terça-feira, 20 de setembro de 2011

Santos do Dia

20 de setembro

Santa Cândida



A primeira referência sobre santa Cândida foi encontrada no calendário da Igreja de Córdoba e em alguns documentos da antiga Galícia, ambas na Espanha. Mas foi pela tradição cristã do povo napolitano, na Itália, que se concluiu a história desta santa.

A vida cristã de Cândida iniciou quando ela foi convertida, segundo essa tradição, pelo próprio apóstolo Pedro, de passagem por Nápoles. Naquela época, o apóstolo, com destino a Roma, atravessou Nápoles, onde a primeira pessoa que encontrou na estrada foi a pequena Cândida. Percebeu, imediatamente, que a pobre criança estava doente. Parou e perguntou-lhe se conhecia a palavra de Jesus Cristo. Diante da negativa e em seu ardor de levar a mensagem do Evangelho, Pedro falou-lhe da Boa-Nova, da fé e da religião dos cristãos; curou-a dos males que sofria e a converteu em Cristo.

Assim, Cândida foi colhida pela luz de Deus e curada do físico e da alma. Chegou em casa falando sobre o cristianismo e contando tudo o que o apóstolo Pedro lhe dissera. Muito intrigado e confuso, Aspreno, um parente que a criava, saiu para procurá-lo. Quando se encontraram, com muito zelo Pedro converteu também Aspreno, que o hospedou em sua modesta casa por alguns dias. O apóstolo acabou por catequizar os dois e, em seguida, batizou-os e ministrou-lhes a primeira eucaristia durante a celebração da santa missa. Esse local recebeu o nome de "Ara Petri", que significa Altar de Pedro. Depois, antes de partir, o apóstolo consagrou Aspreno primeiro bispo de Nápoles e pediu para a pequena Cândida continuar com a evangelização, salvando as almas para Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aquele lugar onde fora celebrada a santa missa por são Pedro tornou-se de grande veneração por Cândida. Ela deixou seu lar com todos os confortos, preferindo passar seus dias numa gruta escura nas proximidades de "Ara Petri", onde vivia em penitência e oração, catequizando e convertendo muitos pagãos. Após alguns anos, o número de cristãos havia aumentado muito. Por isso, quando o imperador romano ordenou as perseguições contra a Igreja, os convertidos foram obrigados a fugir ou esconder-se. Então, o bispo Aspreno embarcou Cândida, junto com outros cristãos, com destino a Cartago, no norte da África, tentando mantê-los a salvo da implacável perseguição, mas não conseguiu. Foram alcançados, presos e torturados. Cândida foi levada a julgamento e condenada à morte porque se negou a renunciar à fé em Cristo.

No Martirológio Romano, encontramos registrado que a virgem e mártir cristã Cândida morreu no Anfiteatro dos martírios de Cartago, no dia 20 de setembro. Suas relíquias, encontradas nas Catacumbas de Priscila, agora estão guardadas na igreja Santa Maria dos Milagres, em Roma.

Muitos séculos mais tarde, pesquisas arqueológicas feitas na cidade de Nápoles encontraram no local "Ara Petri" um antigo cemitério de cristãos. O fato colocou ainda mais devoção sobre a figura de santa Cândida, eleita pelos fiéis como padroeira das famílias e dos doentes. Ela recebe, no dia 20 de setembro, as tradicionais homenagens litúrgicas confirmadas pela Igreja.

Fonte: Paulinas

Santo André Kim Taegon e companheiros


A Igreja coreana tem, talvez, uma característica única no mundo católico. Foi fundada e estabelecida apenas por leigos. Surgiu no início de 1600, a partir dos contatos anuais das delegações coreanas que visitavam Pequim, na China, nação que sempre foi uma referência no Extremo Oriente para troca de cultura.

Ali os coreanos tomaram conhecimento do cristianismo. Especialmente por meio do livro do grande padre Mateus Ricci, "A verdadeira doutrina de Deus". Foi o leigo Lee Byeok que se inspirou nele para, então, fundar a primeira comunidade católica atuante na Coréia.

As visitas à China continuaram e os cristãos coreanos foram, então, informados, pelo bispo de Pequim, de que suas atividades precisavam seguir a hierarquia e organização ditada pelo Vaticano, a Santa Sé de Roma. Teria de ser gerida por um sacerdote consagrado, o qual foi enviado oficialmente para lá em 1785.

Em pouco tempo, a comunidade cresceu, possuindo milhares de fiéis, Porém começaram a sofrer perseguições por parte dos governantes e poderosos, inimigos da liberdade, justiça e fraternidade pregadas pelos missionários. Tentando acabar com o cristianismo, matavam seus seguidores. Não sabiam que o sangue dos mártires é semente de cristãos, como já dissera o imperador Tertuliano, no início dos tempos cristãos. Assim, patrocinaram uma verdadeira carnificina entre 1785 e 1882, quando o governo decretou a liberdade religiosa.

Foram dez mil mártires. Desses, a Igreja canonizou muitos que foram agrupados para uma só festa, liderados por André Kim Taegon, o primeiro sacerdote mártir coreano. Vejamos o seu caminho no apostolado.

André nasceu em 1821, numa família da nobreza coreana, profundamente cristã. Seu pai, por causa das perseguições, havia formado uma "Igreja particular" em sua casa, nos moldes daquelas dos cristãos dos primeiros tempos, para rezarem, pregarem o Evangelho e receberem os sacramentos. Tudo funcionou até ser denunciado e morto, aos quarenta e quatro anos, por não renegar a fé em Cristo.

