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,16-28).
Assim o Papa Bento XVI concluiu sua alocução intitulada “A Tradição Apostólica”: “No rio vivo da Tradição, Cristo, não está distante dois mil anos, mas está realmente presente entre nós, e doa-nos a verdade e a luz que nos fazem viver e encontrar o caminho para o futuro”.
Fonte: Exsurge Domini
Mas que mal os Católicos fizeram a essa gente?
Mas que mal os Católicos fizeram a essa gente?
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: Reinaldo Azevedo
Transmissão: Vicente Gargiulo
http://veja.abril.uol.com.br/blog/reinaldo/geral/mas-que-mal-os-catolicos-fizeram-a-essa-gente/
segunda-feira, 17 de agosto de 2009 | 6:25
A AMB, Associação dos Magistrados Brasileiros, divulgou uma nota em que criticou duramente o acordo celebrado pelo governo Lula entre o Brasil e o Vaticano, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e que agora vai a plenário. Segundo a entidade, “o modelo constitucional vigente instituiu a laicidade do Estado brasileiro, garantindo a liberdade religiosa a toda cidadania. O acolhimento do Acordo pelo Congresso Nacional (onde tramita como a Mensagem n° 134/2009) implicará em grave retrocesso ao exercício das liberdades e à efetividade da pluralidade enquanto princípio fundamental do Estado.” Não é verdade. E vou provar que não é. Antes, uma digressão que, de fato, vai nos aproximar do assunto.
Escrevi certa feita neste blog que os católicos estão se tornando os “novos judeus do mundo”. É claro que há nisso um certo exagero. Aliás, o mundo anda tão brucutu, que, em breve, figuras de retórica precisarão de uma nota de rodapé: “Eu quis dizer com isso que…” A Internet é um território particularmente favorável à brutalização da inteligência, mas não exclusivo. A coisa em papel impresso também anda de lascar — e, evidentemente, há as exceções lá e cá. Por que aquele “exagero” de então? Porque o suposto mundo laico, que se quer das “Luzes”, não perde uma só oportunidade de tentar acuar a Igreja Católica e seus fiéis, caracterizando-os ora como rematados imbecis, ora como autoritários, interessados em reprimir outras crenças. Até o ateísmo verde-amarelo exibe traços particulares: há muito ateu que só é ateu contra os católicos — já se viu isso? É mais ou menos como o sujeito vegetariano que só não aceita o consumo de carne de boi, se me permitem a metáfora quadrúpede.
Há dias apontei o que chamei de CCC — Comando de Caça aos Crucifixos. Em nome da laicidade do Estado, há gente querendo banir, por força de imposição legal, aquele símbolo das repartições públicas. Qualquer sujeito democrata, tolerante, vai logo perceber que há uma diferença imensa entre proibir a imposição de um símbolo, o que está correto, e determinar a sua caça e cassação. Num caso, assegura-se a laicidade; no outro, promove-se a perseguição, negando, ademais, um dado óbvio da formação da cultura brasileira. E vejam que curioso: vivemos a era da afirmação da identidade de minorias, de todas elas — de sexo, cor de pele, religião, cultura, hábitos… Só os católicos, parece, têm de desaparecer. Será que têm de sumir porque são maioria? O Comando de Caça aos Crucifixos é, na verdade, Comando de Caça aos Católicos — a menos, é claro, que eles estejam ajudando o MST a invadir terra ou bebendo fermentado de mandioca junto com algum povo da floresta. Um católico só pode mostrar a cara se estiver negando a sua própria religião — a exemplo daquelas senhoras que se dizem “Católicas pelo Direito de Decidir” e que defendem a legalização do aborto. São consultadas pela imprensa até em matéria de Direito Canônico…
Assim como o anti-semitismo atribui aos judeus intenções secretas e planos malévolos para dominar o mundo (a Palestina, então, nem se fala…), também a hierarquia católica, especialmente aquela de Roma, seria insidiosa, sempre disposta a esconder nas dobras e entrelinhas de documentos a disposição para impor a sua vontade e instituir a sua ditadura. Tanto aos “judeus como aos cruzados” (para lembrar a expressão daqueles humanistas da Al Qaeda), a imputação do crime não vem acompanhada de nenhuma prova: “Eu sei que é assim”; “dizem que é assim”; “conta que é assim”. E isso basta.
