sábado, 10 de setembro de 2011

Santos do Dia

10 de setembro

São Nicolau Tolentino



A prodigiosa notícia que temos de são Nicolau de Tolentino diz que, quarenta anos após sua morte, seu corpo foi encontrado ainda em total estado de conservação. Na ocasião, durante os exames, começou a jorrar sangue dos seus braços, para o espanto de todos. Mesmo depois de muitos anos, os ferimentos sangravam de tempos em tempos. Esse milagre a ele atribuído fez crescer sua fama de santidade por toda a Europa e propagou-se por todo o mundo católico.

Apesar de ter nascido na cidade de Castelo de Santo Ângelo, no ano de 1245, foi do povoado de Tolentino que recebeu o apelido acrescentado ao seu nome. Naquela cidade viveu grande parte da sua vida. Desde os sete anos de idade, suas preocupações eram as orações, o jejum e uma enorme compaixão pelos menos favorecidos. Nisso se resumiu sua vida: penitência, amor e dedicação aos pobres, aliados a uma fé incondicional em Nosso Senhor e na Virgem Maria. Aos quatorze anos, foi viver na comunidade dos agostinianos de Castelo de Santo Ângelo, como oblato, isto é, sem fazer os votos perpétuos, mas obedecendo às Regras. Mais tarde, ingressou na Ordem e, no ano de 1274, foi ordenado sacerdote.

Nicolau possuía carisma e dons especiais. Sua pregação era alegre e consoladora na Providência divina, o que tornava seus sermões empolgantes. Tinha um grande poder de persuasão, pelo seu modo simples e humilde de viver e praticar a fé, sempre na oração e na penitência, cheio de alegria em Cristo. Com seu exemplo, levava os fiéis a praticar a penitência, a visitar os doentes e encarcerados e a dar assistência aos pobres. Essa mobilização de pessoas em torno do ideal de levar consolo e a Palavra de Deus aos necessitados dava-lhe grande satisfação e alegria.

Em 1275, devido à saúde debilitada, foi para o Convento de Tolentino, onde se fixou definitivamente. Lá, veio a tornar-se um dos apóstolos do confessionário mais significativos da Igreja. Passava horas repleto de compaixão para com todas as misérias humanas. A fama de seus conselhos e de sua santidade trazia para a paróquia fiéis de todas as regiões ansiosos pelo seu consolo e absolvição. A incondicional obediência, o desapego aos bens materiais, a humildade e a modéstia foram as constantes de sua vida, sendo amado e respeitado por seus irmãos da Ordem.

No dia 10 de setembro de 1305, ele fez sua última prece e entregou seu espírito nas mãos do Senhor antes de completar sessenta anos de idade. Foi enterrado na sepultura da capela onde se tornara célebre confessor e celebrava suas missas. O local tornou-se meta de peregrinação e os milagres atribuídos a ele não cessaram de ocorrer, atingindo os nossos dias. No ano de 1446, são Nicolau de Tolentino foi finalmente canonizado pelo papa Eugênio IV, cuja festa foi mantida para o dia de sua morte.

Fonte: Paulinas

Santa Pulquéria


«É a vós que se deve a supressão dos escândalos suscitados pelo espírito do mal; graças ao vosso esforço, toda a terra está presentemente unida na mesma confissão de fé». Foi com estas palavras que o Papa são Leão prestou homenagem à imperatriz Pulquéria, digna neta de Teodósio Magno. Tinha ela sido batizada por João Crisóstomo em Constantinopla e, muito nova ainda, tinha feito voto de virgindade, juntamente com as duas irmãs mais novas. Quando morreu Arcádio, seu pai, foi proclamada «augusta», tendo apenas quinze anos, e passou a governar, sob a tutela de Teodósio II, dois anos mais novo do que ela; em 414, assumiu todas as responsabilidades do governo. Raras vezes se viu tanta prudência aliada a tamanha precocidade; o Império do Oriente gozou da maior tranqüilidade durante o seu governo.
Quando Teodósio II chegou aos vinte anos, Pulquéria concorreu para que ele desposasse Atenais, filha dum filósofo pagão de Atenas e tão formosa como erudita. Batizada com o nome de Eudóxia, a princípio ela sujeitou-se ao ascendente que Pulquéria exercia sobre o ânimo do seu marido, mas, com o andar dos tempos, passou a ressentir-se disso, perseguiu a cunhada e obrigou-a a retirar-se para o campo. Pulquéria conservou-se afastada durante três anos, até que, em 450, S. Leão lhe pediu encarecidamente que viesse em auxílio da ortodoxia ameaçada. Condenado pelo concílio de Éfeso em 431, o patriarca Êutiques tinha, com efeito, caído nas boas graças do imperador, e a heresia triunfava então, com a sua pessoa, na sé de Constantinopla. Bastou que Pulquéria aparecesse na corte para acabar com os abusos de que era vítima seu irmão e conseguir que o concílio de Calcedônia condenasse o Eutiquianismo e os seus adeptos.
Entretanto, deu-se a morte de Teodósio e o afastamento de Eudóxia, o que tomou Pulquéria senhora absoluta do Império, ameaçado nessa altura por Átila. A fim de estabilizar a sua autoridade, Pulquéria resolveu casar com o general Marciano, oito anos mais novo do que ela, e só teve que se felicitar pela resolução que tomou, pois Marciano respeitou o seu voto de continência, perseguiu os partidários de Nestório e de Êutiques, e obrigou Átila a afastar-se das fronteiras.
Faleceu Santa Pulquéria em 453.

Fonte: Portal Católico

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