André tinha quinze anos e sobreviveu com os familiares, graças à ajuda dos missionários franceses, que os enviaram para a China, onde o jovem se preparou para o sacerdócio e retornou diácono, em 1844. Depois, numa viagem perigosa vivida, tanto na ida quanto na volta, num clima de perseguição, foi para Xangai, onde o bispo o ordenou sacerdote.

Devido à sua condição de nobre e conhecedor dos costumes e pensamento local, obteve ótimos resultados no seu apostolado de evangelização. Até que, a pedido do bispo, um missionário francês, seguiu em comitiva num barco clandestino para um encontro com as autoridades eclesiásticas de Pequim, que aguardavam documentos coreanos a serem enviados ao Vaticano. Foram descobertos e presos. Outros da comunidade foram localizados, inclusive os seus parentes.

André era um nobre, por isso foi interrogado até pelo rei, no intuito de que renegasse a fé e denunciasse seus companheiros. Como não o fez, foi severamente torturado por um longo período e depois morto por decapitação, no dia 16 de setembro de 1846 em Seul, Coréia.

Na mesma ocasião, foram martirizados cento e três homens, mulheres, velhos e crianças, sacerdotes e leigos, ricos e pobres. De nada adiantou, pois a jovem Igreja coreana floresceu com os seus mártires. Em 1984, o papa João Paulo II, cercado de uma grande multidão de cristãos coreanos, canonizou santo André Kim Taegon e seus companheiros, determinando o dia 20 de setembro para a celebração litúrgica.

Fonte: Paulinas

Santo Eustáquio, Santa Teopista e os dois filhos


Eustáquio (ou Eustátio) era general reformado, tido pelo maior homem de guerra do seu tempo. Foi na caça que ele mudou de religião. O veado, que perseguia, voltou-se para ele, com uma cruz levantada entre as hastes. Palavras que dela vieram converteram-no. Ao mesmo tempo, a sua mulher Teopista recebia a visita dum anjo e também ela abraçava o Cristianismo. Na noite seguinte, seguiram-nos os dois filhos, Agapeto e Teopisto, e no outro dia receberam todos o batismo.

Dez dias mais tarde, o veado voltou para avisar Eustáquio que rezasse muito, porque o demônio ia lançar-se contra ele. Na verdade, dentro de uma semana todos os seus escravos morreram de peste e os rebanhos pereceram vitimados por uma epidemia misteriosa; vieram bandidos incendiar-lhe o castelo, levando todo o dinheiro que nele se encontrava; ele mesmo foi tomado por piratas, assim como a mulher e os filhos, quando estavam a embarcar em fuga para o Egito. Foram vendidos a um negociante de escravos que deles tirou o maior rendimento; foi assim que Eustáquio se tornou criado duma quinta, Teopista criada de estalagem, os dois filhos marçanos, enquanto esperavam por entrar no exército.

Passaram assim dez anos. Os Partos invadiram o Império. O imperador Trajano, vendo-se em grandes dificuldades, mandou procurar o general Eustáquio. Encontraram-no e ele repeliu o inimigo para longe das fronteiras.

Levar-nos-ia demasiado longe contar como Teopisto e Agapeto, tendo reconhecido o pai no chefe do exército em que se batiam, e a mãe na criada da estalagem onde tinham ido almoçar, toda a família se encontrou reunida para assistir às festas da vitória. Deviam estas começar por um sacrifício aos ídolos. Mas recusando todos tal coisa, foram os quatro encerrados num touro de bronze aquecido ao rubro; mas eles nada sofreram porque, até ao momento em que partiram para o céu, foram ouvidos a conversar alegremente, rezar juntos e executar cânticos de ação de graças.

Difícil é explicar como se originaram este culto e esta narrativa. Santo Eustáquio é um dos Santos Auxiliadores (8 de Agosto).

Fonte: Portal Católico

Beato Francisco Maria de Camporosso

O beato Francisco Maria, irmão leigo capuchinho, nasceu na aldeia de Camporosso, na diocese de Virtimilha (na fronteira italiana, perto de Mônaco e de Nice), em 1804. Os pais, bons aldeões, deram-lhe no batismo o nome de João. Sendo jovem pastor, arranjava-se para ouvir a Missa todos os dias; gostava de rezar e de catequizar os da sua idade.

Passou dois anos entre os Menores conventuais e depois fez-se Terceiro capuchinho. Entrou no noviciado desta Ordem em Gênova, onde recebeu o nome de Francisco Maria. Em Dezembro de 1826, pronunciou os votos de religião.

Pouco depois, foi transferido para o convento da Imaculada, também em Gênova, onde ficou até à morte. Durante sete anos foi empregado nos modestos trabalhos reservados aos conversos. Admiravam-se nele a serenidade, a alegria, a obediência, o silêncio e a fidelidade à Regra. Depois confiaram-lhe os superiores a função de irmão mendicante. Ao cargo de mendicante juntou-se o de apóstolo, que evangelizava as praças e mesmo as tabernas. O «Padre Santo», como chamavam ao humilde irmão, tornou-se popular nas ruas íngremes da cidade ou nas ruelas que cheiram a peixe, junto do porto. Encontrava muitas misérias neste povo da beira de água, e esforçava-se por levá-lo para o alto, para Deus; procurava medicar as almas, que por vezes tinham reflexos de ira e de injúria. Recomeçava sempre com humildade, abnegação e bondade. Em 1886, uma dessas epidemias, que sempre ameaçam os grandes portos, caiu sobre Gênova. O Padre santo sofreu-a na sua pessoa; e ofereceu-se a Deus, que aceitou. Morreu a 17 de Setembro. Pouco depois, o flagelo cedia.

O religioso foi enterrado no cemitério de Staglieno, onde a piedade genovesa lhe levantou um túmulo de mármore. Foi beatificado por Pio XI, em 1929.

Fonte: Portal Católico

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