A reação negativa de certos setores a esse acordo do Brasil com o Vaticano, que a Associação dos Magistrados Brasileiros repudia com tanta veemência em nome do “exercício das liberdades”, toca as raias do absurdo. NÃO HÁ UM SÓ TRECHO, UMA MISERÁVEL LINHA, NADA MESMO, que ameace a liberdade religiosa, que imponha o viés de uma denominação, que atrele a nacionalidade a uma crença, que fira a laicidade do estado. Atenção! Quando digo “nada”, é NADA! NÃO ACREDITEM EM MIM. LEIAM VOCÊS MESMOS O DOCUMENTO que tem sido omitido por seus críticos de maneira deliberada.
SIM, SENHORES! O NOME DISSO É PRECONCEITO. Como é um acordo celebrado entre o Brasil e o Vaticano, não pode ser, evidentemente, coisa boa. Reportagens e editoriais são escritos acusando o que chamam de “redação ambígua” do artigo 11, que trata da educação. Ambígua? Alguém está precisando de aula de “Massinha I” de Interpretação de Texto? Eu o reproduzo aqui:
Artigo 11
A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.
§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.
O que há de ambíguo? Qual é a discriminação? O adjetivo “católico” aparece ali, creio, porque, afinal, é um acordo celebrado com o Vaticano, sabem? Não há no texto nem a sombra de uma imposição ou coisa semelhante. Ocorre que o texto dos “novos judeus” não vale por aquilo que está escrito, mas sim por suas supostas intenções secretas. O que está no documento é ignorado em nome daquilo que dizem estar lá. Acaba de surgir Os Protocolos dos Sábios do Vaticano… Tenham paciência!
A nota da AMB é assinada por Mozart Valadares Pires, presidente. Eu gostaria muito que o magistrado, em vez de apenas qualificar — ou desqualificar — o acordo, procedesse como um bom juiz e demonstrasse a sua tese. Por que a sua nota não reproduz, entre aspas, os trechos do documento que feririam o “exercício das liberdades e a efetividade da pluralidade”? Eu fiquei curioso. Acredito que milhões de católicos e não católicos gostariam de saber onde se escondem essas ameaças. Ou será que elas existem porque, vindo da Igreja Católica, não pode mesmo ser coisa boa?
No dia 24 de abril do ano passado, um tantinho, só um pouquinho, movido pelo sarcasmo, escrevi aqui:
Eu tenho uma saída para o chamado Terceiro Setor, que é como as ONGs gostam de ser chamadas. E, depois de um sério estudo, concluí que:
- as tartarugas estão fugindo das ONGs; já há gente demais para cuidar delas;
- o jacaré do peito amarelo já não suporta ser protegido por rapazes de barbicha e rabinho-de-cavalo e moças que curtem “cantoras intensas” da MPB;
- o índio está cansado de fumar aquele troço e bater o pé no chão só para os antropólogos do complexo PUCUSP curtirem um barato;
- estão faltando negros para tantas vagas no ProUni.
Em suma, É preciso que o tal Terceiro Setor descubra novos oprimidos. Eu tenho uma dica. Que tal proteger um pouco, para variar, o branco pobre, macho, adulto e heterossexual? Tadinhos. Ninguém liga pra eles. Não vêem a hora de ter uma ONG para cuidar dos seus interesses.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro negro do Brasil.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro índio do Brasil.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro micro-leão-da-cara-preta do Brasil.
