segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Santos do Dia

12 de setembro

Santíssimo Nome de Maria


Santíssimo Nome de Maria, Festa do Santo Nome de Maria, ou simplesmente Santo Nome de Maria, é um festa da Igreja Católica que se celebra em 12 de setembro. Foi instituída como festa universal pelo Bendito Papa Inocêncio XI para comemorar a vitória sobre os turcos na Batalha de Viena em 1683. A festa celebra o nome de Maria, mãe de Jesus.

A festa exemplifica o foco católico romano na Mariologia e na veneração da Bem-aventurada Virgem Maria. Em Roma uma das duas igrejas gêmeas no Fórum de Trajano é dedicada ao nome de Maria.

História
A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666 os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha. Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja.

Data da festa
No Calendário Ambrosiano de Milão, a festa do Santo Nome de Maria foi atribuído a 11 de setembro. No tempo do Calendário Geral Romano como em 1954, a data foi fixada como 12 de setembro. Após um curto período, quando ela foi removida, porque foi considerada uma duplicação da festa do Nascimento da Virgem Maria em 8 de setembro, foi restabelecida a 12 de setembro.


Padre Vieira: Sermão na ocasião em que Sua Santidade instituiu a festa universal do mesmo Santíssimo Nome

Só vos digo que invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele: quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza: quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos não molestarem os da alma: quando vos faltar o necessário para a vida, ou despejardes o supérfluo para a vaidade: quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue: quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a emulação, a inveja: quando os inimigos vos perseguirem e os amigos desampararem, e de onde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos: quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a proximidade: quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo: quando vos virdes em alguma dúvida, ou perplexidade, em que vos não saibais resolver, nem tomar conselho: quando vos não desenganar a morte alheia, e vos enganar a própria, sem vos lembrar a conta de quanto e como tendes vivido, e ainda esperais viver: quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar a manhã: finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém: em todos os sucessos prósperos ou adversos, e muito mais nos prósperos, que são os mais falsos e inconstantes: e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, da fazenda e principalmente nos da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação. E como todas estas coisas, e cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano; se em todas e cada uma recorremos à proteção e amparo da Mãe das misericórdias, não haverá dia, nem hora, nem momento, que não invoquemos o nome de Maria.

Fonte: Portal Católico

São Guido de Anderlecht



Guido de Anderlecht viveu entre os séculos X e XI, tendo nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, já demonstrava seu desapego pelos bens terrenos, tanto que, na juventude, distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses, e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência.

Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados.

Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade.

Depois da longa peregrinação, que incluiu a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado naquela cidade e sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim, com o passar do tempo, foi erguida uma igreja dedicada a ele, para guardar suas relíquias.

Ao longo dos séculos, a devoção a são Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal.

A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

Fonte: Paulinas

Beata Maria Vitória Fornari

De origem genovesa, Vitória Fornári casou, quando tinha dezessete anos, com o fidalgo seu compatriota, chamado Ângelo Strata. Depois de oito anos de vida em comum muito feliz, Ângelo morreu, deixando a mulher com cinco filhos de tenra idade e em vésperas do sexto. Pouco faltou para que esta caísse no desespero. Numa carta escrita mais tarde, contou ela que, tendo-se um dia prostrado, desanimada, diante de uma imagem de Nossa Senhora, a Virgem lhe estendera os braços, dizendo: «Vitória, minha filha, não temas; daqui em diante sou eu que vou tomar conta da tua casa».
Assim se passaram dezesseis anos, durante os quais se dedicou à educação dos filhos, redobrando as orações e boas obras. Recolhia os enfermos abandonados, preparava os escravos turcos para o batismo e dedicava-se à regeneração das mulheres perdidas. Depois de todos os filhos terem entrado em religião, ela própria viu realizado o projeto de há muito acarinhado, de dotar a sua terra natal com um mosteiro destinado a honrar a Anunciação de Nossa Senhora. Em 13 de Março de 1604, Clemente VIII aprovou a nova fundação, para a qual o Padre jesuíta Zanoni elaborara os estatutos; em 5 de Agosto seguinte, Vitória e as companheiras recebiam o hábito religioso, túnica branca, escapulário, cinto e manto azuis, sob o qual se consagraram à vida contemplativa. Chamaram-lhes as «Anunciadas celestes», para se distinguirem das Anunciadas franciscanas, fundadas por Joana de Valois, esposa repudiada de Luís XII.
A madre Vitória desempenhou durante seis anos o cargo de superiora da comunidade; e depois passou a simples religiosa, o que lhe valeu ser muitas vezes humilhada pela nova superiora.
Nascera em 1562 e faleceu em 1617. Foi beatificada por Leão XII, em 1828.