Volto
Completem aí: “branco, pobre, macho, adulto, heterossexual e católico”. Esse bicho está condenado à extinção. É um sem-ONG. Isto: é preciso fundar o MSO — o Movimento dos Sem-ONG.
Fonte: Exsurge Domini
Fonte: Lista Exsurge Domini
Autor: Reinaldo Azevedo
Transmissão: Vicente Gargiulo
http://veja.abril.uol.com.br/blog/reinaldo/geral/mas-que-mal-os-catolicos-fizeram-a-essa-gente/
segunda-feira, 17 de agosto de 2009 | 6:25
A AMB, Associação dos Magistrados Brasileiros, divulgou uma nota em que criticou duramente o acordo celebrado pelo governo Lula entre o Brasil e o Vaticano, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e que agora vai a plenário. Segundo a entidade, “o modelo constitucional vigente instituiu a laicidade do Estado brasileiro, garantindo a liberdade religiosa a toda cidadania. O acolhimento do Acordo pelo Congresso Nacional (onde tramita como a Mensagem n° 134/2009) implicará em grave retrocesso ao exercício das liberdades e à efetividade da pluralidade enquanto princípio fundamental do Estado.” Não é verdade. E vou provar que não é. Antes, uma digressão que, de fato, vai nos aproximar do assunto.
Escrevi certa feita neste blog que os católicos estão se tornando os “novos judeus do mundo”. É claro que há nisso um certo exagero. Aliás, o mundo anda tão brucutu, que, em breve, figuras de retórica precisarão de uma nota de rodapé: “Eu quis dizer com isso que…” A Internet é um território particularmente favorável à brutalização da inteligência, mas não exclusivo. A coisa em papel impresso também anda de lascar — e, evidentemente, há as exceções lá e cá. Por que aquele “exagero” de então? Porque o suposto mundo laico, que se quer das “Luzes”, não perde uma só oportunidade de tentar acuar a Igreja Católica e seus fiéis, caracterizando-os ora como rematados imbecis, ora como autoritários, interessados em reprimir outras crenças. Até o ateísmo verde-amarelo exibe traços particulares: há muito ateu que só é ateu contra os católicos — já se viu isso? É mais ou menos como o sujeito vegetariano que só não aceita o consumo de carne de boi, se me permitem a metáfora quadrúpede.
Há dias apontei o que chamei de CCC — Comando de Caça aos Crucifixos. Em nome da laicidade do Estado, há gente querendo banir, por força de imposição legal, aquele símbolo das repartições públicas. Qualquer sujeito democrata, tolerante, vai logo perceber que há uma diferença imensa entre proibir a imposição de um símbolo, o que está correto, e determinar a sua caça e cassação. Num caso, assegura-se a laicidade; no outro, promove-se a perseguição, negando, ademais, um dado óbvio da formação da cultura brasileira. E vejam que curioso: vivemos a era da afirmação da identidade de minorias, de todas elas — de sexo, cor de pele, religião, cultura, hábitos… Só os católicos, parece, têm de desaparecer. Será que têm de sumir porque são maioria? O Comando de Caça aos Crucifixos é, na verdade, Comando de Caça aos Católicos — a menos, é claro, que eles estejam ajudando o MST a invadir terra ou bebendo fermentado de mandioca junto com algum povo da floresta. Um católico só pode mostrar a cara se estiver negando a sua própria religião — a exemplo daquelas senhoras que se dizem “Católicas pelo Direito de Decidir” e que defendem a legalização do aborto. São consultadas pela imprensa até em matéria de Direito Canônico…
Assim como o anti-semitismo atribui aos judeus intenções secretas e planos malévolos para dominar o mundo (a Palestina, então, nem se fala…), também a hierarquia católica, especialmente aquela de Roma, seria insidiosa, sempre disposta a esconder nas dobras e entrelinhas de documentos a disposição para impor a sua vontade e instituir a sua ditadura. Tanto aos “judeus como aos cruzados” (para lembrar a expressão daqueles humanistas da Al Qaeda), a imputação do crime não vem acompanhada de nenhuma prova: “Eu sei que é assim”; “dizem que é assim”; “conta que é assim”. E isso basta.
A reação negativa de certos setores a esse acordo do Brasil com o Vaticano, que a Associação dos Magistrados Brasileiros repudia com tanta veemência em nome do “exercício das liberdades”, toca as raias do absurdo. NÃO HÁ UM SÓ TRECHO, UMA MISERÁVEL LINHA, NADA MESMO, que ameace a liberdade religiosa, que imponha o viés de uma denominação, que atrele a nacionalidade a uma crença, que fira a laicidade do estado. Atenção! Quando digo “nada”, é NADA! NÃO ACREDITEM EM MIM. LEIAM VOCÊS MESMOS O DOCUMENTO que tem sido omitido por seus críticos de maneira deliberada.
SIM, SENHORES! O NOME DISSO É PRECONCEITO. Como é um acordo celebrado entre o Brasil e o Vaticano, não pode ser, evidentemente, coisa boa. Reportagens e editoriais são escritos acusando o que chamam de “redação ambígua” do artigo 11, que trata da educação. Ambígua? Alguém está precisando de aula de “Massinha I” de Interpretação de Texto? Eu o reproduzo aqui:
Artigo 11
A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.
§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.
O que há de ambíguo? Qual é a discriminação? O adjetivo “católico” aparece ali, creio, porque, afinal, é um acordo celebrado com o Vaticano, sabem? Não há no texto nem a sombra de uma imposição ou coisa semelhante. Ocorre que o texto dos “novos judeus” não vale por aquilo que está escrito, mas sim por suas supostas intenções secretas. O que está no documento é ignorado em nome daquilo que dizem estar lá. Acaba de surgir Os Protocolos dos Sábios do Vaticano… Tenham paciência!
A nota da AMB é assinada por Mozart Valadares Pires, presidente. Eu gostaria muito que o magistrado, em vez de apenas qualificar — ou desqualificar — o acordo, procedesse como um bom juiz e demonstrasse a sua tese. Por que a sua nota não reproduz, entre aspas, os trechos do documento que feririam o “exercício das liberdades e a efetividade da pluralidade”? Eu fiquei curioso. Acredito que milhões de católicos e não católicos gostariam de saber onde se escondem essas ameaças. Ou será que elas existem porque, vindo da Igreja Católica, não pode mesmo ser coisa boa?
No dia 24 de abril do ano passado, um tantinho, só um pouquinho, movido pelo sarcasmo, escrevi aqui:
Eu tenho uma saída para o chamado Terceiro Setor, que é como as ONGs gostam de ser chamadas. E, depois de um sério estudo, concluí que:
- as tartarugas estão fugindo das ONGs; já há gente demais para cuidar delas;
- o jacaré do peito amarelo já não suporta ser protegido por rapazes de barbicha e rabinho-de-cavalo e moças que curtem “cantoras intensas” da MPB;
- o índio está cansado de fumar aquele troço e bater o pé no chão só para os antropólogos do complexo PUCUSP curtirem um barato;
- estão faltando negros para tantas vagas no ProUni.
Em suma, É preciso que o tal Terceiro Setor descubra novos oprimidos. Eu tenho uma dica. Que tal proteger um pouco, para variar, o branco pobre, macho, adulto e heterossexual? Tadinhos. Ninguém liga pra eles. Não vêem a hora de ter uma ONG para cuidar dos seus interesses.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro negro do Brasil.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro índio do Brasil.
O branco pobre, macho, adulto e heterossexual é que é o verdadeiro micro-leão-da-cara-preta do Brasil.
Volto
Completem aí: “branco, pobre, macho, adulto, heterossexual e católico”. Esse bicho está condenado à extinção. É um sem-ONG. Isto: é preciso fundar o MSO — o Movimento dos Sem-ONG.
Fonte: Exsurge Domini
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