Fonte: Portal Católico

Beatos Apolinário Franco, Tomas de Zumarraga e Companheiros

Este martírio realizou-se no princípio do «Xogunado dos Togugavas», isto é, do período em que os xoguns (chefes supremos) tiveram o Japão fechado aos estrangeiros e lhe asseguraram dois séculos e meio «de bem estar e paz» (1603-1867).
Vivia lá meio milhão de católicos quando, em 1614, Iyyeasu, fundador da dinastia dos Togugavas, publicou um decreto que lhes proibia praticar o cristianismo e ordenava, sob pena de morte, aos missionários que saíssem do país.
As apostasias foram numerosas; mas houve também vários milhares de mártires. Depois dessa perseguição, nenhum padre, durante 250 anos, quer dizer, até 1867, exerceu o seu ministério no Japão.
Resolvido a esvaziar as prisões tirando-lhes os cristãos nelas retidos, organizou um morticínio geral o governador de Nagasáqui, Gonroco. Mandou vir para a cidade todos os que nela tinham sido presos; e foram executados a 10 de Setembro o Beato Carlos Spínola e companheiros. E de Nagasáqui veio ordem para o governador de Omura queimar os presos que tinha à suagruardaa.
Natural de Castela, a Velha, o Padre Apolinário Franco era doutor pela Universidade de Salamanca quando entrou a fazer parte da Ordem dos Franciscanos. Em 1600 partiu para as Filipinas, donde passou ao Japão. Ao renovar-se a perseguição, em 1614, como indicamos, o Padre escondeu-se para continuar a trabalhar e foi nomeado ministro provincial. Residia habitualmente em Nagasáqui, mas, em 1617, tendo sabido que não estava com os cristãos de Omura nenhum padre, foi para lá, pregando com êxito sem se esconder. Os bonzos, irritados, denunciaram-no ao governador, que o mandou prender. Um dos seus catequistas teve a coragem de ir repreender o governador da sua crueldade; o resultado foi ser ele preso com o Padre, que lhe deu o hábito dos Frades Menores e o nome de Francisco de S. Boaventura. Juntou-se a ele outro japonês e ficou sendo o Irmão Pedro de Santa Clara.
Alguns dias mais tarde, a 24 de Julho, o P. Tomáz de Zumárraga era levado à prisão. Nascido em Vitória, na Biscaia, entrara nos Dominicanos da mesma cidade. Após algum tempo nas Filipinas, chegara ao Japão em 1602 e exercera o ministério em Satsuma, Omura e Firando. Em 1614, ao recomeçar a perseguição, organizou grandes procissões em Nagasáqui para fortificar a fé dos cristãos e pronunciou lá admiráveis discursos. Depois escondeu-se para evitar o exílio e continuou a evangelização nas regiões de Nagasáqui e Omura. Foram presos, ao mesmo tempo que ele, alguns japoneses, entre os quais dois catequistas a quem deu o hábito da sua Ordem: Domingos Mangochitcho, de Fiunga, e Manços Chiviato ou de S Tomás.
O cativeiro começou sendo bastante suave, porque o governador de Omura, ausente, tinha sido substituído por um senhor que, depois de apostatar, tinha voltado ao Cristianismo; os fiéis podiam vir confessar-se e assistir à Missa. Mas regressando ao fim dum ano, o governador mandou matar o seu substituto e transferiu os acusados para a nova prisão de Omura, onde haveriam de ficar alguns anos com o P. Spínola e companheiros.
A 12 de Setembro de 1622, os oito presos que estavam ainda em Omura foram levados a três milhas da cidade para serem queimados vivos. Ao contrário do que se tinha passado em Nagasáqui, fora proibida a assistência à execução e a fogueira estava junto das estacas, a fim de se apressar a morte das vítimas, que ficaram sufocadas em poucos instantes. O P. Apolinário Franco sobreviveu aos outros; antes de morrer, dirigindo-se ao bonzo que os tinha acompanhado repetindo-lhes continuamente «Invocai Amida», gritou: «Vai-te daqui, não quero nada com tal deus». Ao queimar-se o hábito do Padre, viu-se o grande cilício de ferro de que ele não se separava nunca.
Seis dos mártires de 12 de Setembro foram beatificados por Pio IX: os Padres Apolinário Franco e Tomás de Zumárraga, os Irmãos Francisco de S. Boaventura, Pedro de Santa Clara, Domingos Mangochitcho e Manços Chiviato. Outros dois japoneses tinham sofrido o mesmo suplício.

Fonte: Portal Católico

São Nilo

Neste dia mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina.

Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, com o nascimento de uma filha, acabou viúvo e depois descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças acabou se fixando em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina.

Seu testemunho atraiu a muitos, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros.

São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma.

Este pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1005.

Fonte: Canção Nova

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